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DISTÚRBIOS DE ATENÇÃO

50 Sugestões para lidar com este problema

Os professores sabem aquilo que muitos outros profissionais ignoram: Não


existe um síndroma de Distúrbios Graves de Atenção, mas sim muitos. Os
DGA raramente aparecem na sua forma "pura"; frequentemente, surgem
associados a outros problemas como as dificuldades de aprendizagem ou os
distúrbios emocionais. É comum dizer-se que os DGA mudam como o vento,
inconstante e imprevisível. Da mesma forma podemos dizer, apesar do que
nos é serenamente explicado em muitos textos, que o tratamento dos DGA
é uma tarefa árdua e que exige grande empenhamento.

Não há soluções fáceis para a gestão dos DGA na sala de aula ou em casa.
Resumindo tudo o que já foi dito e feito até hoje, a efectividade de
qualquer tipo de intervenção reeducativa neste problema depende,
essencialmente, da bagagem pedagógica e da persistência da Escola de uma
forma geral e, individualmente, do professor.

Aqui fica uma série de alvitres para a gestão dos DGA na Escola. As
sugestões que se seguem destinam-se aos professores de crianças de todas
as idades. Algumas delas serão, obviamente, mais apropriadas para crianças
mais novas, outras para jovens, mas os princípios educativos, a estrutura
interventora e os esquemas de encorajamento são válidos para todos.

1. Em primeiro lugar e antes de tudo CERTIFIQUE-SE DE QUE AQUILO


COM QUE ESTÁ A LIDAR SÃO, EFECTIVAMENTE, DISTÚRBIOS
GRAVES DE ATENÇÃO. É verdade que, definitivamente, não compete ao
professor diagnosticar os DGA, mas pode e deve certificar-se de algumas
coisas. Concretamente, certifique-se que a criança fez, recentemente,
exames auditivos e ópticos e que qualquer outro tipo de problemas de cariz
médico está excluído. Assegure-se de que foi feita uma adequada avaliação.
Faça todas as perguntas necessárias até estar seguro. A responsabilidade
de todo o processo referido pertence aos pais, não aos professores, mas
estes podem apoiá-los e aconselhá-los.

2. Em segundo lugar, TRATE DE ASSEGURAR OS SEUS SUPORTES


PESSOAIS. Ser professor de uma turma onde há duas ou três crianças com
DGA pode ser extremamente desgastante. Certifique-se de que tem o
suporte da Escola e dos Pais. Assegure-se de que há alguém por perto com
quem se pode aconselhar quando tiver algum problema (um pedopsiquiatra,
um psicólogo, uma assistente social, um professor especializado em
educação especial, um pediatra... o grau académico da pessoa é irrelevante.
O que interessa é que essa pessoa tenha bastantes conhecimentos sobre os
DGA, já tenha visto bastantes crianças com DGA, saiba qual o papel que
pode desempenhar junto da sua sala de aula e que fale honesta e
francamente). Tenha a certeza de que os pais estão a trabalhar consigo.
Assegure também o apoio dos seus colegas.

3. Em terceiro lugar, CONHEÇA OS SEUS LIMITES. Não tenha medo de


pedir ajuda. Não pode pressupor que, por ser professor, tem que ser perito
em DGA. Tem que reconhecer que é muito agradável procurar ajuda quando
sente que tem necessidade dela.

4. PERGUNTE À CRIANÇA O QUE É QUE A PODE AJUDAR. Estas crianças


são, muitas vezes, bastante intuitivas. São capazes de lhe dizer como podem
aprender melhor, desde que lhes coloque a questão. Frequentemente são
desconcertantes quando fazem sugestões de modo próprio já que estas
podem ser bastante excêntricas. No entanto, tente sentar-se
individualmente com a criança e perguntar-lhe como é que ela aprende
melhor. Parta do princípio de que o melhor especialista sobre como é que
uma criança aprende é ela mesmo. É simplesmente espantoso como as suas
opiniões são sistematicamente ignoradas ou, quantas vezes, ninguém lhas
pede. Além do que foi dito, e especialmente com os jovens, assegure-se de
que eles percebem o que são os DGA. Isso poder-vos-á ajudar bastante a
ambos.

