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DA
DISTORIA DO BRASIL
PELO GENERAL
J. I. DE ABREU E LUlA
RATUBAL DA PBOVllICIA DB PBRRUIBUCO
COM RETRATOS
TO~ro I
RIO DE JANEIRO
•• CUA. DO' IOITn . . .
1.843
.-..----.- -
PREFACIO.
----
!l'essa honra. Resta-me agora diZet'-Os meios que
.cmpreguei nfi redacção d'este Compendio, que
muito pO~lCo tem de propria lavra. Servi-me em
grande parte do trabalho alheio, porque nem
me era possivel compulsar archivos, e muito
menos repassar centenares de livros para recolher
lJm ou outro facto, uma ou outra relação, quando
antes de mim tinham alguns l)raticado este
exame: portanto a minha obra não é uma com-
posição inteiramente original, mas uma compi~
lação de rarios ilUctores, que julguei mais11abi-
litados, pondo todo o meu esmero em reunit' de
todos elIes o maior numero de factos, que me
foi possivel, organisando-os depois em serie ·p6r
meio de uma muito exacta deducção C1 ronologie~.
Eis-ahi pois as obras de que me servi: a muito
famigerada Corograpl ia Brasilica do padre Ayres
de Casal; Ilistoria'du Brasil de Roberto Southey,
rcçopilação por Beauchaml); ReSl1l110 da flisfori{?
PREFACIO. IX
I'''' Vi H1
INTRODUCÇÃO. xvij
appnrece coberlo de gloria na corle de Castella,
onde foi recebido com. singular distincção. O
próspero successo de sua primeira expedição fez
tão viva impressão nos anill?-0s dos Porluguezes,
que El-Rei D. João n julgou dever contrapC'zar
o effeito aos olhos da sua nação e da Europa por
alguma grande empreza, mandando prC'parar sem
dilação uma armada para abrir caminho ás ln dias
Orientáes. Mas o rei de CasteBa, vendo n'estas
disposições um principio de hostilidades, logo se
lhe mandou queixar por seu embaixador. Ficaram
por tanlo malogrados os aprestos, e o negocio foi
devolvido á Sé Apostolica, que occupava então
Alexandre VI: este Pontifice, cujos direitos
divinos reconheciam as duas potencias, lhes
repartiu o mundo, assignando a cada uma seu
hcmispherio (*).
El-Rei D. João II morreu nos fins do decimo
quinto secuIo, levando com sigo ao tumulo o
duplicado pezar de haver regeilado os offereci-
mentos de Colombo, e de não ter consummado a
expedição das Inclias Orienláes. Com tudo esta
maravilhosa empreza foi concebida cm seu reina-
do, e seu successor a realisou. Comeca n'este
periodo o seculo de vigor e de gloria de Porlugal.
El-Rei D. lVIanocl, nelo de EI-Rei D. Duarte,
sul)iu ao throno por falta de filho legitimo de
D. João II: dotado das mais ~obres qualidades
I t. [ \[ I LI' rr
COl\'IPENDIO
nA
DISTORIA. DO BRASIL.
CAPITULO PRIl\IErnO.
tãOO-t53t.
I.
Descobrimento do Brasil por Pedro Alvares Cabral.
---...
CArlT. r, §. r. 3
grande contemplação, por ser aquella armada
a mais poderosa e hrilhante que até aquelle
tempo sahia do reino para terras remotas (*).
No' dia seguinte partiu toda a frota a bom
salvamento: a 1lJ. passou á vista das ',warias;
e na noite de 22 para 23, depois de haver
avistado a ilha de S. Nicoláo, uma das de
Cabó Verde, desgarrou da armada o navio
de Vasco de Atbaid~, que arrihou a Lisboa
maltratado. Cabral fez diljgencias por desco-
bri-Io, e vendo que não apparecia, continuou
a viagem: Com o iIituito de eVItar as calma-
rias da costa d'Africa, e por ser-lhe ponteiro
p ven o, segundo se crê, empegou-se para
Oeste do meridiano da mencionada ilha,
tanto que no elia 21 de Abril, derradeira
oitava ela Pascoa, encontraram signáes ele
terra, e no seguinte pela tarde, nâ latitude
de 17° sul, avistaram uma montanha re-
donda, porção da serra elos Aimorés, e
terra chãa coberta de arvoredo.
II.
Primeiras explorações das terras do Brasil.
III.
Martim Alfonso de Souza navega por toda a costa desde o
Cabo de Santo Agostinho até o Rio da Prata, e volta a
fundar a Colonia de S. Vicente. Duarte Coelho Pereira
expulsa os Francezes de Itamaracà.
IV.
De.crip~i\o geral de.ta vasta região.
v.
Caracter, usos, e costumes dos habitantes naturaes do Brasil.
iõ32-i580,
I.
II.
III.
IV.
Tentativa dos Fraoce:tes para se estabelecerem no Brasil.
Expedição de Nicolau Durand de Villegaignon. Expulsão
dos France:tes do Rio de Janeiro. Fundação da Cidade
de S. Sebastião. .
v.
