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RP 07075/07.

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Substitui: 03.92

Fluídos hidráulicos na base de óleo mineral para bombas de palhetas,


bombas de pistões radiais e bombas de engrenagem bem como para
motores GM, GMRP, MCS, MCR, MR E MKM/MRM
(para máquinas de pistões axiais vide RP 90220)

Qualidade, limpeza e viscosidade de operação do fluído hidráulico são 1.2 Faixa de viscosidades, bombas de pistões radiais R4
decisivos para a segurança operacional, economia e durabilidade do faixa de viscosidade permitida 10 até 200 mm2/s
equipamento. Os catálogos para os diversos componentes hidráulicos (fluídos permitidos vide secção 2.2)
possuem requisitos referentes à faixa de viscosidade e fluídos 1.3 Faixa de viscosidades, bombas de engrenamento externo e
apropriados. Além disso eles possuem dados para pedido de motores de engrenagem
execuções especiais para fluídos específicos. As condições a seguir Bombas G2, G3, G4 ou motores G2, G3:
precisam ser observadas adicionalmente aos requisitos dos catálogos. viscosidade permitida de operação 10 até 300 mm2/s
1. Viscosidade viscosidade permitida na partida 1000 mm2/s
A faixa de viscosidade permitida para a instalação completa, (fluídos permitidos vide secção 2.1 e 2.2)
mas também para bombas combinadas, será sempre definida 1.4 Faixa de viscosidades, bombas de engrenamento interno
pelo componente com a faixa mais restrita. (Em combinações 1.4.1 Bombas PGF:
de bombas V7/R4 por exemplo, amáxima viscosidade viscosidade permitida de operação 10 até 300 mm2/s
permitida é definida pela bomba R4, e a mínima viscosidade max. viscosidade permitida na partida 2000 mm2/s
permitida é limitada pela bomba V7). A faixa de viscosidade (fluídos permitidos: vide secções 2.1 e 2.2)
precisa ser mantida em todas as condições de operação. 1.4.2 Bombas PGH:
A viscosidade de óleos HV, na operação devido ao efeito de viscosidade permitida de operação 10 até 300 mm2/s
cisalhamento, é reduzida em até 30%. Isto precisa ser max. viscosidade permitida na partida 2000 mm2/s
considerado no dimensionamento. Por esse motivo na (fluídos permitidos: vide secções 2.1 e 2.2)
seleção das classes de viscosidade, a temperatura máxima
1.5 Faixa de viscosidades, motores GM e GMRP:
e mínima devem ser mantidas no reservatório.
viscosidade permitida de operação 16 até 160 mm2/s
Normalmente é necessário para isso o resfriamento ou
aquecimento ou ainda os dois. Se assim mesmo houver max. viscosidade permitida na partida 800 mm2/s
problemas, é preciso eventualmente utilizar um fluído com (fluídos permitidos vide secção 2.2)
outra classe de viscosidade (classe ISO-VG). No caso de 1.6 Faixa de viscosidades, motores MCS
dúvidas consultar a Bosch Rexroth. 1.6.1 MCS Serie construtiva 3:
1.1 Faixa de viscosidades, bombas de palhetas viscosidade permitida de operação 10 até 500 mm2/s
1.1.1 Bombas V3 e V4 1.6.2 MCS Serie construtiva 5 e 6:
max. 800 mm2/s na partida em operação de recalque viscosidade permitida de operação 25 até 500 mm2/s
max. 200 mm2/s na partida em operação com curso zero (fluídos permitidos vide secção 2.1 e 2.2)
min. 25 mm2/s com temperatura máxima permitida de 1.7 Faixa de viscosidades, motores MCR
operação faixa otimizada de viscosidade 25 até 160 mm2/s viscosidade permitida de operação 10 até 2000 mm2/s
Em pressões de curso zero menores que 63 bar, (fluídos permitidos vide secção 2.1 e 2.2)
a viscosidade mínima permitida é de 16 mm2/s 1.8 Faixa de viscosidades, motores MR(E), MRD(E),
(fluídos permitidos: vide secção 2.2) MRV(E), MRT(E)
1.1.2 Bombas V7 viscosidade permitida de operação 18 até 1000 mm2/s
max. 800 mm2/s na partida em operação de recalque viscosidade recomendada de operação 30 até 50 mm2/s
max. 200 mm2/s na partida em operação com curso zero (fluídos permitidos vide secção 2.2)
min. 16 mm2/s com temperatura máxima permitida de 1.9 Faixa de viscosidades, motores MKM/MRM:
operação viscosidade permitida de operação 20 até 150 mm2/s
viscosidade permitida de operação 16 até 160 mm2/s max. viscosidade permitida na partida 1000 mm2/s
(fluídos permitidos vide secções 2.1 e 2.2) viscosidade recomendada de operação 30 até 50 mm2/s
1.1.3 Bombas VV e VQ (fluídos permitidos vide secção 2.2)
faixa de viscosidade permitida 13 até 860 mm2/s
(recomendado 13 até 54 mm2/s)
(fluídos permitidos vide secção 2.2)

