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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 13696
Terceira edição
26.01.2010

Válida a partir de
26.02.2010

Equipamento de proteção respiratória — Filtros


químicos e combinados
Respiratory protective devices – Gas filters and combinated filters

ICS 71.100.99 ISBN 978-85-07-01915-2

Número de referência
ABNT NBR 13696:2010
16 páginas

© ABNT 2010
ABNT NBR 13696:2010

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ABNT NBR 13696:2010

Sumário Página

Prefácio ....................................................................................................................................................................... iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Termos e definições ...................................................................................................................................... 1
4 Classificação .................................................................................................................................................. 1
4.1 Tipos de filtros ............................................................................................................................................... 1
4.1.1 Filtros químicos ............................................................................................................................................. 1
4.1.2 Filtros multitipos............................................................................................................................................ 2
4.1.3 Filtros combinados........................................................................................................................................ 2
4.2 Classes de filtros ........................................................................................................................................... 2
5 Requisitos ...................................................................................................................................................... 3
5.1 Requisitos gerais ........................................................................................................................................... 3
5.2 Materiais ......................................................................................................................................................... 4
5.3 Filtros combinados........................................................................................................................................ 4
5.4 Conexão .......................................................................................................................................................... 4
5.5 Resistência à vibração .................................................................................................................................. 5
5.6 Resistência à temperatura ............................................................................................................................ 5
5.7 Resistência à respiração (medida estática) ................................................................................................ 5
5.8 Vida útil ........................................................................................................................................................... 6
5.9 Indicador de fim de vida útil ......................................................................................................................... 7
6 Amostragem ................................................................................................................................................... 7
7 Métodos de ensaio ........................................................................................................................................ 8
7.1 Inspeção visual .............................................................................................................................................. 8
7.2 Condicionamento térmico ............................................................................................................................ 8
7.3 Condicionamento de vibração ..................................................................................................................... 8
7.3.1 Aparelhagem .................................................................................................................................................. 8
7.3.2 Procedimento ................................................................................................................................................. 9
7.4 Ensaio de resistência à respiração (medida estática) ............................................................................... 9
7.4.1 Aparelhagem .................................................................................................................................................. 9
7.4.2 Procedimento ............................................................................................................................................... 10
7.4.3 Expressão dos resultados .......................................................................................................................... 10
7.5 Ensaio de vida útil ....................................................................................................................................... 11
7.5.1 Princípio ....................................................................................................................................................... 11
7.5.2 Aparelhagem ................................................................................................................................................ 11
7.5.3 Procedimento ............................................................................................................................................... 12
7.5.4 Expressão dos resultados .......................................................................................................................... 13
8 Marcação ...................................................................................................................................................... 13
8.1 Geral .............................................................................................................................................................. 13
8.2 Filtros ............................................................................................................................................................ 13
8.3 Marcas especiais ......................................................................................................................................... 14
9 Embalagem................................................................................................................................................... 14
10 Instruções de uso ........................................................................................................................................ 15
Bibliografia ................................................................................................................................................................ 16

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 13696 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual (ABNT/CB-32),
pela Comissão de Estudo de Equipamentos de Proteção Respiratória para Profissionais da Indústria
(CE-32:002.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 02.10.2009 a 30.11.2009,
com o número de Projeto ABNT NBR 13696.

Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 13696:2005), a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the chemical and combined filters requirements for use as part of non-powered air purifying
respirators.

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Equipamento de proteção respiratória — Filtros químicos e combinados

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para filtros químicos e combinados para uso como parte de equipamentos
de proteção respiratória do tipo purificador de ar não motorizado.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 12543, Equipamentos de proteção respiratória – Terminologia

ABNT NBR 13697, Equipamentos de proteção respiratória – Filtros mecânicos

3 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 12543 e os seguintes.

3.1
filtro de baixa capacidade
FBC
filtro químico para uso em ambientes com baixas concentrações de certos gases e vapores

3.2
filtro para partículas
filtro destinado a reter aerodispersóides

NOTA Dependendo dos mecanismos de captura das partículas pelas fibras, o filtro para partículas pode ser de dois tipos:
filtro mecânico e filtro eletrostático.

4 Classificação
NOTA De acordo com a sua aplicação e capacidade de proteção, os filtros químicos são classificados em tipos e classes.

