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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB


SECRETARIA DE APOIO ÀS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS -
SATE
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO
BÁSICA
DISCIPLINA: GESTÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA
EDUAÇÃO01

GILLIARD NORONHA DE AGUIAR

TAUA-CEARÁ
2018
O CURRÍCULO NACIONAL COMUM E A AUTONOMIA
DA ESCOLA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no seu artigo 26 afirma que
os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter
base nacional comum complementado em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar de forma diversificada de acordo com as características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. No entanto,
por serem chamadas de parâmetros e terem caráter normativo, as Leis não possuem a
obrigatoriedade de serem usadas servindo principalmente de norte para os
profissionais das escolas na construção das propostas curriculares.

É necessário compreender que uma Base Comum Curricular não pode e não
deve ser a única fonte para os profissionais da educação utilizarem para produzir os
seus currículos escolares. Sabemos que é importantíssimo contar com a contribuição
de professores, alunos e toda a comunidade escolar para fazermos um documento que
contemple todas as possibilidades de melhoria da aprendizagem. Nesse caso o mais
adequado é se basear na Base Curricular Comum na construção de um Projeto Político
Pedagógico inovador e que possa garantir o direito e a valorização da opinião de todos
os envolvidos no processo.

O fato de não haver um currículo obrigatório para ser usado pelas escolas é, de
certa forma, uma vantagem, pois os profissionais da escola tem a oportunidade de
produzir um currículo voltado para a realidade de onde a escola pertence voltada para
os anseios da sociedade local, levando-se em conta os fatores culturais, sociais,
econômicos e políticos.

Por outro lado, seria interessante haver uma espécie de espinha dorsal
obrigatório para evitar que os nossos estudantes a nível nacional tivessem uma grade
curricular e uma aprendizagem muito diferente uns dos outros. Existem conteúdos que
devem ser compatíveis a todos os estudantes do território nacional em todas as áreas.

Outro fator vantajoso a meu ver é a questão de se estabelecer avaliações


externas como também os conteúdos que nelas serão cobrados, trazendo a necessidade
de ter esses conteúdos inseridos dentro da grade curricular para serem trabalhados nas
escolas. Certamente esses conteúdos foram arduamente estudados e construídos
coletivamente para haver garantia de qualidade no ensino.
Há ainda uma necessidade de se trabalhar o verdadeiro significado das
avaliações externas nas escolas junto com o corpo docente, pois muitos professores
não entendem o real significado. Eu como professor de laboratório de informática já
tive inúmeras solicitações por parte de professores e gestores para trabalhar nos
computadores simulados e provas anteriores das avaliações externas e ainda utilizar
questões que envolvam os indicadores para treinar os alunos para se saírem bem nessas
provas.

É compreensível esse tipo de situação mencionado no parágrafo anterior onde


gestores e professores se preocupam com a questão de alcançar as metas,
principalmente, e por isso treinam os alunos com provas de anos anteriores e o motivo
talvez seja por que exista uma grande cobrança pra se atingir esses índices ou talvez só
por que querem que a escola seja vista como competente por conseguir cumprir com o
estabelecido.
REFERÊNCIAS

CÂNDIDO, R. K.; GENTILINI, J. A. BASE CURRICULAR NACIONAL: Reflexões


Sobre Autonomia Escolar e o Projeto Político Pedagógico. MAI/AGO, 2017.

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