5. LEMBRE-SE DE QUE AS CRIANÇAS COM DGA NECESSITAM DE


ROTINAS EDUCATIVAS, DE ORGANIZAÇÃO. Precisam de um
envolvimento que estruture externamente aquilo elas que são incapazes de
estruturar internamente, em si mesmas. Faça listas. As crianças com DGA
beneficiam bastante ao terem listas de tarefas onde possam verificar
aquilo que fizeram, o que deviam ter feito, o que terão que fazer. Elas
necessitam de memorandos. Necessitam de listas de tarefas a executar.
Necessitam de repetições. Precisam de directrizes. Têm necessidade de
limites. Precisam de organização.

6. LEMBRE-SE DA COMPONENTE EMOCIONAL DA APRENDIZAGEM.


Estas crianças precisam de uma ajuda especial para encontrar prazer nas
sala de aula, formas de contrariar a tendência para o insucesso e para a
frustração, estimulação em vez de tédio ou medo. É fundamental ter em
atenção as emoções envolvidas no processo de ensino - aprendizagem.
7. ESTABELEÇA REGRAS. Mantenha-as escritas numa lista sempre à vista.
A criança sentir-se-á muito mais segura se souber o que se espera dela.

8. REPITA AS DIRECTIVAS. Escreva-as. Refira-as em voz alta. As crianças


com DGA precisam de ouvir as coisas mais do que uma vez.

9. MANTENHA UM FREQUENTE CONTACTO OCULAR. Poderá fazer


regressar à realidade uma criança com DGA. Faça-o com bastante
frequência. Um olhar pode fazer voltar à realidade um aluno que está a
"sonhar acordado", provocar uma pergunta que, doutra maneira, não seria
feita ou, simplesmente, assegurar o silêncio quando for necessário.

10. SENTE A CRIANÇA COM DGA JUNTO DA SUA SECRETÁRIA ou perto


de qualquer outro sítio onde esteja a maior parte do tempo. Este tipo de
ajuda poderá impedir que ela esteja com "a cabeça na lua" entrando em
devaneios que acabam por as angustiar bastante.

11. ESTABELEÇA LIMITES, MARGENS DE MANOBRA. Faça-o de uma


forma construtiva, afectiva e não com um sentido punitivo. Faça-o
consistentemente, de uma forma previsível, pontualmente e/ou de uma
maneira planeada. Não se meta alhadas... Evite grandes discussões
argumentativas sobre o sexo dos anjos. Elas tornam-se uma verdadeira
diversão para este tipo de crianças. Contenha-se!

12. FAÇA UM HORÁRIO DAS ACTIVIDADES DIÁRIAS. Afixe-o no


quadro, na parede ou na carteira do aluno. Remeta-o frequentemente para
ele. Se lhe vai introduzir algumas alterações, como costumam fazer os
professores verdadeiramente interessantes, avise a criança bastantes
vezes e prepare-a. Transições inesperadas ou quebras bruscas da rotina são
verdadeiros "bicos de obra" para estas crianças. Ficam perfeitamente
desorientadas... Tenha cuidados muito especiais em prepará-la
antecipadamente para toda e qualquer transição inesperada. Anuncie-lhe o
que vai acontecer e vá -a avisando repetidamente à medida que a hora se
aproxima.

13. TENTE AJUDAR A CRIANÇA A FAZER UM HORÁRIO PARA AS


TAREFAS QUE TEM QUE REALIZAR depois da escola, numa tentativa de
evitar um dos estereótipos das crianças com DGA; O protelar as tarefas
que têm que realizar.

14. ELIMINE OU REDUZA CONSIDERAVELMENTE A FREQUÊNCIA DOS


TESTES REALIZADOS EM TEMPO LIMITADO. Eles não demonstram
grande valor do ponto de vista educacional e, definitivamente, não ajudam
nada as crianças com DGA a mostrar o que sabem.

15. ARRANJE 'VÁLVULAS DE ESCAPE" como, por exemplo, autorizar a


criança a sair da sala de aula por alguns momentos. Se isso puder ser
introduzido nas regras instituídas para a turma, permitirá que o aluno
abandone a sala por um momento antes de "se perder", servindo,
simultaneamente, para lhe desenvolver qualidades importantes como a auto-
observação e o auto controle.

16. PROCURE MARCAR TRABALHOS DE CASA QUE PRIMEM PELA


QUALIDADE E NÃO PELA QUANTIDADE. As crianças com DGA
necessitam frequentemente de "carga reduzida"! Tem que ter este facto
em conta à medida que ela vai progredindo nas aprendizagens. Ela terá tanta
dificuldade em concentrar-se a fazer os trabalhos de casa como para
estudar as matérias.

