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Poder Judicidrio Conse, Newional Jetta RESOLUCAO 211 DE 15 DE DEZEMBRO DE 2015 Institui a Estratégia Nacional de Tecnologia da Informagéo _e Comunicagao do Poder Judiciario (ENTIC-JUD). O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIGA (CN), no uso de suas atribuigées legais e regimentais, CONSIDERANDO os macrodesafios do Poder Judicidrio para o periodo 2015- 2020, em especial o que trata da “Melhoria da infraestrutura € governanga de TIC"; CONSIDERANDO competir a0 CNU a atribuigao de coordenar o planejamento e a gestdo estratégica de Tecnologia da Informacéo e Comunicagéo (TIC) do Poder Judiciario; CONSIDERANDO a necessidade de assegurar a convergéncia dos recursos humanos, administrativos ¢ financeiros empregados pelos segmentos do Poder Judiciario no que concerne a Tecnologia da Informagao e Comunicacao; CONSIDERANDO a Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispée sobre a informatizacéo do processo judicial, bem como as Resolugées CNJ 91/2009, 121/2010, 182/2013, 185/2013, 192/2014, 194/2014 e 198/2014; CONSIDERANDO a edicdo dos Acérdéos 1603/2008, 2308/2010, 2585/2012, 1200/2014 e 3051/2015, todos do Plendrio do Tribunal de Contas da Unido, que recomendam ao CNJ a promogao de acées voltadas para a normatizagdo e 0 aperfeigoamento dos controles e processos de governanga, de gestéo e de uso de TIC, inclusive com 0 estabelecimento de estratégias que visem a minimizar a rotatividade do pessoal efetivo atuante na area, de modo a assegurar a entrega de resultados efetivos para Comat Nenal, Lt 0 Judiciario; CONSIDERANDO a decisao plenéria tomada no julgamento do Ato Normative 0005903-21.2015.2.00.0000 na 223¢ Sessdo Ordindria, realizada em 15 de dezembro de 2015; RESOLVE: CAPITULO | DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 1° Fica instituida a Estratégia Nacional de Tecnologia da Informacao e Comunicagéo do Poder Judicidrio (ENTIC-JUD) para 0 sexénio 2015-2020, em harmonia com os macrodesafios do Poder Judicidrio, em especial 0 que estabelece a “Melhoria da infraestrutura e governanga de TIC” Art. 2° Para 0s efeitos desta Resolugéo, entende-se por: | = Tecnologia da Informagéo e Comunicagao (TIC): ativo estratégico que suporta processos institucionais, por meio da conjugagao de recursos, processos e técnicas utilizados para obter, processar, armazenar, fazer uso € disseminar informacoes; Il = Governanga de TIC: conjunto de diretrizes, estruturas organizacionais, Processos e mecanismos de controle que visam assegurar que as decisdes e acdes elativas A gestao e ao uso de TIC mantenham-se harmoniosas as necessidades institucionais e contribuam para o cumprimento da missao e o alcance das metas organizacionais; Ill - Comité Nacional de Gestao de Tecnologia da Informacao e Comunicacao do Poder Judicidrio: responsdvel pela formulacéo, acompanhamento e revisao da ENTICJUD, seus indicadores e suas metas; IV = Macrodesafio de TIC: diretriz estratégica nacional destinada a impulsionar a melhoria da infraestrutura e da governanga de TIC no Poder Judiciério; \V — Indicadores Nacionais: conjunto de indicadores estratégicos de restiitado J / Poder Judicirio estabelecidos pela Rede de Governanga Colaborativa do Poder Judiciario; —Metas Nacionais: conjunto de metas estratégicas estabelecidas pela Rede de Governanga Colaborativa do Poder Judicidrio que permitem gerir desempenhos; Vil — Objetivos Estratégicos: resultados que a TIC pretende atingir, com vistas a concretizagao da miso e ao alcance da visdo, observando as diretrizes estratégicas do planejamento institucional do érgao, além daquelas contidas nesta Resolucao; Vill — Metas de Medigao Periddica: metas aplicaveis aos érgéos do Poder Judiciério e acompanhadas