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Original em inglês:
JAMES -
Commentary by A. R. Faussett
Introdução Tiago 3
Tiago 1 Tiago 4
Tiago 2 Tiago 5
Tiago (Jamieson-Fausset-Brown) 2
INTRODUÇÃO
Vv. 1-20. Vêm ais sobre os ricos ímpios. Os crentes devem ter
paciência até a vinda do Senhor. Várias exortações.
1. Atendei, agora — Uma frase que chama à solene atenção.
ricos — que descuidastes o verdadeiro gozo das riquezas, que
consiste em fazer o bem. Tiago dirige-se aos ricos judeus incrédulos nem
tanto em benefício deles, como dos santos, para que estes levem com
paciência a violência daqueles (v. 7), sabendo que Deus logo os vingará
dos seus opressores [Bengel].
desventuras, que vos sobrevirão — que vos sobrevirão, repentina
e rapidamente; quer dizer, na vinda do Senhor (v. 7); primordialmente
com a destruição de Jerusalém; finalmente em Seu retorno visível para
julgar o mundo.
2. corruptas — a ponto de ser destruídas pela maldição de Deus
sobre sua opressão, por meio da qual acumularam suas riquezas (v. 4).
Calvino pensa que o sentido é: “Vossas riquezas perecem sem ser de
proveito nem para outros nem para vós mesmos, por exemplo, vossas
roupas estão comidas de traça em vossos roupeiros.
comidas — Comp. Mt_6:19-20.
3. gastos de ferrugens — “embolorados totalmente” [Alford].
há de ser por testemunho contra vós — no dia do juízo; quer
dizer, vossas riquezas não foram de proveito para ninguém, e ficando
sem utilizar, estragaram-se pela ferrugem.
há de devorar … as vossas carnes — a ferrugem que uma vez
consumiu vossas riquezas, então vos roerá a consciência, juntamente
com o castigo que atormentará vossos corpos para sempre.
como fogo — não com o lento processo da ferrugem, mas com a
rapidez do fogo consumidor.
nos últimos dias — vos acumulastes não tesouros, como vos
supúnheis (comp. Lc_12:19), mas a ira para os últimos dias, quer dizer,
para o juízo vindouro do Senhor. Alford traduz mais literalmente:
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“Nestes últimos dias (antes do juízo vindouro) acumulastes tesouro”
(mundano), sem proveito, em vez de vos arrepender e buscar a salvação
(ver nota, v. 5).
4. Eis que — chama a atenção sobre o juízo iminente, que não é
ameaça vã.
o salário … por vós foi retido — A AV diz corretamente: “salário
… retido de vós”. Não como Alford: “clama de (parte de) vós”. A
retenção do salário era, da parte dos ricos, virtualmente um ato de
“fraude”, porque os pobres assalariados não eram pagos pontualmente. A
frase não é, pois, “retido (não pago) por vós”, mas sim “de vós”:
expressando que a fraude era virtual, antes, que óbvia. Tiago refere-se a
Dt_24:14-15 : “No seu dia, lhe darás o seu salário, antes do pôr-do-sol
… para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado”. Muitos
pecados reclamam vingança ao céu, dos quais os homens tacitamente
não tomam nota, como a impureza e a injustiça [Bengel]. Diz-se que os
pecados peculiarmente ofensivos a Deus clamam a Deus. Os ricos
deviam ter dado liberalmente aos pobres; o não tê-lo feito foi pecado.
Maior pecado ainda era o não pagar suas dúvidas. Seu pecado mais grave
era o de não pagar aos pobres, cujo salário era o seu tudo.
os clamores, etc. — um clamor duplo; clamor do salário no
abstrato, e clamor dos jornaleiros contratados.
