Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
ÍNDICE REMISSIVO
1. Causas pré-analíticas de variações dos resultados de exames laboratoriais.......................... 04
1.1. Variação cronobiológica............................................................................................................ 04
1.2. Gênero ...................................................................................................................................... 04
1.3. Idade ......................................................................................................................................... 04
1.4. Posição ..................................................................................................................................... 04
1.5. Atividade física ......................................................................................................................... 05
1.6. Jejum ........................................................................................................................................ 05
1.7. Dieta ......................................................................................................................................... 07
1.8. Uso de fármacos e drogas de abuso ........................................................................................ 07
1.9. Aplicação do torniquete ........................................................................................................... 07
1.10. Procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos .................................................................... 08
1.11. Infusão de fármacos ............................................................................................................. 08
1.12. Gel separador ....................................................................................................................... 08
1.13. Hemólise ............................................................................................................................... 08
1.14. Lipemia ................................................................................................................................. 10
2. Procedimentos básicos para minimizar ocorrências de erros .................................................. 10
2.1. Para um paciente adulto e consciente ..................................................................................... 10
2.2. Para pacientes internados ........................................................................................................ 10
2.3. Para pacientes muito jovens, inconscientes ou com algum tipo de dificuldade de
comunicação ............................................................................................................................ 11
3. Procedimento para higienização das mãos e antissepsia ......................................................... 11
3.1. Higienização das mãos ............................................................................................................ 11
3.2. Colocando as luvas .................................................................................................................. 12
3.3. Antissepsia do local da punção ................................................................................................ 12
4. Procedimento de coleta de sangue venoso ................................................................................ 12
4.1. Locais de escolha para venopunção ........................................................................................ 12
4.2. Posição do paciente ................................................................................................................. 15
4.3. Coleta de sangue venoso a vácuo ........................................................................................... 15
4.4. Coleta de sangue venoso com seringa e agulha ..................................................................... 18
4.5. Agrupamento de exames para coleta ....................................................................................... 23
4.6. Recomendações da sequência e homogeneização de tubos a vácuo, na coleta de sangue
venoso de acordo com CLSI .................................................................................................... 26
4.7. Coleta de sangue em pediatria e geriatria ................................................................................ 28
4.8. Coleta de sangue em queimados ............................................................................................. 28
5. Gasometria ...................................................................................................................................... 28
6. Hemocultura ................................................................................................................................... 29
6.1. Quantidade de frascos, volume de sangue e intervalo entre as coletas .................................. 29
6.2. Passo a passo para coleta de hemocultura ............................................................................. 30
7. Teste de Tolerância Oral à Glicose e outras Provas Funcionais ............................................... 31
7.1. Passo a passo da coleta do Teste de Tolerância Oral à Glicose ............................................. 32
7.2. Passo a passo da coleta de Provas Funcionais ....................................................................... 33
8. Testes de Coagulação ................................................................................................................... 34
8.1. Comentários sobre a coleta ...................................................................................................... 34
9. Fezes ............................................................................................................................................... 34
9.1. Protoparasitológico ................................................................................................................... 34
9.2. Cultura para aeróbio e fungos .................................................................................................. 36
9.3. Pesquisa de sangue oculto ...................................................................................................... 36
9.4. Pesquisa de Clostridium difficile, Cryptosporidium sp, Isospora beli e Microsporidium spp..... 37
10. Material genital ............................................................................................................................... 38
10.1. Secreção vaginal .................................................................................................................. 38
10.2. Secreção endocervical .......................................................................................................... 38
10.3. Secreção uretral .................................................................................................................... 39
10.4. Esperma ................................................................................................................................ 41
II
10.5. Swab retal ............................................................................................................................. 41
11. Trato urinário .................................................................................................................................. 41
11.1. Orientações necessárias ...................................................................................................... 41
11.2. Procedimento ........................................................................................................................ 41
12. Trato respiratório inferior .............................................................................................................. 43
12.1. Escarro .................................................................................................................................. 43
12.2. Aspirado traqueal .................................................................................................................. 43
12.3. Lavado bronco-alveolar (LBA) .............................................................................................. 44
13. Trato respiratório superior ............................................................................................................ 44
13.1. Orofaringe ............................................................................................................................. 44
13.2. Swab nasal ........................................................................................................................... 45
14. Ocular .............................................................................................................................................. 45
14.1. Cílios para pesquisa de Demodex ........................................................................................ 45
14.2. Secreção ocular para cultura de bactérias aeróbias, fungos e citologia ............................... 46
14.3. Material de conjuntiva e pálpebra para cultura de bactérias aeróbias, anaeróbias e fungos 46
14.4. Material de conjuntiva para Gram e citologia ........................................................................ 47
14.5. Material de conjuntiva para pesquisa de Chlamydia spp por imunofluorescência................ 48
14.6. Córnea para cultura de bactérias aeróbias, anaeróbias, fungos e lâmina para microscopia 48
14.7. Material de câmara anterior e câmara vítrea para cultura de bactérias aeróbias,
49
anaeróbias, fungos e lâmina para microscopia ....................................................................
15. Secreção de pele, escara, fístula, abscesso e exsudatos .......................................................... 50
15.1. Orientações necessárias ...................................................................................................... 50
15.2. Procedimento ........................................................................................................................ 50
16. Conduto auditivo externo e médio ............................................................................................... 51
16.1. Orientações necessárias ...................................................................................................... 51
16.2. Procedimento ........................................................................................................................ 52
17. Ponta de cateter intravascular ...................................................................................................... 52
17.1. Procedimento ........................................................................................................................ 52
18. Fluídos orgânicos (líquidos: pleural, peritoneal, pericárdico, biliar, sinovial e outros) ......... 53
18.1. Procedimento ........................................................................................................................ 53
19. Líquor .............................................................................................................................................. 53
19.1. Procedimento ........................................................................................................................ 53
20. Micológico direto e cultura para fungos de unhas e lesões superficiais (pele, pêlo, cabelo
e couro cabeludo) .......................................................................................................................... 54
20.1. Orientação geral para todas as coletas................................................................................. 54
20.2. Lesões superficiais ............................................................................................................... 54
20.3. Amostras de pêlo, cabelo e couro cabeludo ......................................................................... 54
20.4. Coleta de unha ...................................................................................................................... 55
21. Transporte ....................................................................................................................................... 58
22. Siglas e abreviaturas ..................................................................................................................... 58
23. Referências bibliográficas ............................................................................................................. 58
III
A fase pré-analítica é responsável por 70% dos erros ocorridos no laboratório, ela engloba a
indicação do exame, redação da solicitação, leitura e interpretação da solicitação, transmissão de
eventuais instruções de preparo do paciente, avaliação do atendimento às instruções previamente
transmitidas e procedimentos de coleta, acondicionamento, transporte e preservação da amostra
biológica até o momento da efetiva realização do exame.
Uma das principais finalidades dos resultados dos exames laboratoriais é reduzir as dúvidas que a
história clínica e o exame físico fazem surgir no raciocínio médico. Para que o laboratório
clínico possa atender, adequadamente, a este propósito, é indispensável que o preparo do
paciente, a coleta, o transporte e a manipulação dos materiais a serem examinados obedeçam a
determinadas regras.
Antes da coleta de sangue para a realização de exames laboratoriais, é importante conhecer,
controlar e, se possível, evitar algumas variáveis, classicamente referidas como condições pré-
analíticas, que podem interferir no desempenho da fase analítica e, consequentemente, na
exatidão e precisão dos resultados dos exames, vitais para a conduta médica e, em última
instância, para o bem-estar do paciente.
1.2. Gênero:
Além das diferenças hormonais específicas e características de cada sexo, alguns outros
parâmetros sanguíneos e urinários se apresentam em concentrações significativamente distintas
entre homens e mulheres, em decorrência das diferenças metabólicas e da massa muscular, entre
outros fatores. Em geral, os intervalos de referência para estes parâmetros são específicos para
cada gênero.
1.3. Idade:
Alguns parâmetros bioquímicos possuem concentração sérica dependente da idade do indivíduo.
Esta dependência é resultante de diversos fatores, como maturidade funcional dos órgãos e
sistemas, conteúdo hídrico e massa corporal. Em situações específicas, até os intervalos de
referência devem considerar essas diferenças.
1.4. Posição:
Mudança rápida na postura corporal pode causar variações na concentração de alguns
componentes séricos. Quando o indivíduo se move da posição supina para a posição ereta, por
exemplo, ocorre um afluxo de água e substâncias filtráveis do espaço intravascular para o
intersticial. Substâncias não filtráveis, tais como as proteínas de alto peso molecular e os
elementos celulares terão sua concentração relativamente elevada até que o equilíbrio hídrico se
restabeleça.
