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Anténio Joaquim Severino METODOLOGIA do TRABALHO CIENTIFICO 248 edi¢ao (Como se vu, 9 eincla se consul aplcando teneay Segundo um mado apoiandose em fundamentosepstemolieos. Tem assim sfementos gerals queso comuns a toros os procestos de conhecimento ‘que pretends realizar, marcando toda aividde de pessa. Mas, am da Posse dvsdo entre Cincias Natura e Clénlas Humanas, ccorrem a ferencas anificatvas no modo dese praticar a investiga clentica, em decorréncia da dversiade de perspecnas epkemeligicas que se peel adotar ede enfoqes difereclados que se podem asstir no trato com os objetos pesqisados e events aspectos que se quciradestacar Por essa ravao, varias so as modaldades de pesquisa que se po dem praca, 0 que implea coerénca epstemoligica, metodoligca e tecnica, para o seu adequado desenvolvimento, 3.4.1. Pesquisa quantitativa, pesquisa qualitative ‘Uma primeira dferenclacso que se pode fever é aquela ene a Pesquisa quantiaiva © 2 pesquisa qualtativa. Como vimos, a cicia nasce, no nil da era moderna, opondo se & modliade metafica do conheciment, fundada na prelenséo do acestoracional &esséncia dos ‘objetos reals afimando a limitagso de nosso conhecimento 8 fenor menalidade do real. E esse conhecimenta ds fenémenos, por sus vez, limitave-se a expressio de uma relia funcional de causa a efeto que $0 podia ser media como uma fungéo matemética, Por so, tos lel lente revestio-se de uma forrulagio matemstica, exprimindo uma ‘elogéo quantitatva, Daf a caractrisica original do mtodo clentifico ser sua configuragdo experimental matemstic, sae modelo de conhaimento centic, denominado posts, tdequou-se perleitamente & apreensso ¢ ao manejo do mundo fico, 2 exes parte como um objeto ural, seu conheeimane debava eseapar importantes asp jonads com sua condicSoespecitia de sito: mas, para gar ‘especiicdade, © mélodo experimentalmatematic era ineficaz Quando se fala de pesquisa quantativa ou qualtatvn,@ quando se fala de metodologia quantitative ou qualtatva, Tberdade de inguagem consagrada pelo uso académico, nio) referindo a urna modaklade de metodologa em particular. Dai ferivel flare de abordagem quantitative, de abordager qual pols, com estas desgnacies, cabe referirse a conjuntos de las, envolendo, eventualmente, diversas referéncias epistom ‘Sto wérias metodologias de pesquisa que peiem adotar uma a ‘qualiatia, modo de dizer que faz releréncia mais a seus funda epistemolégicos do que propriamente a especifeidades metodo ALVES MAZZOTTI A. J: GEWANDSZNAIDER, F.O metodo nas ‘os natura scl: pesquisa quanta € qualita. Sto Paulo oa, 1998, CCHIZZOTT, Antanlo. Pesquisa qualita em clénclos humanas & tos. 6. Petspois: ones, 2014 DUARTE, Rosia. Pesquisa quaiatt:rflexds sabe trabalho de po. Cademos de Pesquisa, Sio Paulo, n. 115, p. 139-154, ma. 2002 FLICK, Uwe. Invodugto & pesqulsa qualtaten, Peto Age: Gap 2008. CGODOY, Arla Sehnit.Invedugs a pesquisa qualita e suas pos TRIPP, Dave. Posing I Pesquisa, Sto Pao, v. $1.0. 