17 AVALIE FREQUENTEMENTE OS PROGRESSOS. As crianças com DGA


beneficiam bastante se lhes for dado um feedback quase constante. Ajuda-
as a manterem-se no caminho traçado, mantêm-nas informadas sobre aquilo
que se espera delas e se estão ou não a atingir os objectivos estipulados.
Esta constância de informação pode ser bastante encorajadora para estes
alunos.

18. DIVIDA AS TAREFAS MAIS COMPLEXAS EM PEQUENOS PASSOS.


Este é, tecnicamente, um dos pontos cruciais no ensino destas crianças. As
tarefas muito longas ou muito complexas rapidamente desmoralizam o aluno
e provocarão o emocional e inevitável "não sou capaz...". Ao dividir a tarefa
em pequenos passos, que serão sempre menos complexos e de desempenho
mais rápido, cada uma dessas pequenas tarefas resultantes parecerão à
criança fáceis de executar e dar-lhe-ão a emoção positiva do sucesso. Em
geral, estas crianças conseguem fazer sempre um pouco mais do que aquilo
que pensam que serão capazes. Ao dividir as tarefas, o professor ajuda-a a
provar isso a si mesma. Com as crianças mais pequenas isto torna-se ainda
mais importante já que funciona numa perspectiva de prevenir
precocemente futuros estados de frustração antecipada. Com as crianças
mais velhas ajuda-as a corrigir a atitude fatalista e desmotivante que,
tantas vezes, aparece no seu caminho. Este procedimento ajuda-as de
muitas outras formas que não interessa estar aqui a enumerar. Faça-o
sempre.
19. SEJA LÚDICO, DIVERTIDO, POUCO CONVENCIONAL, APARATOSO.
Introduza a inovação na rotina diária. As pessoas com DGA adoram a
inovação e reagem com entusiasmo. Ajuda-as a estar atentas - a elas e a si...
Lembre-se que as crianças são pessoas cheias de vida e adoram brincar.
Acima de tudo, detestam coisas maçadoras. Grande parte da intervenção
que temos com elas envolve coisas potencialmente "chatas": A rotina
educativa, as listas de tarefas, os horários e as regras a cumprir. Tem que
mostrar à criança que, só por ter de a fazer cumprir estas coisas, não é um
professor "chato", não é uma pessoa entediante e a escola não tem que ser,
obrigatoriamente, aborrecida. Serviço é serviço, cognac é cognac e cada
coisa tem o seu lugar: Se você, de vez em quando, conseguir ser um pouco
louco, ajudará bastante...

20. EVITE A ESTIMULAÇÃO EXAGERADA. Lembre-se que, se a panela


estiver tempo demais ao lume, a comida esturra. Assim pode acontecer às
crianças com DGA quando são super estimuladas. Tem que aprender a
reduzir a chama rapidamente antes que lhe cheire a queimado...aí já é tarde!
A melhor maneira de lidar com o caos na sala de aula é preveni-lo antes que
aconteça.

21. EXPLORE E VALORIZE O SUCESSO O MAIS POSSÍVEL. Estas


crianças vivem com o insucesso de uma forma tão permanente que precisam
de todos os reforços positivos que puderem receber. ESTE ASPECTO NÃO
PODE SER DESVALORIZADO: Estas crianças precisam de elogios e
beneficiam deles. Adoram ser elogiadas. Bebem os encorajamentos e
crescem à conta deles! Sem eles, definham e secam. O aspecto mais
devastador dos DGA não são os próprios DGA, mas os efeitos secundários
que têm na auto-estima das crianças. Regue bem estas crianças com
encorajamento e elogios q.b. .

22. UM DOS PROBLEMAS DESTAS CRIANÇAS É A FALTA DE MEMÓRIA.


Ensine-lhes alguns truques como mnemónicas, spots, etc. Elas têm,
frequentemente, problemas graves na memória a "curto prazo". Ajude-os
com rimas, dê-lhes deixas, associe acontecimentos a canções conhecidas,
etc., etc. São pequenos truques que podem dar uma grande ajuda à
"educação" da sua memória.