4
1.5. Atividade física:
O esforço físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas, como a
creatinoquinase, a aldolase e a aspartato amino transferase, pelo aumento da liberação celular.
Esse aumento pode persistir por 12 a 24 horas após a realização de um exercício. Alterações
significativas no grau de atividade física, como ocorrem, por exemplo, nos primeiros dias de uma
internação hospitalar ou de imobilização, causam variações importantes na concentração de
alguns parâmetros sanguíneos. Após uma coleta de sangue o intervalo de tempo recomendado
para iniciar a prática de um exercício físico ou retornar as atividades habituais, é importante
ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente, ficando a decisão final para o próprio
paciente, ou a critério e orientação médica. A ingestão de alimentos é necessária para encerrar o
estado de jejum, antes da prática esportiva, sob o risco de hipoglicemia durante esta atividade.
1.6. Jejum:
Habitualmente, é preconizado um período de jejum para a coleta de sangue para exames
laboratoriais. Os estados pós-prandiais, em geral, causam turbidez do soro, o que pode interferir
em algumas metodologias. Nas populações pediátricas e de idosos, o tempo de jejum deve
guardar relação com os intervalos de alimentação. Devem ser evitadas coletas de sangue após
períodos muito prolongados de jejum, acima de 16 horas. O período de jejum habitual para a
coleta de sangue de rotina é de 8 horas, podendo ser reduzido a 4 horas, para a maioria dos
exames e, em situações especiais, tratando-se de crianças na primeira infância ou lactentes, pode
ser de 1 ou 2 horas apenas.
5
Exame Tempo de Jejum Exame Tempo de Jejum
Cortisol (Após estímulo com DDAVP) 8 horas Hemoglobina Glicada Não necessário
Creatinina 4 horas Hemograma Não necessário
Creatinoquinase 4 horas Hepatite A - IgM, Total 4 horas
Creatinoquinase lsoenzima MB Hepatite B - Anti-HBe, Anti-HBs, Anti-
4 horas HBc IgM, Anti-HBc Total, HBeAG, 4 horas
HBsAG
Crioglobulina 4 horas Hepatite C 4 horas
Cromogranina A Não necessário Herpes - IgG, IgM 4 horas
Curva de fragilidade osmótica 4 horas HIV 1 e 2 4 horas
Dehidroepiandrosterona 4 horas HIV – Teste Rápido Não necessário
Detecção de Galactomanana Não necessário Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) 8 horas
Detecção de Infecções Bacterianas 4 horas Hormônio do Crescimento (GH) 8 horas
Detecção do Chikungunya Vírus Não necessário Hormônio Folículo Estimulante (FHS) 4 horas
Detecção do DNA do Adenovírus Não necessário Hormônio Luteinizante (LH) 4 horas
Detecção do DNA do Citomegalovírus Não necessário
Detecção do DNA do Parvovírus Humano 4 horas Hormônio Tireoestimulante (TSH) 4 horas
Detecção do DNA do Vírus da Hepatite B Não necessário IGF - 1 e BP3 4 horas
Detecção do DNA e Tipagem do Herpes Imunofixação
Não necessário 4 horas
Vírus I e II
Detecção do RNA do Vírus da Hepatite C Não necessário Imunoglobulina A, E, G, e M 4 horas
Detecção do Zika Vírus Não necessário Influenza A/H1N1 Não necessário
Digitoxina 4 horas Influenza Sazonal Não necessário
Digoxina 4 horas Insulina 8 horas
Dímero-D 4 horas Lactato Não necessário
Eletroforese de Hemoglobinas 4 horas Lactato Desidrogenase 4 horas
Eletroforese de Proteínas 4 horas Leishmaniose Humana 4 horas
Eritrograma Não necessário Leptospirose 4 horas
Eritropoietina 4 horas Leucograma Não necessário
Esquistossomose 4 horas Lipase 4 horas
Estradiol 4 horas Lítio 4 horas
Fator Anti Núcleo (FAN) 4 horas Magnésio 4 horas
Fator de Von Willebrand 4 horas Metotrexato 4 horas
Fator Reumatóide 4 horas Mononucleose 4 horas
Fatores V, VII, VII e IX 4 horas NT-Pró BNP 4 horas
Fenitoína 4 horas Paratormônio (PTH) 8 horas
Fenobarbital 4 horas Parvovírus Humano - IgG, IgM 4 horas
Ferritina 4 horas Peptídeo C 8 horas
Ferro 4 horas Perfil Metabólico Não necessário
Fibrinogênio 4 horas Pesquisa de Esferócitos Não necessário
Fosfatase Ácida Total e Prostática 4 horas Pesquisa de Hematozoários Não necessário
Fosfatase Alcalina 4 horas Plaquetas Não necessário
Fósforo 4 horas Potássio 4 horas
Gama Glutamil Transferase 4 horas Procalcitonina (PCT) 4 horas
Gasometria Arterial e Venosa Não necessário Progesterona 4 horas
Gastrina 12 horas Prolactina 4 horas
Genotipagem do vírus Hepatite B 4 horas Proteína C da Coagulação 4 horas
Genotipagem do vírus Hepatite C 4 horas Proteína C Reativa – Ultra Sensível 4 horas
Gentamicina 4 horas Proteína Total e Frações 4 horas
Glicose 8 horas Quantificação do DNA BKV 4 horas
Glicose 6 Fosfato Desidrogenase Quantificação do DNA do
Não necessário 4 horas
Citomegalovírus
Glicose Pós Prandial Quantificação do DNA do Vírus da
Não necessário 4 horas
Hepatite B
Globulina ligante de hormônios sexuais Quantificação do DNA do Vírus Epstein-
4 horas 4 horas
(SHBG) Barr
Gonadotrofina Coriônica Humana - Fração Quantificação do RNA do HIV
4 horas 4 horas
Beta
Hematócrito Quantificação do RNA do Vírus da
Não necessário 4 horas
Hepatite C
Hemocultura Não necessário Renina 4 horas
Hemoglobina Não necessário Reticulócitos Não necessário
6
Exame Tempo de Jejum Exame Tempo de Jejum
Rubéola - Avidez, IgG, IgM 4 horas Tempo de Sangramento Não necessário
S-100 Tempo de Tromboplastina Parcial
4 horas Não necessário
Ativada
Sarampo - IgG, IgM 4 horas Teofilina 4 horas
Sódio 4 horas Teste de Tolerância Oral a Glicose (75g) 8 horas
Sorologia para Bartonela 4 horas Testosterona Livre e Total 4 horas
Sorologia para Brucelose 4 horas Tiroglobulina 4 horas
Sorologia para Caxumba 4 horas Titulação do Inibidor do Fator VIII e IX Não necessário
Sorologia para Chagas 4 horas Tobramicina 4 horas
Sorologia para Chlamydia 4 horas Toxocara canis 4 horas
Sorologia para Dengue 4 horas Toxoplasmose - Avidez, IgG, IgM 4 horas
Sorologia para Hantavírus 4 horas Transferrina 4 horas
Sorologia para HIV Triglicérides 12 horas
Sorologia para HTLV I e II 4 horas Troponina T Não necessário
Sorologia para Mycoplasma pneumoniae 4 horas Uréia 4 horas
Sorologia para Paracoccidioidomicose 4 horas Vancomicina 4 horas
Sorologia para Parvovírus 4 horas Varicella Zoster 4 horas
Sorologia para Sífilis 4 horas Velocidade de Hemossedimentação Não necessário
Sulfato de Dehidroepiandrosterona 4 horas Vitamina B12 4 horas
T3 Livre e Total 4 horas Vitamina D Total, D3 4 horas
T4 Livre e Total 4 horas Widal Não necessário
Tempo de Pró-trombina Não necessário Zinco 4 horas
1.7. Dieta:
A dieta a que o indivíduo está submetido, mesmo respeitado o período regulamentar de jejum,
pode interferir na concentração de alguns componentes, na dependência das características
orgânicas do próprio paciente. Alterações bruscas na dieta, como ocorrem, em geral, nos
primeiros dias de uma internação hospitalar, exigem certo tempo para que alguns parâmetros
retornem aos níveis basais. A ingestão de café não é permitida antes da coleta, a cafeína pode
induzir a liberação de epinefrina, que estimula a neoglicogênese, com consequente elevação da
glicose no sangue. Além disto, pode elevar a atividade de renina plasmática e a concentração de
catecolaminas.
7
1.10. Procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos:
Como outras causas de variações dos resultados dos exames laboratoriais, devem ser lembrados
alguns procedimentos diagnósticos (administração de contrastes para exames radiológicos ou
tomográficos, a realização de toque retal, de eletroneuromiografia) e alguns procedimentos
terapêuticos, como: hemodiálise, diálise peritoneal, cirurgias, transfusão sanguínea e infusão de
fármacos.