Senhor dos exércitos — “Senhor de Sabaoth”, só encontrado aqui
no Novo Testamento. Em Rm_9:29 aparece como uma citação. Combina
com o teor judaico da Epístola. Adverte aos ricos, que pensam que os
pobres não têm protetor, que o Senhor de todos os exércitos do céu e da
terra é guardião e vingador deles. É idêntico com o “a vinda do Senhor”
Jesus (v. 7).
5. Traduza-se: “vivestes com luxúria … com desenfreio …” O
primeiro expressa a afeminação luxuriosa; o segundo, a lascívia e a
prodigalidade. Seu luxo estava na conta dos pobres defraudados (v. 4).
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sobre a terra — a mesma terra que foi o cenário de vossos deleites,
será o cenário do juízo que vos sobrevirá: em vez dos deleite terrestres
tereis castigos.
engordado o vosso coração — isto é, satisfeito o corpo como
animais, até o cúmulo do desejo do coração; vós viveis para comer; não
comeis para viver.
em dia de matança — As autoridades mais antigas omitem
“como”. São como os animais que devoram o máximo possível no
próprio dia de sua iminente carneada, inconscientes de sua proximidade.
A frase corresponde aos últimos “dias” do v. 3, e favorece a tradução do
Alford ali, com a preposição “em” e não “para”.
6. tendes condenado e matado o justo — O aoristo grego
expressa: “Estais acostumados a condenar o justo.” Vossa condenação de
Cristo, “o Justo”, é predominante na mente de Tiago. Mas todo o sangue
inocente derramado e por ser derramado se inclui, e o Espírito Santo
compreende ao próprio Tiago, chamado “o Justo”, morto num tumulto.
Veja-se minha Introdução. Isto dá uma aplicação apropriada em especial
à expressão deste versículo, a mesma que a “do justo” do v. 16. A justiça
ou retidão de Cristo e dos Seus é o que provocou os grandes homens
ímpios do mundo.
sem que ele vos faça resistência — Da mesma paciência do Justo
abusam os ímpios, sendo um incentivo à ousadia na violenta
perseguição, se podem fazer o que lhes agrade com impunidade. Deus
sim “resiste aos soberbos” (Tg_4:6); mas Jesus como homem, é “como a
ovelha (que) muda diante de seus tosquiadores … não abriu sua boca”:
deste modo os seus são mansos sob a perseguição. O dia virá quando
Deus resistirá a (lit., ficará em pé de guerra contra) os Seus inimigos e
deles.
7. Sede, pois ... pacientes — porquanto o juízo está perto (vv. 1, 3);
bem podeis ter “paciência”, seguindo o exemplo do Justo que não resiste
(v. 6).
irmãos — em contraste com os “ricos” opressores de vv. 1-6.
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até à vinda do Senhor — quando a prova de sua paciência cessará.
o lavrador aguarda — quer dizer, suporta com paciência as
fadigas e as demoras na esperança da ceifa final. Sua “preciosidade”
(comp. Sl_126:6, “preciosa semente”) mas que recompensará por todo o
passado. Veja-se a mesma imagem, Gl_6:3, Gl_6:9.
até que receba — “até que ela (a ceifa) receba …” [Alford].
Mesmo quando se retém a Versão Inglesa (de “ele receba …”), não deve
entender-se que a recepção da chuva temporã e serôdia seja o objeto de
sua esperança, mas sim a ceifa, para a qual aquelas chuvas eram um
preliminar necessário. A temporã caía no tempo da semeadura,
novembro a dezembro; a se4ôdia, em março ou abril, para amadurecer o
grão para a colheita. A chuva serôdia que deve preceder a vindoura ceifa
espiritual, será provavelmente outra efusão pentecostal do Espírito Santo
8. a vinda do Senhor está próxima — O pretérito perfeito grego
expressa tempo presente e um estado fixo: “aproximou-se” (1Pe_4:7).
Temos que viver num estado de expectativa contínua da vinda do
Senhor, como de um evento sempre próximo. Nada pode melhor
“confirmar o coração” no meio dos desgostos atuais que a verdadeira
expectativa de Sua breve volta.
