Título
SEMANA 7
Descrição
Questão objetiva
Questão discursiva
A Lei de Imprensa (Lei nº 5250/67), editada durante o regime militar, disciplinava a
responsabilidade penal e civil de todos aqueles que, através dos meios de informação e
divulgação, praticassem abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento
e informação, foi objeto de uma Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF 130). Tal ação foi ajuizada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), cuja
argumentação se apoiava na ideia-força de que a referida lei não teria sido recepcionada
pela Constituição Federal de 1988. Na ação, alegava o PDT a não-recepção de todos os
seus dispositivos legais, sob o argumento de que a aludida legislação seria produto de um
Estado autoritário. Ou seja, a referida lei seria incompatível com os tempos democráticos,
violando a Constituição Federal nos seguintes dispositivos: art. 5º, incisos IV, V, IX, X,
XIII e XIV e artigos 220 a 223. Além disso, violaria também a Declaração Universal dos
Direitos Humanos no seu art. XIX. Diante de tais fatos, responda,
JUSTIFICADAMENTE, como você decidiria acerca da inconstitucionalidade da lei nº
5250/67?
R: Embora alguns artigos da atual Lei de Imprensa foram perfeitamente
recepcionados pela Constituição. Mas, para o ministro, manter apenas alguns
artigos faria a norma “perder sua organicidade”. Vale lembrar que o inciso V do
artigo 5º da Constituição assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além de indenização por dano material, moral ou à imagem, o que implica dizer que
a ausência de regulação legislativa não se revelará obstáculo ao exercício do direito
de resposta. Pode-se até regular temas secundários, que circundam o trabalho
jornalístico, mas nunca a liberdade de manifestação e o direito de acesso à
informação. Ou seja, pode haver leis para regular direito de resposta e pedidos de
indenização.
Desenvolvimento