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TAUA-CEARÁ
2018
O CURRÍCULO NACIONAL COMUM E A AUTONOMIA
DA ESCOLA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no seu artigo 26 afirma que
os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter
base nacional comum complementado em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar de forma diversificada de acordo com as características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. No entanto,
por serem chamadas de parâmetros e terem caráter normativo, as Leis não possuem a
obrigatoriedade de serem usadas servindo principalmente de norte para os
profissionais das escolas na construção das propostas curriculares.
É necessário compreender que uma Base Comum Curricular não pode e não
deve ser a única fonte para os profissionais da educação utilizarem para produzir os
seus currículos escolares. Sabemos que é importantíssimo contar com a contribuição
de professores, alunos e toda a comunidade escolar para fazermos um documento que
contemple todas as possibilidades de melhoria da aprendizagem. Nesse caso o mais
adequado é se basear na Base Curricular Comum na construção de um Projeto Político
Pedagógico inovador e que possa garantir o direito e a valorização da opinião de todos
os envolvidos no processo.
O fato de não haver um currículo obrigatório para ser usado pelas escolas é, de
certa forma, uma vantagem, pois os profissionais da escola tem a oportunidade de
produzir um currículo voltado para a realidade de onde a escola pertence voltada para
os anseios da sociedade local, levando-se em conta os fatores culturais, sociais,
econômicos e políticos.
Por outro lado, seria interessante haver uma espécie de espinha dorsal
obrigatório para evitar que os nossos estudantes a nível nacional tivessem uma grade
curricular e uma aprendizagem muito diferente uns dos outros. Existem conteúdos que
devem ser compatíveis a todos os estudantes do território nacional em todas as áreas.