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Del Prete, ZA. A (1999) Jig, tucagio¢ LDB. Novos desis para velba Em Guzzo, RL. (Ore) Psicologia Escolar ¢ a nova conjuntira educacional brasileira (pp. 11-34). Campinas: Atomo, ! Psicologia, educagéo e LDB: novos desafios para velhas questées? ra Del Prete SoCal (SP) Zilda Aparecida Universe Fs !§. Lei de Diretrizes e Bases da Educagio Nacional (4 Qbp~ Lerwr9594/96) 6 emsa esstncia 0 instrumenfo que define os objetives prada bem ima 1s ends eto ue devem reper 9 pia Scluaconal do pas Oconhsimento deseuconteaoede crema importnci odosos trabaladores da Fusco Sincluindo se os que se stuam na itrface Psicologia ducag Neste tvbalho busca se cxaminaralgunsaspctos th nova LDB que reconfiguram esa ntrar eparcem pevlinentes& dscussio sobre as posibilidade eines da tung do psclogo escolar eelucacinal ’} promulgagio da nova LDB, no dia vin dezembro de 19% representa aconclusso de uma longa trjetiria de debates academicosalindos a rites po tices, ao Tongo dose dez anos, em gue se explic- taramne se conftontaram interesses de grupos, de erentestendéncas, alguns corm maior rexpaldo ra Shamada sociedade organizade Otextofinalmenteapro- ‘ado reflete, especialmente sb a forma de omissiesv de ontadigdes, esse confito de interes, embora pes, 1a apatcia Perea Dal Prete a solbalgunsaspectos, ser considerado um avangoem relagdo 4 legislagdo educacional anterior: as leis 5540/68 5692/71, que reformaram, respectivamente,a estrutura do ensino superior e do ensino médio estabelecda em ‘nossa primeira LB, Lei devinte de dezembrode 1961 Por sua forma final e pelo processo que a gerou, a nova LDB vem sendo recebida com ceticismo por alguns setores educacionaise com alguma esperanga por outros. ‘De wm lado questiona-se sua potencialidade como bases (mais do que como diretrizes) para as transformacies necessérias em nosso sistema educacional; de outro, espera-se que o seu carter de acontecimento novo possa ser eanalizado para tas transformagSes, dependendo de esforgos nessa direg, ‘A insatisfag@es com anova LDB tém geralmente se baseado na comparacdo entre sua forma final eas verses anteriores elaboradas aperfeigoadas, nas etapasiniciais de tramitagio, pelos segmentoseducacionas orgaizados, através cle um sistema participativo de debates com esses segments Saviani (1997) destacavrios pontosnegativos do texto final da nova LDB, entre as quai, aclararientao liberal e tecnocratica (abertura a inicativa privada e as corganizacdes nao governamentais com reducao das responsabilidades do Estado evidenciada no empenho emreduzir os gatos, ustos eencargos dosetor public), a supressio do conceitodeSistema Nacional de Educagio a acunas quanto a forma de gerenciamento econducio das diretizes, especialmente na regulamentagSo do direito A liberdade de ensino pela iniciativa privada, nas omis- ses em relaglo a0 regime jurdico nico para os profes- sores. responsabilidade da Unio pela manutengdo das universidades, na supressdo do Forum Nacional de Educagio (eeivindicado pelas bases educacionas), nas rtcotopa, educate © LD8: nven dees para elas quests? 13 fomissées quanto a0 Plano Nacional de Educacio e na descaracterizagao do Conselho Nacional de Educacéo, através da reducdo de detalhes importantes referentes & composigio. aribuigbes. Esse ultimo aspecto versendo hha muito defendido por diversos autores (Azanha, 199 Favero, Horta & Frigotto, 1992; Silva, Davis, Spésito & ‘Mello, 1993) como essencial na superacao da descont- nuidade da politica educacional. As lacunas e contra: digdes da nova LDB podem ser interpretadas, portanto, ‘como uma forma de ajustar a politica educacional a poli- tica social e econdmica que vem se configurando em nosso pals nos tiltimos anos, ‘Mais pertinente & questio da profissionalizacSo do psicélogo que atua na interface Psicologia-Educacao, pode serdestacado oartigo71, queestabelece a definicao de “despesas educacionais”, e, em seu inciso IV, no ‘apenas exclui o psicdlogo, mas situa 03 seus servicos: entre “outras formas de assstencia social”. Dentro dessa visio equivocada e restrtiva quanto as possibilidades de atuagio em Psicologia, ndoé dese admirar que tal atuacio seja vista como despesa e nao como investimento