9. não vos queixeis — “Não murmureis”; o grego lit., “não
gemais”; um murmúrio meio reprimido de impaciência e de duro juízo,
não feito forte nem livremente. Tendo-os exortado à paciência em
suportar os males da parte dos ímpios, agora os exorta a ter um espírito
longânimo para com as ofensas dos irmãos. Cristãos que suportam com
paciência aquelas, às vezes são impacientem para com estas, que são
muito menos onerosas.
para não serdes julgados — Os melhores manuscritos dizem
“julgados”. Tiago refere-se a Mt_7:1 : “Não julgueis, para que não sejais
julgados”. Murmurar uns de outros equivale virtualmente a “julgar”, e
assim se expõe a ser julgado.
o juiz está às portas — com referência a Mt_24:33. O grego é
idêntico em ambos os textos, e deve traduzir-se aqui como ali “leva”, no
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plural. A frase quer dizer “se aproximou” (Gn_4:7, texto que nas
interpretações mais antigas — o Targum de Jônatas e o de Jerusalém —
se explica: “teu pecado está reservado para o juízo do mundo
vindouro”). Comp. “as portas eternas” (Sl_24:7, de onde Ele sairá). A
vinda do Senhor para destruir a Jerusalém é a referência primária; e logo,
Sua segunda vinda visivelmente para juízo.
10. modelo no sofrimento — isto é, mau trato.
os profetas — porque eram em grau particular perseguidos, e
portanto particularmente “benditos”, bem-aventurados.
11. felizes os que perseveraram firmes — (Mt_5:10). Melhor: “os
que têm paciência”, como Jó. As autoridades mais antigas dizem: “os
que suportaram”, o que quadra melhor que nossa versão: “Os que em
dias passados, como Jó e os profetas, suportaram provas”. São “bem-
aventurados” os tais, não os que viveram em deleites e foram dissolutos
na terra (v. 5).
paciência — antes, “perseverança”, que corresponde com o verbo
“suportaram”: distinto do vocábulo grego para “paciência” no v. 10. A
mesma palavra deve traduzir-se “perseverança” em Tg_1:3. Aqui volta o
apóstolo ao tema com que começou a Epístola.
Jó — este texto demonstra que a história dele é real, que não se
trata de uma pessoa imaginária; de outro modo seu caso de maneira
nenhuma poderia ser citado como um exemplo. Embora ele demonstrou
muita impaciência, contudo sempre voltou para isto: que se
encomendava completamente a Deus, e no final mostrou um espírito de
submissão permanente.
e vistes — (com os olhos de vossa mente). Alford traduz da antiga
leitura genuína: “Também vedes o fim …” Tal leitura, entretanto, pode
ser traduzida de conformidade com nossa versão.
que fim o Senhor lhe deu — quer dizer, o fim que Deus lhe deu.
Embora Jó tivesse muito a “suportar”, lembremos também a feliz
“terminação” que teve. Aprendei, pois, por mais duras que sejam as
vossas provas, a “perseverar até o fim”.
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porque o Senhor — Alford e outros traduzem: “Porquanto o
Senhor …”
cheio de terna misericórdia e compassivo — quanto ao
sentimento e à ação, respectivamente. Sua piedade ou comiseração vê-se
no fato de que não impõe ao que suporta com paciência mais provas que
as que pode suportar; Sua misericórdia, em que Ele (Cristo) dá o feliz
“fim” às provas (Bengel).
12. Acima de tudo, porém — porquanto o jurar é absolutamente
alheio ao humilde “suportar” cristã que se acabava de recomendar.
não jureis — pela impaciência, a que as provas podem vos tentar
(vv. 10, 11). Em contraste com isto está o uso devido da língua (v. 13).
Tiago aqui se refere a Mt_5:34, etc.
seja o vosso sim sim, e o vosso não não — não useis dos
juramentos na conversação diária; mas sim deixai que a simples
afirmação ou negação seja suficiente para estabelecer a vossa palavra.
juízo — lit., juízo, quer dizer “do Juiz” que “está diante às portas”
(v. 9).