23. USE SÍNTESES, ESBOÇOS. ENSINE ATRAVÉS DE RESUMOS.


ENSINE REALÇANDO AS COISAS REALMENTE IMPORTANTES. Não é
fácil chegar rapidamente à criança com DGA com este tipo de técnica mas,
a partir do momento em que ela a compreende, ajudá-la-á bastante a
estruturar e dar forma ao que foi aprendido e ao que está a aprender. E um
tipo de ajuda que auxiliará a criança a distinguir o que é IMPORTANTE do
que é ACESSÓRIO durante o processo de aprendizagem. É durante este
processo que ela necessita de argumentos para lutar contra o rol enorme de
futilidades a que, geralmente, dá importância.

24. ANUNCIE, ANTECIPADAMENTE, O QUE VAI DIZER. Depois, diga-o.


Depois, diga o que acabou de dizer. A maioria das crianças com DGA, tal
como todas as outras, aprende melhor o que vê do que o que ouve. Portanto,
sempre que puder, escreva o que vai dizer lendo alto à medida que vai
escrevendo. Este simples acto pode ser de grande ajuda. É uma técnica que
ajuda bastante a colocar as ideias no seu lugar.

25. SIMPLIFIQUE AS INSTRUÇÕES. Simplifique as escolhas. Simplifique


os horários. E, quanto mais simplificada for a sua linguagem, mais facilmente
será compreendida. Ser "palrapatecas" só complica! E use uma linguagem
colorida. Tal como os anúncios coloridos, também a linguagem colorida atraí
a atenção.

26. USE O FEEDBACK NECESSÁRIO PARA AJUDAR A CRIANÇA A SER


AUTO-OBSERVADORA. As crianças com DGA tendem a ser fracas
observadoras de si mesmas. Frequentemente não fazem ideia nenhuma de
como chegaram a determinado ponto ou de como se estão a comportar.
Procure dar-lhes essa informação de uma forma construtiva. Faça-lhe
perguntas do género: "Sabes o que é que acabaste de fazer?" ou "Como é
que achas que podias ter feito isso de outra maneira?" ou "O que é que te
parece que aquela menina sentiu quando tu disseste aquilo que acabaste de
dizer?". Faça perguntas que ajudem a desenvolver a sua auto-observação.

27. PONHA SEMPRE POR CLARO O QUE ESPERA DO ALUNO.

28. UM SISTEMA DE PRÉMIOS É UMA POSSIBILIDADE A


CONSIDERAR como parte de um programa de modificação de
comportamento. As crianças com DGA respondem muito bem a incentivos e
recompensas. Muitos deles são pequenos empresários...

29. SE A CRIANÇA PARECE TER PROBLEMAS EM PERCEBER


INDICAÇÕES DE CARÁCTER SOCIAL - linguagem corporal (analógica), tom
de voz, etc. - tente, de uma forma discreta, dar-lhe alguns conselhos numa
espécie de treino social. Por exemplo, diga-lhe: "Antes de contares a tua
história, ouve primeiro o que os outros estão a dizer!" ou "Deves olhar para
quem está a falar contigo!". Muitas crianças com DGA são consideradas
como sendo indiferentes a tudo ou metidas consigo mesmo quando, de facto,
ninguém as ensinou a interagir. Esta competência não aparece naturalmente
em todas as crianças, mas pode ser ensinada e treinada.

30. ENSINE-LHES COMPETÊNCIAS que lhes permitam testar a sua


atracção pessoal.

31 APROVEITE OS MAIS VARIADOS PRETEXTOS PARA PÔR UM JOGO


EM ACÇÃO. A motivação é fundamental para lidar com crianças com DGA.

32. SEPARE OS COMPANHEIROS DE CARTEIRA, desfaça mesmo grupos


se não funcionam bem em conjunto. Terá que tentar novos agrupamentos até
encontrar um que funcione.

33. PRESTE MUITA ATENÇÃO ÀS PESSOAS OU ACTIVIDADES A QUE A


CRIANÇA SE PRENDE MAIS. Estas crianças têm necessidade de se sentir
ligadas a qualquer coisa, envolvidas. Quanto mais tempo se mantiverem
envolvidas com alguém ou alguma coisa mais motivadas estarão e não será
tão fácil "desligarem" e sintonizarem outro tipo de coisas.

34. SEMPRE QUE POSSÍVEL, RESPONSABILIZE A CRIANÇA COM DGA


POR QUALQUER COISA.

35.TENTE PÔR EM PRÁTICA UM LIVRO DE RECADOS ESCOLA-CASA /


CASA-ESCOLA. Pode ajudar bastante na comunicação entre o professor e
os pais e evitar mal-entendidos e crises. Também ajudará bastante a que
todos possam dar o feedback que a criança necessita.

