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ATUALIDADE

Ideologia de gênero e poder


financeiro: o que está por trás da
campanha mundial contra a
família?
Aleteia Brasil | Out 02, 2015

Os "novos direitos" desintegram a família para parir um homem solitário


e sem raízes: o consumidor e súdito perfeito

A Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma, organizou no último


dia 30 de setembro o debate “Ideologia de gênero: uma revolução
antropológica”, com a participação de Filippo Savarese, da “Manif Pour Tous –
Itália”, da psiquiatra Dina Nerozzi, do padre dominicano Giorgio Maria Carbone,
especialista em Bioética, e do economista Federico Iadicicco, membro da associação
ProVita.

Federico Iadicicco abordou em particular os grandes interesses


financeiros que propagam o chamado “indiferentismo sexual” e, por
conseguinte, atacam a constituição familiar. Entre as observações
compartilhadas pelo economista italiano, destacam-se:

 Grandes corporações multinacionais como a Apple, a Coca-Cola, a Pepsi, a


Nike, a Motorola, a Kodak, a Open Society de George Soros, as fundações
MacArthur, Ford, Goldman e Rockefeller, entre outras gigantes, bancam grandes
e constantes aportes de dinheiro às chamadas “causas LGBT”.

 É de interesse dessas corporações desintegrar os “organismos


intermediários”, como a família, a fim de destruir paulatinamente os laços
comunitários e de relacionamento, deixando o ser humano cada vez mais sozinho
e sem vínculos. Quanto mais solitário for o indivíduo, mais frágil ele será, e essa
fragilidade o torna um consumidor e um súdito perfeito: ele buscará na compulsão
do consumo as tentativas de preencher o próprio vazio. Além disso, sem vínculos
familiares, sociais e comunitários fortes, ele representa pouco ou nenhum perigo
para a gigantesca indústria que governa o mundo.

 Particularmente importante para essa estratégia de desintegração humana é a


popularização e generalização da chamada “barriga de aluguel”: afinal,
quanto mais gente ignorar a identidade da própria mãe e do próprio pai, mais frágeis
ficam os vínculos de paternidade-maternidade e filiação.

 O poder econômico e financeiro impõe a sua agenda aos poderes


políticos, que passam a ser marionetes das grandes corporações mundiais. É
chamativa, por exemplo, a grande atenção dedicada pelos organismos
supranacionais à imposição da ideologia de gênero nas legislações dos países. A
Organização Mundial da Saúde, que deveria estar concentrada em resolver os
verdadeiros problemas de saúde que afligem o mundo, está muito mais interessada
em impor diretrizes ideológicas de educação sexual para crianças e em implantar a
teoria de gênero nas escolas para manipular desde cedo as novas gerações.

 Todos os países do Ocidente já adotam alguma ou várias leis contrárias à família.


Há muito mais projetos voltados a simplificar os divórcios do que a corroborar os
casamentos. Em vez de se apoiar a família natural, composta por um homem-pai,
uma mulher-mãe e os filhos amorosamente gerados, acolhidos e criados por eles, há
muito mais empenho em esvaziar o conceito natural de matrimônio e equiparar ao
casamento qualquer tipo de união romântica, por mais fugaz, despreparada e
inconsistente que seja.

 Para silenciar quem se opõe à equiparação das uniões gay ao casamento, assim como
à adoção de crianças por casais gays, impõem-se leis apresentadas como de
“combate à homofobia”: elas basicamente criminalizam a opinião, ameaçando
com a cadeia os cidadãos dispostos a exercer o direito de pensar e de expressar-se
livremente em defesa do conceito natural de matrimônio, por exemplo.

 Os poderes financeiros mundiais influenciam o mundo inteiro de maneira não


relacionada exclusivamente a uma determinada orientação política. No entanto, é
notório que a ideologia da autoproclamada esquerda do século
XXI promove abertamente o laicismo e o individualismo. Segundo Federico
Iadicicco, “a ideologia de gênero está para a esquerda de hoje como o marxismo
esteve para a esquerda de ontem”.

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