Você está na página 1de 18

AULA 01 – BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES

Curare é sinonimo de BNM

Paralisia de toda a musculatira esquelética

Não são absorvidas por via oral

Tem efeito apenas quando usada por via parenteral

TODAS são formadas por amônio quartenário

R’ N + R’’’

R’’

Bloqueiam a transmissão do estimulo do neurônio motor para a fibra muscular esquelética;

Fenda sináptica: Ach (não existe contato direto!)

Colina + Acetil CoA = Ach; (alimentação e metabolismo)

Síntese: acetilcoltransferase

Degradação: acetilcolinesterase

Colina + acido acético

Obs: a principal fonte de Ach é a ressíntese


Para exercer sua ação a Ach deve se ligar as 2 subunidades α

Receptor de Ach é um canal iônico (Na e K)

BNM: não causam sedação, analgesia, hipnose e não afetam os mecanismos sensoriais

NUNCA usar em paciente acordado! (inconsciente)

Usos clínicos dos BNM:

 Laringoscopia e IOT
 Cirurgias
 Adaptação a VM
 Tétano e estado de mal epiléptico
 ECT

BNM despolarizante: succinilcolina

BNM não despolarizantes: atracúrio, cisatracúrio, rocurônio e pancurônio

Curta duração: succinilclonia (5’)

Intermediário: atracúrio, cisatracúrio, rocurônio (40’)

Longa: pancurônio (90’)

SUCCINILCOLINA

Se liga ao receptor N, causando despolarização

Não é metabolizada pela Acetilcolinestarase

Degradação feita por esterases plasmáticas

Polarização, despolarização e repolarização

Não permite a repolarização da célula

Portanto não vai despolarizar e não vai contrair

Inicialmente ocorre fasciculações generalizadas

BNM NÃO DESPOLARIZANTES

Não abrem canais iônicos (não causam hipeprcalemia)

Se liga a 1 subunidade α, impede a ação da Ach e a contração

Rocurônio tem latência curta (semelhante a succinil, 30’)

Duração intermediaria

Sugamadex se liga a 100% do rocurônio Inibe irreversivelmente! (Caro)

Não são metabolizados nem por esterases nem pela colinestarase (efeito mais demorado)

Ach se acumula e desloca o bloqueador (afinidade)

Outra forma de reverter o efeito: anticolinesterásicos!

Efeitos muscarinicos:reversão com atropina

Pancurônio é mais imprevisível, pode se depositar no tecido adiposo e recircular no organismo

Sugamadex tem ligação desprezível com o pancurônio


AULA 02 – HIPNÓTICOS, SEDATIVOS E ANSIOLÍTICOS

Todas as drogas são capazes de produzir em algum grau sedação, ansiólise, hiponose e amnésia.

Essas drogas não causam analgesia

Ansiólise e amnésia são mais dependentes da DROGA

Sedação e hipnose são mais dependentes da DOSE

ESCALA DE RAMSAY
1 Paciente ansioso, agitado, impaciente ou ambos
2 Paciente cooperativo, orientado e tranquilo
3 Paciente que responde somente ao comando verbal
4 Paciente que demonstra resposta ativa a um toque leve na glabela ou a um estímulo sonoro auditivo
5 Paciente que demonstra resposta débil a um toque leve na glabela ou a um estímulo sonoro auditivo
6 Paciente que não responde aos mesmos estímulos dos itens 4 ou 5

Neurotransmissores:

 NMDA
 GABA

Debito cardíaco = volume sistólico X FC

PA = debito cardíaco X RVP

Todas essas drogas levam a diminuição do debito cardíaco

BENZODIAPÍNICOS

Ex: Midazolam e Diazepam

Causam ansiólise e amnésia anterógada

Em altas doses podem causar depressão respiratória

O Flumazenil é o antagonista benzodiazepínico

TIOPENTAL

Barbitúrico

Diminuição do metabolismo cerebral

Hipnose

Diminuição da atividade elétrica cerebral ao EEG

PROPOFOL

Curta latência e curta duração de efeito, alem disso, a qualidade do acordar é boa