ediuca- cional, Embora reconhecendo-se o mérito do texto em ‘excluir muitas despesas indevidamente consideradas ‘como recursos financeiros para a educacio, a exclusio dos servigos psicoldgicos soa estranha quando se ‘considera a importincia da Psicologia como um dos fundamentos da Educagio. Um dos resultados préticos desse artigo 71 €a formalizago da impossibilidade dese conceber a insercao do psicdlogo no quadro funcional da ‘escola, restringindo o leque de alternativas de profisio: nalizagdo nessa érea. No entanto, uma analise mais realistica essa I taco mostra que ela nao altera, substancialmente, as condigbes em que, hé muito, vem atuando o psicslogo que trabalha com questBes educacionais no Bras, Deum lado, tém-se os docentes pesquisadores das universdades, aque priorizam a producio de conhecimento nessa &rea, ceventualmente associando-a a experitncias pritcas de intervengio educacional: de outro tfm-seos profisionais liberais, graduados em Psicologia, que exercem ativi- dades profssionais em contextos educativos, geralmente sem maior preocupacio de produzirconhecimento sobre suas intervengBes ou de divulgar suas experiénias & alocados, geralmente em escolas partculares, com raras excegGes nas escolas pablicas, A superacio da dicotomia entre atuacdo do psiélo- ‘go como profissonal ecomo pesquisador tem sido objeto deanalises (por exemplo, Del Prete, 1983; Del rete de Del Prette, 1996a; Witter, 1997), geralmente incitando os pesqulsadoresa um maior investimento em pesquisas api- adas e a uma maior artculaggo com os profssonais de ‘utrasinstncias educacionas, especialmente através de cursos de pés-graduagdo. As restriges impostas pela LDB A proisionalizagio do psicologo na rea educacional,além cde agravar essa questo, recolocam em pauta antigasrefle- 10es sobre as perpeetvas de alteracBo desse quadro e de reconstrugiodaidentdadeeatuacio nessa grea (Almeida, 1992; De Prete, 1993; 1996; Malf, 1992) Sem pretender, neste trabalho, uma andlise deta- Tada da LDB (ver, paraisso, Brzezinski, 1997; Muranaka Minto, 1998;Saviani, 1997) pode-se identifica, a0 lado de suas lacunas e controvérsias, alguns pontos cuja concretizacio remetem a aplicagio e & produgio de conhecimento psicoldgico e que implicam reconhecer a amplitude da interface Psicologia-Educagio em termos de alterativas de prestaio de servicos educacionas ‘Peicolegla, educagdo © LOB: noves desatlos para velhas questoes? 13. 0s objetivos educactonais ¢ 0 Projeto pedagégico da escola A nova LDB mantém a filosofia geral de educacio voltada paraaconstrucio dacidadania, o desenvolvimento das potencialidades do educando e a preparacio para 0 trabalho e, embora formulada em termos excessivamente ‘genéricos, preserva a legitimidade de definiros objetives, dda educagdo escolar em torno de metas socialmente relevantes, Paraa educagao bisica,verifica-se uma énfase na articulacio entre conhecimentos, valores, atitudes e habilidades associados a formagio ética, a0 desenvolvi- ‘mento da capacidade de “aprender a aprender”, 3 auto- noma intelectual ea0 pensamento critico. Todos esses itens hd muito fazem parte de pro- postas “progressistas” de Educacao (Gadotti, 1984; Giroux, 1987; Libaneo, 1984, Rodrigues, 1985; Saviani, 1984, Snyders, 1981) em particular das tendéncias que procuram integrar tendéncias sociopoliticas e acadé- ‘micas (ver andlise de Del Prette, 1990). Embora otexto da lei possa ser, nesse sentido, positivamente avaliado, sua coneretizacao implica, de um lado, cuidadoso exame das relagies entre os objtivos proclamades eascondiges que ‘permite transformé-los em objetivos reas, e, dle outro, analise dos produtos e subprodutos das condicdes efti- vvamente dispostas no contexto educacional, ou seja, do “curriculo oculto” que elas podem inadvertidamente promover. O conhecimento psicologico sobre progra- ‘macio e avaliacdo de ensino constitui, aqui, uma impor- tante ferramenta de andlise e intervenc3o sobre 0 processo eos produtos educacionais associades as condi- bes pedagogicas implementadas na escola. ‘da ApaecnPeein Oe ertte 0 Aliada aos amplos objetives educacionais, a nova LDB prevé a flexibilizaczo do curriculo a partir de uma base nacional unificada que deve ser complementada por uma “diversificada’, a ser definida pela propria unidade ‘escolar. Naprética, essa determinacJosupse eincentivaa autonomia, reflexio e articulacio, necessarias para a construsao de um projeto pedagogico que possa efetiva- 'mente ser assumido pelo conjunto dos agentes eduucacio- nais de cada escola ‘A construgdo de um projeto pedagégico no se constitu tarefa simples, mesmo no Ambito mais restrito de ‘uma Unica unidade escolar. Ela requer coesdo em torno dos principios e valores quanto fungi social da educa- ‘lo, daescola edos educadores ea sua traducao em acies e relagies regidas por e deveres coletivamente estabelecides. Assim, por exemplo, a nosdo de cidadania, usual- ‘mente interpretada em termos de democratizagio do ‘acesso a escolaede garantia de um processo educativode qualidade, representa uma parte inquestionavel do conceito: 0 reconhecimento de que 0 acesso a cultura escolar contribui para o exercicio da cidadania, 0 que é inquestionavel. No entanto, ela pode ser entendida também como objetivo da educagao escolar, ou seja, a aquisicao de atitudes, habilidades e valores associados a0 reconhecimento dos direitos e deveres de todos os seres /humanos,o respeito aos diferentes, o combate diserimi- nagio e 0 desenvolvimento da identidade positiva de tenquanto agente consciente e eritico do processo hist’ ico (Minto & Muranaka, 1995; Del Prette & Del Prette, 1996). Assim, o conceito de cidadania, restrito pelos ventos neoliberais, a énfase econémica na defesa dos Uireitos do consumidor, precisa ser objeto de ampla ‘rlcoogle educaphe © LD8: noon dentin para vthas qusies? 47 iscussao entre os educadores, para que sua inser¢30 no projeto pedagogico signifique, de fato, consecugao da fungao social proclamada para a escola. Aqui, um profis- sional habilitado, simultaneamente em questdes educa- cionais, em analise organizacional e em promocio de relagdes humanas, poderia funcionar como mediador e catalizador de um processo efetivo e produtivo de construcio e implementacdo desse projeto. Essa habili- tagio faz (ou deveria fazer) parte da formacdo geral do picdlogo que se especializa na area educacional ‘Otextodanova LDBseiniciacomaapresentaciode uma concepedo de educagSo que inclui “os processos formativos que ocorrem na vida familiar, na convivéncia hhumana, no trabalho, nas instituigdes de ensino e pesquisa, ‘nos moviments socials e organizacaes da sociedade civil ¢ nas manifestacées culturais” (Titulo , Artigo 1). Assim, além da educagao formal inerente ao contexto escolar, reconhece a importincia de outros espagos ¢ agentes ‘educativos, em particular a familia, claramente colocada no texto legal como coresponsavel por esse processo, Embora essa clausula possa se vistacom desconfianca (no sentido de reduzir a responsabilidace da escola), ela temo -eéritodereconhecer anecessidade deampliar¢explorar a relagdes entre os microssistemas sociais na promoxio do desenvolvimento e da aprendizagem, coerentes com uma pperspectiva ecologica (Bronfenbrenner, 1996) e socicul tural (Vygotsky, 1984) da construcio da subjetividade humana ‘A busca de elagies mais produtivasentreaescola e as demais instancias educativas da sociedade, como a familia, 0s meios de comunicagSo v a indistria cultural, podem ser tomados como demandas potenciais que 0 psicdlogo estaria habilitado a atender, especialmente em convénios de prestagdo de servicos mais abrangentes e interdisciplinares. Por outro lado, o reconhecimento da necessidade do ensino de zero a seis anos, em creches e pré-escolas, embora tenda a ser negligenciado com a ‘municipalizacao do ensino fundamental, pode criar formalmente demandas de projetos adequados a esta faixa etéria e, portanto, de servigos psicoeducacionais especificamente voltados para a articulagio entre desen- volvimento e aprendizagem, Considerando uma adequada formacio do psicé- logo, pode-se afirmar que a assessoria e consultoria na elaboragao e implementagao de projetos de atendimento ‘as demandas acima constituam alternativas viaveiselegi- timas para a atuacéo do psicslogo. © processo de er A nova LDB preconiza a diviséo do ensino funda- mental em ciclos, sem cardter de terminalidade, abrindo cespago para uma organizacio mais pedagogica e educa- cional do que