1.13. Hemólise:
Hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames, mas se for de intensidade
significativa causa aumento na atividade plasmática de algumas enzimas, como aldolase,
aspartato amino transferase, fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e nas dosagens de
potássio, magnésio e fosfato e pode ser responsável por resultados falsamente reduzidos de
insulina, dentre outros. Hemólise tem sido definida como a liberação dos constituintes
intracelulares para o plasma ou soro, quando ocorre a ruptura das células do sangue. Estes
8
componentes podem interferir nos resultados das dosagens de alguns analitos, é geralmente
reconhecida pela aparência avermelhada do soro ou plasma, após a centrifugação ou
sedimentação, causada pela hemoglobina liberada quando da ruptura dos eritrócitos. Desse
modo, a interferência pode ocorrer mesmo em baixas concentrações de hemoglobina liberada
(invisíveis a olho nu).
No entanto, a hemólise nem sempre se refere à ruptura de hemácias; fatores interferentes podem
também ser originados da lise de plaquetas e granulócitos, que pode ocorrer, por exemplo,
quando o sangue é armazenado em baixa temperatura, mas não em temperatura de
congelamento.
+++ ++ +
9
1.13.2. Boas práticas pós-coleta para prevenção da hemólise:
• Homogeneizar a amostra suavemente por inversão de 5 a 10 vezes (veja item 6.4), não
chacoalhar o tubo;
• Não deixar o sangue em contato direto com gelo, quando o analítico a ser dosado
necessitar desta conservação;
• Embalar e transportar o material de acordo com a Vigilância Sanitária local, instruções de
uso do fabricante de tubos e do fabricante do teste diagnóstico a ser analisado;
• Usar, de preferência, um tubo primário e evitar a transferência de um tubo para outro;
• O material coletado não deve ficar exposto a temperaturas muito elevadas ou mesmo
exposição direta à luz, para evitar hemólise e/ou degradação.
1.14. Lipemia:
Também pode interferir na realização de exames que usam metodologias colorimétricas ou
turbidimétricas. A elevação significativa dos níveis de triglicérides pode ocorrer apenas no período
pós-prandial ou de forma contínua, nos pacientes portadores de algumas dislipidemias e faz com
que o aspecto do soro ou do plasma se altere de límpido para algum grau variado de turbidez,
podendo chegar a ser leitoso. Uma vez que amostras normais colhidas dentro das especificações
de jejum apresentam-se sem turvação, a observação de turbidez tem relevância clínica e deve ser
avaliada e relatada pelo laboratório. Ela pode ser resultado da presença de hipertrigliceridemia, ou
do aumento nos quilomícrons, nas lipoproteínas (VLDL- colesterol), ou de ambos.
+++ ++ +
10
2.3. Para pacientes muito jovens,
ovens, inconscientes ou com algum tipo ipo de dificuldade de
comunicação:
O flebotomista deve valer-se se de informações de algum acompanhante ou da enfermagem.
Pacientes atendidos no pronto-socorro
socorro ou em salas de emergência
emergência podem ser identificados pelo
seu nome e número de entrada no cadastro da unidade de emergência. É indispensável que a
identificação possa ser rastreada a qualquer instante do processo. O material colhido deve ser
identificado na presença do paciente.
Recomenda-se se que materiais não colhidos no laboratório sejam identificados como “amostra
enviada ao laboratório”,, e que o laudo contenha esta informação.
É importante verificar se o paciente está em condições adequadas para a coleta, especialmente
no que se refere ao jejum e ao uso de eventuais medicações. O paciente não deve suspender os
medicamentos antes da coleta de sangue, exceto quando autorizada pelo médico do paciente.
paciente Na
monitorizarão de drogas terapêuticas é importante o laboratório anotar o horário da última dose e
registrar esta informação no laudo.
A ingestão de pequena quantidade de água, antes da coleta, não quebra o jejum.
Para a Antissepsia da pele no local da punção, usada para prevenir a contaminação direta do
paciente e da amostra, o antisséptico escolhido deve ser eficaz, ter ação rápida, ser de baixa
causticidade e hipoalergênica na pele e mucosa. O álcool etílico possui efeito antisséptico na
concentração de 70%, sendo o mais usado, usado pois,, nesta composição, preserva sua ação
antisséptica, e diminui a inflamabilidade. Nesta diluição, tem excelente atividade contra bactérias
bac
Gram-positivas e Gram-negativas,
negativas, boa atividade contra Mycobacterium tuberculosis,
tuberculosis fungos e
vírus, além de ter menor custo.
• ÁGUA E SABÃO
Fonte: Comissão de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar - SCIH - Hospital São Paulo
11
• ÁLCOOL GEL
Fonte: Comissão de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar - SCIH - Hospital São Paulo
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida.
ompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida.
ompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x
aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente. v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
As recomendações
mendações adotadas a seguir baseiam-se
baseiam nas normas do CLSI.
12
basílica mediana e cefálica são as mais frequentemente utilizadas. A veia basílica mediana
costuma ser a melhor opção, pois a cefálica é mais propensa à formação de hematomas.
Já no dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ser mais calibroso, porém a
veia dorsal do metacarpo também poderá ser puncionada.
Aplicação do torniquete
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente. A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
• Não usar o torniquete continuamente por mais de 1 minuto, já que poderia levar à
hemoconcentração e falsos resultados em certos analitos;
• Ao garrotear, pedir ao paciente que feche a mão para evidenciar a veia;
• Não apertar intensamente o torniquete, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido.
O pulso deve permanecer palpável;
• Trocar o torniquete sempre que houver suspeita de contaminação;
• Caso o torniquete tenha látex em sua composição, deve-se perguntar ao paciente se
ele tem alergia a este componente. Caso o paciente seja alérgico ao látex, não se deve
usar este material para o garroteamento.
14
4.2. Posição do paciente:
A posição do paciente pode também acarretar erros em resultados. O desconforto do paciente,
agregado à ansiedade pode levar à liberação indevida de alguns analitos na corrente sanguínea.
Algumas recomendações que permitem facilitar a coleta de sangue e promovem um perfeito
atendimento ao paciente, neste momento, são indicadas e comentadas a seguir:
15
diretamente para o tubo de coleta a vácuo. Isto proporciona ao flebotomista maior
segurança, pois não há necessidade do manuseio da amostra de sangue.
10. Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e
feche a mão, faça a escolha da veia a ser puncionada, e afrouxe-o. Esperar 2 minutos para
usá-lo novamente;
11. Fazer a Antissepsia (ver item 3.3);
12. Garrotear o braço do paciente (ver item 4.1.3);
13. Retirar a proteção que recobre a agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo;
16
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
14. Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30o, com o bisel da agulha voltado para cima.
Se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do
local onde foi feita a Antissepsia);
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
19. Após a retirada do último tubo, remover a agulha e fazer a compressão no local da punção,
com algodão ou gaze seca;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
17
20. Exercer pressão no local, em geral de 1 a 2 minutos, evitando assim a formação de
hematomas e sangramentos. Se o paciente estiver em condições de fazê-lo, orientá-lo
adequadamente para que faça a pressão até que o orifício da punção pare de sangrar;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
21. Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente, em recipiente
para materiais pérfuro cortantes;
22. Fazer curativo oclusivo no local da punção;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
23. Orientar o paciente para que não dobre o braço, não carregue peso ou bolsa a tiracolo no
mesmo lado da punção por, no mínimo 1 hora, e não mantenha manga dobrada, que pode
funcionar como torniquete;
24. Verificar se há alguma pendência, fornecendo orientações adicionais ao paciente, se for
necessário;
25. Certificar-se das condições gerais do paciente, perguntando se está em condições de se
locomover sozinho; entregar o comprovante de coleta com data provável do resultado e
liberá-lo;
26. Colocar as amostras em local adequado ou encaminhá-las imediatamente para
processamento em casos indicados (como materiais que necessitem ser mantidos em
gelo, por exemplo) de acordo com o procedimento operacional do laboratório.