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2. Fluídos hidráulicos
A especificação do fluído de operação é sempre determinada Também recomendamos ao usuário, na escolha do
pelo componente mais exigente em uma instalação. fornecedor do óleo hidráulico, observar se o mesmo
Todos os componentes de uma instalação precisam ser oferece possibilidades de controlar o estado do óleo em
apropriados para o fluído utilizado. uso, quanto à contaminação, envelhecimento e se há
2.1 Óleos HL conforme DIN 51524 parte 1: reserva dos aditivos, e se o mesmo tem condições de
Estes fluídos não possuem aditivos como proteção ao declarar se o fluído deve ou não continuar a ser usado.
desgaste no caso de atrito mixto, e somente são apropriados 2.2.2 Óleos HVLP conforme DIN 51524 parte 3:
para as seguintes bombas e motores: PGH, PGF, G2, G3, G4, (Óleos com indice de viscosidade aumentado para
e V7 1) (TN 10, 16, 25 e 40) bem como para os motores utilização em instalações, que estiverem submetidos a uma
GMRP, MCS, MCR. faixa de temperatura maior)
1)
até no max. 80 bar; Aqui se aplicam as mesmas observações e restrições,
citadas na secção 2.2.1 para os óleos HLP. Na seleção de
Fluídos aeroespaciais conforme MIL-H5606 (ex. Aero Shell óleos HV precisa ser considerada uma perda de
Fluid 4) correspondem aos óleos HL quanto à proteção ao viscosidade do óleo até 30%, devido à perda por
desgaste e podem ser utilizados nas bombas e motores cisalhamento. Isto significa por ex. que na bomba V4 e
supracitados, na faixa permitida de viscosidades. Fluídos utilização de óleos HV, a viscosidade mínima permitida
hidráulicos que atacam chumbo ou materiais de mancais que precisa ser aumentada de 25 mm2/s para 36 mm2/s, isto
contenham chumbo, mesmo que cumpram a especificação HL
para que a viscosidade mínima não fique abaixo da
conforme DIN 51524 parte 1, não poderão ser utilizados. permitida, devido à perdas por cisalhamento no regime de
Trata-se aqui principalmente de óleos multi-aplicações (por operação. Os melhoradores VI podem atuar
ex. óleos para leitos/barramentos), os quais contenham negativamente ao comportamento de demulsificação e da
ácidos graxos ou ésteres de ácidos graxos. Conforme CETOP- capacidade de separação de ar, por isso os óleos HV
RP 75 H e ISO 11158 óleos equivalentes também são somente deveriam ser usados, se as condições de
denominados HL. temperatura assim o exigirem.
2.2 Óleos com propriedades HLP O resultado do ensaio da queda de viscosidade conforme
2.2.1 Óleos HLP conforme DIN 51524 parte 2: DIN 51382 para o comportamento na prática, não possue
(óleos com aditivos protetivos à corrosão, oxidação e força declaratória. Para a análise no entanto, o resultado
desgaste) conforme E-DIN 51350 parte 6 acima de 20h, poderá ser
Estes fluídos são usualmente utilizados na hidráulica. Eles considerado.
são apropriados para todos os componentes, desde que (óleos aero-espaciais conforme MIL-H-5606 vide
mantidos os requisitos de viscosidade. secção 2.1, óleos H L)
Nas classes de viscosidades VG10, VG15 e VG22, a DIN 2.2.3 Utilização de óleos HLP-D:
51524 parte 2, não define requisitos suficientes quanto à (Óleos HLP com aditivos detergentes e dispersantes)
proteção contra corrosão. Óleos destas classes de Estes óleos em parte podem absorver quantidades
viscosidades somente são permitidos, se os mesmos consideráveis de água. Isto também pode agir sobre a
alcançarem 10 na escala de força de avaria, no teste FZG proteção ao desgaste, principalmente se a água estiver em
conforme DIN 51354 parte 2, no mínimo. pingos grandes. Eles portanto não devem ser utilizados
Fluídos hidráulicos que atacam chumbo ou materiais de em instalações, nas quais é possível a invasão de água.
mancais que contenham chumbo, mesmo que cumpram a Na utilização de fluídos sintéticos de lubrificação e
especificação HLP conforme DIN 51524 parte 2, não poderão resfriamento na usinagem, a perfeita função somente será
ser utilizados. Trata-se aqui principalmente de óleos multi- garantida, com o uso de óleos HLP-D. Na utilização de
aplicações (por ex. óleos para leitos/barramentos) e em parte outros óleos ocorrem adesões. Na área mobil estes fluídos
também óleos HLP-D. Óleos multi-aplicações tipos CG também foram aprovados. Recomendamos a utilização de
conforme DIN 51502 ou HG conforme ISO 11158 somente óleos HLP-D somente nos casos citados.
poderão ser utilizados após autorização escrita da A capacidade de umidificação destes óleos varia bastante,
Bosch Rexroth. Na verdade permitimos todos os fluídos HLP, conforme o fabricante. A declaração de que eles são
que satisfaçam a DIN 51524 parte 2, com as excessões especialmente apropriados para evitar o efeito Stick-Slip
citadas acima, mas gostaríamos de alertar, que esta em baixas velocidades de cilindros, não pode ser
norma somente define requisitos mínimos. generalizada.
Existem óleos, o que se deduz das tabelas, que ultrapassam Em casos individuais, onde há bastante entrada de água
estes requisitos quanto ao comportamento de (por ex. aciarias ou ambientes úmidos), a utilização de
envelhecimento, proteção ao desgaste, compatibilidade a óleos HLP-D não é permitida, visto que a água
metais coloridos, carga térmica e filtrabilidade. emulsificada não sedimenta no reservatório, mas evapora
A duração ao envelhecimento permite tirar conclusões quanto nos pontos de alta carga. Nestes casos recomenda-se a
á durabilidade de uso do fluído. Um baixo teor de lama utilização de óleos hidráulicos HLP com capacidade de-
resulta numa baixa sedimentação no sistema. Uma boa mulsificadora especialmente alta.
filtrabilidade evita avarias. No caso de dúvidas entrar em
contato com o fabricante do óleo.