4.1 Tipos de filtros

4.1.1 Filtros químicos

Filtros químicos podem ser dos seguintes tipos:

a) vapores orgânicos: para uso contra certos gases e vapores orgânicos conforme especificados pelo fabricante;

b) gases ácidos: para uso contra certos gases ou vapores ácidos conforme especificados pelo fabricante
(excluindo o monóxido de carbono);

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c) amônia: para uso contra amônia e compostos orgânicos da amônia conforme especificados pelo fabricante;

d) especiais: para uso contra contaminantes específicos não incluídos nos tipos anteriores como, por exemplo,
mercúrio, cloreto de vinila, óxido de etileno, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e formaldeído.

4.1.2 Filtros multitipos

Filtros multitipos são uma combinação de dois ou mais dos tipos citados em 4.1.1 e que satisfazem os requisitos
de cada tipo (ver Seção 5).

4.1.3 Filtros combinados

Filtros combinados são filtros químicos ou filtros multitipos que incorporam um filtro para partículas.

4.2 Classes de filtros

4.2.1 Cada tipo de filtro descrito em 4.1, conforme sua vida útil medida em ensaio de bancada, pode pertencer
a uma das seguintes classes:

filtro de baixa capacidade (FBC);

classe 1;

classe 2;

classe 3.

4.2.2 A proteção proporcionada por um filtro de uma dada classe inclui a proteção dada pelo filtro
correspondente de classe ou classes inferiores. A máxima concentração de contaminante em que um filtro para
gases ou vapores de uma dada classe e tipo pode ser usado é mostrada na Tabela 1.

4.2.3 Um filtro multitipo pode ter tipos pertencentes a classes diferentes.

4.2.4 Os filtros especiais não necessitam obrigatoriamente ser classificados.

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Tabela 1 — Máxima concentração de uso (MCU) dos filtros químicos a

Máxima
Tipo de peça facial
Filtro Tipo concentração de uso
compatível
mL/m3 c
Quarto facial,
Vapor orgânico b
semifacial filtrante, semifacial,
Classe FBC FBC Gases ácidos b 300
facial inteira
Amônia
ou conjunto bocal
b
Vapor orgânico 1 000

Amônia 300
Quarto facial,
Cartucho Metilamina 100 semifacial,
Classe 1
pequeno Gases ácidos b 1 000 facial inteira ou
conjunto bocal
Ácido clorídrico 50

Cloro 10
b
Vapor orgânico
Cartucho Amônia
Classe 2 5 000 Facial inteira
médio b
Gases ácidos
Vapor orgânico b
Cartucho
Classe 3 Amônia 10 000 Facial inteira
grande
b
Gases ácidos
a
A máxima concentração de uso dos respiradores em situações rotineiras que incorporem filtro químico, para um dado gás
ou vapor, deve ser:
a) menor que o valor IPVS;

b) menor que o valor indicado nesta Tabela para o referido gás ou vapor;

c) menor que o produto: fator de proteção atribuído do respirador purificador utilizado x limite de exposição.

Dos três valores obtidos, o que for menor.


b
O uso contra vapores orgânicos ou gases ácidos com fracas propriedades de alerta, ou que gerem alto calor de reação
com o conteúdo do cartucho, é especificado no Programa de Proteção Respiratória - Recomendações, Seleção e Uso
de Respiradores da FUNDACENTRO.
c
1 mL/m3 = 1 ppm.

5 Requisitos

5.1 Requisitos gerais

5.1.1 Em todos os ensaios, todas as amostras devem satisfazer todos os requisitos especificados nesta Norma.

5.1.2 Quando dois ou mais filtros são projetados para serem usados em paralelo numa peça facial,
se ensaiados em separado, a vazão de ensaio deve ser dividida igualmente pelo número de filtros. Se, porém:

a) cada um deles puder ser usado como filtro único em outro respirador do fabricante, a vazão de ar no ensaio
em cada filtro deve ser a indicada nas Tabelas 2, 3 e 4;

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b) as resistências dos filtros obedecerem à equação:

"P máx
! 0,2
Pmédia

onde:

"Pmáx é a variação máxima da resistência à respiração entre os filtros

Pmédia é a resistência à respiração média dos filtros.

então, o filtro pode ser ensaiado como um filtro único com vazão proporcional. Se as resistências dos filtros não
obedecerem a esta equação, os filtros devem ser ensaiados com a vazão total.