3, p. 448-466, 3.4.5. Estudo de caso Pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, cond derado represenatva de um conunto de casos endlogos, por ele son Acativamente representativo. A colea dos dado ¢ sua anise se dao da ‘mesma forma que nas pesqulsas de campo, em geal. © caso esclhido para a pesquisa deve ser sgnfcatio e bem re resentativo, de modo a ser apo afundementar uma generalizacto para ‘stuagdes andlogas, autorizando inferéncas, Os dads dever ser cota dos ¢ registrados com o necessvio sige e segundo todos os proced ‘mentos da pesquisa de campo. Devem ser trabalhados, mediante ands ‘igoroso, ¢apresentados em reatriosqualificados, ANDRE, Mat ED. Ade, Extudo de caso em peaqlsn eavtonas ea ‘acinal, Brasil: Ler Lio, 2006, [FRETTAS, Wey JABBOUR, Chrbeld.C: Ulan extid de casos) como esata de pesmi quaatha: bos pres e sugeses Eatudo Debate, Ljeno, v.18. n. 2, p. 7-22, 2011. Dsponel em: fp /oeo nes br/redle/nde php sudo Mew 30/196 MAZZOTTI A. A, Uso eabuss dos estos de caso. Cadlemos de Pes: ‘ul, S80 Paul, 36m. 129, set dee 2006, MENDONCA, Ana Waley. Metodoiogia para extudo de caso. Pahoce: Unis Viti, 2024. Dsponial ems hp/ueca una br pal/estan (9000030000034 a 13.4.6. Andlise de contedo uma metodologla de tratamento e anise de informagées antes de um documento, sob forma de dscursos pronunciadon ferentes inguagens: esclos,oras, imagens, gestos. Um co técnicas de anise das comunicagbcs. Tata-se de se compree ‘eamenteo sentido manifesto ou oculto das comnnicagdes. Envole, portato, a andise do conteddo das mensa enunciados dos dscursos, a busca do significado das mens linguagens, a expressio verbal, 0s enunciados, so vistos cor ‘adores sgnifleatvos, indispensivels para a compreensi dos ‘mas ligados bs praticas humanas ea seus components psi ‘As mensagens podem ser verbals(orais ou escrtas), gesting tivas, documenta ‘Sua perspectiva de abordagem se sua na interface da 2 eda Psicologia Socal. Mas enquanto a linguistcaestuda a sistema da inguager, @ Andie de Conteco ata sobre a fl sincagma, Ba descreve, anais e interpreta as mensagens/en de todas as formas de discurso, procurando ver © que est das paras. (Os discusos podem ser aqueles & dados nas diferentes omunicago ¢intrlocucdo bem como aquels obidos a pat untas, via entrevistase depoimentos led Bezara, CALIKTO, Peco; KERR, Maria Macedo se conti. covsideracdes geal, rliies com a pee de pesto, posiidadseUmitagtes do mitodo. In. & Soc, Joo ‘Bl, lp. 1918, jan /abe, 2004 3M. Laura PB. Anise do contetide. Bras: tors Pano, (Série ora em Elucaio, 6) }M, Laura PB, O qu & ands de conte. Caderes de Pico Eucago, Sb Polo, PUCSP, n. 7p. 1S. 290, 1986 Roe. Anise de canted, Revista Eucapdo, Pero Age, 237, p. 7-2, 198 ENS, Rj ANDRADE, D MUSSIS,C, Ry Anise de con- fe penn na rea de elcagio, Revista Dilogo Educocional, Cu wv don. 9. 11-27, malo/ago. 2003. ERG, F Da nti nos quprends: uma dsssb em orn da de conti, Cademe CERU, So Pato, 9, 16, . 69°80, 1981 Cite R; GORE, Besre C; SIMAO, Asa Ads, O uso da se de conte coma ura ferarsenta para a pesquisa quia: ds ‘igi © apagio do mtiodo. Orgoriacdes Huis & Agroindustriis— | Hasista de Admnisracso da UPLA, Laas, v7, 1, p. 7081, 2009, SIMOES, SP lgrfcad eposbildades da alse de conte, Teenolo- ia Educalona, v.20, n.102/108, p. 6457, se. /doe, 1991. pesquisa de campo ‘Com refeenela & natureza ds fontesutizados para a abordagem ‘ tratamento de seu objeto, a pesquisa pode ser bibligrica, de labora toro e de camp. 1A pescnis bibllogrfica & aquela que se realiza a parti done distro disponivel, decorrente de pesqusas anteriores, em documentos impresss, como luos, aig, teses etc. Utila de dads ou de a tegoriastedricas fs rabalhados por outros