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A água sedimentada no fundo do reservatório deve ser existam componentes mais sensíveis (por ex. servo-
drenada em períodos regulares. A filtrabilidade de óleos válvulas), na instalação, então o grau de filtragem deve ser
isentos de zinco, normalmente também é melhor, ajustado ao componente mais sensível. Óleos novos no
especialmente na filtragem ultra-fina. Na seleção do óleo estado de fornecimento muitas vezes não cumprem os
também deve-se observar, que a filtrabilidade do fluído requisitos de pureza. Por isso no preenchimento do
com entrada de água, não seja pior. reservatório é necessário uma cuidadosa filtragem. A
Na utilização de óleos HLP-D as contaminações não classe NAS dos óleos no estado de fornecimento poderá
sedimentam. Elas são mantidas em suspensão e precisam ser obtida do fabricante do óleo. Os óleos utilizados
ser filtradas. Por esse motivo é necessário aumentar a devem ter boa filtrabilidade não somente no estado novo,
área de filtragem (dimensionamento do filtro com mas também durante o tempo de uso. Conforme os
p=0,2 bar). Também o grau de filtragem deve ser aditivos utilizados existem aqui diferenças marcantes.
reduzido.O conteúdo de água precisa estar abaixo de Uma operação da instalação com filtro entupido, precisa
0,1%, porque a água acelera o envelhecimento do óleo, ser evitada através de segurança elétrica.
piora as propriedades de lubrificação, capacita a corrosão A manutenção da classe de pureza especificada exige uma
e a cavitação, encurta a durabilidade das vedações e piora cuidadosa filtragem no respiro do reservatório. Num
a filtrabilidade. Vários óleos HLP-D tem ácidos graxos ou ambiente úmido é necessário um kit de Silicagel.
ésteres de ácidos graxos. Estes fluídos não podem ser 4. Mistura de diversos óleos hidráulicos
utilizados porque atacam o chumbo. No caso de dúvidas
entrar em contato com o fabricante do óleo. Em geral, Se forem misturados óleos hidráulicos de vários fabricantes
com excessão do comportamento de demulsificação em ou vários tipos do mesmo fabricante, poderão ocorrer
óleos HLP-D, é válido o mesmo que descrito na secção 2.2. adesões, formações de lama e sedimentações. Isto poderá
levar a interrupções e avarias no sistema hidráulico. Por
3. Filtragem este motivo não podemos assumir a garantia no caso de
Em geral é necessária a classe de pureza 9 conforme mistura de óleos na utilização. Em geral deve-se observar
NAS1638 para o fluído de operação. que, óleos da mesma norma nem sempre são compatíveis
Isto se atinge com filtro ß20≥ 75. Para assegurar alta entre si. A questão da responsabilidade no caso de avarias
durabilidade recomendamos a classe de pureza 8 conforme com óleos misturados de vários fabricantes, ou acréscimo
NAS1638, que se atinge com um filtro ß10≥ 100. de aditivos, em geral é difícil de resolver. O fornecedor do
Também devem ser observados os dados nos catálogos óleo no entanto poderá ensaiar a mistura de óleos, e
individuais dos vários componentes hidráulicos. Caso fornecer ao usuário da instalação uma garantia à respeito.

