Equipe Pré-UNIVESP
Proposta Interdisciplinar Pré-UNIVESP
Edição 50 – PRECONCEITO
Assessoria Pedagógica
Bruno Aranha
Cristiane Imperador
Douglas Gouvea
Eline Dias Moreira
Márcia Azevedo Coelho
Ilustrações
Matheus Vigliar
Bruna Garabito
Charles Rubin
Textos utilizados
As razões e origens do preconceito, de Chris Bueno.
Preconceito linguístico: entrevista com Maria Marta Pereira Scherre sobre
preconceito linguístico, variação linguística e ensino, por Jussara Abraçado.
Síndrome de Down: As armadilhas do desconhecido, por Daniela Klébis e Charles
Rubin.
Disciplinas envolvidas
Língua Portuguesa
História
Matemática
Biologia
Recursos
Textos impressos
Revistas
Papel Kraft
Caneta esferográfica,
Cola, tesoura,
Massa de modelar,
Papel cartão ou papelão (prancha para o modelo de massa de modelar)
Computador ou celular
INTRODUÇÃO
Sondagem
Inicie a aula perguntando o que os alunos pensam sobre preconceito. Peça que
apresentem exemplos de situações em que o preconceito esteja presente.
A partir das respostas, comente que o tema é algo corriqueiro em todos os tempos. A
questão do preconceito e do estranhamento entre os seres humanos sempre foi presente na
sociedade desde os primórdios. Sendo assim, contextualize o exemplo dos gregos que, na
Antiguidade, julgavam os outros povos que não pertenciam ao seu contexto cultural como
“bárbaros”. Como esses povos não falavam o idioma grego, apenas “balbuciavam” palavras
sem ser compreendidos e, por isso, eram julgados como povos inferiores e sem cultura.
Gilberto Freyre (1900-1987) dizia que, apesar das diferenças sociais, as diferentes
classes e raças conviviam sob uma relativa harmonia no Brasil. Já a visão de Florestan
Fernandes (1920-1995) caminha para outro sentido. Para ele, existe uma forma de preconceito
não declarada em nossa sociedade, que ele denomina como “racismo velado”.
Provavelmente, os alunos apontarão desde casos midiáticos até algum fato ocorrido
em seus próprios círculos sociais. Atente, por enquanto, para os casos midiáticos.
Fonte: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/condenada-estudante-que-publicou-
mensagem-contra-nordestinos-em-sp.html>. Acesso em: 07 set. 2015.
Professor, aproveite as respostas dos alunos para salientar que, se por um lado, a
nossa sociedade não é tão harmoniosa como apontava Freyre, por outro, o racismo velado
está deixando de ser tão velado nos dias de hoje. Comente que o uso intensivo da internet
está colaborando para essa mudança de paradigma, pois os casos expostos aqui, não teriam
tanta repercussão se tivessem ocorridos há vinte anos. Comente também que a legislação
brasileira está acompanhando essa evolução, pois é cada vez maior o número de casos de
preconceito nas redes sociais julgados pela justiça.
Leia com os alunos o seguinte trecho do texto de Chris Bueno, que faz referência ao
sociólogo alemão Theodor W. Adorno e sua posição diante do que seria o preconceito:
Professor, faça a contextualização sobre quem era Adorno, comente que o autor
viveu durante o período de dominação nazista na Alemanha, o que exerceu influência
determinante em seus escritos. Enfatize sobre a possibilidade de o pensamento de Adorno
soar tão atual nos dias de hoje.
Ampliando o conceito I:
Divida a turma em cinco grupos e solicite que, a partir do texto de Chris Bueno, do
vídeo com o prof. Leandro Karnal e das discussões realizadas em sala de aula, os alunos
realizem uma enquete com a comunidade escolar sobre preconceito. Os grupos deverão fazer
as mesmas perguntas para estratos determinados a seguir:
Perguntas:
1. Você já teve algum comportamento preconceituoso, mesmo sem querer?
a) Sim
b) Não
Para tabular os dados pode-se utilizar o Excel para o cálculo da porcentagem relativa
dos respondentes SIM e dos respondentes NÃO. Depois disso, utilizar apenas as porcentagens
dos respondentes SIM.
