- Só é recurso no processo do trabalho o que está prescrito na CLT como recurso. Arts. 893 a 897
da CLT estão os recursos trabalhistas. São eles: Recurso Ordinário; Recurso de Revista; Agravo
de Petição, de Instrumento e Regimental; Embargos de Declaração.
- Das Varas do Trabalho cabe Recurso Ordinário para o TRT. Da decisão do TRT cabe o Recurso
de Revista para o TST. Erro grosseiro impede a aplicação do princípio da fungibilidade. O TRT
entendeu como erro grosseiro a interposição de Recurso de Revista da decisão do TRT em
primeiro grau.
- O acordo homologado na Justiça de Trabalho transita em julgado tão logo é homologado (no
mesmo momento).
- Ao recorrer (RO), este recurso é protocolado na Vara do Trabalho e o juiz que sentenciou fará
o primeiro juízo de admissibilidade. O recurso pode ficar trancado pelo juiz neste momento,
podendo ser “aberto” por meio do agravo de instrumento (recurso que admite juízo de
retratação). Agravo de Instrumento = gera novo processo. A CLT dispõe de peças obrigatórias
para instruir o agravo de instrumento, visto que gerará um novo processo (ler art. 897 §5º, CLT).
A ausência de alguma das peças fará com que o recurso não seja conhecido.
- Recurso de Revista para o TST. O TRT fará o primeiro juízo de admissibilidade e, caso esteja ok,
a parte contrária será intimada para contrarrazoar. Se não estiver Ok, caberá agravo de
instrumento e a respectiva contrarrazão. Haverá a remessa (“carrinho”) das peças para o TST,
podendo haver o trancamento do recurso pelo TST, situação em que será admitido o Agravo -
Regimental, havendo, ainda, a abertura para apresentação de Agravo Regimental (gente, acho
que confundi alguma coisa nessa frase, repeti a expressão “agravo regimental”, talvez o correto
deva ser abertura de prazo para apresentação de contrarrazões ao agravo, mas não tenho
certeza).
- Recurso para o STF não admite o jus postulandi da parte, visto que extrapolou a jurisdição
trabalhista. Após a edição da Súmula nº 425 do TST, a parte não chega nem ao TST sem
assistência do advogado.
- Os fundamentos da decisão objeto de recurso vinculam o juiz de segundo grau? Não. Efeito
devolutivo em profundidade: toda matéria que foi discutida no processo será devolvida ao
tribunal. Ainda que a sentença se fundamente no fato A, a decisão do juiz de segundo grau, por
exemplo, poderá ter por base justificativa diversa. Qualquer fundamento que foi discutido no
processo sobre a matéria do recurso poderá ser reapreciado.
- EDDLA DIZ: LEIAM AS SÚMULAS 414, 214, OJ 129, OJ 140, OJ 286, OJ 245...
- Requisitos de Admissibilidade
- Para haver preparo deve haver: pagamento das custas e depósito recursal, este último serve
para a garantia do juízo. Todo recurso pra empresa tem que ser pago.
- Depósito serve para garantia, ou seja, reter do empregador partes da condenação. Isto é,
condenação a 5 mil reais, o depósito do RO seria de 8 mil, mas está limitado a 5 mil, não pode
ultrapassar o valor da condenação. Caso o RO seja trancado... Ex.: Condenação 22 mil, RO
custaria cerca de 5 mil para a garantia de juízo. Se a sentença for mantida, depois, na execução,
será dado alvará para a parte sacar os 5 mil. Se o recurso alterar a condenação para 3 mil, haverá
dois alvarás, para o autor 3 mil, e para o réu a devolução dos 2 mil que excederam a condenação.