13. sofrendo — referindo-se à “aflição” do v. 10.
Faça oração — em vez de “jurar” em temerária impaciência.
alegre — prazeroso de ânimo.
Cante louvores — salmos de louvor. Paulo e Silas cantaram
salmos até na aflição.
14. Chame os presbíteros — Não a algum dos anciãos, como o
interpretam os católicos romanos, para justificar seu costume da extrema
unção. As orações dos anciãos sobre o doente seriam o mesmo que se
toda a igreja, que eles representam, orasse [Bengel].
ungindo-o com óleo — o uso que Cristo encomendou a seus
apóstolos foi continuado depois com a imposição das mãos, como objeto
da suprema faculdade de medicina da igreja, como deste modo achamos
em 1Co_6:2, a suprema faculdade judicial da igreja. Agora que o dom
milagroso da cura foi retirado em maior parte, usar o simbolismo onde
falta a realidade seria uma superstição sem sentido. Comp., outros usos
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apostólicos devidamente descontinuados, 1Co_11:4-15; 1Co_16:20.
“Que usem o azeite aqueles que por suas orações possam obter a
recuperação para os doentes; os que não o podem fazer, que se
abstenham de usar o sinal vazio” [Whitaker]. A extrema unção romanista
se administra aos despejados, para curar a alma; enquanto que a unção
de Tiago era para curar o corpo. O Cardeal Caetano (Commentary)
admite que o apóstolo não pode referir-se à extrema unção. O azeite no
Oriente, e em especial entre os judeus (Vejam-se os Talmudes Jerusalém
e Babilônico), usava-se muito como agente curativo. É também sinal da
graça divina. Portanto, é um sinal próprio na operação de curas
milagrosas.
em nome do Senhor — pelo qual unicamente o milagre foi feito:
os homens não eram senão meros instrumentos.
15. a oração — Não diz que o azeite seria o que salvará; o azeite
não é mais que o símbolo.
salvará — é claro que não “salvará” a alma, como diz Roma, mas
sim curará “o enfermo”: como o prova a frase: “o Senhor o levantará”.
Comp. Mt_9:21-22.
se houver cometido pecados — pois não o estão todos os doentes
por causa de algum pecado específico. Aqui se supõe o caso de alguém
que está castigado com a doença por ter cometido pecados; quer dizer,
sob as consequências de pecados cometidos.
ser-lhe-ão perdoados — antes, “ser-lhe-á perdoado” (os
manuscritos mais antigos) o tê-los cometido. A relação entre o pecado e
a doença está implícita em Is_33:24; Mt_9:2-5; Jo_5:14. A absolvição
dos doentes, retida pela Igreja Anglicana, refere-se aos pecados que o
doente confessa (v. 16), dos quais se arrepende, e por causa dos quais se
deu escândalo objetivo à igreja e à causa da religião; não se refere aos
pecados em sua relação a Deus, o único Juiz.
16. As autoridades mais antigas dizem: “Confessai, pois …” Não só
no caso particular de doenças, mas também universalmente, confessai-
vos.
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culpas (RC) — vossas quedas e ofensas, em relação de uns aos
outros. A palavra não é a mesma que pecados. Mt_5:23-24; Lc_17:4,
ilustram este preceito.
uns aos outros — não ao sacerdote, como insiste Roma. A Igreja
Anglicana a recomenda em certos casos. Roma impõe a confissão em
todos os casos. A confissão é de desejar no caso (1) de um mal feito a
um vizinho; (2) quando sob uma consciência perturbada pedimos
conselho a um piedoso ministro ou amigo de como podemos obter o
perdão de Deus e forças para não pecar mais, ou quando desejamos as
orações intercessoras a nosso favor (“Orai uns pelos outros”): “A
confissão pode fazer-se a qualquer que saiba orar” [Bengel]. (3) a
confissão aberta perante a igreja e o mundo, em sinal de arrependimento.
