EMBARGOS À EXECUÇÃO
I – DOS FATOS
O embargante em agosto de 2014, assinou nota promissória assumindo o
encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao
Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de
R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.
Em março de 2015, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de
cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014.
Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em
03/04/2015 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que
havia assinado.
II – DO DIREITO
O título obrigacional no qual o Embargante se compromete como fiador foi
somente o primeiro, no qual já foi devidamente quitado, a pesar de não ter recolhido a
promissória que assinou. O mesmo não assumiu vínculo com o segundo empréstimo por
livre e espontânea vontade.
O Banco se aproveitou do documento que tenha em posse para vincular o
autor sem seu consentimento sendo assim o título executado é inexequível e inexigível
como trata o seguinte dispositivo legal.
CPC Art. 917. Nos embargos à execução, o executado
poderá alegar:
Uma vez que a avaliação ocorreu sem o consentimento do autor, está pode
ser considerada de má-fé e indevida. Pois para que uma pessoa se comprometa para ser
avaliador está tem que estar ciente do ato praticado. E no caso não foi o que aconteceu.
O autor não autorizou a utilização do documento para celebrar novo negócio sendo assim
não pode ter penhorado seus bens, pois não se comprometeu a assegurar a garantia do
segundo negócio celebrado. Este que seu direito assegurado no dispositivo abaixo citado.
IV – DAS PROVAS
Requer prova especialmente documental.
V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa de R$ ... (... reais). (art.319, V do CPC)
Termos em que,
pede e aguarda deferimento.
ADVOGADO
OAB n°: ____