pelo CNJ para periodos predefinidos durante a vigéncia da Estratégia Nacional de Tecnologia da Informacao e Comunicagao; ~ Iniciativa Estratégica Nacional: programa, projeto ou operagao alinhada & Estratégia Nacional de Tecnologia da Informacao e Comunicagao; X — Diretriz Estratégica de Nivelamento: determinagées, instrugdes ou indicagdes a serem observadas na execugao da ENTIC-JUD tendo em vista o alcance dos objetivos estratégicos; — Viabilizadores de Govemanga de TIC: fatores que, individualmente ou coletivamente, tenham a capacidade de afetar o funcionamento da governanga, da gestdo e da infraestrutura de Tecnologia da Informagao e Comunicacao; Xl — Miso: definigdo de finalidade da area; Xill — Visdo: decaragao de propésito e futuro desejado, com perspectiva de longo prazo; XIV ~ Atributos de Valor para a Sociedade: principios balizadores dos objetivos estratégicos das decisdes tomadas Art. 3° A ENTIC-JUD € sintetizada nos seguintes componentes: | - Miso: melhorar a infraestrutura € a governanca de TIC para que o Poder Judiciario cumpra sua funedo institucional; Il - Viséo: ser reconhecido como um referencial em governanga, gestao infraestrutura da Tecnologia da Informacao e Comunicagao; Ill - Atributos de Valor para a Sociedade: a) acessibilidade e usabilidade; b) celeridade; ©) inovagao; Conus Mersmal tf 4) responsabilidade social e ambiental; ) transparéncia; IV - Objetivos estratégicos, distribuidos em 3 (trés) perspectivas: a) Recursos: Objetivo 1. Aperfeigoar as competéncias gerenciais e técnicas de pessoal; Objetivo 2. Prover infraestrutura de TIC apropriada as atividades judiciais e administrativas; Objetivo 3. Aprimorar a gestao orgamentaria e financeira; b) Processos Internos: Objetivo 4. Aperfeigoar a governanga e a gestao; Objetivo 5. Aprimorar as contratagées; Objetivo 6. Promover a adocéo de padrées tecnolégicos; Objetivo 7. Aprimorar ¢ fortalecer a integragéo e a interoperabilidade de sistemas de informacao; Objetivo 8. Aprimorar a seguranga da informacdo; ©) Resultados: Objetivo 9. Primar pela satisfacdo dos usuarios. CAPITULO I DO OBJETIVO E PRINCIPIOS Art. 4° A ENTIC-JUD tem como meta promover a melhoria da governanca, da gestdo ¢ da infraestrutura tecnolégica no émbito do Poder Judiciario. Pardgrafo unico. A materializagéo dessa meta se dard a partir do alcance Conjunto dos objetivos estratégicos estabelecidos, que serao coneretizados por meio de execugéo da ENTIC-JUD em consondncia com as Diretrizes Estratégicas de Nivelamento contidas nesta Resolucao Ar. 5° As Diretrizes Estratégicas de Nivelamento, em seu conjunto, promoveréo 0 objetivo almejado por meio do aperfeigoamento dos Viabilizadores de Governanga de Tecnologia da Informagao e Comunicagao, que serdo divididos em 2 (dois) dominios: Governanga e Gestao, ¢ Infraestrutura de TIC. j} . XU Crate Mernndad Lowi § 1° O dominio de Governanga e Gestéo de TIC contera os seguintes temas: Politicas e Planejamento, Estruturas Organizacionais e Macroprocessos, ¢ Pessoas. § 2° O dominio de Infraestrutura de TIC contera os seguintes temas: Sistemas de Informagdo, Integragdo de Sistemas e Disponibilizacéo de Informagées, e Nivelamento Tecnolégico. CAPITULO IM —_ DA GOVERNANGA E DA GESTAO DE TIC ___ SEGAOI DAS POLITICAS E PLANEJAMENTO Art. 6° Cada drgéo deverd elaborar e manter o Plano Estratégico de Tecnologia da Informagéo e Comunicacéo (PETIC), em harmonia com as diretrizes estratégicas institucionais © nacionais, conforme disposto na Resolugéo CNJ 198, de 16 de junho de 2014, e suas alteragées. Paragrafo Unico, Como desdobramento do PETIC, devera ser elaborado o Plano Diretor de Tecnologia da Informagéo e Comunicagao com as agdes a serem desenvolvidas para que as estratégias institucionais ¢ nacionais do Poder