19
9. Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e
feche a mão, faça a escolha da veia a ser puncionada, e afrouxe-o. Esperar 2 minutos para
usá-lo novamente;
10. Fazer a Antissepsia (ver item 3.3);
11. Garrotear o braço do paciente (ver item 4.1.3);
12. Retirar a proteção da agulha hipodérmica;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
13. Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30o, com o bisel da agulha voltado para cima,
se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local
onde foi feita a Antissepsia);
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
14. Desgarrotear o braço do paciente assim que o sangue começar a fluir dentro da seringa;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
15. Aspirar devagar o volume necessário de acordo com a quantidade de sangue requerida na
etiqueta dos tubos a serem utilizados (respeitar ao máximo a exigência da proporção
sangue/aditivo). Aspirar o sangue evitando bolhas e espuma, e com agilidade, pois o
processo de coagulação do organismo do paciente já foi ativado no momento da punção;
16. Retirar a agulha da veia do paciente;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
20
17. Exercer pressão no local, em geral de 1 a 2 minutos, evitando assim a formação de
hematomas e sangrentos. Se o paciente estiver em condições de fazê-lo, oriente-o para
que faça a pressão até que o orifício da punção pare de sangrar;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
18. Tenha cuidado com a agulha para evitar acidentes perfuro cortantes;
19. Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente, em recipiente
adequado, sem a utilização das mãos (de acordo com a normatização nacional – não
desconectar a agulha - não reencapar);
20. Abrir a tampa do 1° tubo, conforme sequência de tubos na coleta de sangue (ver item 4.6),
deixar que o sangue escorra pela sua parede devagar para evitar hemólise (ver item 1.13);
NOTA: respeitar o volume indicado em cada tubo (seguir ao máximo a exigência da
proporção sangue/aditivo).
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente. excluir a imagem e inseri-la nov amente.
21. Fechar o tubo e homogeneizar (ver item 5), invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes de
acordo com o tubo utilizado. O CLSI recomenda que o processo de homogeneização do
sangue ao anticoagulante citrato ocorra num intervalo inferior a 1 minuto, após a
finalização da coleta;
22. Abrir a tampa do 2º tubo (ver item 4.6), e assim sucessivamente até o último tubo, de
acordo com o pedido médico do paciente. Não se esquecer de fazer o processo tubo a
tubo, para evitar a troca de tampa dos tubos (causando erro de diagnóstico). A sequência
a ser preconizada na transferência do sangue para os tubos, ao utilizar seringa e agulha,
deve ser aquela recomendada pelo CLSI. Este procedimento visa prevenir riscos
descontaminação das amostras. (ver item 4.6);
23. Ao final, descartar a seringa em descartador apropriado para materiais contaminantes;
24. Fazer curativo oclusivo no local da punção;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
21
25. Orientar o paciente para que não dobre o braço, não carregue peso ou bolsa a tiracolo no
mesmo lado da punção por, no mínimo, 1 hora e não mantenha manga dobrada, que pode
funcionar como torniquete;
26. Verificar se há alguma pendência, dando orientações adicionais ao paciente, se for
necessário;
27. Certificar-se das condições gerais do paciente perguntando se está em condições de se
locomover sozinho, entregar o comprovante de coleta com a provável data do resultado, e
liberá-lo;
28. Colocar as amostras em local adequado ou encaminhá-las imediatamente para
processamento em casos indicados (como materiais que necessitem ser mantidos em
gelo, por exemplo) de acordo com o procedimento operacional do laboratório.
22
4.5. Agrupamento de exames para coleta:
TUBO EXAMES
Dímero D
Fibrinogênio
Fator de Von Willebrand
Tempo de Protrombina (TP)
Fator V
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa)
Fator VII
Titulação do Inibidor do Fator VIII
Tubo Citrato Fator VIII
Titulação do Inibidor do Fator IX
Fator IX
Antitrombina
Proteína C da Coagulação
Proteína S livre
Tubo Citrato
23
Amicacina Herpes IgG e IgM
Androstenediona Imunoglobulina E (IgE)
Carbamazepina Lítio
Dehidropiandrosterona Teofilina
Tubo Gel SST
Digoxina Tobramicina
Fenitoína Vitamina A
Fenobarbital Zinco
Detecção de Beta-D-Glucana
Eletroforese de Proteínas
Imunofixação.
Tubo Gel SST
Paratormônio (PTH)
Influenza Sazonal
Brucelose
Leishmaniose Humana
Detecção de Chikungunya Vírus
Quantificação do RNA do vírus da Hepatite C
Detecção de Infecções Bacterianas
Sarampo
Detecção do DNA do Parvovírus Humano
Sorologia para Bartonela
Detecção do DNA do Toxoplasma gondii
Sorologia para Clamídia
Detecção do Zika Vírus
Sorologia para Hantavírus
Tubo Gel SST Esquistossomose
Sorologia para Micoplasma pneumoniae
Genotipagem do Vírus da Hepatite B e Resistência aos
Sorologia para Paracoccidioidomicose
Antivirais
Sorologia para Parvovírus Humano
Influenza A/H1N1
Widal
Chagas
Sorologia para Sífilis
Tubo Gel SST
24
Anti-LKM-1 Sorologia para Varicela Zoster
Anti RNP Toxoplasmose - Avidez de IgG (soro)
Anti Scl-70 Vitamina D3
Vitamina D 25OH
Bicarbonato
Gasometria arterial e venosa
Perfil metabólico arterial e venoso
pH
Seringa com
Heparina Lítica
Eletroforese de Hemoglobinas
Hemoglobina Glicada – HbA1C.
Tubo EDTA
Ciclosporina
Homocisteína
Detecção do DNA do Adenovírus
Quantificação do DNA do BKV
Detecção do DNA do Herpes Vírus Humano tipo 6
Quantificação do DNA do Citomegalovírus
Genotipagem do vírus da Hepatite C
Tubo EDTA Vitamina B6
Glicose 6 Fosfato Desidrogenase
Tubo EDTA
Curva Glicêmica
Glicemia de Jejum
Glicose Pós-prandial
Lactato
Tubo Fluoreto Teste Oral de Tolerância à Glicose (75g)
Teste Oral de Tolerância à Glicose (75g) - Gestante e Triagem Diabetes Gestacional
Amônia
Tubo Heparina
de Sódio
25
4.6. Recomendações da sequência e homogeneização dos tubos a vácuo, na coleta de
sangue venoso de acordo com o CLSI:
Existe uma possibilidade pequena de contaminação com aditivos de um tubo para outro, durante
a troca de tubos, no momento da coleta de sangue. Por isso, foi estabelecida pelo CLSI uma
ordem de coleta.
Esta contaminação pode ocorrer numa coleta de sangue venoso quando:
• Na coleta de sangue a vácuo, o sangue do paciente entra no tubo e se mistura ao ativador
de coágulo ou anticoagulante, podendo contaminar a agulha distal, (recoberta pela manga
de borracha da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo), quando a mesma penetra a
rolha do tubo;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou
talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x
v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
• Na coleta com seringa e agulha, pelo contato da ponta da seringa com o anticoagulante ou
ativador de coágulo na parede do tubo, quando da dispensação do sangue dentro do tubo;
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
Em dezembro de 2003, a ordem de coleta do CLSI foi reformulada contemplando também a coleta
em tubos plásticos.
Isto ocorreu porque os tubos plásticos para soro (tampa vermelha ou amarela com gel separador)
contêm ativador de coágulo em seu interior, o que pode alterar os resultados dos testes de
coagulação.
Devido a este componente estes tubos devem ser colhidos depois do tubo para coagulação
(tampa azul), como veremos abaixo.
No caso de coleta com tubos de vidro, tubos para soro (tampa vermelha) podem ser colhidos
normalmente, antes dos tubos para coagulação (tampa azul), pois não possuem ativador de
coágulo.
Em casos de usar somente tubos plásticos, e o paciente necessitar testes específicos de
coagulação, coletar primeiro um tubo de vidro para soro (tampa vermelha) ou um tubo de descarte
sem nenhum aditivo (que não serão utilizados para análise), para evitar a contaminação destes
testes específicos pela tromboplastina tecidual.
O tubo de descarte deve ser um tubo sem nenhum aditivo, ou seja, este tubo será usado para
descartar o primeiro volume de sangue da coleta, onde está presente o fator de coagulação
tromboplastina tecidual, que interfere em testes específicos de coagulação.
26
Nos casos em que a coleta for feita com escalpe, e o primeiro tubo a ser colhido for o tubo de
citrato ou um tubo de menor volume de aspiração, deve-se primeiro colher um tubo de descarte. O
tubo de descarte deve ser usado para preencher o espaço morto do tubo vinílico do escalpe com
sangue, assegurando a manutenção da proporção sangue/anticoagulante no tubo e também o
volume exato de sangue que foi colhido dentro do tubo.
27
Nota: O número de inversões pode variar de um fabricante para outro, consulte o fornecedor de
tubos sobre recomendações para homogeneização.
• Não se devem homogeneizar tubos de citrato vigorosamente, sob o risco de ativação
plaquetária e interferência nos testes de coagulação. Quando utilizar tubos de citrato para
coleta de sangue a vácuo com aspiração parcial, uma falsa trombocitopenia pode ser
observada. Este fenômeno pode ocorrer pela ativação plaquetária causada pelo “espaço
morto” entre o sangue coletado e a rolha destes tubos;
• A falha na homogeneização adequada do sangue em tubo com anticoagulante precipita a
formação de micro coágulos.