burocritica do processo como um todo, baseada em uma avaliaggo mais ampla, cumulativa diversificada. No entanto, conforme destacam Minto e Muranaka (1997) a avaliacdo preconizada na LDB refere- se apenas a produtos quantitativas em termos de rendi- ‘mento escolar, no avangando na necesséria diresio de avaliagdes mais abrangentes e processuais, Para corres- ponder, de forma mais precisa, filosofia e aos objetivos preconizados pela propria LDB, essa avaliagio deveria ser, necessariamente, psicoeducacional, ou sea, incluit, além dos objetivos académicos tradicionais, indicadores do desenvolvimento de atitudes, valores e habilidades Pecooge educate © LDR: novos deatos para vhs qustes? 18 ‘que compéem a filosofia © os objetives da educagio bisica. Por outro lado, para ser significativa e transfor- ‘madora, a avaliagdo deveria incluir também a andlise do proceso em termos das condicbes imediatas e mediatas ue geraram aqueles indicadores e se estender & ava- liagdo externa da relevanca social dos resultados obtidos, ssa concepgao mais ampla de avaliacio vai ao encontro das preocupagies com mudancas na subcultura escolar (Del Prett, 1995) particularmente no que se refere aoesta- belecimento de uma “cultura de avaliac30" no interior das cescolas (Gatti, 1993; iva, Davis, Espésito & Mello, 1993) Aqui, a Psicologia e os psicélogos muito teriam a contribuir em termos de instrumentos e procedimentos vlidos e confidveis de avaliagio e de interpretacio dos dados obtides, ‘A questio do nimero de alunos por professor, cembora estabelecida genericamente pela nova LDB, em termos dle um discurso de “alcancar relacio adequada entre oniimero de alunos eo professor” (artigo 25) aliada a perspectiva de ampliacio do periodoletivo disrio (art 0 34), abre a possibilidade de propostas de inovagbes metodologicas e de atividades diversificadas para uma ‘atengio mais especifica as dificuldades de aprendizado dos alunos. Um entrave a essas prescrigdes tem sido representado, tradicionalmente, pela retencio dos alunos nas séres iniciais, dados os altos indices de repe- tencia evasio, No Estado de So Paulo, essa dificuldade festa sendo amenizada através da eliminagio da repro- vvacio nos primeiros anos do ensino fundamental, uma ‘providencia coerente com as perspectivas constrativistas| ‘adotadas ou pelomenas idealizadas pelos educadoresno pprocesso de alfabetizacio, A validacio dessa medida depende, criticamente, da qualidade desse processo, 0 ‘que requer, entre outros aspectos, a tradugio das teorias| Picoldgicas em métodos pedagogicos. Essa tradugdo & permeada por muitas questées de pesquisa pertinentes & atuacao do psicdlogo, particularmente em parceria com, ‘outros profisionais da Educacdo. No artigo 80, e consoante com a nogio ampliada de ‘educacéo, a nova LDB preconiza oempenho do setor pi- blico com programas de educacio a distancia, em todos ‘os niveis e modalidades de ensino, inclusivena educacao continuada. Ao lado das critics & indefinigao do texto quanto ao significado eas condicBes que devem orientar essa modalidade de ensino, ha quese econhecer, aqui, urn dlesafioadicional a todos os educadores, eem especial aos, Psicélogos que se dedicam a investigagSo no campo edu- cacional. Embora néo se ignore a importancia dos meios decomunicagao, como condigSes de ensinecada diamais, dlisseminadas nos paises ricos, a pesquisa psicol6gica sobre as condig6es de ensino tem priorizado a anslise e intervengao sobre as interagbes “presenciais” que ocor- ‘em no contexto de sala de aula, com caréncia de estudos sobre os efeitos das novas tecnologias, Em paises como 0 hhosso, onde o acesso ea familiaridade com as inovagbes ‘ocorrem tardiamente e a sua divulgacio ¢ incipiente até ‘mesmo entre 0s pesquisadores, questies adicionais podem ser colocadasa investigacio. Longe de aceitaracriti- ‘amente tas inovagdes ou de recusé-las a priori as possibi- lidades e limites dessa modalidade de ensino ainda estéo por ser estabelecidas através de pesquisas aplicadas para 8 quais o psicélogo esté ou deveria estar preparado. cologe, educac € LOG: noes desfon para venanqustoes? 