5.1.3 Os valores especificados nesta Norma são expressos em valores nominais. Excluindo o limite de
temperatura, valores não especificados como máximo ou mínimo estão sujeitos a uma tolerância de ± 5 %.
A temperatura ambiente deve estar entre 15 °C e 30 °C, estando os limites de temperatura sujeitos a uma
exatidão de ± 1 °C.

5.2 Materiais

5.2.1 O filtro deve ser feito de material que suporte o manuseio, uso normal e exposições a temperaturas,
umidades e atmosferas corrosivas daqueles ambientes onde vai ser usado. A estrutura do cartucho que constitui
o filtro, na embalagem não violada, dentro do prazo de validade, não deve apresentar danos ocasionados pelos
componentes do meio filtrante, como, por exemplo, sinais de corrosão.

5.2.2 Qualquer material particulado ou gasoso que possa ser liberado do meio filtrante pelo fluxo do ar através
deste meio não deve constituir risco ou incômodo para o usuário.

5.2.3 Os itens 5.2.1 e 5.2.2 devem ser avaliados por inspeção visual (ver 7.1). Observar, por exemplo, mas não
se limitar a isso, se o filtro é quebradiço ao manuseio, se apresenta sinais de deterioração (corrosão, umidade,
sujidades etc.).

5.3 Filtros combinados

5.3.1 Se um filtro for combinado, o filtro para partículas deve obedecer aos requisitos de penetração
especificados na ABNT NBR 13697.

5.3.2 O filtro para partículas, quando usado conjuntamente com o filtro químico, deve estar instalado no lado
da entrada do ar do filtro químico. Estes filtros devem ser avaliados por inspeção visual (ver 7.1).

5.4 Conexão

5.4.1 A conexão entre o filtro e a peça facial deve ser firme o suficiente para que o filtro (e acessórios,
se existentes) não se desprenda(m) durante manuseio e uso e não apresente(m) vazamento de ar observável
por inspeção visual.

5.4.2 Se um filtro for projetado para ser usado em paralelo, sua conexão não deve permitir o seu uso em peças
faciais que usam um só filtro, a não ser que cada filtro do par satisfaça os requisitos de vida útil e resistência
à respiração.

5.4.3 O filtro deve ser montado na peça facial sem o uso de ferramentas e deve ser projetado ou marcado
de modo a evitar montagem incorreta.

5.4.4 Os itens 5.4.1 a 5.4.3 devem ser avaliados por inspeção visual (ver 7.1).

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5.5 Resistência à vibração

5.5.1 Os filtros devem ser submetidos ao condicionamento de vibração, que simula impactos sofridos pelos
filtros em situações de transporte e manuseio. Depois de submetidos ao condicionamento de vibração, os filtros
não devem apresentar defeitos mecânicos e devem satisfazer os requisitos de resistência à respiração (ver 5.7)
e de vida útil (ver 5.8).

5.5.2 O condicionamento de vibração deve ser realizado conforme 7.3.

5.5.3 A inspeção visual deve ser realizada conforme 7.1

5.6 Resistência à temperatura

5.6.1 Os filtros, quando especificados nesta Norma, devem ser submetidos ao condicionamento térmico
(ver Tabela 5).

5.6.2 Após o condicionamento térmico, os filtros não devem apresentar sinais de danos que comprometam seu
desempenho, tais como rachaduras e deformações, e devem satisfazer os requisitos de resistência à respiração
(ver 5.7).

5.6.3 O condicionamento térmico deve ser realizado conforme 7.2 e a inspeção visual, conforme 7.1

5.7 Resistência à respiração (medida estática)

5.7.1 A resistência à respiração dos filtros, em condições estáticas, emprega um fluxo contínuo de ar que deve
ser a mais baixa possível e em nenhum caso deve exceder os valores especificados na Tabela 2.

5.7.2 O ensaio de resistência à respiração deve ser realizado em amostras submetidas ao condicionamento de
vibração e em amostras submetidas ao condicionamento de vibração seguidas do condicionamento térmico,
conforme especificado na Tabela 5.