5. Gasometria:
A coleta de sangue venoso para análise dos gases sanguíneos requer cuidados na escolha do
material adequado a ser utilizado na coleta, na conservação da amostra e transporte imediato ao
laboratório.
A melhor opção está na utilização de seringa previamente preparada com heparina de lítio jateada
na parede, com “balanceamento” de cálcio. O uso de seringa, de preparação “caseira”, utilizando
heparina de sódio líquida é aceitável, porém aumenta a possibilidade de interferência na dosagem
de cálcio iônico, pois existe a possibilidade da heparina ligar-se quimicamente ao cálcio,
resultando em valores falsamente mais baixos do que o real. A introdução do cálcio em
concentração “balanceada”, nas seringas destinadas especificamente para coleta de gasometria e
eletrólitos, tem por finalidade minimizar os efeitos da queda deste íon na amostra. A heparina
líquida, em excesso, pode ainda causar diluição da amostra, resultando valores incompatíveis
com a situação clínica do paciente.
As seringas específicas para a análise de gases sanguíneos, além de eliminarem o risco de
diluição da amostra, asseguram a proporção exata entre volume de sangue e anticoagulante,
evitando assim a formação de micro coágulos que podem produzir resultados errôneos, bem
como obstruir os equipamentos analisadores de gases sanguíneos. O volume de sangue coletado
pode variar de 1 a 3 mL.
28
Após a obtenção da amostra despreza-se a agulha, esgota-se o ar residual, veda-se a ponta da
seringa com o dispositivo oclusor, e homogeneiza-se suavemente, rolando-a entre as mãos.
O material necessita ser encaminhado de imediato ao laboratório, idealmente não excedendo o
prazo de 15 minutos. O resfriamento do material em gelo auxilia sobremaneira na diminuição da
atividade metabólica dos leucócitos, porém não assegura uma inibição completa. Deve-se evitar o
contato direto da seringa com o gelo, isolando-a com papel, compressa ou similar, visando
prevenir o congelamento da amostra, fato que inviabilizaria sua análise.
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
6. Hemocultura:
29
Volume de sangue sugerido para hemoculturas de lactentes e crianças:
Volume de sangue por amostra (mL) Volume total de sangue
Peso (kg)
Frasco 1 Frasco 2 para cultura (mL)
≤1 2 - 2
1,1 a 2 2 2 4
2 a 12,9 4 2 6
13 a 36 10 10 20
>36 20 – 30 20 – 30 40 – 60
Fonte: Referência Bibliográfica 9
Fonte:
Recomendações:
Se possível, as amostras para hemocultura devem ser obtidas antes da administração de
antimicrobianos sistêmicos. Entretanto, o fato do paciente se encontrar sob antibióticoterapia, não
impede necessariamente a obtenção de amostra, que deve ser coletada antes da próxima dose
do antimicrobiano. Este fato deve ser considerado na interpretação do resultado.
30
2. Conferir e ordenar todo material a ser usado no paciente
3. Informá-lo sobre o procedimento;
4. Higienizar as mãos (ver item 3.1);
5. Preparar os frascos de hemocultura. Remover o lacre, limpar a tampa dos frascos com
álcool 70%, deixando o algodão sobre o frasco até o momento da punção;
6. Selecionar o braço no qual será feita a punção;
7. Calçar as luvas (ver item 3.2);
8. Colocar o torniquete (ver item 4.1.3) e selecionar uma veia adequada. Esta área não
deverá mais ser tocada com os dedos;
9. Fazer a antissepsia (ver item 3.3), limpar o local da punção com algodão/gaze esterilizada
contendo álcool 70% friccionando vigorosamente o local da punção por 30 segundos, em
movimentos circulares, de dentro para fora, por duas vezes com algodões/gaze diferentes;
10. Afrouxar o garrote temporariamente;
11. No momento da coleta apertar o garrote. Evitar tocar com os dedos a área já selecionada.
Caso necessitar apalpar novamente, fazer uma antissepsia dos dedos enluvados com
álcool 70% antes do procedimento;
12. Coletar a quantidade de sangue e o número de amostras recomendados de acordo com as
orientações descritas no pedido médico, inocular o volume de sangue no frasco de
hemocultura, sem trocar a agulha;
13. Identificar cada frasco com todas as informações padronizadas (não colocar a etiqueta
sobre o código de barras) e enviar ao laboratório, juntamente com a solicitação médica
devidamente preenchida (nome, RG, idade, data e horário da coleta);
14. Em caso de coleta com escalpe para coleta de sangue a vácuo, observar a quantidade de
sangue que está fluindo para dentro do frasco de hemocultura, deixando sempre o frasco
na posição vertical e abaixo do local da punção, permitindo assim uma coleta fechada,
sem necessidade de manuseio e minimizando os riscos de contaminação da amostra;
15. Exercer pressão no local até cessar o sangramento;
16. Em caso de punção difícil, em que o flebotomista perca a veia, e tenha que fazer nova
punção, recomenda-se que todo o procedimento de antissepsia seja refeito.
NOTA: Não é recomendada a técnica de coleta através de cateteres periféricos ou centrais, a não
ser que esteja solicitada em pedido médico.
31
Técnica de utilização do escalpe para provas funcionais:
Materiais Utilizados:
• Seringa descartável de 10,0 mL;
• Solução Fisiológica (ampola de 10,0 mL);
• Tubo para coleta de sangue a vácuo, tampa vermelha, siliconizado de 10.0 mL, ou um tubo
de descarte (ver item 4.6);
• Tubos específicos para as provas a serem testadas;
• Escalpe para coleta múltipla de sangue a vácuo, ou cateter;
• Bandagem oclusiva.
Em coletas de provas funcionais, na maioria das vezes, é necessário manter o acesso venoso do
paciente viável para as coletas seriadas. Isto pode ser feito por meio da injeção de uma solução
de salina no escalpe, para evitar a formação de coágulos no tubo vinílico do escalpe.
32
13. Conectar a seringa de 10,0 mL no adaptador, injetar cuidadosamente a solução salina até
que a extensão do escalpe se apresente limpa (1,0 a 2,0 mL). É importante ter atenção e
cuidado para não injetar a solução na veia do paciente;
14. Administrar via oral o Glutol (300 mL) ao paciente, no caso de crianças com até 42 kg de
peso, deve-se administrar 7 mL/kg de peso, crianças acima de 42 kg de peso administrar o
frasco do Glutol. A administração não deve exceder o tempo de 5 (cinco) minutos;
15. O flebotomista deve marcar o tempo da próxima coleta após o paciente terminar de ingerir
o Glutol;
Teste Oral de Tolerância à Glicose: 120 minutos após ingestão completa do Glutol
Curva Glicêmica 3 horas: tempos 30, 60, 90, 120 e 180 minutos após ingestão completa do
Glutol.
Curva Glicêmica 5 horas: tempos 30, 60, 90, 120, 180, 240 e 300 minutos após ingestão
completa do Glutol.
16. Na próxima coleta, introduzir uma nova seringa e aspirar de 1,0 a 2,0 mL de sangue, com
a finalidade de limpar toda a solução da extensão do escalpe;
17. Realizar uma nova coleta de acordo com o horário
18. Novamente, injetar cuidadosamente, a solução salina para manutenção (caso seja
necessário) até que a extensão do escalpe se apresente limpa (1,0 a 2,0 mL), tomar
cuidado para não injetar a solução na veia do paciente, proceder assim até o final do teste.
8. Testes de Coagulação:
Para esse tipo de coleta, algumas das informações fornecidas são importantes durante a
interpretação da análise de consistência dos resultados, tais como: nome da medicação em uso,
horário da última tomada da medicação, horário da coleta e nome do flebotomista.
Estas recomendações apoiam-se no documento CLSI H21-A5 – Collection,Transport, and
Processing of Blood Specimens for Testing Plasma-Based Coagulation Assays and Molecular
Hemostasis Assays; Approved Guideline – 5th ed. Vol.28, Nº5.
9. Fezes:
9.1. Protoparasitológico:
Para coleta do material, utilizar o PARATEST, um sistema integrado para coleta com conservante
e transporte de material fecal.
O Sistema Paratest, após a adição da amostra biológica (fezes) mantém as formas parasitárias
íntegras e bem preservadas, em temperatura ambiente por, pelo menos, trinta dias (4 semanas).
34
Recomenda-se que o exame seja feito em até 10 dias após a adição da amostra fecal no líquido
diluente/conservante.
9.1.1. Procedimento:
As instruções para utilização do PARATEST estão inclusas no kit, que é fornecido pelo
laboratório.
1. Abra o tubo coletor simulando o movimento de rosca e puxando, COM CUIDADO para não
derramar o líquido conservante;
Evitar contato com os olhos e nariz. Caso isso ocorra lavar com água
corrente.