21 A Educacao Especial Ocapitulo V da nova LDB situa, explicitamente, a Educagio Especial como modalidade da educagSo escolar, ‘com énfasena insergio e integragdo dascriangascom neces- sidades especiais no ensino regular. A diversidade e complexidade das relagSes entre fatores biologicos e psi= cossociais envolvidas em processos como os de retardo mental, de deficiencias fisicas e sensoriaise de altas habi- lidades (superdotacio) justficam considerara Psicologia como um dos fundamentos indispensaveis & compreen- sf e A intervengio sobre esses processos e, portanto, de investigacao e atuacao em Psicologia Escolar e Educacio- nal. Questdes como integracdo de criangas com necessi- dades educativas especiais no contexto do ensino regular, desenvolvimento de programas especiais de ensino, treinamento ¢ orientacdo de pais, professores & outros paraprofissionais, estimulacao precocee outros de ha algum tempo vém sendo objeto de investigagio em Psicologia. Otextoda nova LDB,noartigoS861',estabelece gue “avers, quando necessério, servigos dle apo especial zado, na escola regular, para atender as pecularieades daclientela de educacdo especial”. No entanto, sede fato a Educagio Especial deve ser vista como uma modal dade do ensino regular, apesar da pertinéncia da atuacio do psicélogo na prestacao de servicos nesta area, a formulagao acima pode entrar emcontlitocom oartigo7 ‘que exclui, das “despesas” educa suplementares de vérias especialidades, aqui ineluindo- se, portanto, o psicdlogo. onais, os programas ‘sa Apres Perera Del Fret 2 [As novas perspectivas para 0 ensino especial da ‘Associagio Americana de Retardo Mental (Luckasson et al, 1992) e, em particular, a énfase na formacao para o trabalho e nas habilidades funcionais cotidianas como comunicagdo, autocuidado, vida doméstica, uso de recursos comunitarios, autodirecio, sadde e seguranga, funcionamento académico, lazer e trabalho incluem também muitas reas de atendimento para as quais a contribuigdo da Psicologia pode ser fundamental Dado 0 exposto, podese identifica, no ambito do ensino especial, um espaco a ser conquistado e ocupado legitimamente pelo psicdlogo, dada a urgencia e os desa- fios inerentes aos processos de incluso, de integracdo e de preparagao funcional dessa clientela. ‘A formagio de professores capitulo VIda nova LDB, que trata dos profissio- nais da educacdo, apresenta pontos avaliados como posi- tivos eoutros como negatives. Entre os pontos negatives, dlestaca-se a implantacio dos “institutos superiores de ‘educacdo” como insténcias formadoras de professores da ‘eclucagio basica, duramente crticados pela Associacio Nacional de Profisionais de Ensino (conforme Aguiar, 1997) por se constitultem uma “rede paralela” e “aligei- ada” de formacdo, centrada exclusivamente no ensino e ferindo o principio de uma base nacional comum, defen- dido por aquela Associagéo, além de retirar da Universi- dade a sua finalidade de formacio de professores, restringindo-a a formagio especialistas em adminis- tragdo, planejamento, inspecdo, supervisdo e orientagio ‘educacional, que ocorrem através dos cursos de Peda- .gogia. Otexto apresenta, portanto, uma visio tecnocrstica| ‘rtcologa educate «LDR: novos ese parvtnasqueses? 23, da formacio do professor, concebendo-o com téenico mais do que como um educador em sentido amplo, aprofundando de forma arbitrariaos desafios da divisio de trabalho na escola (Aguiar, 1997). ‘A redugSo nos requisitos da formagao docente parece insuficiente para atingir os amplos objetivos proclamadlos para a Educagéo, que implicariam dominio dos funda- ‘mentos filos6ficos,hist6ricos, antropoldgicos ete. Pode- se prever, aqui, uma cemanda futura, possivelmente tenderecada propria Universidade que, exclutda da for- ‘magai inicial,passariaaserchamacla para upriras acunas resultantes da preparacao profissional dispensada pelos Insttutos Superiores de Educagio, Omaior envolvimento dda Universidade na formacio de professores vem sendo ha algum tempo defendido por varios autores (Catani, Miranda, Menezes & Fischmann,1986), porém a forma como a nova LDB abre possibilidades de uma formacso ‘minima em requisites pedagdgicos amplia essa tarefa ‘A formagdo continuada de professores constitui ‘uma das alternativas de atuacao do psicologo nos demais sistemas de ensino escolar. O conhecimento psicologico dlisponivel sobre os