5.7.3 O ensaio de resistência à respiração (medida estática) deve ser feito conforme 7.4.

Tabela 2 — Resistência à respiração (medida estática)

Máxima resistência
Classe do filtro Pa
30 L/min 95 L/min
FBC 100 400
FBC – P1 160 610
FBC
FBC – P2 170 640
FBC – P3 220 820
1 100 400
1 – P1 160 610
Classe 1
1 – P2 170 640
1 – P3 220 820
2 140 560
2 – P1 200 770
Classe 2
2 – P2 210 800
2 – P3 260 980
3 160 640
3 – P1 220 850
Classe 3
3 – P2 230 880
3 – P3 280 1 060
NOTA 1 Pa = 0,01 mbar = 0,1 mmca.

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5.8 Vida útil

5.8.1 Os filtros ensaiados em bancada devem atender aos requisitos de vida útil especificados nas
Tabelas 3 e 4.

5.8.2 O ensaio de vida útil em bancada deve ser realizado em amostras submetidas ao condicionamento de
vibração, conforme especificado na Tabela 5. Para cada gás de ensaio, deve ser usado um filtro novo.

5.8.3 Os filtros especiais NO-P3 e Hg-P3 devem atender aos requisitos especificados na Tabela 4.

5.8.4 Se um filtro for uma combinação de dois ou mais tipos, a vida útil mínima exigida, medida em laboratório,
fica dividida pela metade. Para cada gás de ensaio deve ser usado um filtro novo.

5.8.5 Os ensaios de vida útil em bancada devem ser feitos conforme 7.5.

NOTA 1 A vida útil mínima é um valor especificado somente para ensaios de laboratório em condições padronizadas.
Ela não dá qualquer indicação da vida útil em uso. A vida útil em uso pode diferir da vida útil determinada em bancada,
tanto para cima como para baixo, dependendo das condições de uso.

NOTA 2 A concentração limitante é um valor arbitrário, usado somente para definir o ponto final da capacidade do filtro
ensaiado em condições padronizadas.

Tabela 3 — Vida útil mínima e condições para a medida da vida útil em bancada
dos filtros para gases e vapores

Concentração Concentração Vida útil


Gás/vapor de de ensaio limitante Vazão a
Classe Tipo mínima
ensaio 3c 3c L/min
mL/m mL/m min
Vapor Ciclohexano
300 10 60 30
orgânico ou CCl4
FBC
Gás ácido SO2 300 5 30 30
Amônia NH3 300 10 50 30
Vapor orgânico Ciclohexano 1 000 10 70 30
Classe 1 – ou CCl4 1 000 10 80 30
cartucho b Cl2 1 000 0,5 20 30
pequeno Gás ácido
SO2 1 000 5 20 30
Amônia NH3 1 000 25 50 30
Ciclohexano 5 000 10 35 30
Vapor orgânico
CCl4 5 000 10 40 30
Classe 2 –
b Cl2 5 000 0,5 20 30
cartucho médio Gás ácido
SO2 5 000 5 20 30
Amônia NH3 5 000 25 40 30
Ciclohexano 8 000 10 65 30
Vapor orgânico
CCl4 10 000 10 60 30
Classe 3 –
b Cl2 10 000 0,5 30 30
cartucho grande Gás ácido
SO2 10 000 5 30 30
Amônia NH3 10 000 25 60 30
a
Umidade relativa do ar de ensaio: (70 # 2) %; temperatura do ar de ensaio: (20 # 1) °C.
b
Os filtros para gases e vapores ácidos devem ser ensaiados com os dois gases indicados. Para cada gás de ensaio deve ser
usado um filtro novo.
c
1 mL/m3 = 1 ppm.

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Tabela 4 — Vida útil mínima e condições para a medida da vida útil em bancada de alguns filtros especiais

Concentração de Concentração Vazão a


Tipo do filtro Gás de ensaio
ensaio limitante
Vida útil mínima
L/min
b
Óxido nítrico (NO)
e
NO-P3 2 500 mL/m3 c,d
5 mL/m
3 c,d
20 min 30
dióxido de
b
nitrogênio (NO2)

1,6 mL/min
Hg-P3 Vapor de mercúrio ou 0,1 mg/m3 100 h 30
(13 ± 1) mg/m3
a ,
Umidade relativa do ar de ensaio: (70 # 2) %; temperatura do ar de ensaio: (20 # 1) °C.
b
O gás de ensaio deve ter pureza de no mínimo 95 %.
c 3
NO e o NO2 podem estar presentes no ar efluente. A concentração total de (NO + NO2) não pode exceder 5 mL/m . Deve ser utilizado método
de detecção que seja capaz de diferenciar NO e NO2.
d 3
1 mL/m = 1 ppm.

