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FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
Na enfermagem a entrevista aparece como um efetivo instrumento no desenvolvimento da prática profissional cotidiana,
especialmente para a coleta de dados, que usualmente ocorre numa fase inicial do contato entre paciente e enfermagem. Esse é a
melhor oportunidade do paciente dizer como percebe o seu estado de saúde. A enfermagem porém, sabe que em qualquer contato
com o paciente/família novos dados são obtidos , portanto, mais conhecimento será adquirido a respeito do mesmo. Além disso, o
exame físico poderá estabelecer-se num clima de confiança e familiaridade se esta interação for positiva.
Um perigo no ato de entrevistar alguém é de impor a sua autoridade ao paciente, erguendo um muro que impede a comunicação
efetiva. O paciente com medo de ser atacado acaba procurando formas para defender os seus próprios valores, o que poderá
acarretar na omissão de informações importantes. A enfermagem sendo verdadeira e autentica, o paciente descobre que pode
expressar seu verdadeiro “Eu” e que será aceito sem preconceitos ou julgamentos onipotentes. Procure falar somente o necessário,
para que possa ouvir atentamente o que o paciente tem a dizer. Evite interrompê-lo durante as suas colocações. Comportando-se
abertamente encorajamos o paciente a agir da mesma forma.
1) Na fase de Introdução à Entrevista a enfermagem apresenta-se, utilizando seu primeiro nome, e perguntando ao paciente qual
o nome prefere ser chamado. Deve ser evitado o uso de apelidos ou títulos (Vozinho(a)/Tio(a)) que podem dar falsa ideia de
intimidade. Explica que necessita entrevistá-lo, colhendo informações a respeito de diversos assuntos que permitirão adequar a
assistência de enfermagem às suas necessidades. Essa forma de contextualizar a entrevista ajuda a entender por que são feitas
tantas perguntas.
Ex: Bom dia, Sr. Alberto. Sou Adriana, estagiária de enfermagem e preciso saber algumas informações a seu respeito, para que
possamos cuidar do senhor da melhor forma.
2) Corpo da Entrevista – Paciente é estimulado expressar a percepção que possui de sua história de saúde, contando detalhes a
respeito do funcionamento de seu corpo, queixas, sentimentos ou sofrimentos que possa estar sentindo. É nesse momento que se
inclui a queixa principal de seu paciente, fazendo perguntas do detalhamento do curso da doença atual, existência de doenças
anteriores pessoais e familiares, além de buscar informações a respeito do uso de medicamentos e da existência de fatores de risco.
Ainda nessa fase a enfermagem necessita obter informações sobre os diversos hábitos e costumes, procurando saber qual o padrão
de satisfação das necessidades humanas básicas.
Quadro 1 Conteúdo dos dados sobre doenças, tratamentos, hábitos e costumes a serem coletados e sua justificativa
Dentre os fatores que interferem na coleta de dados estão: Habilidade técnica, interpessoais, o conhecimento, as crenças e os
valores da enfermagem, bem como o referencial teórico adotado.
Comunicação verbal:
As questões abertas são aquelas que estimulam a descrição/relato do paciente sobre um determinado tema, como: “Fale-me sobre
como é o lugar onde você mora” ou “O que você faz quando sente dor?”. As perguntas elaboradas dessa forma permite ao
paciente a oportunidade de expor sua percepção a respeito da situação, mostrar aquilo que realmente é significativo do seu ponto
de vista e fornecer informações amplas. Além disso, as perguntas abertas são menos assustadoras e constrangedoras, ajudando a
criar um clima de descontração o que facilita na proximidade interpessoal. Entretanto como a resposta tende a ser longa, facilita
com que o paciente se desvie do foco do tema abordado.
Já as perguntas fechadas evitam respostas longas, permitindo focalizar certos aspectos da entrevista, apesar da tendência de fazer
com que o paciente limite as informações. Ex: “Na sua casa existe água encanada?”, “Você toma remédios quando sente dor?”.
Chama-se a atenção para as perguntas de caráter tendencioso ou que tenham caráter de julgamento que bloqueiam a livre
expressão do paciente, dificultando a relação entre ele e a enfermagem. Por exemplo: “Na sua casa tem água encanada, não tem?”,
“Você não toma remédios sem prescrição médica quando sente dor, toma?”.
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES EMOCIONAIS: Deve envolver -> História de Vida, O significado da enfermidade e da
internação e Avaliação das condições emocionais e mentais propriamente dita
Identificação Nome, apelido, local e data do nascimento, escolaridade, idade, moradia, filiação
Família Pais vivos ou não (se não, causa da morte); Irmãos (Número); Se mora com a família; posição no grupo
familiar; Que projetos a família tinha ou tem pra ele; Condições econômicas; Ocupação atual e de
familiares; Tarefas que realiza em casa; Reuniões familiares (Frequência, tipo, motivo, etc).
Adolescência Significado dessa fase; Estudos, namoros, amigos, trabalho, mudanças, experiências; Sonhos próprios e
projetos para o futuro; Relações afetivas e matrimoniais (mora ou morou com alguém).
Atividade/Trabalho Atividade que exerceu a maior parte da vida; Atividade atual; O primeiro emprego; Relações com os
companheiros de trabalho; Mudanças de emprego, motivo; O último trabalho; Significado do trabalho hoje;
Possibilidade de retorno ao trabalho
Moradia Onde e com quem mora?; Com quem gostaria de morar?; O que acha que mais transformou na sua vida?
O adoecer Significado do adoecer; Como e quando aconteceu os primeiros sintomas; Qual significado teve para ele,
família, trabalho, escola e comunidade; O processo de adoecer influenciando na sua vida
Projetos Quais são os projetos para o futuro? O que deverá fazer para realizar seus projetos?; Considera que são
viáveis?; Como você acha que será seu futuro?
Ansiedade: Por meio da observação do comportamento, sintomas e depoimento. O nível de ansiedade muito elevado
pode ser indicativo que paciente está em crise