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Movimentos Mandibulares

Protrusão: Quando eu movimento a mandíbula para frente, os dentes anteriores


se tocam e os dentes posteriores se desocluem, então isso marca uma dentição
ideal.
A região abaixo do disco articular chama-se infra discal, ela vai ser
responsável pelo movimento inicial ou movimento de rotação ou ginglemoidal e
na região em cima do disco chama-se supra discal é responsável pelo
movimento de translação ou artroidal que é o movimento onde côndilo desliza
contra a eminência articular até chegar a abertura máxima.
Vamos analisar agora os movimentos de abertura, fechamento,
lateralidade, protrusão, em 3 dimensões.
Vou fatiar o rosto do paciente em 3 faces: Plano Sagital, Plano
Horizontal, Plano Frontal.
Plano Sagital
Eu tenho o rosto do paciente de lado, abrindo a boca e jogando a mandíbula pra
frente, um plano lateral. Então, quando eu chamo movimento bordejante de
abertura posterior, bordejante significa limite, ocorre no limite de nossas
estruturas físicas o máximo de abertura que eu consigo fazer, máximo de
protrusão que eu consigo fazer, ou seja, o nosso máximo! e abertura posterior
porque eu vou jogar minha mandíbula para trás e iniciar a abertura e meu ponto
inicial então estaria para posterior. Ocorre um movimento de Rotação pura de
abertura pode ocorrer até que os dentes anteriores estejam separados cerca de
20 a 25 mm.
Como é que eu vou chamar o movimento que ocorreu de MIH até o movimento
de abertura inicial? Movimento bordejante de abertura posterior
Depois que eu faço o movimento de rotação, eu vou abrir mais a boca, ocorre
uma movimentação na região supra discal, chamado também movimento de
translação, então minha mandíbula vem toda pra frente descendo a eminencia
articular, o côndilo é translatado pra baixo da eminencia articular, quando a boca
rotacional para abrir até o limite máximo de 40 a 60 mm. Quando eu faço o
máximo de movimento de abertura, existe um salto que ocorre do máximo de
rotação para o máximo de translação, esse salto é representado no gráfico pelo
ponto de máximo de abertura, e recebe o nome de Movimento bordejante de
abertura posterior.
Depois que eu fiz abertura máxima, tem dois caminhos, eu posso fechar normal
mas eu posso também fechar pra frente (máxima protrusão)

Movimento bordejante de abertura anterior: Vou fechar em máxima


protrusão, então a mandíbula totalmente aberta fecha acompanhada pela
contração dos pterigoideos laterais inferiores, produzindo movimentos de
fechamento para anterior.
Quando eu inicío um movimento eu saio do repouso e vou para o máximo de
contatos dentários, então meu ponto zero vai ser a relação Centrica e eu vou
fazer um fechamento para anterior.

Movimento bordejante de contato superior: Vou iniciar a minha protrusão, sair


de RC, tocar em MIH, descer a palatina dos superiores até os dentes se
encontrarem na região topo a topo, vai percorrer uma distância horizontal,
mandíbula se movimenta numa direção superior até os dentes de trás se
tocarem, passou da região topo a topo sobe até os dentes posteriores se
tocarem, depois disso eu consigo fazer finalmente, o restante da minha máxima
protrusão. Outra situação para entender melhor. Paciente está em repouso, vai
de RC para MIH, fazer o máximo de contatos dentários, depois disso ele faz
protrusão, vai sair até topo a topo, vai percorrer uma distância horizontal
promovida pela espessura da borda incisal, passou a ponta do incisivo superior,
vai cair no vazio até os dentes posteriores se tocarem e depois ele consegue
jogar um pouco mais a mandíbula pra frente, fazendo a protrusão máxima. Eu
preciso fazer uma protrusão certo? Porém eu tenho um incisivo atrapalhando e
eu tenho que contorna-lo e o contorno disso é o movimento bordejante de
contato superior.
Movimento de polsset: Não consigo visualizar movimento de lateralidade.
Plano Horizontal
Vejo a mandíbula como se eu tivesse olhando de cima, eu vejo o gráfico em
forma de um losango. Em anatomia, quando tem a contração do pterigoideo
lateral inferior de um único lado promove a lateralidade,
Movimento bordejante lateral esquerdo: Contração do pterigoideo, trazendo
para próximo da estrutura óssea, e o outro pterigoideo continua relaxado, eu saio
do ponto inicial que é RC e venho para o máximo de lateralidade esquerda do
paciente.
Gráfico de gize: limitação desse gráfico é abertura e fechamento. Esse ponto
aqui é uma gota, é chamado de movimento funcional ou movimento de gota
funcional também, gota mastigatória, por que? Porque quando eu vou fazer
alimentação, primeiro vem o alimento um pouco mais robusto, então tem que
abrir, fazer lateralidade e protusão e o alimento vai sendo triturado ficando
menorzinho e o movimento consequentemente vai ficando menor. Então eu
visualizo uma gota mastigatória menor e depois uma gota menorzinha, essa é a
área primeiro estágio da mastigação e depois um estágio um pouco antes da
deglutição. Esse é o gráfico Gize, horizontal.
Plano frontal
Eu olho o paciente de frente. Quando eu vou fazer o movimento de lateralidade,
eu tenho deslocamento que vai depender das morfologias das relações entre as
cúspides e formato da fossa articular, então se eu sair do ponto inicial de relação
Centrica e for para lateralidade máxima, acaba que eu vou transcorrer um
movimento que parece semicírculo. Como é que eu vou chamar esse
movimento? Movimento bordejante superior lateral esquerdo. Ao se aproximar
da abertura máxima os ligamentos se reversam produzindo movimentos
direcionados medialmente, eles se alinham.
Gráfico de mongine: Que parece um “escudo de futebol” Representa o meu
plano frontal, onde a limitação desse gráfico é a protrusão.
Se eu juntar o gráfico de polsset (plano sagital) junto com meu plano horizontal
e mais o plano frontal, eu consigo criar uma figura que é tridimensional, essa
figura se chama envelope de movimento.