5.9 Indicador de fim de vida útil

5.9.1 Para os filtros para gases ou vapores que possuam indicador que alerte o usuário da proximidade do
término de vida útil, o indicador deve provocar um sinal de alerta a (80 ± 10) % do total da vida útil do cartucho em
referência. Os cartuchos com indicadores devem ser ensaiados como cartuchos normais, mas o indicador deve
avisar antes que a concentração limitante seja atingida.

5.9.2 A inspeção visual e o ensaio de vida útil devem ser realizados conforme 7.1 e 7.5, respectivamente

6 Amostragem
A quantidade de amostras para cada tipo e classe de filtros químicos e combinados, que deve ser utilizada nos
ensaios especificados nesta Norma, está indicada na Tabela 5.

Tabela 5 — Amostragem

Denominação do requisito Requisito Número de amostras


Materiais 5.2 Todas (CR, CV, CT)
Filtros combinados 5.3 3 (CV) e 3 (CV + CT)
Conexão 5.4 Todas (CR, CV e CT)
Resistência à vibração 5.5 Amostras submetidas ao CV
Resistência à temperatura 5.6 Amostras submetidas ao CT
Resistência à respiração 5.7 3 (CV) e 3 (CV + CT)
Vida útil 5.8 3 para cada gás/vapor de ensaio (CV)
Indicador de fim de vida útil 5.9 3 para cada gás/vapor de ensaio (CV)
Marcação 8 Todas
Embalagem 9 Todas
Instruções de uso 10 Todas

NOTA CR = como recebido; CV = condicionamento de vibração; CT = condicionamento térmico.

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7 Métodos de ensaio

7.1 Inspeção visual

NOTA A inspeção visual avalia requisitos que não permitem avaliações quantitativas através de ensaios quantitativos.

Observar ou avaliar visualmente as marcações, informações fornecidas pelo fabricante, instruções de uso,
características dos materiais utilizados e a ocorrência ou não de alterações nas características após a realização
dos ensaios, conforme especificado nesta Norma.

7.2 Condicionamento térmico

Submeter o filtro dentro da embalagem (se existir) ao seguinte ciclo térmico:

a) atmosfera seca a (70 ± 3) °C, por 24 h;

b) atmosfera de (- 30 ± 3) °C, por 24 h.

Em seguida, retornar à temperatura ambiente por no mínimo 4 h entre exposições e antes do ensaio que requer
este condicionamento térmico, conforme indicado na Tabela 5.

Conduzir o condicionamento térmico de modo a evitar a ocorrência de choque térmico.

7.3 Condicionamento de vibração

7.3.1 Aparelhagem

Equipamento para ensaio de vibração de acordo com a Figura 1: caixa (K), fixada numa haste (S), que se move
verticalmente, capaz de se levantar 20 mm pela ação de um excêntrico giratório (N) e cair sobre uma placa de aço
(P), devido ao seu peso próprio, à medida que o excêntrico gira. A massa da caixa deve ser de aproximadamente
10 kg.

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Figura 1 — Equipamento para ensaio de vibração

7.3.2 Procedimento

7.3.2.1 Ensaiar os filtros em temperatura ambiente, como recebidos, após remoção da embalagem,
porém ainda selados.

7.3.2.2 Colocar os filtros apoiados pela parte lateral dentro da caixa (K) (ver Figura 1), de modo que durante
o ensaio não se toquem, permitindo, porém um deslocamento horizontal de 6 mm e vertical livre.

7.3.2.3 Operar o equipamento de ensaio a aproximadamente 100 rpm por aproximadamente 20 min,
num total de 2 000 rotações.

7.3.2.4 Após o ensaio de vibração, remover qualquer material que tenha se soltado do filtro.

7.4 Ensaio de resistência à respiração (medida estática)

7.4.1 Aparelhagem

Deve ser usado equipamento que gere um fluxo de ar contínuo e seja constituído basicamente por: uma fonte de
ar comprimido ou bomba de vácuo; medidor de vazão, suporte para o filtro, manômetro e mangueiras flexíveis
(ver Figura 2).

