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Resumo: O presente artigo visa traçar um panorama acerca da legitimidade de suceder do embrião
concebido após a morte do de cujus, via reprodução assistida e, ao mesmo passo, elencar
discussões bioéticas a respeito da manutenção de genes congelados após a morte do varão. Não
esgotaremos (e nem pretendemos) todas as nuances do Direito das Sucessões, mas – ao final da
leitura – o interlocutor será capaz de compreender as principais problemáticas e características deste
instituto, sempre aliando a doutrina às lições sucessórias do professor Rodrigo Reis Mazzei.
Abstract: This article intends showing a scenario about the legitimacy to heirdom of embryo
conceived after the death of the deceased, via assisted reproduction and at the same step, bioethical
discussions concerning the maintenance of frozen genes after the death of the man. There will not
exhaust (and not intend to) all the nuances of the Law of Succession, but - to read the final - the caller
will be able to understand the main issues and features of this institute, always combining the doctrine
to the succession teaching by Dr. Rodrigo Reis Mazzei.
O supracitado autor MACHADO (2008, p. 30) ressalta que: “[...] foi através de
J. MARION SIMS, em 1866, depois de realizar 55 inseminações em 6 mulheres, a
concretização da primeira gravidez, através dos meios artificiais, terminada em
aborto.”
O termo “bioética” foi utilizado pela primeira vez em 1927, pelo alemão FRITZ
JAHR, na revista científica Kosmos e referia-se à relação do ser humano como parte
da natureza, devendo respeitá-la.
Tentaremos, nesse capítulo, traçar um panorama das lições obtidas nas aulas
ministradas pelo professor RODRIGO REIS MAZZEI, ao longo do semestre letivo
2016/1, no curso de Graduação em Direito, da Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES), durante a disciplina de Direito das Sucessões.
A Magna Carta, em seu artigo 5º, inciso XXX, garante o direito à herança,
sendo, portanto, uma garantia fundamental, assegurada a todos os cidadãos
residentes no Brasil.
6. Considerações Finais
Após o exposto neste artigo acadêmico, que visou traçar breves comentários
acerca da legitimidade de sucessão do embrião concebido post mortem, percebe-
se que a evolução na ciência, através das técnicas de reprodução assistida após a
década de 1970 trouxe inúmeros benefícios sociais e familiares aos cônjuges
estéreis. Todavia, como em outros ramos do Direito, a legislação não acompanhou
a evolução da sociedade, devendo ser garantido os direitos conferidos pela
Constituição Republicana de 1988 aos filhos concebidos por inseminação artificial.
7. Referências bibliográficas
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