Judicidrio sejam aleangadas. Art. 7° Cada érgao deverd constituir um Comité de Governanga de Tecnologia da Informacéo ¢ Comunicagao que ficard responsdvel, entre outros, pelo estabelecimento de estratégias, indicadores e metas institucionais, aprovagao de planos de acdes, bem como pela orientagao das iniciativas e dos investimentos tecnolégicos no Ambito institucional. Pardgrafo Unico. Recomenda-se que a composigao do Comité de Governanga seja multidisciplinar, e com a participagao das principais areas estratégicas do érgao, incluindo Magistrados dos diversos graus de jurisdigéo e a drea de Tecnologia da Informagéo e Comunicagao. Art. 8° A area de TIC deverd constituir Comité de Gestéo que ficard responsavel, entre outros, pela elaboragao de planos taticos e operacionais, andlise das demandas, acompanhamento da execugéo de planos, estabelecimento de indicadores operacionais, e proposicao de replanejamentos. ar ~~ Cosh, Neaonal et, Seat Paragrafo Unico. O referido Comité deverd ser composto pelo titular da area de TIC e gestores das unidades ou servidores responsaveis pelos macroprocessos elencados no art. 12. Art. 9° Cada érgéo deverd elaborar e aplicar politica, gestéo e processo de seguranga da informag4o a serem desenvolvidos em todos os niveis da instituicéo, por meio de um Comité Gestor de Seguranga da Informagéo, e em harmonia com as diretrizes nacionais preconizadas pelo Conselho Nacional de Justiga. Art. 10. A estrutura organizacional, 0 quadro permanente de servidores, a gestao de ativos e os processos de gestao de trabalho da area de TIC de cada 6rgao, deverao estar adequados as melhores praticas preconizadas pelos padrées nacionais e internacionais para as atividades consideradas como estratégicas. § 1° As especificagdes de produtos constantes do parque tecnolégico deverao ser adequadas e compativeis com as necessidades estratégicas do érgao e nacionais do Poder Judiciario. § 2° Deverd ser estabelecido Plano de Continuidade de Servigos essenciais de TIC, especialmente no que se refere aos servigos judiciais. § 3° Deverdo ser definidos processos para gesto dos ativos de infraestrutura tecnolégica, notadamente no que tange a geréncia e ao monitoramento, bem como ao registro e ao acompanhamento da localizagdo de cada ativo. § 4° A politica de manutengao de documentos eletrénicos deverd observar as diretrizes estabelecidas pelo CNJ a respeito do tema. Art. 11. As aquisigdes de bens e contratagao de servigos de TIC deveréo atender as determinagées do Conselho Nacional de Justiga. § 1° O CNJ mantera repositério nacional disponivel a todos os orgaos do Poder Judiciério com os editais de licitagao e contratos de aquisigéo de bens e contratagéo de servigos de Tecnologia da Informacao e Comunicacao. § 2 Cada érgéo deverd disponibilizar junto ao repositério nacional os seus editais, contratos e anexos, assim que homologados em seus érgaos. Poder Judicidrio Consclhe Newional de Jastipa SEGAOI DAS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS E MACROPROCESSOS Art. 12. Os drgaos deverdo constituir e manter estruturas organizacionais adequadas e compativeis com a relevancia e demanda de TIC, considerando, no minimo, os seguintes macroprocessos: | - macroprocesso de governanga e de gestao: a) de planejamento; b) orgamentaria; ©) de aquisicées ¢ contratacées de solucdes; d) de projetos; €) de capacitagao; Il macroprocesso de seguranca da informagao: a) de continuidade de servigos essenciais; b) de incidentes de seguranca; ©) de riscos; Ill - macroprocesso de software: a) de escopo e requisitos; b) de arquitetura; ©) de processos de desenvolvimento e sustentacao; IV ~macroprocesso de servigos: a) de catalogo; b) de requisigces; ©) de incidentes; d) de ativos de microinformatica; ) de