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Legenda
1 Ar comprimido/bomba de vácuo
2 Suporte para o filtro
3 Filtro
4 Medidor de vazão
5 Manômetro

Figura 2 — Equipamento para ensaio de resistência à respiração

7.4.2 Procedimento

7.4.2.1 Colocar o filtro em um adaptador apropriado que evite vazamentos. O fluxo de ar deve ser vertical
e o filtro posicionado perpendicularmente em relação ao fluxo de ar.

7.4.2.2 Medir a resistência à respiração do conjunto (filtro+ suporte) em duas vazões: 30 L/min e 95 L/min,
com ar na temperatura ambiente, na pressão atmosférica local e com umidade que não provoque condensação
durante o ensaio.

7.4.2.3 Retirar o filtro do suporte e medir sua resistência à respiração sem o filtro em duas vazões: 30 L/min
e 95 L/min, com ar na temperatura ambiente, na pressão atmosférica local e com umidade que não provoque
condensação durante o ensaio.

7.4.2.4 Calcular a resistência à respiração do filtro, na vazão especificada, pela equação:

( Pf) = ( P1) - ( Ps)

onde

( P1) é a resistência à respiração do conjunto (filtro + suporte), na vazão especificada;

( Ps) é a resistência à respiração do suporte na vazão especificada;

( Pf) é a resistência à respiração do filtro na vazão especificada.

7.4.3 Expressão dos resultados

O valor da resistência do filtro é o valor medido no ensaio menos o valor da resistência do suporte. A vazão na
qual a resistência é medida deve ser corrigida para 23 ºC e 100 kPa absoluto (1 bar).

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7.5 Ensaio de vida útil

7.5.1 Princípio

A medida de vida útil do filtro é realizada passando-se continuamente o gás ou vapor de ensaio através do filtro,
em concentração, vazão, umidade relativa e temperatura especificados. A vida útil é medida cronometrando-se o
tempo para que no ar efluente apareça o contaminante na concentração limitante.

7.5.2 Aparelhagem

7.5.2.1 Considerações gerais

Deve ser usada aparelhagem composta basicamente por uma fonte de ar comprimido ou bomba de vácuo, para
gerar um fluxo de ar contínuo, gerador de ar contaminado com o gás/vapor de ensaio, medidor de vazão, gerador
e controlador de umidade, controlador de temperatura, medidor da concentração do gás ou vapor de ensaio
na entrada e na saída do filtro, câmara de mistura, câmara de ensaio, suporte para o filtro, cronômetro,
mangueiras flexíveis e vidrarias (ver Figura 3).

11

4 1

7
1 2 3
10

6
5
8

Legenda
1 Ar comprimido/bomba de vácuo
2 Medidor de vazão
3 Gerador e controlador de umidade
4 Controlador de temperatura
5 Câmara de mistura
6 Gás/vapor de ensaio (concentrado)
7 Medidor(es) de concentração do gás/vapor de ensaio
8 Câmara de ensaio
9 Suporte para o filtro
10 Filtro
11 Saída para capela

Figura 3 — Equipamento para ensaio de vida útil

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7.5.2.2 Câmara de ensaio

7.5.2.2.1 A câmara de ensaio deve ser suficientemente grande para acomodar o filtro ensaiado e respectivo
suporte e garantir exposição homogênea do filtro.

7.5.2.2.2 A câmara deve ser construída com materiais resistentes ao gás/vapor de ensaio, à prova
de vazamento e oferecer resistência às pressões positivas ou negativas geradas no processo.

7.5.2.2.3 O fluxo de ar contaminado com o gás/vapor de ensaio deve ser horizontal e o filtro posicionado
perpendicularmente em relação ao fluxo, de maneira que o ar contaminado proveniente da câmara de mistura não
seja dirigido diretamente sobre a face do filtro nem preferencialmente para uma parte sua, a menos que isto ocorra
devido ao projeto do filtro.

7.5.2.3 Medidor de concentração do gás/vapor de ensaio

7.5.2.3.1 O tempo de resposta do medidor de concentração do gás/vapor em um dado instante deve incluir
o volume de gás/vapor contido nas linhas de amostragem e deve ser considerado no resultado da medida da vida
útil.

