Texto áureo
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Sejam bem-vindos, distintos leitores, a mais uma lição deste trimestre. Desta
feita estudaremos assuntos muito em voga na atualidade e que trás uma carga forte
de alerta a nossa sociedade como um todo.
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I – ABORTO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO
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De acordo com Jorge Hesse, Jornalista, professor e historiador licenciado
pela UnB,
Se este crime fôr commettido por medico, boticario, cirurgião ou praticante de taes
artes. Penas – dobradas” .
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Verifica-se, pois, que o auto aborto não era previsto como crime nem se
atribuía à mulher qualquer atitude criminosa pelo consentimento para o
aborto praticado por terceiros, sendo o bem tutelado a segurança da
pessoa e da vida. Era a sociedade do Brasil Império avançada? De forma
alguma, apenas a prática do aborto integrava os costumes, o cotidiano das
pessoas, onde importava punir aquele que atentasse contra a necessidade
de crescimento de uma população nacional.
Portanto, como diz Fábio Konder Comparato1: “[...] é preciso reconhecer que
há certos extremos, nada banais, em que a supressão do feto, por razões de
preservação de um valor humano superior, deixar de ser moralmente reprovável e,
por conseguinte, não deve ser considerado um ato ilícito”.
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COMPARATO, Fábio Konder. Ética – Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno, São Paulo:
Companhia das Letras, 2006.
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Contudo, lembremos: Estes posicionamentos devem sempre ser pautados
sobre a ótica da Ética, da Medicina, do Código Penal vigente, da Bioética, da
Constituição, e, sobretudo das Sagradas Escrituras, que, inequivocadamente,
sempre é a favor da vida, pois Deus é o autor e a fonte da vida (Gn 2.7; Jó 12.10),
daí, ser dEle apenas, a palavra final.
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Deste modo, temos testemunhas importantes que são unanimes em afirmar
que o aborto é uma prática abominável aos olhos de Deus e da humanidade.
O Pr. Silas Malafaia, sobre este tema, assim argumenta: “A biologia, ciência
que estuda os seres vivos, afirma que a vida começa na concepção; é contínua, seja
intra ou extrauterina, até a morte do ser. Isto também é aceito pela genética, pela
embriologia e pela medicina fetal. Se a vida começa na concepção, abortar um ser
humano, em qualquer estágio da vida dele, é assassinato.”
Em Jeremias 1.5 nos diz que Deus nos conhece antes de nos formar no
útero: “Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da mãe
te santifiquei; às nações te dei por profeta.”
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admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha
alma o sabe muito bem.”
Como se tem dito: “para o cristão, o aborto não é uma questão sobre a qual a
mulher tem o direito de escolher. É uma questão de vida ou morte de um ser
humano feito à imagem de Deus, (Gn 1.26,27; 9.).”
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moralmente inaceitável e condenável, verdadeiro homicídio, i.e., um atentado
contra a vida e, consequentemente, contra o próprio Deus, criador da vida, um
pecado gravíssimo.
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III – TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS
1. Aborto de Anencéfalo.
“Já aqueles que se posicionam contra a atitude de dar fim à vida do bebê que
está sendo gerado dizem que essas crianças devem ser tratadas por profissionais
de saúde como pacientes de alta gravidade e a baixa expectativa. Esses obstetras e
pediatras acreditam que o sofrimento dos pais não justifica a interrupção da
gestação nesses casos.”
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Mas este debate não para por aqui, vejamos no âmbito jurídico este tema.
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à vida é posto como “marco primeiro no espaço dos direitos fundamentais”, de
acordo com as palavras do então Procurador Geral da União, Cláudio Lemos
Fonteles, quando encaminhou seu parecer ao Supremo Tribunal Federal sobre a
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54 ajuizada pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde.”
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Destarte, como bem escreveu o Pr. Douglas Baptista, citando as Escrituras:
Mas a questão não é tão simples assim. Muitas mulheres vítimas desse ato
infame – estupro – sentem-se repugnadas e passam a ter repulsa pelo seu corpo e a
rejeitar o bebê que está no seu ventre, e a tendência é abortar. Contudo, ao
engravidarem e após abortarem (as mais pobres de maneira clandestina) muitas
delas sentem-se culpadas e arrependidas de ter praticado tal ato – afinal de contas
ela torna-se mãe do filho indesejado. O que fazer? Já houve casos em que a vítima
optou em ter o seu filho e de forma surpreendente, o amou profundamente. Pois
bem, o assunto é polêmico, mas atualíssimo. Assim, ainda é preferível optar pela
vida, pois um crime não justifica outro crime!!Como bem destacado: “Não te deixes
vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).
3. Aborto Terapêutico.
Costa Júnior refutou, uma por uma, as principais “indicações” para o aborto
terapêutico: nas cardiopatias, na hipertensão arterial, na tuberculose pulmonar, nas
perturbações mentais e nos vômitos incoercíveis. A título de ilustração, vamos
reproduzir um trecho de sua argumentação contra o aborto em gestantes
tuberculosas: “Schaeffer, Douglas e Dreispon, em 1955, após meticulosa
observação de tuberculosas grávidas, durante vinte anos no New York Lying-in
Hospital, divulgaram as seguintes e eloquentes conclusões, que encerram
indubitavelmente qualquer discussão sobre tal assunto:
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Deste modo, pergunta-se “como, pois, conciliar o aborto terapêutico com a
legislação penal ante esses resultados, quando o previsto legalmente é para salvar a
vida ou, segundo outros códigos, também preservar a saúde da gestante, e não para
aumentar o índice de mortalidade ou a percentagem dos malefícios?” Deste modo,
bem expressou o comentarista de nossa lição: “Não afirmam as Escrituras que a
vida e a morte são, unicamente, da alçada divina? (I Sm 2.6; Fl 1. 21-24).”
CONCLUSÃO
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