2. Utilizando o lado cônico da pá coletora que acompanha o tubo coletor, colete duas porções
do material fecal na quantidade que preencha a pá e insira no frasco. Não coloque
excesso de fezes na pá;
3. Solte as fezes com a ajuda do pino no fundo do frasco, até ficar bem diluída no líquido (em
caso de diarreias, coletar três porções com o outro lado da pá);
4. Depois de diluída leve o frasco ao laboratório mantendo-o sempre em pé;
5. Manter os tubos em temperatura ambiente.
6. Identificar o frasco coletor com nome completo e enviar ao laboratório juntamente com a
solicitação médica devidamente preenchida;
ATENÇÃO: Fezes com pedaços esbranquiçados com ou sem movimento com aparência de
vermes devem ser coletados em recipiente limpo e sem conservante e enviado ao laboratório
35
juntamente com o pacote de tubos coletores. O mesmo procedimento deve ser realizado caso se
encontre essas formas com aparência de vermes espontaneamente em roupas íntimas.
Importante: No caso de ingestão acidental do líquido conservante pelo paciente, deve-se induzir
o vômito imediatamente e ingerir leite. Se, no entanto da ingestão já são decorridas algumas
horas, recomenda-se a ingestão de leite e algum alimento leve.
9.2.2. Procedimento:
• Coletar as fezes e colocar em um frasco contendo salina glicerinada tamponada ou meio
de Cary Blair, fornecido pelo laboratório, uma quantidade equivalente a uma colher de
sobremesa. Preferir sempre as porções mucosas e sanguinolentas;
• Anotar o horário da coleta;
• Se a amostra não for entregue no laboratório em até uma hora após a coleta, conservar
em geladeira a 4ºC, no máximo por um período de 12 horas.
37
10. Material genital:
NOTA: A coleta deste material deve ser feita preferencialmente pela manhã, sem que a paciente
tenha feito higiene íntima e que esteja há pelo menos 02 horas sem urinar.
10.1.2. Procedimento:
• Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
• Colocar a paciente em posição ginecológica;
• Inserir um espéculo (sem lubrificante) na vagina e retirar o excesso de muco cervical com
um “swab” ou gaze estéril.
Exame a fresco:
Colher material do canal vaginal com um swab e colocá-lo em um tubo com 1 mL de solução
fisiológica estéril, homogeneizar.
Bacterioscopia:
Colher material do canal vaginal com um swab e fazer um esfregaço de forma homogênea,
rolando o swab sobre a lâmina.
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário
excluir a imagem e inseri-la nov amente.
38
Exame a fresco:
Colher o material do canal Endocervical com um swab e colocá-lo em um tubo com 01 mL de
solução fisiológica estéril, homogeneizar.
Bacterioscopia:
Colher material do canal Endocervical com um swab e fazer um esfregaço de forma homogênea,
rolando o swab sobre a lâmina.
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
10.3.2. Procedimento:
MULHERES:
• Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
• Estimular a eliminação da secreção massageando delicadamente a uretra contra a
superfície púbica através da vagina.
Exame a fresco:
Colher o material da uretra com swab estéril e colocá-lo em um tubo com 01 mL de solução
fisiológica estéril, homogeneizar.
Bacterioscopia:
Colher o material da uretra com um swab estéril e fazer um esfregaço de forma homogênea,
rolando o “swab” sobre a lâmina.
39
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
HOMENS:
• Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
• Fazer higiene da glande 02 vezes com gaze embebida em salina, iniciando pelo meato e a
partir daí abrangendo toda a glande. Em seguida enxugar com gaze seca estéril;
• Fazer higiene da fossa navicular utilizando 01 swab comum estéril umedecido com solução
fisiológica estéril, desprezar este swab, em seguida enxugar com outro swab estéril seco.
Exame a fresco:
Utilizar o mesmo swab que foi colhida a bacterioscopia e colocá-lo em um tubo com 01 mL de
solução fisiológica estéril.
Bacterioscopia:
Fazer a expressão do pênis (desde a base), para que a secreção se exteriorize, com um swab
comum estéril realizar a coleta introduzindo-o, se possível de 2 a 3 cm no canal uretral e fazer um
esfregaço de forma homogênea, rolando o swab sobre a lâmina.
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
40
10.4. Esperma:
10.4.1. Orientações necessárias:
O paciente deve estar no mínimo por 48 horas em abstinência sexual.
10.4.2. Procedimento:
Bacterioscopia, cultura de aeróbio, fungos e pesquisa de fungos:
• O material é coletado por processo de masturbação;
• O paciente deve ejacular dentro de um frasco de boca larga e estéril.
11.2. Procedimento:
11.2.1. Crianças:
• Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
• Antissepsia rigorosa prévia dos genitais com água e sabão neutro e posterior secagem
com gaze estéril.
41
• Casos especiais (recém-nascidos, lactentes de baixo peso e resultados repetidamente
duvidosos) são indicadas a punção vesical suprapúbica, que deverá ser realizada por um
médico.
42
11.2.4. Coleta de urina de pacientes com sonda vesical de demora:
Bacterioscopia, cultura de aeróbio, fungos e pesquisa de fungos:
• Antes de colher a urina, a sonda deve ser mantida fechada por um período de 1 a 2 horas;
• Fazer antissepsia no dispositivo da sonda com álcool 70%;
• Puncionar o local de coleta e aspirar de 30 a 60 mL de urina, inocular em frasco de boca
larga estéril de tampa vermelha, com uso de agulha e seringa estéreis;
• Não deve NUNCA ser utilizada a urina contida na bolsa coletora.
12.1. Escarro:
12.1.1. Orientações necessárias:
• Escovar os dentes somente com água (não utilizar creme dental) e enxaguar a boca várias
vezes, inclusive com gargarejos;
• Tossir profundamente, e escarrar no frasco fornecido pelo laboratório. É importante que o
material coletado seja escarro e não saliva que não é o material para realização do exame;
• Colher somente uma amostra por dia, se possível o primeiro escarro da manhã antes da
ingestão de alimentos.
12.1.2. Procedimento:
Bacterioscopia e cultura de aeróbio:
Pedir ao paciente para respirar fundo várias vezes e tossir profundamente, recolhendo a amostra
em um frasco de boca larga estéril, fornecido pelo laboratório, caso haja algum respingo na parte
externa lavar e enxugar o frasco.
43
NOTA: Identificar o material com todas as informações padronizadas e enviar ao laboratório o
mais rápido possível juntamente com a solicitação médica devidamente preenchida.
13.1. Orofaringe:
13.1.1. Procedimento:
• Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
• Solicitar ao paciente que abra bem a boca;
• Instruir o paciente que respire profundamente, abaixar a língua do paciente com um
abaixador de língua;
• Introduzir o swab estéril, fazer esfregaços sobre as amígdalas e faringe posterior, evitando
tocar na língua e na mucosa bucal;
• Procurar o material nas áreas com hiperemia, próximas aos pontos de supuração ou
remover o pus ou a placa, colhendo o material da mucosa abaixo. Coletar a amostra
exatamente na área inflamada, evitando outros sítios na cavidade oral.
Bacterioscopia:
Coletar um swab para bacterioscopia e outro para cultura de aeróbios. Fazer um esfregaço de
forma homogênea rolando o swab sobre a lâmina.
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
44
13.2. Swab nasal:
13.2.1. Procedimento:
• Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
• Introduzir o swab estéril na narina do paciente até que seja encontrada resistência;
• Rodar o swab contra a mucosa nasal;
• Repetir o processo na outra narina.
NOTA: caso a narina esteja muito seca, umedecer o swab em solução fisiológica estéril.
Bacterioscopia:
Coletar um swab para bacterioscopia e outro para cultura de aeróbios. Fazer um esfregaço de
forma homogênea rolando o swab sobre a lâmina.
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
14. Ocular:
Para que se tenha um resultado eficiente, são necessários que sejam seguidos procedimentos e
cuidados durante a colheita.
45
14.1.2. Procedimento:
1. Limpar a região ocular com gaze e soro fisiológico, estéreis. NÃO instilar anestésico para
esta coleta;
2. Gotejar de 1 a 2 gotas de água destilada estéril na superfície das lâminas;
3. Retirar de 3 a 4 cílios com os colaretes da pálpebra e colocá-los nas lâminas em cima das
gotas;
4. Cobrir com lamínula;
5. Repetir o procedimento para as outras pálpebras (inferiores e/ou superiores);
6. Encaminhar imediatamente as lâminas ao setor de microbiologia do Laboratório Central.
14.2.2. Procedimento:
As culturas deverão ser coletadas antes da aplicação de antibióticos, soluções, colírios ou outros
medicamentos.