7.5.2.3.2 O medidor de concentração do gás/vapor de ensaio deve ter sensibilidade e resolução suficientes
para medir a concentração limitante especificada.

7.5.2.4 Concentração de gás/vapor de ensaio

7.5.2.4.1 A concentração de gás/vapor de ensaio na entrada e saída do filtro deve obedecer ao seguinte:

concentração na entrada: valor especificado # 10 %;

concentração na saída: valor especificado # 20 %.

NOTA Quando não se dispõe do gás/vapor de ensaio na concentração especificada, este pode ser obtido, por exemplo,
por:

diluição do gás/vapor de ensaio com ar;

evaporação de um composto orgânico no ar;

preparação do gás/vapor de ensaio por meio de reação química e mistura do gás/vapor com ar.

7.5.2.4.2 A medida da vida útil somente pode ser realizada após a estabilização da concentração do gás/vapor
de ensaio no ar que chega à câmara de ensaio, para que ocorra a adsorção do gás/vapor de ensaio nas paredes
do sistema de geração e câmara de ensaio.

7.5.3 Procedimento

7.5.3.1 Ajustar a concentração do gás/vapor de ensaio, vazão, umidade e temperatura na câmara de ensaio,
conforme especificado nas Tabelas 3 e 4.

7.5.3.2 Colocar o filtro, previamente submetido ao ensaio de vibração, no suporte localizado na câmara de
ensaio, de forma que a montagem do filtro no suporte não apresente vazamentos. Nos filtros combinados, o filtro
para partículas deve ficar do lado da entrada do fluxo de ar.

7.5.3.3 Cronometrar o tempo para a medida de vida útil a partir do momento em que o gás/vapor de ensaio
começa a passar através do filtro até o momento em que a concentração do gás/vapor de ensaio que sai do filtro
alcança a concentração limitante ou a vida útil mínima especificada, o que ocorrer primeiro. A concentração do gás
de ensaio é medida durante o ensaio para se poder calcular a concentração média do gás/vapor.

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7.5.4 Expressão dos resultados

7.5.4.1 Se a concentração média do gás/vapor de ensaio, durante o ensaio, for igual ao valor indicado nas
Tabelas 3 e 4, nenhuma correção é necessária no tempo de vida útil medido.

7.5.4.2 Se a concentração média do gás/vapor de ensaio, durante sua realização, for diferente do indicado
nas Tabelas 3 e 4, o tempo de vida útil deve ser corrigido proporcionalmente à concentração na entrada do filtro,
de acordo com a seguinte equação:

Tvida útil (corrigido) = Tvida útil (medido) x Cmedida / Cespecificada

onde:
Cespecificada é o valor nominal da concentração do gás/vapor de ensaio especificados nas Tabelas 3 e 4;

Cmedida é o valor médio das concentrações do gás/vapor obtidas durante o ensaio;

Tvida útil (medido) é o tempo medido desde o início da passagem do gás/vapor de ensaio pelo filtro até
o aparecimento da concentração limitante no gás/vapor efluente;

Tvida útil (corrigido) é o tempo de vida útil corrigido para a concentração especificada nas Tabelas 3 e 4.

EXEMPLO

Cespecificada = 5000 mL/m3

Cmedida = 4773 mL/m3

Tvida útil (medido) = 44 min

Tvida útil (corrigido) = 44 min x 4773 mL/m3 / 5000 mL/m3 = 42 min

8 Marcação

8.1 Geral

Todas as marcações devem ser legíveis e indeléveis e devem ser avaliadas por inspeção visual (ver 7.1)

8.2 Filtros

8.2.1 Todos os filtros devem conter no mínimo as seguintes marcações:

a) identificação do tipo e da classe de acordo com a Tabela 6. Se for filtro combinado, a identificação do filtro
para partículas deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 13697;

b) identificação do fabricante;

c) referência ou código do filtro;

d) sentido de escoamento do ar, quando necessário;

e) lote de fabricação.

8.2.2 As marcações devem ser feitas diretamente no filtro.

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Tabela 6 — Marcação

Tipo a Classe
Gás ou vapor orgânico FBC, 1, 2 ou 3
Gases ácidos FBC, 1, 2 ou 3
Amônia FBC, 1, 2 ou 3
Gases ácidos e vapores orgânicos FBC, 1, 2 ou 3
Contaminantes específicos (mercúrio, formaldeído etc.) ---
a
Os tipos também podem ser identificados por siglas, como VO, GA, A, B, E, K etc., desde que
explicadas nas instruções de uso.

