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1. Por que o DIPr também é conhecido como Direito Civil Especial? Devido a
especialização nos temas de interesse civil oriundos da relação entre as pessoas de
diferentes Estados. Outros temas das relações internacionais, por exemplo,
comercial, trabalhista, são igualmente específicos.
13. Por que os Direitos Humanos precisam ser observados na aplicação do DIPr?
Os Direitos Humanos precisam sempre ser observados na aplicação do Direito
Internacional Privado devido ao princípio norteador do Direito Humano ser a
dignidade da pessoa Humana, a qual deve sempre ser preservada. Assim, há uma
tendência no DIPR de analisar a materialidade das normas indicadas para aplicação,
sobretudo levando-se em conta os direitos humanos, pois a proteção da pessoa
humana e de seus direitos fundamentais tem caráter universal, que não deve
esbarrar nas Constituições dos diferentes países. No entanto, em países como o
Brasil, que tem como elemento de conexão internacional principal o domicílio, a
utilidade prática da utilização dos direitos humanos no direito internacional privado
é muito reduzida, se comparado com o elemento de conexão da nacionalidade,
adotado pela Alemanha, que reflete com maior fidelidade as tradições sociais e
jurídicas de determinada pessoa.
15. Por que o DIPr contemporâneo está se desenvolvendo de “fora para dentro”?
Pode-se dizer que o Direito Internacional Privado contemporâneo esta se
desenvolvendo de "fora para dentro" devido ao movimento atual do mundo moderno
em buscar a universalização de assuntos regulados pelo Direito internacional
Privado por meio de assinaturas de Tratados e Convenções Internacionais, ou seja,
pelo Direito Internacional Público. Assim, observa-se que os limites que separam a
esfera pública da esfera privada, também nas questões relativas ao direito
internacional, tornam-se fluidos em face dos novos desafios enfrentados pelo
direito, criando, portanto, um cenário de convergência cada vez mais densa entre o
direito internacional público e o direito internacional privado. Essa convergência é
observada contemporaneamente em diversos domínios do direito internacional,
dentre os quais se destacam os dispositivos de proteção dos direitos individuais em
face do comércio internacional e da atuação de empresas transnacionais, e a
interseção em governança global e a tutela dos direitos difusos e coletivos. Isso
deve-se ao fato de haver um interesse contemporâneo coletivo por desenvolver
medidas eficazes para proteção dos direitos humanos e universais nas relações
entre pessoas e empresas de diferentes nacionalidades, proporcionadas pelo avanço
da globalização.
16. As normas de DIPr pertencem a que ramo do Direito? Atualmente as normas
de Direito Internacional Privado são consideradas como um Direito Civil Especial
conforme definido por Maristela Bastos, uma vez que buscam resolver conflitos
caracteristicamente civis entre particulares estrangeiros, servindo, portanto, para
resolver problemas de aplicação da lei no espaço, uma vez que definem qual o
direito aplicável a determinado fato que apresenta conexão internacional. Dessa
forma a relação do Direito Internacional Privado com o Direito Constitucional e
Direito Internacional Público são patentes, por subordinar-se a eles. Já a relação
com o Direito Processual Civil e Penal é íntima, uma vez que ambos dispõem sobre
as regras procedimentais indispensáveis à solução do conflito internacional. Por fim,
quanto ao Direito Civil, sua relação é visível, pois grande parte das relações jurídicas
regulamentadas pelo Direito Internacional Privado tem natureza civil.
19. Qual é a fonte formal histórica mais importante do DIPr brasileiro? A Lei de
introdução as normas do Direito Brasileiro (decreto Lei nº 4.657/1942, com redação
dada pela lei 12.376/2010) é a fonte interna formal, regra jurídica elaborada por
processo legislativo, mais importante do Direito Interno Privado brasileiro,
disciplinado a matéria nos artigos 7º a 19º.
20. Existe conflito “real” de leis no espaço? Quais expressões seriam melhores,
apesar da tradição no uso do vocábulo “conflito”? Para Dolinger não existe conflito
de normas, mas sim concurso ou concorrência de leis no espaço uma vez que cada
soberania legista para si, embora o método clássico ou conflitual crie aparência de
conflito entre as normas.
23. Qual o papel da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro para o DIPr?
Sendo a fonte interna mais importante do DIPr nacional, esta lei regula normas
relativas a competência internacional, normas sobre prova do direito estrangeiro e
normas a respeito da homologação de sentenças estrangeiras.
26. Explique por que no mundo contemporâneo o Direito Internacional Público tem
primazia sobre o DIPr. O direito internacional público tem primazia sobre o direito
internacional privado, porque, os tratados internacionais surgem em razão da
impossibilidade de um DIPr uniforme, ou seja, diante de várias regras internas
regulando o DIPr de cada Estado, os tratados norteiam estas regras, para que não
haja certos conflitos. Um exemplo desta primazia é o artigo 27 da Convenção de
Viena de 1969, que dispõe “Uma parte não pode invocar disposições de seu direito
interno para justificar o inadimplemento de um tratado”.
29. Explique a teoria dualista em conflito entre fontes. Para esta teoria se tem duas
ordens jurídicas distintas e separadas: Direito interno (subordinação da lei à vontade
estatal) que envolve relações jurídicas intraestatais e, Direito internacional
(Coordenação entre Estados) que envolve relações jurídicas exteriores. Sob a ótica
desta teoria não existe conflito entre fontes (lei interna versus tratado), o tratado
deve ser incorporado a ordem jurídica interna para ser aplicado (teoria da
incorporação).
30. Explique as teorias monistas em conflitos entre fontes. Existem três escolas
monistas as quais defendes suas respectivas teorias, quais são: A Teoria da Primazia
(ou Supremacia) do direito internacional sobre o direito interno, que defende que
não há conflito de fontes, isto porque o tratado se sobrepõe (prevalece) à ordem
jurídica interna. Esta teoria é adotada na França; Teoria Monista da Primazia do
Direito Interno, a qual defende que o direito internacional advém do direito interno
do Estado. O direito internacional, de acordo com esse entendimento, é um “direito
estatal externo”, ou seja, “um direito interno que os Estados aplicam na sua vida
internacional”, é a autolimitação do Estado; e a Teoria Monista Moderada, a qual
sustenta que a prevalência do Direito Internacional ou Interno depende da ordem
cronológica da criação das fontes
38. O que é adômida? Adômida é o termo que define a pessoa que não tem
domicílio estabelecido.