1. Desprezar a secreção purulenta superficial;
2. Com dois swabs colher o material da parte interna da pálpebra inferior;
3. Usar um swab para fazer um esfregaço de forma homogênea rolando o swab sobre a
lâmina;
4. O outro swab para cultura deverá ser introduzido em meio de transporte (Amies, Amies
com carvão ou Stuart) para ser enviado ao setor de microbiologia do Laboratório Central;
5. Para o citológico, colher um novo swab, fazer esfregaço de forma homogênea rolando o
swab sobre 2 lâminas, sem corante nem fixador.
NOTA: A secreção ocular não é um material adequado para a cultura de bactérias anaeróbias.
14.3.2. Procedimento
1. Limpar a região ocular com gaze e soro fisiológico estéril. NÃO instilar anestésico para
esta colheita;
2. Flambar a boca do tubo fornecido pelo laboratório que contém o soro fisiológico e, em
seguida, umedecer o swab (será utilizado um swab para cada colheita);
3. Com um swab, colher do fundo do saco conjuntival e semear na placa de ágar sangue,
próxima ao fogo, fazendo estrias em zigue-zague. Repetir o procedimento 2 e 3 com o
outro swab e semear na placa de ágar chocolate. Pode ser coletado um novo swab e
semeado no caldo BHI;
4. Em caso de cultura para fungos, repetir o procedimento 1 e 2 com novo swab e semear na
placa de ágar Sabourand;
46
5. Em caso de cultura para anaeróbios, repetir os procedimentos 1 e 2 com novo swab e
semear no caldo tioglicolato;
6. Realizar os procedimentos anteriores para a conjuntiva do outro olho;
7. Colher material da borda palpebral com novo swab umedecido (um para cada olho) e
semear nas placas “escrevendo” a letra D (para o olho direito) ou E (para o olho esquerdo)
sem tocar na estria já feita, correspondente à conjuntiva colhida, conforme Figura 2.
NOTA: Os materiais de borda palpebral NÃO são coletados nos caldos BHI e tioglicolato,
e não são adequados para cultura de bactérias anaeróbias;
8. Identificar as placas com o nome do paciente e material coletado, imediatamente após a
colheita;
9. Após a colheita, manter as placas (devidamente identificadas) vedadas e com as tampas
voltadas para baixo (para que a condensação formada na tampa não contamine o meio de
cultivo já semeado);
10. Enviar o material o mais rápido possível ao setor de microbiologia do Laboratório Central e
até o momento do envio, mantê-lo em temperatura ambiente.
Conjuntiva
Zaragatoa
Swab
Borda Palpebral D E
Figura 1 Figura 2
14.4.2. Procedimento:
1. Anestesiar os olhos do paciente colírio tópico;
2. Utilizar 2 lâminas para cada olho (bacterioscopia e citologia);
3. Flambar a espátula e a boca do tubo que contém a água destilada estéril e esfriar a
espátula na mesma;
4. Colher o material do fundo do saco conjuntival ou da conjuntiva tarsal inferior, raspando
para retirar as células epiteliais superficiais. Fazer o esfregaço na lâmina, sem deixar
grumos;
5. Repetir o procedimento para a segunda lâmina (uma para bacterioscopia e outra para
citologia);
6. Proceder como descrito acima para o outro olho;
7. Após a secagem do material nas lâminas, fazer a fixação do mesmo:
a. Para bacterioscopia: passar rapidamente pela chama do fogo por
algumas vezes.
b. Para citologia: cobrir a lâmina, gotejando-se em sua superfície ou
mergulhá-la em Metanol (álcool metílico) por 10 minutos.
47
8. Enviar o material ao setor de microbiologia do Laboratório Central.
Kimura
Kimura
Figura 3 Figura 4
14.5.2. Procedimento:
1. NÃO instilar fluoresceína previamente à colheita para que não haja interferência da mesma
durante a realização da coloração e leitura da lâmina;
2. Anestesiar os olhos do paciente (o colírio anestésico não deve apresentar contaminação
com fluoresceína);
3. Colher, raspando-se com a espátula de Kimura, o material da conjuntiva tarsal superior,
evertendo-se a pálpebra do paciente;
4. Depositar o material colhido, dentro do círculo da lâmina específica para
imunofluorescência. Todo o material coletado da tarsal do olho direito, por exemplo, deve
ser colocado dentro de um único círculo, concentrando-se assim o material;
5. Realizar o mesmo procedimento acima descrito para o olho esquerdo e concentrar o
material retirado em outro círculo da lâmina;
6. Identificar os círculos que estão com o material coletado;
7. Fixar a lâmina em metanol e envia-la ao setor de microbiologia do Laboratório Central;
Kimura
Kimura E
D
Figura 5 Figura 6
NOTA: Evitar o manuseio das lâminas após a colheita e fixação para que não haja perda do
material.
14.6. Córnea para cultura de bactérias aeróbias, anaeróbias, fungos e lâmina para
microscopia:
14.6.1. Materiais necessários:
• Pinça de ágar sangue em temperatura ambiente
• Espátula de Kimura
• Placa de ágar chocolate em temperatura ambiente
• 3 lâminas limpas e identificadas
• Colírio anestésico
• Placa de ágar Sabouraud em temperatura ambiente
48
• Meios líquidos enriquecidos (BHI e tioglicolato)
14.6.2. Procedimento:
1. Anestesiar o olho do paciente;
2. Flambar a boca do tubo que contém a água destilada
destilada ou soro fisiológico estéril;
3. Flambar a espátula de Kimura e esfriá-la
esfriá la na água ou no soro (repetir este procedimento
em todas as colheitas, ou seja, todas as vezes que for colher material da úlcera);
4. Colher o material da região ulcerada, na lâmpada de fenda, evitando o centro da úlcera,
onde o material apresenta necrose
necro e fornecerá pouca informação;
5. Fazer um esfregaço na lâmina;
6. Repetir os procedimentos 3 e 4 e semear o material obtido nos tubos com meios líquidos
enriquecidos (BHI e tioglicolato);
ioglicolato);
7. Repetir os procedimentos 3 e 4 e semear o material obtido na placa de ágar sangue,
fazendo uma fileira de 3 letras “C”. Este procedimento deve ser feito próximo ao fogo,
evitando assim a contaminação ambiente. Cuidado para não “cortar” o meio de cultura com
a espátula durante o processo
proces de semeadura;
8. Flambar novamente, a espátula, esfriá-la,
esfriá la, colher novo material e semear na placa de ágar
chocolate fazendo também uma fileira de 3 ”C”, tendo-se tendo se os mesmos cuidados
cu do
procedimento anterior;
9. Repetir o procedimento 8 semeando, agora a fileirafileira de 3 "C" na placa de ágar
ág Sabouraud;
10. Repetir mais 2 vezes os procedimentos 3, 4, 5, 7 e 8 para obter no final 3 lâminas com
esfregaço e 3 séries de “C” em cada
c placa (como esquema abaixo);
Figura 7
11. Fixar as lâminas (calor e metanol), devidamente identificadas, deixando uma lâmina sem
fixação. Colocá-las
las no porta-lâminas.
porta
12. Após a colheita, manter as placas (devidamente identificadas) vedadas e com as tampas
voltadas para baixo (para que a condensação formada na tampa não contamine o meio de
cultivo já semeado).
13. Encaminhar o material colhido para o setor de microbiologia do Laboratório Central o mais
rápido possível e até o momento do envio mantê-lo à temperatura ambiente.
14.7.2. Procedimentos
1. Todo o procedimento de semeadura deverá ser feito próximo ao fogo;
2. Após a colheita do humor (aquoso ou vítreo) com seringa e agulha, abrir os tubos de
tioglicolato e BHI próximo ao fogo e gotejar o material dentro dos mesmos;
3. Abrir as placas de ágar sangue, ágar chocolate e ágar Sabouraud próximas ao fogo e
gotejar de 1 a 3 gotas do humor em cada uma das placas, na superfície do meio de
cultura, inclinando-as levemente para que as gotas escorram e tenham maior contato com
o meio de cultivo enriquecido. Fechar as placas com a tampa voltada para baixo;
4. Gotejar 1 gota do humor em cada uma das 3 lâminas e espalhá-las, em esfregaço, com o
próprio bisel da agulha;
5. Se ainda houver material na seringa, remover a agulha e colocá-lo dentro do tubo de
tioglicolato ou BHI após serem abertos próximos ao fogo;
6. Vedar as placas, deixando-as com as tampas voltadas para baixo e à temperatura
ambiente;
7. Identificar as lâminas com o nome do paciente e material coletado, fixar duas delas (calor e
metanol) e deixar uma das 3 lâminas sem fixação;
8. Encaminhar todo o material o mais rápido possível para o setor de microbiologia do
Laboratório Central.