Não à confissão auricular.
para serdes curados — dos males físicos. Também, para que, se
vossa doença for castigo de pecado, perdoado mediante a oração
intercessora, possais ser curados da mesma. Além disso, para “serdes
curados” espiritualmente.
por sua eficácia — oração intensa e fervente, “sem flutuar”
(Tg_1:6) [Beza]. Fortalecida pelo Espírito, como daqueles que operaram
milagres [Hammond]. Isto quadra bem com a posição das palavras
gregas e com o sentido. A oração do justo é sempre ouvida, geralmente;
mas sua petição particular pela saúde de outro tinha então a
probabilidade de ser concedida, se fosse alguém que tivesse o carisma
especial do Espírito. Alford traduz: “Pode muito em sua operação”. O
próprio “justo” é alguém que se esforça para evitar as “faltas” e
demonstra sua fé por suas obras (Tg_2:24).
17. Elias … sujeito aos mesmos sentimentos (RC) — Portanto,
não se pode dizer que fosse tão superior a nós como para não poder
figurar como exemplo aplicável a meros mortais como nós.
orando, pediu (RC) — Hebraísmo que significa “orou
intensamente”. Comp. Lc_22:15 : “Com desejo desejei”, isto é, “desejei
ardentemente”. Alford não tem razão ao dizer que a oração de Elias de
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que não chovesse, “nem se sugere na história do Antigo Testamento”.
Em 1Rs_17:1, diz-se expressamente: “Vive Jeová Deus de Israel,
perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos,
segundo a minha palavra”. Sua profecia do fato foi dada segundo divina
intimação, em resposta à oração. Zeloso pela honra de Deus
(1Rs_19:10), e estando de um parecer com Deus com relação à
apostasia, orou para que a idolatria nacional fosse castigada com um
juízo nacional, a seca; e com a profissão de arrependimento da parte de
Israel, rogou que fosse tirado o castigo, como se declara em 1Rs_18:39-
42; comp. Lc_4:25.
três anos — Comp. 1Rs_18:1 : “no terceiro ano”, quer dizer, da ida
de Elias a Sarepta; a profecia (v. 1) foi feita provavelmente cinco ou seis
meses previamente.
18. E orou, de novo, e … — em consequência. Note-a relação
entre a oração e sua realização.
seus frutos — seu fruto habitual e próprio, até agora retido por
causa do pecado. Três anos e meio é o tempo também em que profetizam
as duas testemunhas que “têm poder de fechar e abrir o céu para que não
chova”.
19. A bênção de restaurar um pecador errante por consentimento
mútuo e oração intercessora, que se acaba de recomendar.
se desviar — mais. lit., “foi desviado”.
da verdade — da doutrina e preceitos evangélicos.
alguém — Cada um deve procurar a salvação de cada um.
[Bengel].
20. sabei — (o convertido) para seu consolo, e para animar a outros
para que façam outro tanto.
salvará — Tempo futuro. A salvação de um assim convertido se
manifestará para além.
cobrirá multidão de pecados — não os seus próprios, mas sim os
do convertido. Tal é o sentido do verbo grego em voz medeia. Em
Pv_10:12 faz referência à caridade que “cobre” as faltas de outros diante
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dos homens; aqui faz-se referência a um que, efetuando a conversão de
outro, faz com que os pecados de este sejam cobertos perante Deus, quer
dizer, pela expiação de Cristo. Efetua isto fazendo com que o convertido
seja partícipe da aliança cristã para a remissão de todos os pecados.
Embora este cobrir de pecados estava incluído no anterior “salvará uma
alma”, Tiago o expressa para assinalar com detalhes a grandeza da
bênção repartida ao penitente mediante a instrumentalidade de quem o
converte, e para assim incitar a outros a que façam a mesma boa obra.