Articuladores
Eu vou classificar quanto as posições das esferas condilares e também quanto
aos recursos envolvidos. Primeira classificação:
Arcon: Apresenta esferas articulares no ramo inferior do articulador simulando
a anatomia humana.
Não Arcon: Apresenta as esferas situadas no ramo superior, e componentes
simulando a cavidade articular presos ao ramo inferior, não representa a
anatomia humana, não usamos.
Enquanto os recursos envolvidos, eu posso chamar ele de: ANA, ASA, ATA.
ANA= NÃO AJUSTÁVEL, pode também ser chamado de charneira, correlator,
verticulador, oclusor. Não reproduz o arco real de fechamento, o fulcro é o ponto
de abertura e fechamento, não faz nenhum movimento de lateralidade, só faz
abertura e fechado e faz errado, esse modelo só pode ser montado em MIH, não
consigo montar em RC
ASA= SEMI AJUSTÁVEL, se assemelha a anatomia humana, arco de abertura
e fechamento igual do humano, reproduz de forma satisfatória os movimentos
mandibulares, sua limitação é a anatomia, só reproduz o ponto inicial e final do
movimento mandibular, porque a anatomia não se assemelha a anatomia
humana
ATA= TOTALMENTE AJUSTÁVEL, reproduz todos os movimentos, como é
mais sofisticado o manuseio é mais complexo, mais caro. Grau de necessidade
de ajusto em em boca é de 5%
A inclinação da minha eminencia articular é de 30º (ajuste padrão pra população
Brasileira) vou chamar de ângulo da inclinação da eminência articular ou ângulo
alpha
Grau de inclinação da parede interna da cavidade articular, ângulo de benette é
de 15º
Arco facial: A gente prende no rosto do paciente e vai transferir o verdadeiro
arco de fechamento da mandíbula, as olivas se encaixam no meato acustico
interno. Outra função do arco facial, é servir de sustentação ao que chamamos
de garfo, vai apoiar minha arcada superior e vai transferir da boca do paciente
para meu modelo, que posição a maxila está. O arco facial é formado pelo arco
em si, pelo garfo e pelo nasio.
Como eu começo a ter o registro do arco facial? Vou precisar de um material
termoplástico, copio a anatomia no meu paciente e se acopla ao meu garfo, esse
material utilizado é a godiva de baixa fusão, vou criar 3 pontos no meu garfo que
vão gerar estabilidade, um ponto na porção posterior, molar, em outro molar, e
na região entre os incisivos, e vou levar em posição a boca do paciente.
Sequência de travamento do arco facial: O primeiro parafuso que eu travo é
o nasio, o segundo parafuso é o arco facial, e agora o garfo, então eu vou a haste
vertical e por último o parafuso que trava o garfo na boca, são somente 4
parafusos.
Distancia intercondilar: Pode ser 1,2 e 3, quando coincide a linha da dimensão
da distância no arco, sempre tende a ir para o maior.
Depois pega o gesso especial, coloca na bolacha inteira, coloco meu modelo de
gesso especial (com as retenções) e depois fecha o articulador, e a porção que
tinha em cima encosta com a de baixo, formando uma figura que a gente chama
de ampulheta.

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