central de servicos; \V — macroprocesso de infraestrutura: a) de disponibilidade; b) de capacidade; ©) de ativos de infraestrutura e de telecomunicagao corporativas. § 1° As estruturas organizacionais de que tratam o caput deverdo privilegiar a Conus Meatnal et Jota departamentalizacéo por fungéo e possuir niveis hierarquicos de decisdo, quais sejam estratégico ou institucional, tatico ou gerencial, e operacional, a fim de garantir a plena execugao dos macroprocessos previstos. § 2° Cabera a cada érgao definir os seus processos, observando as boas praticas pertinentes ao tema, criando um ambiente favorével & melhoria continua. § 3° A coordenagéo dos macroprocessos deverd ser executada, preferencialmente, por servidores do quadro permanente do érgéo e em regime de dedicacao exclusiva. § 4° As fungdes gerenciais deverdio ser executadas, preferencialmente, por servidores do quadro permanente do érgao. SEGAO III DAS PESSOAS Art. 13. Cada érgao deveré compor 0 seu quadro permanente com servidores que exercerao atividades voltadas exclusivamente para a area de Tecnologia da Informacao Comunicacdo. § 1° O quadro permanente de servidores de que trata o caput devera ser compativel com a demanda, adotando-se como critérios para fixar 0 quantitative necessario © numero de usuarios internos e externos de recursos de TIC, bem como o referencial minimo estabelecido no Anexo desta Resolucao § 2° O referencial minimo contido no Anexo poder ser aumentado com base em estudos que cada 6rgao realize, considerando ainda aspectos como o portfélio de projetos e servicos, 0 orgamento destinado @ area de TIC e as especificidades de cada segmento de Justiga. Art. 14, Cada 6rgéo deveré definir e aplicar politica de gestéo de pessoas que promova a fixagéo de recursos humanos na area da Tecnologia da Informagao e Comunicagao, recomendando-se a criagéo de cargos, especialidades e gratificacao especificos para essa area. § 1° Os cargos ou especialidades deverao ser organizados de forma a propiciar a oportunidade de crescimento profissional. Poder Juiio § 2° Caberd ao drgao deliberar sobre a criacdo de gratificacao especifica para Area de TIC, regulamentando a sua percep¢éo e condigdes e associando a critérios objetivos, como: | - desempenho do servidor, com o objetivo de aumentar a eficiéncia dos processos de Tecnologia da Informacao e Comunicagao; Il - grau de responsabilidade ou atribuigéo técnica especifica do servidor, a fim de estimular a colaboracao de alto nivel e evitar a evasao de especialistas em determinada area; Ill - projetos de especial interesse para o érgao, de forma a obter um melhor aproveitamento dos recursos humanos existentes. § 3° A gratificacdio devera ser destinada aos servidores do quadro permanente do orgao, nas areas de TIC e lotados nas unidades diretamente subordinadas a essa area, para minimizar a rotatividade de pessoal efetivo. § 4° A percepcao da gratificacéo especifica difere daquela associada ao exercicio das fungdes gerenciais da estrutura organizacional, referida nos macroprocessos e processos contidos no art. 12. § 5° Deverd ser realizada andlise de rotatividade de pessoal a cada 2 (dois) anos, para avaliar a efetividade das medidas adotadas na politica definida pelo drgao e minimizar a evaséo de servidores do quadro permanente. Art. 15. Devera ser elaborado e implantado Plano Anual de Capacitagao para desenvolver as competéncias gerenciais e técnicas necessdrias a operacionalizagéo da governanca, da gestao € do uso da Tecnologia da Informagao e Comunicagao. Pardgrafo Unico. O Plano Anual de Capacitagao deverd promover e suportar, de forma continua, 0 alinhamento das competéncias gerenciais e técnicas dos servidores lotados na drea de TIC as melhores praticas de