Divis9.o do Brasil em dois Governos distinctos. Transmigração
dos TupiDambi18. O Brasil reunido de DOVO debaixo de um
so Governo. Acontecimentos que fazelIl passar o Reino de
Portugal e suas colonias para o dominio da Uespanha.
lã8u-1640.
I.
Estado do Brasil na epocba em que pIIS.OU para o domini ..
da Respanba. Diversas incursões do. piratas inglezes. No~a.
, indagaçãe••obre a. minas de prata do Braoil. O fabuloso
paiz - IiL DORADo.
II.
Admiuistração de Pedro Botelho. AlIiança dos Aymorés.
D. Diogo de Menezes. Fundação do Cearà. Estabelecimento
dos Francezes 'no Maranhão. Gaspar de Souza.
III.
IV.
..
C.U'IT. TU, §. r. 121
v.
Segunda cxpcdi~ão hollandeza contra o Brasil. Oocupação de
Olinda e do Recife. Campo Real do Bom Jesus. Sorprcsa
do General Loncq. Attaque de Olinda pelos Portugueze••
(') Esles dois Forles eram: o dê Santo Anlonio, que hoje não
existe, e o dc Frcderico Ifenriqne, a que deram depois o nome
de Cinco-palitas, porque era construido cm figura de pentagono
com cinco bastiões.
CAPIT. III, §. -V. 127
seu campo. Tal foi o resultado d'este
attaque inconsiderado, que custou quatro-
centos homens á Hollan<1a, porém maior
numero aos assaltantes.
Em quanto os Hollandeze~ esperavam
novos soccorros das Provincias Unidas,
resolveram aproveitar-se do imperio do
mar para estender a conquista sobre as
costas <10 Brasil. Com este intuito fizeram
construir um Forte em Itamaracá, afim
de terem um posto avançado n'aquella
ilha. Se os Portuguezes perdiam as espe-
ranças de expulsar os Hollandezes, estes
não as tinham mais lisonjeiras de pene-
trar no paiz: tão exactamente guardavam
aquelles todas as avenidas do campo
inimigo; mas esta vantagem não podia
ser de longa duração, uma vez que a
Capitania de Pernambuco ficasse aban-
donada ás suas proprias forças em pre-
sença de um inimigo audaz e emprehen-
dedor, e que dispunha além d'isso. de
grande força maritima.
128 , J1iSTOI\l A no BRASIL
VI.
VII.
VIII.
i64i-t6ã4.
.1.
o Brasil entra de novo no dominio portuguez. Mauricio de
Nassau deixa o governo da Colonia, e volta para a Hollanda.
Decadencia do Brasil hollandez. O Maranhão e o Ceará
libertam-se dos Hollandezes. Conspiração de Pernambuco
descoberta. João Fernandes Vieira reune os seus amigos e
toma as armas.
II.
III.
IV.
v.
'Apoderam.se os Hollandezes de Olinda. Sot'tida do General
Br.nck. Sigismundo devasta de novo as costas da Bahia.
Morte de Camarão. Segunda batalha dos Guararapes. Der.
rota e morte do General Brinck. O Conde de Castello.
melhor Vice Rei do Brasil. Continua~n do cerco do Recife.
VI.
f61)4--1807.
I.
29
2'[0 1115TOl\lA DO nn."-sn.
indicios de uma mina, de que os Jesuitas
tinham recolhido algumas tradições; atra-
vessaram o Tieté, e abandonando as beBas
terras virgens, que pelo seu magnifico
prospecto mereciam o nome de Eden do
Brasil, foram descobrir, a vinte milhas de
S. Paulo, a mais antiga mina de ouro
das eolonias Portuguezas na montanha de
Jaraguá (*). Tal é o di;:,tricto famoso d'esle
nome, contemplado durante qnasi dois
seclllos como o Perú do Brasil. Thesouros
ainda mais preciosos iam ficar expostos á
cubiça e á industria dos Paulistas.
II.
III.
IV.
v.
InOuencia da administração de Pombal sobre o Brasil. Guerra.
do Sul. Santa Catharina e a Colonia do Sacramento cahem
em poder dos Heopanhoes. Dona Maria 1. Queda do Marque.
de Pombal. Tratados de 1777 e 1778. O Arraial do Tejuco.
Grande diamante da Corôa de Portugal.
\TI.
1808-1821,
I.
A Família Real chega ao Brasil. Entlfusiasmo geral. Os porto.
do Brasil absem-se a todas as na~ões amigas. Novos e im-
portantes estabelecimentos. Tomada e ~ccupação de Cayena.
D. Rodrigo de Souza Coutinho. Os aventureiros que acom-
panharam a Familia Real. O Brasil elevado á categoria
de Reino.
II.
III.
38
282 111 'fOna no nnASl1.
IV.
f
288 DiSl'ORIA. DO BRASIL
v.
VI.
1,2
3th mS1'ORIA ])0 'BRASIL
Prefacio I T
Introducção. XIU
PortlÍga] .
INDICE. 323
VI. Projecto de revolução cm Minas. O Pdncipe D. João
Regente de Portugal. Estado do Brasil no lim do se-
culo XVUI. Gnerra de 1.801. Transmigração da Familia
Real de Bragança para o Brasil. . 244