TSB/BHI
Tioglicolato
Figura 8
NOTA: Nos casos de VITRECTOMIA, o material deverá ser coletado em cassete estéril que
deverá ser vedado e encaminhado o mais rápido possível ao setor de microbiologia do Laboratório
Central.
15.2. Procedimento:
• Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
• As margens e superfície da lesão devem ser limpas com solução fisiológica;
50
• Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida, utilizando-se, de
preferência, aspirado com seringa e agulha. Quando a punção com agulha não for
possível, aspirar o material somente com seringa tipo insulina;
• Swabs (menos recomendados) serão utilizados quando os procedimentos acima citados
não forem possíveis.
Observações:
• A limpeza da superfície das lesões ou abscessos abertos, antes da coleta do material é
crítica para a interpretação do resultado;
• Não coletar o pus emergente. O material das margens da lesão e a parte mais profunda do
sítio escolhido são mais representativos e possuem maior viabilidade de micro-
organismos;
• A cultura de lesões secas e crostas não é recomendada;
• A coleta de ferida de queimadura deve ser realizada após extensa limpeza e debridamento
da lesão. Biópsia de pele é a técnica mais recomendada.
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
Citologia:
Enviar 2 lâminas com esfregaço do material sem corante nem fixador. Fazer o esfregaço de forma
homogênea rolando o swab sobre a lâmina.
51
16.2. Procedimento:
Bacterioscopia:
Depois de realizado o procedimento de coleta do material para cultura, com outro swab coletar o
material fazendo rotação no canal auditivo e fazer um esfregaço de forma homogênea rolando o
swab sobre a lâmina.
Exemplo:
A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
Cateteres intravenosos são importantes fontes de bacteremia e fungemia, bem como causadores
de complicações infecciosas no local da inserção. Quando existe suspeita de colonização no
cateter, com a possibilidade de evolução para infecção de corrente sanguínea, o cateter deve ser
retirado de forma estéril e sua ponta cultivada.
Cultura semiquantitativa (método de Maki) da ponta de cateter é importante para determinar a
relação entre colonização do cateter e infecção de corrente sanguínea. O resultado obtido,
entretanto, depende de técnica adequada. Deve ser salientado que os mesmos cuidados de
desinfecção utilizados na introdução do cateter devem ser adotados no momento da retirada.
Cateteres aceitáveis para cultura semiquantitativa: Central, CVP, Hickman, Broviac, periférico,
arterial, umbilical e Swan-Ganz.
17.1. Procedimento:
• Fazer uma rigorosa Antissepsia da pele ao redor do cateter seguindo as normas
preconizadas para a retirada deste com clorexidine alcoólico 0,5% ou álcool iodado;
• Remover o cateter e assepticamente cortar 5 cm da parte mais distal, ou seja, a que
estava mais profundamente introduzida na pele. Não usar tesouras embebidas em
soluções antissépticas.
• Este é um procedimento médico
52
NOTA: Identificar o material com todas as informações padronizadas e enviar ao laboratório o
mais rápido possível juntamente com a solicitação médica devidamente preenchida.
18. Fluídos orgânicos (líquidos: pleural, peritoneal, pericárdico, biliar, sinovial e outros):
18.1. Procedimento:
• A coleta deve ser realizada por equipe médica especializada;
• Fazer uma rigorosa Antissepsia seguindo as normas preconizadas para o procedimento de
punção;
• Obter a amostra através de punção percutânea ou cirúrgica. Quanto maior o volume da
amostra, maior a probabilidade de isolamento do agente etiológico.
Citologia:
Encaminhar o líquido em tubo seco estéril. Volume mínimo: 5 mL.
Análise Bioquímica:
Encaminhar o líquido em tubo seco estéril. Volume mínimo: 5 mL.
19. Líquor:
19.1. Procedimento:
• A coleta deve ser realizada por equipe médica especializada;
• Recomenda-se jejum;
• Após antissepsia correta da pele, realizar a coleta. O líquor é coletado por punção lombar
(L4 – L5) em três tubos secos estéreis, preferencialmente cônicos e de plástico, caso a
coleta permita a disponibilidade de material apenas para 1 (um) tubo o setor de
microbiologia deverá ser o primeiro a manipulá-lo.
53
Citologia e Análise Bioquímica:
Encaminhar o líquor em tubo seco estéril ou tubo cônico seco de polipropileno. Volume: 4 a 6 mL.
20. Micológico direto e cultura para fungos de unhas e lesões superficiais (pele, pêlo,
cabelo e couro cabeludo):
20.2.2. Procedimento:
• Limpar a superfície com álcool 70%, água destilada ou soro fisiológico estéril, pois diminui
a microbiota bacteriana e aumenta a sensibilidade do exame micológico;
• Não utilizar iodo;
• Com o auxílio de uma cureta dermatológica ou com o lado sem corte de uma lâmina de
bisturi ou com a borda de uma lâmina de microscopia, raspar vigorosamente as bordas das
lesões cutâneas ativas distribuídas pelo corpo;
• As amostras obtidas por raspagem devem ser acondicionadas em frascos estéreis;
• Quando a lesão apresentar fissuras ou estiver inflamada, usar soro fisiológico estéril para
remover bactérias, cremes ou pomadas;
• No caso de vesícula, remover o teto da bolha e, com swab, colher o material líquido;
• Quando não for possível o raspado, opta-se pelo método de Porto, que consiste em: aderir
sobre a área escarificada um pedaço de fita adesiva tipo durex, remover a fita da lesão e
colar na superfície de uma lâmina de microscopia, devidamente identificada. Esta técnica
não deve ser aplicada na coleta de material para cultura para fungos.
54
20.3.1. Procedimento:
• As amostras de lesões do couro cabeludo devem ser obtidas através da raspagem do local
(colocar as amostras coletadas em placas ou frascos estéreis) ou coleta com swab;
• Raspar as escamas com o lado sem corte do bisturi ou com a borda da lâmina;
• Deve se colher os fios de cabelo ou pêlo em região de alopecia, que apresentem brilho e
que sejam fáceis de ser pinçados (os fios infectados são facilmente removíveis);
• A amostra deve conter tocos de cabelo e escamas do couro cabeludo ou pêlos e as
escamas de pele;
• Se a lesão for ao longo do fio, como nódulos, por exemplo, esses devem ser cortados com
tesoura.
55
• É a mais frequente e mais comum em unhas dos pés;
• Descolamento da borda livre da unha: a unha descola do seu leito, geralmente iniciando
pelos cantos e fica oca. Pode haver acúmulo de material sob a unha;
• Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Esta
forma pode ser acompanhada de dor e levar ao aspecto de "unha em telha" ou "unha de
gavião";
• Características: unha opaca, esbranquiçada, espessa;
• Coleta: deve ser subungueal, eliminando-se a amostra mais externa e coletando o material
(massa) que se forma sob a unha. (vide item 23.3.1).
56
20.4.2.4. Onicomicose Distrófica Total:
20.4.3.1. Paroníquia:
Unheiro:
A região periungueal fica inflamada, dolorida, inchada, avermelhada e pode se apresentar com
coleção purulenta na base da unha;
• Coleta: se houver inflamação, coleta-se o pus com auxílio de uma pipeta ou swab (Figura
A);
• Lesões na região da cutícula colhem-se as escamas (vide item 23.3.1).
20.4.3.2. Oníquia:
Altera a formação da unha, que cresce ondulada e com alterações na superfície;
• Características: modificação da coloração da unha para um castanho-amarelado, marrom
ou amarelo-esverdeado. Ocorre opacificação e destruição total das unhas.
• Coleta: onde existe uma destruição da lâmina ungueal coleta-se das áreas escurecidas e
restos de unhas (Figura B). (vide item 23.3.1)
57
21. Transporte:
O material biológico coletado deve ser enviado ao Laboratório Central o mais rápido possível nas
maletas específicas para o transporte de material biológico.
A maleta é de responsabilidade da unidade e deve ser utilizada para uso exclusivo de transporte
de material biológico ao Laboratório Central e deve estar identificada da seguinte forma:
58
10. Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) - H3-A6 - Procedures for the Collection of
Diagnostic Blood Specimens by Venipuncture; Approved Standard- Sixth Edition, recomendações
para tubos de plástico.
Elaborado por: Antonia Maria de Oliveira Machado, Armando Morales Júnior e Eliete Aguiar de
Miranda Frigatto.
Revisado por: Armando Morales Júnior, Cecília Helena V. F. G. Carvalhaes, Edilson Sant’Anna
Meira, Elizabeth Maria de Alcantara Rotondi, Fernando Monteiro de Sá Luiz, Karen de Castro
Bauab, Lucelena Bortot Zuppani, Shélica C. C. Thomaz de Aquino e Thomas Cardoso das Chagas
Neto.
59