governanga, de gestéo e de atualizacéo tecnolégica, Art. 16. Consideram-se atividades extraordinarias todas aquelas que envolvam a manutengdo de servigos que necessitem ser realizados em horarios distintos da jomada de trabalho normal do servidor. Art. 17. Cada érgéo deveré instituir plantéo na drea de TIC, observando a necessidade de suporte ao processo judicial e demais servicos essenciais, nos teypos da Poder Judicirio Conse, Newonal de, Jeastiga legislacdo aplicavel. Pardgrafo Unico. © plantéo podera ser provido por servidores, por meio de contratagéo de servigos ou pela combinagao dessas formas. CAPITULO IV DA INFRAESTRUTURA DE TIC SEGAO! . DOS SISTEMAS DE INFORMAGAO Art. 18, Cada érgéo deverd executar ou contratar servigos de desenvolvimento @ de sustentagao de sistemas de informacéo obedecendo os requisitos estabelecidos nesta Resolugao e outros pertinentes, bem como as diretrizes legais e técnicas definidas para o processo judicial. Art. 19. Na contratagéo de desenvolvimento de sistemas de informacdo considerados estratégicos, em que a propriedade intelectual nao é da pessoa de direito pubblico contratante, 0 drgao deverd fazer constar no instrumento contratual clausula que determine 0 depésito da documentagao e afins pertinentes @ tecnologia de concepeao, manutengdo e atualizacdo, bem como, quando cabivel, do cédigo-fonte junto a autoridade brasileira que controla a propriedade intelectual de softwares, para garantia da continuidade dos servigos em caso de rescisdo contratual, descontinuidade do produto comercializado ou encerramento das atividades da contratada. Pardgrafo Unico. Cada orgéo deverd classificar seus sistemas de informagao identificando os que sao estratégicos. Art. 20. Os sistemas de informagao deveréo atender a padrées de desenvolvimento, suporte operacional, seguranga da informagdo, gestéo documental, interoperabilidade e outros que venham a ser recomendados pelo Comité Nacional de Gestdo de Tecnologia da Informagao e Comunicagéo do Poder Judicidrio, e aprovados pela Comisséio Permanente de Tecnologia e Infraestrutura do Conselho Nacional de Justica. § 1° Os novos sistemas de informagao de procedimentos judiciais deverao: | - ser portaveis ¢ interoperdveis; Il ser disponiveis para dispositivos méveis, sempre que possivel; lll - ser responsivos; Zt Conall Monet le Juslipa IV = possuir documentagao atualizada; V - oferecer suporte para assinatura baseado em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada na forma da Infraestrutura de Chaves Piblicas Brasileira (ICP Brasil); VI - atender ao Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrénico, institucionalizado pelo Ministério do Planejamento, Orgamento e Gestao. § 2° Aplicar-se-4 0 paragrafo anterior aos novos sistemas de informacao de procedimentos administrativos dos érgaos. § 3° Recomenda-se 0 uso de sistemas de informacéo de procedimentos administrativos j& desenvolvides, disseminados e experimentados no ambito da Administragao Publica. Art. 21. Cada 6rgéo, sempre que possivel, deverd utilizar ferramentas de inteligéncia © de exploragéo de dados para disponibilizar informagées relevantes para os seus usudrios internos e externos, bem como observar 0 comportamento dos dados explorados na oferta de servigos. SECAO II DA INTEGRAGAO DE SISTEMAS E DISPONIBILIZAGAO DE INFORMAGOES Art. 22, Devera ser garantida a integracéo entre sistemas do primeiro e segundo graus e de instancias superiores, bem como de outros entes piiblicos atuantes nos processos judiciais. Pardgrafo Unico. As integragdes deverdo observar 0 Modelo Nacional de Interoperabilidade (MINI) do Poder Judicidrio e do Ministério Publico, instituldo na Resolugéo conjunta CNJ e CNMP 3, de 16 de abril de 2013, e suas alteragoes. Ant. 23. As