pesculadores e devidaments registrados. Os textos torname fonts dos temas a seem pessuisodos. (© pesquisadortrabalha a partir dos contsbuigées dos autores dos esto: os anaticos constantes dos testes, No caso da pesquisa documenta, temse como fonte documen: tos no sentida amp, ou sla, no a6 de documentos impress, mas sobretuo de outros tpos de documentos, tals como Jornal, fot, fies, ravacdes, documentos legis, Nestes casos, os conteddos dos textos anda nao tive nenhum tratamento analtico, #40 ainda ma teria-prima, » partir da qual o pesquisador val desenvolver sun invest 94a e andl. 43. a pesquisa experimental toma o proprio objeto em sun con etude como fantee o coloca em conedigbes ténicas de obseragi0 € manipulagso experimental nas bancadas e pranchetas de um labors ri, onde sto criadas condigdes adequadas para seu tratamento. Para tanto, 0 pesqusadorselciona determinadas varisveise testa suas rela bes funlonas,utizando formas de control, Modaidade plenamente ‘lequada para as Ciéncas Naturals, ¢ mais complicada no ambit das (Gancias Humanas, i que nao se pode fazer manipula das pessos. Na pesquisa de campo, o abjetofonte &abordado em seu mio ambiente proprio. A coleta dos dados ¢ felta nas condigdes naturals 2 iamente ob © manuiseio por parte do pesqulsador. Abrange plamentos (surveys), que sto mais descrtwos, até estudos analiticos, nto a seus objetivs, uma pesquisa pode ser explortia, des ou expla, pesquisa exploratéria busca apenas levantar Informagies so delerminado objeto, delimtando assim um eampo de trabalho, a8 condigbes de manlestacio desse objeto. Na verdad, ola & paragio para a pesquisa explicaiva, pesquisa explicativa € aquola que, alm de registrar e anlar enos estos, busca Wenficar suas caus, sofa aranés da odo método experimental/matemstico, sel através da interpre ossibtala polos métedos quatatves Técnicas de pesqui: técicas sto os procedimentos operacionas que serve de me- ritica pare a realizacio das pesquisas. Como tas, podem ser ‘em pesqulsas conduzdas mediante diferentes metodologias ¢ em diferentes epstemologlas. Mas, cbviamente,precisam ser ‘com os métodos adotados e cam os paradgmas epistemo forma de regs ¢ sitematzngso de dados, nformagies, dors em condi de andlise por parte da pexqusador. de coleta, ‘lenin que elabora e zagho, conservacio, difusio dos documentos; no contexto da real ‘ago de uma pesquisa, é técnica de identticagSo, levantamento, cexploragio de documentos fontes do objeto pesquisado e registro das informagées retiradas nessas fontes e que serdo utlizadas no desenvolvimento do trabalho. = DDocumento: em ciéncia, documento é todo objeto vo, ome, ests eo, deco, CD ote.) que se lema sypere mate! [pecia, mode, ‘metal pone! et.) de uma ivarmagdo (ea, ectit, pasta, eval so fra ate| que noo é fikeda mediante fécricas expecta (escrura impress6o, ncrustacdo, pine, escuura, constucoo etc. Nes Enrrevista ‘Técnica de coleta de informagées sobre um determinade assunto, dietamentesolctadas as sults pesquisdes. Tatase, porta to, de uma interago entre pesqusador e pesqusado. Muito ut ada nas pesquisa da area das Clncias Humanas. O pesquador ‘isa apreender © que of sujeios pensam, sabem, represenam, fanem e argumentam, Enraevistas NAO DiREnVAS Por meio dees, colvens informagbes dos sujeitos a partir do set

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