fardamentos da educagao e dos pro- ‘cessos de ensino, sobre relagdes humanas e sobre alterna- tivas construtivasna promoxdo de recursos profisso para-profissionais,aliado ao conhecimento das questes pedagogicas, culturais e politicas que caracterizam os atuais desafios da Educacaoconferem, ao psicdlogo, uma hhabilitagdo particularmente desejavel para a aluacio ‘efetiva nessa area. “Asatuals parcerias entreas Universidades e aSvcre- taria da Educacao e Delegacias de Ensino, no Programa de Educagio Continuada do Estado deSio Paulo, embora no se constituam, propriamente, uma alternativa de profissionalizagio do psicélogo educacional, & qué ela vem sendo exercida como atividade extensionista dos dlocentes universitérios, permitiria uma andlise mais detalhada dessas possibilidades. Exemplificando, aautora, deste trabalho coordena, atualmente, um projeto de cextensio nesse convénio, com 0 objetivo de sensbilizar e assessorar os professores para assumirem, paralelamente ‘08 objetives “académicos", o desenvolvimento de ati- tudes e habilidades interpessoais que, no contexto dos novos paradigmas culturas, tim sido amplamente reco- nhecidas como pertinentes & educacio escolar. Outros aspectos A nova LDB, em seu artigo 87, instituiu a Década da Educacao,cujas dretrizes emetas devem ser regidas pelo Plano Nacional de Educagio (PNE), encaminhado pela Unido ao Congresso Nacional apos o prazo previsto na propria LDB. O governo efetivamente produziu 0 seu PNE, porém ignorando os substdios produzidos pelos amplos setores da sociedade organizada, nos Congressos Nacionais de Educasio de Belo Horizonte em 19961997 ses subsidios geraram o Plano Nacional de Educagio- Proposta da Sociedade Brasileira (ANDES, 1997) apoiado pelas oposigdes eencaminhado a Camara, sob a forma de projeto dell, no inicio do presente ano e que atualmente busca cumprir a exigéncia regimental de um milhio de assinaturas para tramitar no Congresso Nacional como projeto de lei de iniciativa popular. Essa situagdo € conseqiéncia direta das lacunas da LDB quanto ao Férum Nacional de Educagdo e o Conse- tho Nacional de Educagio e seus papéis na elaboragdo do ecolog ecagbe «LDR: novos destin par eas questa? 25 PNE, © Plano do governo tem um carater tecnocratico, com metas quantitativas insatisfatorias e inferiores Aquelas definidas pelo projeto das oposigbes (Valente, 1998), que procurou preencher as lacunas da nova LDB, a partir de uma andlise atualizada dos principais indica- ores educacionais, propondo diretrizes e metas mais ‘ousadas para os préximos dez anos, articuladasem tomo, de principios éticos voltados para a igualdade e a justica, social. Entre tais diretrizes e metas pocle-se destacar: a) a redefinigdo de conceitos importantes como democracia, autonomia, avaliagSo, Sistema Nacional de Educagio e suas formas de gestSo democratica em todos os niveis & modalidades; b) 0 restabelecimento do Conselho Nacio- nal de Educacio em suas fungdes © composigao; ¢) a ampliacio do percentual do PIB destinado a Fulucacao Pablica (de 37 para 10%); d) a erradicagio do analfabe- tismo e a universalizagdo da educacio bssica, incluindo pré-escola e ampliagao cla educacao infantil nas creche; ©) ocestabelecimento de politicas de formacao e defini dacarreirae da remuneracio clo professor) a ampliagio _gradativa dos requisitos de formacio exigidaem tadnsos niveis. ‘A consecugde ds aspects positives dl cedlucacional, assim como de quakuer legislacao, depen: de, em grande parte, da capacidade «le mobilizagio e, certamente também da fiscalizagio ta sociedlade. Como cidadio e intelectual (Del Prette, 1993), alem de profis- sional, opsicélogo precisa participar los movimentos em defesa da educacdo publica e de qualidade e, no caso especifico da nova LDB, estar atento nao apenas av sett ccontetido mas também as suas possiveis distorgies Cconjunturais, na medida do possivel compondoos forans “da Aprectda Pee Dal Prete 2 ‘em defesa das diretrizes legitimas af estabelecidas, Independentemente de qualquer avaliagl0 quanto {as condigOes reais que serio viabilizadas pelo governo federal, para a concretizaco dos aspectos positives da nova LDB, 0 fato de estarem sendo previstos e regulari- zados em lei abre espaco para que se