Antiemético e antipruriginoso

Síndrome da infusão continua:

 Ocorre, principalmente, em crianças


 Rabdomiólise
 Não é usado para induzir coma
Instabilidade hemodinâmica

Em altas doses causam hipnose, no entanto, em doses elevadas podem levar a depressão respiratória

ETOMIDATO

Apresenta latência mínima e curta duração de efeito

Tem grande estabilidade hemodinâmica

Efeitos adversos: supressão adrenal, tosse, soluço, náuseas e vômitos

Pode levar a insuficiência suprarrenal aguda

CETAMINA

Atua através do bloqueio da ativação do receptor NMDA

Anestésico venoso

Anestesia dissociativa: ocorre perda sensorial acentuada e analgesia, assim como amnésia, sem perda completa da consciência

É uma mistura racêmica de isômeros

Uma das desvantagens da cetamina é que alucinações, e algumas vezes delírio e comportamento irracional, são comuns durante a
recuperação.

AULA 03 - OPIÓIDES

Estimulo simpático  catecolaminas  aumento da frequência cardiaca e PA

Paciente em choque com consumo de catecolaminas, a cetamina pode levar a depressão cardíaca

Broncodilatador

Aumento das secreções brônquica e salivar

O ópio derivado da Papaver Sammiferum (Papoula)

Opioide: qualquer substancia que se liga ao receptor opiode

Localização dos receptores opioides:

 SNC
 Plexos intestinais
 Articulações e SNP?

Opioides endógenos: endorfina, encefalina e dinorfinas

Opioide: sintético

Opiaceo: natural

Naturais:

 Ópio (morfina + codeína)


 Morfina
 Codeína

Semi-sinteticos:
 Oximorfona
 Hidromorfona
 Heroína

Sintéticos:

 Fentamil
 Meperidona
 Metadona
 Propoxifeno

Efeitos e usos clínicos:

 Analgesia
 Principal efeito clinico dos opioides

 Disforia

 Sedação
 É dose dependente e é um “aviso” para depressão respiratória

 Depressão ventilatória
 “como se a pessoas se esquecesse de ventilar”
 Há diminuição da frequência respiratória e da amplitude dos movimentos respiratórios
 É sempre precedida por uma sedação mais intensa

 Supressão da tosse  codeína

 Miose
 Importante avaliação da intoxicação por opiode

 Rigidez torácica
 Ocorre com o uso de opioides muito potentes e, principalmente, em crianças

 Náuseas e vômitos
 São muito comuns
 Autolimitado
 Não é indicativo parar o tratamento

 Retenção urinaria

 Prurido
 Tolerância
 Com o uso prolongado, há diminuição dos efeitos terapêuticos dos opioides, como necessidade de auemnto da dose ou
troca do medicamento
 Enquanto estiver em uso de opioide vai ter constipação!

 Constipação

 Dependência química

 Edema agudo de pulmão cardiogenico


 Diminui pré-carga e pos-carga

Hidrossolúveis

 Codeína (0,1)
 Meperidina (0,1)
 Metadona (0,8)
 Morfina (1)

Lipossolúveis
 Alfentanil (10)
 Fentanil (100)
 Ramifentanil (500)
 Sufetanil (1000)

MEPERIDINA

É usada para tratar tremor pos-operatorio

Tem 10% da potencia da morfina e apresenta os mesmos efeitos colaterais e risco de dependência dessa droga

CODEÍNA

Usada para tratar dor fraca

METADONA

Usada no paciente que nunca fez uso de opiode, já que se a dose do medicamento estiver alta o paciente vai sentir muita náusea e vomito

FENTANIL

Usado na intubação orotraqueal

ALFENTANIL

Usado na intubação orotraqueal de urgência, pois tem latência mais curta que o fentanil

SULFETANIL

Analgesia do trabalho de parto

RAMIFENTANIL

90% da metabolização é plasmática

Usado por infusão continua

AGONISTA PARCIAL

Nalbufina

Usa-se, por exemplo, em um paciente com dor intensa em uso de morfina mas com prurido incontrolável