8.3 Marcas especiais


Para alguns contaminantes, os filtros podem conter marcas especiais.

EXEMPLO 1 Os filtros de NO-P3 têm a marca adicional “Descartar após o uso”.


EXEMPLO 2 Os filtros de Hg-P3 são marcados com a sentença “Tempo máximo de uso 50 h”, quando ensaiados de acordo
com a Tabela 5, a não ser que possuam indicador de fim de vida útil.

9 Embalagem
9.1 Os filtros devem ser embalados de tal modo que proporcionem proteção contra danos mecânicos e evitem
sinais de contaminação antes do uso, visualmente detectáveis.

9.2 Quando apropriado, os filtros devem sair de fábrica selados, ou num invólucro para proteção contra
influências do meio ambiente, de modo que qualquer alteração na selagem de fábrica seja identificada.

9.3 A menor embalagem comercialmente disponível deve ser marcada no mínimo com as seguintes
informações:

a) identificação do fabricante;

b) identificação do tipo e da classe do filtro de acordo com a Tabela 6. Se for filtro combinado, a identificação
do filtro para partículas deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 13697;

c) referência do filtro;

d) sentença: “Veja informações fornecidas pelo fabricante”, ou equivalente, ou utilizar um pictograma como
mostra a Figura 4, caso esta marcação não esteja contida no filtro;

e) sentença: “Após aberta a embalagem ou violado o lacre, a vida útil em uso do filtro depende das condições
de uso e do ambiente.”, caso esta marcação não esteja contida no filtro;

f) data de fabricação e prazo de validade ou fim do prazo de validade: mês e ano. O fim da validade pode ser
informado por um pictograma, como mostra a Figura 4, onde o código mm/yyyy indica o mês e o ano;

g) condições de armazenamento, no mínimo temperatura e umidade ou pictograma equivalente, como mostrado


na Figura 4.

No caso de embalagens transparentes, as informações referentes aos itens acima podem estar contidas
no próprio filtro.

9.4 Os itens 9.1 e 9.3 devem ser avaliados por inspeção visual, conforme 7.1

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Legenda

1 Ver informações fornecidas pelo fabricante


2 Data de fabricação e prazo de validade ou fim do prazo de validade (mm/yyyy)
3 Condições ambientais de estocagem (- xx °C; + yy °C)
4 Umidade máxima de armazenamento < xx %

Figura 4 — Pictogramas

10 Instruções de uso
10.1 A menor embalagem comercialmente disponível deve conter ou ser acompanhada de instruções de uso
em português, claras e compreensíveis, contendo no mínimo as seguintes informações:

identificação do fabricante;

aplicações e limitações de uso;

instruções de colocação dos filtros químicos e combinados na peça facial;

orientações sobre a vida útil do filtro e critério de troca do filtro;

condições de armazenamento e de guarda;

alertas nas instruções de uso do filtro (se não contempladas na instrução de uso do respirador, no qual o filtro
será utilizado) sobre problemas comuns, como:

perigos do uso em atmosferas deficientes de oxigênio;

perigos de uso em atmosferas ricas em oxigênio;

perigos de uso em atmosferas IPVS;

uso do equipamento em atmosferas explosivas;

conter explicação sobre os símbolos e siglas utilizados;

outras informações que o fabricante julgue importantes.

10.2 O item 10.1 deve ser avaliado por inspeção visual.

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Bibliografia

[1] ABNT NBR 13694:1996, Equipamentos de proteção respiratória – Peças semifacial e um quarto facial

[2] ABNT NBR 13695:1996, Equipamentos de proteção respiratória – Peça facial inteira

[3] EN 141:2000, Respiratory Protective Devices. Gas Filters and Combined Filters, Requirements, Testing,
Marking.

[4] ISO/TC94/SC15/WG2 N18, Gas Filtration; Gas Capacity Classification; Report of the 5th General Meeting,
Lucern/CH, 2006

[5] Programa de Proteção Respiratória – Recomendações, Seleção e Uso dos Respiradores (2002),
FUNDACENTRO, Ministério do Trabalho e Emprego

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