36. TENTE USAR UM "DIÁRIO DE BORDO" ONDE ANOTE OS


PROGRESSOS DIÁRIOS DO ALUNO.

37. ENCORAJE A CRIANÇA A ORGANIZAR-SE para se auto-


responsabilizar por algumas coisas. Breves trocas de impressões no fim das
aulas podem ajudar. Se necessário considere a hipótese de ter que usar
despertadores, campainhas, etc.

38. PREPARE A CRIANÇA PARA O TEMPO NÃO ORGANIZADO, quando


não existe a estrutura mais ou menos rígida de uma aula, que transmite
alguma segurança. Estas crianças precisam de saber, antecipadamente, o
que vai acontecer para se prepararem internamente. Se se encontrarem
subitamente, de surpresa, em actividades não estruturadas, estas poderão
ter o efeito de uma super-estimulação.

39. ESTIMULE, ACARICIE, APROVE, ENCORAJE, ALIMENTE.

40. COM ALUNOS MAIS VELHOS, ESTIMULE-OS A ESCREVEREM AS


SUAS NOTAS sobre as questões que se lhes põem durante as aulas.
Essencialmente escreverão não só aquilo que lhes é dito mas também a
opinião que têm sobre esses mesmos assuntos. Esta técnica ajudá-los-á a
ouvir melhor.

41. NOS TESTES E EXAMES A ESCRITA MANUAL TORNA-SE


EXTREMAMENTE DIFÍCIL PARA AS CRIANÇAS COM DGA. Considere
hipóteses alternativas. Ensine-as a usar um computador ou uma máquina de
escrever. Aceite que elas ditem o seu teste a um colega ou ao professor.
Permita-lhes fazer os testes oralmente.

42. TENTE SER UMA ESPÉCIE DE MAESTRO NA EXECUÇÃO DE UMA


SINFONIA. Antes de começar atraia a atenção da orquestra. Pode usar o
silêncio ou algumas pancadas na mesa com a batuta. Mantenha a turma com
alguma harmonia apontando para diferentes partes da sala consoante
necessitar da ajuda desse sector.

43. SEMPRE QUE POSSÍVEL ENCONTRE PARA CADA ALUNO UM


COMPANHEIRO DE ESTUDOS em cada uma das disciplinas. Não esquecer
de escrever o respectivo número de telefone.

44. GENERALIZE E NORMALIZE A FORMA DE TRATAMENTO QUE DÁ


AO ALUNO COM DGA por forma a atenuar o estigma.

45. ENCONTRE-SE FREQUENTEMENTE COM OS PAIS. Este facto evita


que os encontros sejam sinónimo de problemas ou crises.

46. ENCORAJE O ALUNO A LER ALTO EM CASA. Sempre que possível


utilize a leitura em voz alta na sala de aula. Use o contar e recontar de
histórias. Ajude a criança a desenvolver a capacidade de se centrar num só
tópico.

47. REPITA. REPITA. REPITA.


48. EXERCÍCIO! Um dos mais eficazes tratamentos dos DGA é o exercício
em conjunto da criança e do adulto. De preferência exercícios vigorosos. O
exercício contribui para gastar a energia em excesso, ajuda a focalizar a
atenção, estimula a produção de algumas hormonas e neuroquímicos que são
benéficos e, além disto, é divertido. Assegure-se de que o exercício é
divertido e pode ter a certeza que a criança continuará a fazê-lo até ao fim
da sua vida.

49. COM ALUNOS MAIS VELHOS, DÊ ÊNFASE À PREPARAÇÃO ANTES


DE ENTRAR PARA A AULA. Quanto mais completa for a ideia que o jovem
tem do que se vai tratar na aula, melhor será o seu domínio sobre as
matérias tratadas.

50. ESTEJA SEMPRE ATENTO A UM MOMENTO DE LAMPEJO, DE


CINTILAÇÃO. Estas crianças são, normalmente, mais talentosas e dotadas
do que parecem. Estão cheias de criatividade, espírito lúdico,
espontaneidade e boa disposição. Têm tendência para ser um pouco
convencidas e gabarolas mas também a ter um espírito generoso, sempre
prontas e alegres por ajudar os outros. Têm, normalmente “qualquer coisa
especial” que os faz salientar onde quer que estejam. Lembre-se que existe
uma melodia dentro de toda esta cacofonia, existe uma sinfonia que espera
ser escrita.

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