informagdes sobre processos, seus andamentos e o inteiro teor dos altos judiciais neles praticados deverdo ser disponibilizados na internet, ressalvadas as excegées legais ou regulamentares, conforme disposto nas Resolugdes do CNJ. ( Poder Judicidrio Consclhe Nesional de Jesipa SECAO II . SY, DO NIVELAMENTO TECNOLOGICO Art. 24. O nivelamento da infraestrutura de TIC devera obedecer aos seguintes requisitos minimos: |= 1 (uma) estagao de trabalho do tipo desktop para cada usuario interno que faga uso de sistemas e servigos disponibilizados, preferencialmente com 0 segundo monitor monitor que permita_a_diviséo de tela para aqueles que estejam utilizando 0 processo eletrénico; ll = 1_(uma) estacdo de trabalho do tipo desktop ou 1 (um) computador portatil com acesso & rede para cada usuario interno nas salas de sess4o ¢ de audiéncia, e uma tela para acompanhamento dos usuarios externos, quando possivel; Ill = equipamento de impress4o e/ou de digitalizagéo compativel com as demandas de trabalho, preferencialmente com tecnologia de impressao frente e verso e em rede, com qualidade adequada a execucdo dos servicos; IV = 1 (uma) solugao de gravacao audiovisual de audiéncia para cada sala de sesso e de audiéncia, compativel com 0 MNI; V - links de comunicagao entre as unidades e o 6rgao suficientes para suportar 0 trafego de dados e garantir a disponibilidade exigida pelos sistemas de informacao, especialmente o proceso judicial, com o maximo de comprometimento de banda de 80%; VI — 2 (dois) links de comunicagéo do érgéo com a intemet, mas com operadoras distintas para acesso a rede de dados, com o maximo de comprometimento de banda de 80%; VII = 1 (um) ambiente de processamento central (DataCenter) com requisitos minimos de seguranga e de disponibilidade estabelecidos em normas nacionais e internacionais, que abrigue os equipamentos principais de processamento e de de seguranga e ativos de rede centrais, para maximizar a seguranca € a disponibilidade dos servigos essenciais e de sistemas estratégicos do érgao; Vill - 1 (uma) solugdo de backup com capacidade suficiente para garantir a salvaguarda das informagdes digitais armazenadas, incluindo tecnologias para armazenamento de longo prazo e cépia dos backups mais recentes, em local so \6cio- armazenamento de dados; local primario do érgéo, de modo a prover redundancia e atender a continuidade do net J Poder Judicidrio Colle, Noaonal le fest em caso de desastre; IX—1 (uma) solugéo de armazenamento de dados e respectivos softwares de geréncia, em que a capacidade liquida no ultrapasse 80% do limite maximo de armazenamento; X — 1 (um) parque de equipamentos servidores suficientes para atender as necessidades de processamento de dados dos sistemas e servicos do érgao, com comprometimento médio de até 80% de sua capacidade maxima, e em numero adequado para garantir disponibilidade em caso de falha dos equipamentos; XI + pelo menos 1 (uma) solugdo de videoconferéncia corporativa para a sede de cada tribunal; XII = 1 (uma) central de servigos de 1° e de 2° niveis para atendimento de requisigées efetuadas pelos usuarios internos e tratamento de incidentes no que se refere ao uso de servigos e sistemas essenciais; Xill = rede sem fio para a promocao dos servigos ofertados aos usuarios ¢ respeitando a politica de seguranca da informagao de cada 6rg4o, sempre que possivel. Art. 25. Os itens de nivelamento de infraestrutura contidos no art. 24 deverao atender as especificagdes, a temporalidade de uso e a obsolescéncia a serem regulados em instrumentos aplicaveis e especificos. CAPITULO V DO DESDOBRAMENTO DA ESTRATEGIA Art. 26. Os érgaos submetidos ao controle administrativo e financeiro do CNJ, indicados nos incisos Il a Vil do art. 92 da Constituigao