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Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana - UNEF

Disciplina: Botânica aplicada à Farmácia


Docente: Prof. Tasciano Santa Izabel
Discente: Marcos José Belé
Curso: Farmácia Turno: Noturno
Data: 20/11/2017

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA AO HUEFS

INTRODUÇÃO

Conhecer as espécies de plantas e fungos que ocorrem no território


brasileiro, organizar as informações e os dados a elas relacionadas e disponibilizar
este conhecimento visando o progresso da ciência e o bem estar da sociedade são
questões que necessariamente precisam perpassar pelo planejamento estratégico
do país. Dessa forma se fez necessário catalogar essas espécies para que
constante e futuramente pudéssemos estudá-las através de documentos. Os
documentos que certificam a diversidade e a riqueza da flora de uma determinada
região ou país encontram-se depositados em coleções botânicas. Essas coleções
são bancos de materiais (espécimes ou exemplares) vivos ou preservados e os
dados a eles associados.

Os herbários são exemplos de coleções preservadas e servem como


ferramentas essenciais para o trabalho dos taxonomistas e apoio para muitas outras
áreas do conhecimento. O herbário provê o voucher para um grupo de organismos
vivos; fornece a base de dados acerca da distribuição geográfica e da diversidade
de plantas; guarda a memória de conceitos morfológicos e taxonômicos e a maneira
como esses conceitos foram sendo modificados.

No Brasil há 114 herbários ativos, dos quais cerca da metade detêm


menos de 20 mil exemplares; 23 herbários têm mais de 50 mil exemplares. Dentre
os herbários do Brasil, na região de feira de Santana encontra-se o Herbário da
Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) que atualmente conta com
uma coleção de mais de 175.000 exemplares das mais variadas espécimes de
plantas.
Para mostrar como é o funcionamento de armazenagem de espécimes de
um herbário, o docente-orientador Tasciano Santa Izabel, da disciplina de botânica
aplicada à farmácia, levou os discentes do curso de farmácia da Unidade de Ensino
Superior de Feira de Santana (UNEF) para conhecer o HUEFS (Herbário da
Universidade Estadual de Feira de Santana).

OBJETIVO

Relatar o que foi visto durante a visita técnica ao Herbário da


Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS)

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) foi


fundado em 1980, como parte integrante do Departamento de Ciências Biológicas.
Atualmente, o herbário ocupa uma área de 754,28 m2. Os espaços estão
organizados em: Sala de Processamento de Dados, Sala de Processamento de
Material, Sala de Montagem, Sala de Duplicatas, Sala de Arquivo Sala da Coleção
Geral, Sala da Curadoria e Almoxarifado.

Atualmente, o HUEFS possui uma coleção de 230.000 registros (2017)


cadastrados em banco de dados HERBARIO 2.0 desenvolvido pelo professor Dr.
Luciano Paganucci. Com este acervo, o HUEFS possui, hoje, a maior coleção de
Angiospermas do Nordeste. O número de tipos nomenclaturas depositados é de
aproximadamente 845, sendo a maior parte na forma de cibachromes obtidos
através do "Projeto de Repatriamento de Dados para a Flora do Nordeste",
desenvolvido junto ao Royal Botanic Gardens de Kew. O HUEFS e o TAXON
contam também com importante coleção líquida proveniente do desenvolvimento
dos projetos Flora da Chapada Diamantina, Leguminosas da Caatinga, Flora dos
Inselbergs da Região de Milagres e Flora de Lagoas.

De acordo com a visita realizada ao HUEFS podemos observar a grande


importância para a comunidade de biólogos e farmacêuticos termos um cervo que
ao mesmo tempo podemos julgar como grande em condições do volume de
espécimes disponíveis para análise (230.000) e ao tempo tão pequeno por não
conter nem 20% das espécies de plantas existentes no mundo. O HUEFS utiliza o
gerenciador de Banco de Dados HERBÁRIO 2.0, um software que armazena dados
específicos para cada necessidade do usuário, permitindo reunir e utilizar dados
sobre espécimes, confeccionar rótulos, emitir relatórios e realizar consultas, como:
checklists de áreas, listagens por famílias, listagens por gêneros ou espécies,
listagens por coletor, etc. Além do cadastramento das novas amostras, também é
realizada a frequente atualização dos dados existentes, efetivando uma maior
agilidade na troca de informações entre herbários.

Outra importante atividade desempenhada é o intercâmbio com outros


herbários, o que possibilita aumentar o acervo do HUEFS através de permutas e a
identificação dos táxons, através das doações e empréstimo dos materiais,
principalmente dados de exsicatas produzidas por outras universidades. O acervo na
ultima década teve um crescimento muito significativo passando de cerca de 50.271
espécimes no ano de 2000 para 230.000 espécimes até 2017.

CONCLUSÃO

Os herbários hoje informatizados, a exemplo do herbário da Universidade


Estadual de Feira de Santana (HUEFS), vêm respondendo com muito mais agilidade
às perguntas dos cientistas, dos gestores da área ambiental e também de outros
segmentos da sociedade, embora o número de exemplares reunidos nas coleções
brasileiras seja significativo e tenha crescido notadamente nas últimas décadas,
especialmente devido à implantação de cursos de pós-graduação e de programas
de floras estaduais e regionais. Mesmo assim os herbários representam ainda muito
pouco do contingente do acervos de espécimes de plantas do mundo. Este fato é
contraditório, quando se considera que o país detém cerca de 14% da diversidade
vegetal do planeta.
ANEXOS
REFERÊNCIAS

HUEFS - Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana. GBIF.


INTEGRATED PUBLISHING TOOLKIT. 2017. Disponível em:
<https://ipt.sibbr.gov.br/parceiros_jbrj/resource?r=huefs_6> Acesso em 16 de
novembro de 2017.

NETO, R. B. Visitas a coleções promovem melhorias na qualidade dos dados. INCT – Herbário
Virtual da Flora e dos Fungos. 2013. Disponível em: <http://inct.florabrasil.net/visitas-a-
colecoes-promovem-melhorias-na-qualidade-dos- dados/> Acesso em: 16 de
novembro de 2017.

PEIXOTO, Ariane Luna; MORIM, Marli Pires. Coleções botânicas: documentação


da biodiversidade brasileira. Cienc. Cult., São Paulo , v. 55, n. 3, p. 21-24, Sept.
2003. Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252003000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 16 de novembro de 2017.

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