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DIREITO CIVIL IV

DATA 13/08/2010

CASO:
A entrega de bens móveis para que B os venda ou restitua no prazo de 60 dias. O preço
ajustado para venda é de X. B vende os bens e recebe X+Y. Ante da data do pagamento,
B tem sua falência decretada. A Tem que se habilitar na falência?
RESPOSTA:
NÃO!!! O que integra a massa falida são os bens do falido. Enquanto não se faz o
pagamento de preço ao consignante, as coisas são do consignante. O pagamento do
preço é que faz com que as coisas sejam do falido

O contrato só serve quando der errado.

CONTRATO ESTIMATÓRIO
Artigos 534, 535, 537, 533 do CC.
NATUREZA JURÍDICA: É uma figura própria, autônoma e não um tipo de contrato de
compra e venda, pois no contrato estima tório, tem-se uma forma de distribuição dos
bens móveis, de minhas mercadorias. Logo, este é um caso onde o signatário, quem
recebe a coisa.
A característica Limitada não diz respeito ao conteúdo, mas sim ao tempo. É chamada
de RESOLÚVEL.
Pode ocorrer o desmembramento da propriedade, isto é, ocorrência do deslocamento de
uma das faculdades da propriedade para outra pessoa. É deslocar de titular, as
faculdades daquela propriedade. Ex: usufruto.
Como o contrato de compra e venda por quem não é dono, é valido e eficaz?
R: a tradição ale´m de transferir a posse, transfere também a faculdade de dispor, ao
estabelecer o contrato de consignação.

A expectativa do consignante, ter as coisas vendidas pelo valor estimado. Consignatário


tem a expectativa de lucrar.
A locação é modalidade de deslocamento? Pelo usufruto, vemos que sim.
Aluguel é fruição, ao alugar, utilizamos os frutos inerentes a casa.

Deslocamento da faculdade para outro titular é diferente do exercício da faculdade.


Como classificamos esse contrato?
Bilateral, oneroso e não gratuito, comutativo, pode ser feito, inclusive verbalmente, isso
faz com que o contrato seja real.
CONTRATO REAL: ato de entrega se confunde com a própria formação do vínculo.
Discute-se se esse contrato é consensual ou real?
Até a efetiva entrada, haveria uma promessa, Após, teria a efetivação do contrato
estimatório.
CONSIGNANTE: deve entregar
CONSIGNATÁIO: restituiu ou paga
Art. 534, CC
Logo, essa obrigação é alternativa ou facultativa. Alguns autores dirão que é alternativa,
a escolha do consignatário. Outros dirão que o objeto é pagar, expressão se eu preferir
devolver é indicativo de obrigação facultativa, segundo tepedino.
ELEMENTOS FORMADORES DO CONTRATO ESTIMATÓRIO

COISA MÓVEL: Não pode ser imóvel em virtude da tradição. Isso não combina com
o sistema da tradição imobiliária. A coisa móvel pode ser fungível ou infungível.
Disponível, entrega da coisa, preço
Obrigação de restituir ou pagar.

PRAZO: Alguns doutrinadores o exigem no artigo 534 mencionava prazo estabelecido.


Parte majoritária da doutrina, diz que as partes não tem de fixar desde logo, um prazo
fixo. Mora expersona, aplicada nos casos de prazo indeterminado. O prazo nesse caso,
corresponde a natureza temporária do contrato, e não é visto como elemento essencial
do contrato.
DISTINÇÃO ENTRE CONTRATO DE CORRETAGEM
O corretor não vende, é uma obrigação de fazer para tentar arrumar alguém que compre.

EFEITOS DO CONTRATO ESTIMATÓRIO

Transferência da posse e da fcauldade de dispor.


Consignante perde a faculdade de vender.
Art. 535 quem sofre os riscos da perda é o consignatário.

Palavra mais importante: caso fortuito ou força maior.


Quando o bem for fungível, pode-se devolver o bem ou pagar o preço.
Se for infungível, basta apenas pagar o preço.

No regime do código civil, quem responde pelo vício redibitório na coisa comprada no
contrato estimatório?
R: O consignatário, pois ele é o alienante.
E na EVICÇÃO?
Devido a cadeia de contrato, pode-se cobrar de ambos. Art. 447.

Art. 536 do CC pois quem responde pelas dívidas é o patrimônio da pessoa. Há uma
ficção jurídica, onde o pagamento do preço, transfere a propriedade do consignante ao
consignatário.
No caso dos bens móveis, geralmente o que transfere a propriedade é a posse, mas aqui,
a pose já está como sujeito.

AULA 002
14/08/2010

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO
A difeença fundamental entre o mútuo e o comodato está na qualidade da coisa:

MÚTUO: COISAS FUNGÍVEIS. Embora seja simplesmente um empréstimo há a


transferência da propriedade, o mutuário, que recebe a coisa emprestada, está obrigado a
devolver coisas similares a que recebeu, então não vai ter o dever de conservar.
COMODATO: COISAS INFUNGÍVEIS. No comodato só há a transferência de posse,
e o comodatário é obrigado a devolver o que recebeu no estado em que recebeu, daí se
observas as duas obrigações que formam basicamente o contrato de comodato que são a
Obrigação de conservar a coisa e de restituir.
Ex: Se eu empresto o sapato da minha sapataria para você expor na vitrine da sua loja
de roupas, depois tendo que devolver. O contrato será de mútuo ou de comodato? Será
de comodato por que neste caso o sapato não é um bem fungível, pois ele terá que
devolver um sapato específico, passando a ser um bem infungível pela Teoria da
infungibilidade convencional.
O Artigo fala de bem infungível então entende-se que pode ser de qualquer origem,
legal, convencional, ou naturalmente infungíveis.

CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE COMODATO


CONTRATO UNILATERAL: pois geralmente não há obrigação para o comodante
As obrigações decorrem de um contrato já feito, não pode haver prestações se ainda não
tem contrato. A entrega da coisa não é uma obrigação do contrato, é apenas um
elemento formativo do contrato.

CONTRATO UNILATERAL: PRETAÇÃO PARA UMA DAS PARTES


CONTRATO BILATERAL: PRESTAÇÃO E CONTRAPRESTAÇÃO
CONTRATO GRATUITO: VANTAGEM ECONOMICA PARA APENAS UMA
DAS PARTES
CONTRATO ONEROSO: VANTAGENS ECONOMICAS PARA AMBAS AS
PARTES. 13:00 minutos

Art. 579, 580, 581, 582, 583, 584 e 585

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