Federal, bem como dos Conselhos da Justiga, deveréo alinhar até 31 de margo de 2016 os seus respectivos Planos Estratégicos de Tecnologia da Informagao e Comunicagao e Planos Diretores de Tecnologia da Informagéo e Comunicagéo a Estratégia Nacional de Tecnologia da Informacaéo e Comunicagéo do Poder Judiciario. § 1° Os Planos Estratégicos de TIC deverao, no minimo: | — contemplar as Metas Nacionais e Iniciativas Estratégicas Nacionais, aprovadas nos Encontros Nacionais do Judicidrio e direcionadas para a Tecnok d jia da Informagao e Comunicacéo, sem prejuizo daquelas institucionais especificas do/pfoptio— \ Q Poder Judiciario Conselle, Newional de Jeastiga 6rgao; ll — atender os Indicadores Nacionais e Metas de Medigao Periddicas de TIC definidos pelo Comité Nacional de Gestao de Tecnologia da Informagao e Comunicagao do Poder Judiciario; lll — observar as diretrizes estabelecidas em Resolugées, recomendagoes e politicas inerentes a TIC instituidas para a concretizacdo das estratégias nacionais do Poder Judiciario; IV = possuir pelo menos 1 (um) indicador de resultado para cada Objetivo Estratégico, o qual permita aferir 0 nivel ou grau de cumprimento das Diretrizes Estratégicas de Nivelamento em relagao aos aspectos contidos nos Viabilizadores de Governanga de Tecnologia da Informagao e Comunicagéo; V —ter metas associadas aos indicadores de resultado. § 2° As propostas orgamentarias de TIC dos 6rgaos deverdo ser harmonizadas aos seus respectivos planos estratégicos, de forma a garantir os recursos necessarios 4 sua execugao. Art. 27, O CNJ divulgara anualmente em seu portal na internet os Indicadores Nacionais e Metas de Medicao Periédicas de Tecnologia da Informagao e Comunicagao a serem alcangadas pelos drgaos em cada ano, bem como acompanhard o cumprimento da ENTIC-JUD do Poder Judicidrio e promoveré medidas necessarias a melhoria do desempenho, quando necessario Pardgrafo Unico. Sem prejuizo da atuagéo de que trata o caput deste artigo, os 6rgaos promoveréo em seu Ambito 0 acompanhamento dos resultados das metas institucionais e nacionais estabelecidas. CAPITULO VI _ DA EXECUGAO DA ESTRATEGIA Art. 28. A execucdo da ENTICJUD consiste no desenvolvimento de ages a serem realizadas pelos érgéos do Poder Judicidrio, tendo em vista o enfrentamento do macrodesafio de TIC nos aspectos relacionados a sua infraestrutura e governanga. f Art. 29. Cada 6rgao deverd elaborar um Plano de Trabalho, para aus e J» Cl Met fs aos critérios estabelecidos nesta Resolucdo, conforme modelo a ser disponibilizado pelo Conselho Nacional de Justica. § 1° 0 Plano de Trabalho deverd ser entregue a0 CNJ até 0 dia 31 de marco de 2016 e seguir a estrutura de grupos de entregaveis, com previsao de atendimento integral dos critérios até dezembro de 2020, com os seguintes prazos de atendimento intermediario para adequagao: | — Grupo 1: da governanca e da gestéo de Tecnologia da Informagéo e Comunicagao 0 prazo é de até 1 (um) ano, contado apés a vigéncia desta Resolugao; Il - Grupo 2 dos padrées de desenvolvimento e de sustentacdo de sistemas de informacdo 6 de até 2 (dois) anos, contados apés a vigéncia desta Resolucao; Ill — Grupo 3: da infraestrutura tecnolégica o prazo é de até 3 (trés) anos, contados apés a vigéncia desta Resolucao; IV- Grupo 4: do quadro permanente de servidores e da elaboracao de politica de gestéo de pessoas prazo € de até 4 (quatro) anos, contados apés a vigéncia desta Resolucao. § 2° O Conselho Nacional de Justiga realizara no final do prazo de conclusao de cada grupo de entregaveis do Plano de Trabalho, uma avaliagao do cumprimento dos itens constantes desta Resolugdo. § 3° O CNJ podera destinar recursos ou oferecer apoio técnico aos érgaos que atenderam aos itens do grupo de