ANTAGONISTA

Naloxane

 Reverter efeitos indesejáveis do uso de opioide


 Efeito imediato

Naltrexane

 Reverte a constipação
AULA 04 - CORTICÓIDES

Córtex adrenal: adrenocorticosteroide = corticosteroide =corticóide

1. Glicocorticoides
2. Mineralocorticoides
3. Esteroides sexuais

CICLOPENTANOPERIDROFENANTRENO

Síntese: colesterol LDL  11β-Hidroxilase  Cortisol


FUNÇÕES

1. Reguladora

2. Metabólica

Carboidratos

 Reduz captação de glicose


 Aumenta a gliconeogênese
 Hiperglicemia
Proteínas

 Aumenta o catabolismo e reduz o anabolismo

Lipídios

 Lipólise
 Redistribução de gordura corporal

3. Anti-inflamatória

Eventos celulares:

 Estabiliza a membrana de lisossomos


 Reduz a quimiotaxia de leucócitos
 Reduz a reprodução de linfócitos

Eventos vasculares:

 Reduz a permeabilidade dos capilares

Mediadores inflamatórios:

 Atenua a febre, por reduzir a IL-1

4. Imunomodulação

Reduz a resposta imunológica

Ótimo para transplantes

Aumento o risco de infecções

FARMACOCINÉTICA

Metabolismo hepático

Penetram nas celulas por difusão


Ligam-se a proteína plasmáticas (globulinas carreadora)

Sais solúveis (fosfato e succinato) e insolúveis (acetato)

Administração oral, parenteral, inalatória e tópica

EQUIVALÊNCIA DOS CORTICÓIDES

Em doses equivalentes, os corticoides terão os mesmos efeitos!

EFEITOS

Supressão do eixo HHA

Hiperglicemia

Estrias cutâneas
Dislipidemia

Dificuldade de cicatrização

Diminuição da imunidade

Osteoporose

Hiperpigmentação cutânea

SUPRESSÃO E RECUPERAÇÃO DO EIXO HHA

 Doses altas por mais de uma semana resultam em supressão HHa


 Doses baixas promovem supressão HHA após 30 dias de uso
 Doses altas por mais de 3 meses, recuperação em 2 meses -1 ano
 Doses baixas por 2 a 4 semanas, recuperação em tempo desconhecido

Crise adrenal aguda:

Suspensão abrupta de terapia crônica Desidratação


com glicocorticoides
Anorexia
Hipotensão
Hipoglicemia
Choque circulatório
Confusão mental
Náuseas e vômitos
Morte
SINDROME DE CUSHING

Exposição prolongada a quantidade excessivas de glicocorticoides livres circulantes


(endógena X exógena)

DOENÇA DE ADDISON

Insuficiência adrenal primaria

AULA 05 – AINES E ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES

Inflamação aguda:

 Minutos a dias
 Neutrófilos
 Estereotipadas
 Fisiológica

Inflamação crônica:

 Dias a anos
 Macrófagos e linfócitos
 Padrão variável
 Patológica

Fosfolipideo  Ácido araquidônico  Cicloxigenase  Prostaglandinas e Tromboxanes


COX 1:

 Constitutiva
 Citoproteção do TGI
 Ativação plaquetária
 Função renal

COX 2:

 Induzida
 Inflamação
 Dor
 Febre

MECANISMOS DE INIBIÇÃO DA COX

Inativação irreversível da COX (AAS)

Inativação competitiva reversível (Ibuprofeno)

Inativação não competitiva reversível (Paracetamol)

AINES

 Analgésico
 Anti-inflamatório
 Antitérmico

Outros efeitos:

 Intolerância e ulceração gástrica


 Bloqueio de agregação plaquetária
 Reações de hipersensibilidade

ÁCIDO ACETILSALICÍLICO

Administração oral e tópica

Bom antitérmico

Analgésico para dores de baixa e media intensidade, principalmente,


musculoesquelética e, sobretudo, articulares

Atravessa a barreira hematoencefálica e placenta

Antiagregante plaquetário
Queratolítico

Efeito GI pronunciado

Salicismo

Síndrome de Reye

Hipersensibilidade, principalmente, cutânea

Alterações do equilíbrio ácido-básico

Contraindicado na dengue

PARACETAMOL

Oral e parenteral

Bom analgésico e bom antitérmico

Atividade anti-inflamatória muita fraca

Raros efeitos adversos

Antídoto: N-acetilcisteína

Uso seguro na gestação

DIPIRONA

Oral, parenteral e retal

Potente analgésico e antitérmico (MELHOR!)

Altas doses apresenta efeito anti-inflamatório

Alterações hematológicas, principalmente com uso crônico e prolongado

DICLOFENACO

Oral e IM

Sais de sódio e potássio

Atividade anti-inflamatória potente

Atividade analgésica moderada

Atividade antitérmica fraca

Efeitos GI pronunciados
IBUPROFENO

Cetoprofeno e Naproxeno

Oral e parenteral

Ótimo antitérmico

Menos efeitos GI que o diclofenaco

TENOXICAM

Meloxicam e Piroxicam

Oral e parenteral

Potente atividade anti-inflamatória

Meia-vida longa

NIMESULIDA

Oral

Boa atividade anti-inflamatória

Atividade analgésica regular

Atividade antitérmica fraca

ÁCIDO MEFENÂMICO

Oral

Dismenorréia

CETOROLACO

Oral e sublingual

Potente ação analgésica

Indicado em dores de media e alta intensidade


CELECOXIB

Valdecoxib e Paracoxib

Inibidor seletivo da COX 2

Menos efeitos decorrentes da inibição da COX 1

COMENTÁRIOS DAS AULAS


AULA 02

Benzo é o que mais cai – depressor.

Flumanezil – antídoto em altas doses

Síndrome da infusão continua  se usar mais de 96 horas. Por isso não pode usar
para induzir o coma.

Preferir etomidato para idoso – maior estabilidade hemodinâmica. Efeitos adversos


caem.

Desvantagem cetamina  alucinações

Diferencial de cada medicamento

AULA 03

Relação dos efeitos do medicamento – proporções; indicações; propriedades

Fentamil: diminui reflexos


Relação dos medicamentos usados

O que é nalbufina? Agonista parcial – usada para o prurido

Antagonistas

AULA 04

Percussor do corticoide – ciclopentanoperidrofenantreno

Função reguladora (mais importante)  feedback negativo  supressão. Se retirar de


uma vez a supressão provoca insuficiência adrenal

Gosta de cobrar farmacocinética, principalmente metabolismo (que é hepático),


administração (parenteral – inclui EV e IM  por isso que se falar que não tem
administração IM é errado, por entrar no parenteral), qual sais solúveis (que é fosfato
e succinato) e sal insolúvel (que é o acetato).

Equivalência: potencia, ação e doses equivalentes

Citar efeitos dos corticoides

Pct em uso de corticoide, o que fazer? Retirada gradual devido a crise adrenal
(sintomas)

AULA 05

Diferença da COX 1 e COX 2 (relação da administração da COX 2 em uma pessoa com


febre)

O que é salicismo (intoxicação por AAS). Sintomas: tontura, vertigem, náuseas e


vômitos.

Antídoto do parecetamol (lembrar também do antídoto dos benzodiazepínicos)

Efeitos dos AINES são sistêmicos, por isso não adianta administrar parenteral para
reduzir os efeitos GI. A forma de administração não evita que ocorra.

Tenoxicam – beneficio de 1 dose diária

Nimesulida – pior AINES, apesar de ser muito utilizado clinicamente

Ácido mefenamico – melhor AINE usado para dismenorreia

Cetorolaco – comparado a morfina

** Onde opioides atuam


Ordem da IOT: opioide, hipnótico, bloqueador neuromuscular (por ultimo pqe não
pode ser administrado em pct consciente)

Pct com queimadura – não utilizar bloqueador despolarizante

Você também pode gostar