Diagrama viscosidade - temperatura

Temperatura em ºC

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Fórmulas e Normas mais usadas
Fórmulas da física Processos de medição e normalização
a) Velocidade sônica para óleo mineral c = 1320 m/s 1 Viscosidade cinemática em mm2/s
Medição por ex. com viscosimetro de Ubbelohde
b) Fator de compressibilidade (módulo de compressibilidade) Conf. DIN 51 562
V 1 2 Densidade com 15 oC em g/cm3 com areômetro
= bis 8 • 10 –5
= 3 até
V • p bar Conf. DIN 51 757
3 Indice de viscosidade (VI )
c) Função viscosidade - temperatura Conf. DIN/ISO 2909
U1 – U2
4 para fluídos HL DIN 51 524 parte 1
Pendor n = 2,303 (lg T – lg T ) onde U = arsinh ln V para fluídos HLP DIN 51 524 parte 2
2 1
para fluídos HV DIN 51 524 parte 3
Indice de viscosidade VI (Cálculo conf. DIN/ISO 2909)
5 Classificação de viscosidade (conf. ISO)
Conf. DIN 51 519
d) Comportamento viscosidade - pressão (tenacidade
dinâmica) 6 Pourpoint
(Atingimento do limite de escoamento em 3o acima do
p= 0
• e • p (p em bar) [mPa•s]
ponto de solidificação)
0,00240 bar–1 Conf. DIN/ISO 3016
20 °C =
–1 7 Teste normal FZG, A/8, 3/90
50 °C = 0,00205 bar
(Ensaio com engrenagem sob tensão em 12 estágios
100 °C = 0,00247 bar–1
á 90 oC temperatura inicial e 8,3 m/s de velocidade
(conforme: ”Fluídos hidráulicos“ periférica)
Eng. Dipl. Horst Dietterle, Fa. Shell) Conf. DIN 51 354 Teil 2
e) Capacidade térmica específica 8 Pressões – Conceitos – Estágios de pressão
c = 1,84 • kJ Conf. DIN 24 312
kg • K
9 Capacidade de eliminação de ar
f) Dilatação térmica Conf. DIN 51 381
v = v • 0,0007• T [cm3] (T in K ) 10 Propriedades de proteção contra corrosão
g) Coeficiente de Bunsen para ar em óleo mineral = 0,09 ao aço (Processo A) DIN 51 585
p2
efeito de corrosão ao cobre DIN 51 759
VL ≈ 0,09 • Vóleo •
p1 11 Capacidade demulsificadora DIN 51 599
Teor de água DIN/ISO 3733
VL = ar dissolvido no óleo em cm3
12 Comportamento ao material de vedação
Vóleo = Volume de óleo em cm3
Conf. DIN 53 538 parte 1
p1 = Pressão inicial em bar
em conjunto em DIN 53 521 e DIN 53 505
p2 = Pressão final em bar
mg KOH
h) Relação de circulação (fator de circulação) 13 Fator de neutralização em DIN 51 558 parte 1
g
qv
14 Definição do resíduo de coque conf. Conradson
i = min –1 Conf. DIN 51 551
V
instalação 15 Ensaio mecânico na bomba de palhetas
reciproco ao tempo de parada (desgaste em mg) conf. DIN 51 389 parte 2
qv em L/min (Vazão da bomba) 16 Comportamento ao envelhecimento
V em L (Volume de óleo da instalação) Aumento do fator de neutralização (NZ)
após 1000 h (mg KOH/g) conf. DIN 51 587

Bosch Rexroth Ltda. Os dados indicados servem somente como descrição do produto.
Av. Tégula, 888 - Unidade 13/14 - Ponte Alta Uma declaração sobre determinadas características ou a sua
12952-440 - Atibaia - São Paulo aptidão para determinado uso, não podem ser concluidos através
Tel.: (11) 4414-5600 dos dados.
Telefax: (11) 4414-5649 Os dados não eximem o usuário de suas próprias análises e testes.
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