entregaveis, visando 0 atendimento do grupo seguinte, € aos que no atenderam, com vista ao cumprimento dos itens do grupo pendente. CAPITULO VIL . DO ACOMPANHAMENTO E REVISOES DA ESTRATEGIA Art. 30. O eficaz enfrentamento do macrodesafio de TIC e dos dispositivos constantes desta Resolugao, deverd ser evidenciado por meio de aferigado de indicadores anuais de desempenho que demonstrem o atingimento de metas de curto e médio prazo, considerando 0 periodo de vigéncia desta Resolugao, bem como os aspectos cntemplados pelos Viabilizadores de Governanca tratados nas Diretrizes Estratégicas de Nivdl MEO Ji Cat Me Art. 31. © Comité Nacional de Gestéo de Tecnologia da Informacéo Comunicagao do Poder Judiciario acompanhara o cumprimento da ENTIC-JUD do Poder Judicidrio, especialmente no que se refere aos Indicadores Nacionais e Metas de Medigao Periddicas, e propord medidas necessdrias A melhoria do desempenho, quando necessario, Pardgrafo tinico. Sem prejuizo da atuagao de que trata o caput deste artigo, os 6rga0s promoveréo em seu Ambito o acompanhamento dos indicadores e metas nacionais estabelecidas. Art. 82. O CNJ realizaré anualmente diagnésticos para aferir o nivel de cumprimento das Diretrizes Estratégicas de Nivelamento constantes desta Resolugao, especialmente no que se refere aos dominios Governanga e Gestao de, e Infraestrutura de TIC, bem como em outras Resolugdes, recomendacées e politicas estabelecidas para os 6rga0s do Poder Judici Pardgrafo Unico. Os diagnésticos descritos no caput deste artigo serio realizados a partir de questiondrios e outros procedimentos de acompanhamento que permitam realizar o levantamento de informacgdes relacionadas a evolucao dos Viabilizadores de Governanga de Tecnologia da Informacao e Comunicagao nos érgaos do Poder Judiciario. Art, 33. O CNJ divulgard em seu sitio eletrénico o resultado dos diagnésticos com objetivo de promover a transparéncia, a integragéo e 0 compantlhamento de informagées entre os drgaos e as reas de TIC do Poder Judiciario. Art. 84. A revisdo da ENTIC-JUD sera realizada a cada biénio ou quando necessario. CAPITULO Vill DAS DISPOSICOES FINAIS Art. 35. Os 6rgéos poderéo propor ao CNJ normas especificas sobre Tecnologia da Informagao e Comunicacdo para o respectivo segmento e recomendar|o uso ~ de estruturas e de servigos de tecnologia disponiveis. Paragrafo Unico. Outros instrumentos complementares a estas fon Comet Mesmale, ee poderao ser elaborados e formalizados em normativos especificos do orgao, desde que nao contrariem as disposigdes estabelecidas nesta Resolucdo. Art. 36. Ficam revogadas as Resolugdes CNJ 90, de 29 de setembro de 2009 & 99, de 24 de novembro de 2009. Art. 37. Esta Resolugao entra em vigor em 1° de janeiro de 2016. A Ministro HR Lewandowski U Poder Judicidtio ANEXO FORGA DE TRABALHO DE TIC Quadro Permanente de Servidores Referenciais Minimos AS RETESSISOE ToRECURSOS DET | |EreTNOS CoMeaONNDOR E TERCERZAbos) | _SERVIDORES 09 aUADAO Até 500. 7,00% 455% Fie 501 e505 a 6 ZB0% + 875 Entre 1.501 e 3.000 3,00% + 30 1,95% + 19,5 Erite 300T © 5.000 50% +75 T9765 548.75 Ente 6.001 10.000 7.00% + 100 O68 +65 Entre 10.001 e 20.000 0,50% + 150 0,325% + 97,5 Entre 20.001 e 40.000 0,25% + 200 0,1625% + 130. Acima de 40.000. 0,10% + 260 0,065% + 169 Glossario: Para aferigao do quantitativo de usuarios internos e externos de recursos de TIC, a ser aplicada no célculo das faixas acima, devera ser considerada a seguinte formula: TURTic= TUInt + (TUExt + 0,10) TURTic: Total de Usuérios de Recursos de TIC TUInt: Total de usuarios internos que fazem uso dos recursos de TIC TUExt: Total de advogados, defensores ou procuradores registrados nas bases de dados de cada Tribunal,

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