formem gradual- ‘mente novas e mais exigentes expectativas educacionais, legitimando a sua cobranca pelos setores mais compro- ‘metidos com a qualidade da educacio no pais. ‘Alguns encaminhamentos AAs andlises anteriores buscaram pontuar possibi- lidades de pesquisa e de intervencio educacional pert: nentes a formagéo do psicélogo e 8 contribuigdo da Psicologia a Educagio, As alternativas de atuacéo do psicdlogo na Educagio supdem uma formaco ampla em subareas da propria Psicologia e nas Cincias da Educa- ‘so, No primeiro caso, pode-se destacar o conhecimento sobre process psicoldgicos bisicos (motivagao, percept, ‘emocdo, aprendizagem, desenvolvimento, grupos) asso- iados & Psicologia do Desenvolvimento, da Aprendi- zagem, Social, Organizacional, Clinica, Comunitétia ete, ‘ou Sea, considerando a formagao basica como referencia dda competéncia técnica e da identidade do psicélogo esco- lar e edueacional. Os conhecimentos em Ciencias da Edu- eacéo incluem 0s da Sociologia, Filosofia e Historia da Educacdo, SociolingdisticaPsicolingulsticaeoutras, cuja atualizacio constante, especialmente com relagio as polt- ticas educacionais, é indispensavel para uma atuacio profissional socialmente relevante, Frclopn educate eH enosdesatos para vets questo? 77 Certamente, pode-se afirmar que a nova LDB rece loca, soba forma denovesclesafins,antigos prublemas.da interface Psicologia-Fducacdo, entre os quais a identi ‘cagodeseuscontornos e passibilidades de profissionai 2a¢do, que, anosso ver, ndo devem estar restritos a escola fe a0s pais, masa todos os contextos educative dla socie- dade. Assim, independentemente da insergdo no quad funcional da escola, é importante que o psicologo ‘comprometido com questiies educacionais reconhega as uitas opcdes de atuacdo que podem ser viabilizadas através de projetos de consultoriae que procure planeji-las articulando os objetivos de intervengao aos de producdo de conhecimento, ‘A municipalizagio do ensino fundamental © a “atribuigdo” de uma margem de maior autonomia a0s municipios no uso dos recursos para manutencio & desen- volvimento do ensino incluem a "temuneracao e aperfe soamento do pessoal docente ¢ dias profssionais de Educagio” (Gracindo, 1997, p.189, italico nosso), eriam novos interlocutores, cerlamente mais acessives, para 0 encaminhamento de propostas de atuagao profissional do ‘psicdlogo na Educaglo, Por isso, pode ser importante, no processo de formacao do psicilogo, oexercicioderoconhe- cer a amplitude das aces pertinentes ao conhecimento habiltacSo profissional em Psicologia simultaneamente, ‘dentficar questaes relevantes de pesquisa associadas a ‘esas opgdes. Considerando as alternativas jé referidas neste texto. outrastradicionalmente associadas a atuagio do psicélogoescolar, o quadro a seguir propdeum resumo de agdes que poderiam orientar tal exercico, através da solicitacio de elaboracio de projetos de pesquisa-inter. vensio, ‘aa Aprecia Perera Bel Prete 2 Quadro 1. Algumas aeratvasrelevanes de luasdo do pscéloge na escola = Arsessoria na elaborajo, plementagdo aveliaglo permanente do projto pedagogic, oietado por objlivos clara Iente definidos po todos ot segments da unidade escolar (40, Arete exci inctuindo os pais): + Assessorin na elaborapao de instruments © proced- ‘menio para avaliago dos alos em conformidade com 0 projelo pedagogic da unidade escolar, * Assessria na elaboragdo de programas espcias de ensino para as aividades repulres de tala de abl, priori: ‘mente na reas de letra ext, matemdicae inca, ince silos a propostas de atendimento integragio dos port Mores de necessidades eduatvas especie; + Assessoria na elaborapio de programas ¢ ativdades ‘complementares, em ércas petientes 2 consecugto do projeto ‘eiwatv, como desewolimet emosina e lags itp, ‘into vocacional e prepare pra ath, erieaglosexsa, Prevensdo de uso de substinciaspsicoativas, desenvolvimento ‘emocional, cratividade et, + Anilise © proposilo de alternatives de reestatragfo das reagdes funciona ent os segments da escola, no sentido de ‘maior prtisipado de todos nas omada de decsto ena evaligioe rmonitoramento das aes e resultados: + Anilsee interven sobre anaturezae qualidade des ineraies de salad aula, com eriagio de novas configuapes © ‘portunidadeseducativase melhor sproveitamento das relaies oestrone ans dos sos com con agentes ‘catves + Aniliseedinamizago dos espagos e eventos educativos descolpraasuperajao dorialismo dt ages earanjosambien- tas, com vistas sua exploraio edsalivar lcologla educgio © LBB: mover deaton continua a0 ‘Desenvolvimento de programas especiais para pais, por exemplo,com objetivo de apoio tarts de cas, de organizacto ‘arotine de estado, de extimulago da motv ago dos filkos para ‘sprendiagem, de promogto da vesiliciapricolgica et, aga Inclindose os programas complements para ahs poradores de necesridadesedueativa epoca: + labora econdujdo de programas juno aps ecuida ores das etangas na promogéo de condigdes de aprendzagem © «de desenvolvimento integral do shino ena jevengao de defines fincionaisy + Patcpaglo na orienags0, teinmento e desenvoli- ‘mento téenico-profistonal dos proessores,com Eafe naassini Tago ena aplicagi, ds metodalogias de ensino, ds fandamentos psicoligicor da Edvcagio(conhecimentossbreensino,aprendi- ‘ager, desenvolvimento, relabeseducatva,avalisgo, progra: ‘magia de ensin et.) eno desenvolvimento do compromissoe da epost do rtsr em Ses epi ype de a intelectual epofissional relacio- + Diagnstico © encaminhamento de problem ados a quinasesolares Alem das alternativas anteriores, que se caracte ‘2am como intervenSes1no Ambito institucional dacscola, 6 importante inclu, sob uma concepgo mais airangent da interface Psicologia-Fducagio, a analise dv opcdes le servigos educacionais, exercidas usualmente em consul t6rios ea partir de demandas particulares, paraa supera- ‘lode problemas emocionaisedeaprendizagem, deficits de atencSo, hiperatividade, agressividade, abuso de ‘drogas, problemas relacionados queixas escolares, orien- taco vocacional e escolha profissional, Por outro lado, pode ser importante que vs alunos reconhecam a aplicacao de muitas das alternativas ante 2s Apacs Perera Dl Prete 2 rlormente referidas a outros contextos educativos, alm dda escola e dos consultérios, por exemplo, a insituigBes no escolares de acolhimento infantil, a organizagées ‘comunitarias, a empresas e agéncias comerciais, aos meios dle comunicagao ete. Nesse ultimo item, podem ser enfat- zadas as alternativas deatuacao do psicdlogo na investigacio das condigdese da efetividade dos processos de edueagSo a dlistincia, do ensino computadorizado, da utilizagao da midia como recurso adicional, entre outa. A atuagdo do psie6logona Educaco tem sido, algu- mas vezes, entendida como a aplicacao de um “olhar Psicolégico” sobre as questies educacionais. Conside- rando-se que a Psicologia é um dos “fundamentos da Educagdo", a assertiva acima € razodvel, desde que esse “olhar” no se confunda com “psicologismo”, ou seja, com explicagSes que focalizam 0 psiquisma isolando-o de seus determinantes histéricos e sociais. © “olhar psicoldgico” privilegia sem duvida © comportamento dos individuos (os observaveis e os nao diretamente ‘observveis), mas concebe esse comportamento em suas interagdes com os determinantes fisicos, bioldgicos e sociais, presentes e passados, que permitem aferiro signi ficadlo das agdes e das relagdes sociais que ocorrem nos. Uliferentes contextos educativos. Daf porque a anélise psicoligica dos fendmenos educatives precisa incluir a ‘ompreensdo do sistema educacional em termos das contingéncias sociaise politicas que sobre ele incidem. A LDB constitui uma dessas contingencias, bem como os ‘movimentos populares de resistencia aos aspectos nela considerados ilegitimes ou contrérios aos anseios dos ‘educadores. A compreensio mais ampla dessas impl cagdes & 0 compromisso com uma atuacio articulada ‘ecco cage € LOW: novos defen par vets qustoca? 3 com tais movimentos parecem constituir uma urgencia a ser assumida tanto na formagio dos noves psiedlogos ‘como na atuagSo dos pesquisadores que atuam na inter- face Psicologia-Educagio. Falar da alteragio do curriculo minimo na formacdo do psicdlogo e dos novos parametros curriculares que poderiam olaborar para uma melhor instrumentacdo do, psicdlogo na érea educacional Heferénclas Aguiar, M.A. (1997). Instituto superiores de educagio na ova LDB. Em 1. 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