Dada uma amostra com n pares de valores X e Y, para medir o grau de correlação
entre elas, calcula-se o coeficiente de correlação de Pearson.
Em seguida, é necessário apresentar a Fórmula do Coeficiente de Correlação:
X . Y
X .Y n
r
2 (X ) 2 (Y ) 2
2
X .Y
n n
Exemplo:
Vamos verificar se há correlação entre a taxa de mortalidade infantil e taxa de
analfabetismo no Brasil em 1997, por região brasileira.
Taxa de Taxa de
REGIÃO Mortalidade Analfabeti X.Y X2 Y2
Infantil (Xi) smo (Yi)
Norte 35,6 12,7 452,12 1267,36 161,29
Nordeste 59,0 29,4 1734,60 3481,00 864,36
Sudeste 25,2 8,6 216,72 635,04 73,96
Sul 22,5 8,3 186,75 506,25 68,89
Centro Oeste 25,4 12,4 314,96 645,16 153,76
167,7 71,4 2905,15 6534,81 1322,26
Fonte: IBGE
X 167,7 28123,29
2 2
Y 71,4 5097,96
2 2
167,7.71,4
2905,15
r 5
28123,29 5097,96
6534,81 .1322,26
5
5
2905,15 2394,756
r
6534,81 5624,658. 1322,26 1019,592
510,394
r
910,152 . 302,668
510,394
r
524,856
r 0,9724
Com os dados tabulados, exponha-os em local visível na escola e/ou no site do colégio,
para que toda a comunidade escolar possa visualizar o resultado final.
Ampliando o conceito II
Apresente aos alunos a entrevista “Preconceito linguístico: entrevista com Maria
Marta Pereira Scherre sobre preconceito linguístico, variação linguística e ensino” e solicite
que façam uma leitura atenta.
Professor, para ler com proficiência, é preciso que o aluno se torne apto a
apreender a significação profunda do texto com que se defronta. Para isso, deve reconstruí-
lo e reinventá-lo, de acordo com a sua competência comunicativa, a ideologia, a cultura, o
aspecto psicológico e o gênero textual estudado.
Após a leitura do texto, pergunte aos alunos se, associando o que já foi estudado
sobre o preconceito, conseguem definir o que é preconceito linguístico.
Antes mesmo de trabalhar a interpretação do texto, apresente aos alunos a frase de
Aristóteles: “Somente o homem é um animal político, isto é, social e cívico, porque somente
ele é dotado de linguagem. A linguagem permite ao homem exprimir-se e é isso que torna
possível a vida social” (384-322 a.C).
Peça aos alunos que, oralmente, estabeleçam uma relação entre as ideias
apresentadas pelo texto lido e a frase de Aristóteles.
O preconceito linguístico tem a ver, essencialmente, com a língua falada. Então, quando
estamos falando de preconceito linguístico, não estamos pensando na escrita, que decorre do
ensino formal, não é dada por natureza, como é a capacidade de adquirir uma língua em
circunstâncias naturais, sem ensino formal, e a sua efetiva aquisição: não se conhece nenhum
ser humano que, inserido no seio da comunidade, não tenha adquirido um sistema linguístico e
que dele não seja senhor absoluto.
Questões
1. As informações sobre a entrevistada são importantes para a compreensão desse
texto?
2. Descreva a linguagem do texto de acordo com os seguintes quesitos:
a) vocabulário
b) dificuldade de compreensão
c) formalidade
3. De acordo com a entrevista, qual é a natureza do preconceito linguístico?
4. Segundo Maria Marta Pereira Scherre, o que provoca o preconceito linguístico? Por
quê?
5. Explique a afirmação.
O preconceito em relação a variedades menos prestigiadas é o mais comum, mas o
preconceito pode também existir em relação a variedades de grupos.
Questões
1. Na letra da música, os compositores cometem muitos desvios em relação à norma
padrão da língua. Você acredita que cotidianamente eles falem da forma como registraram na
letra?
2. Tendo em vista que a variação linguística ocorre tanto em função de fatores inerentes
ao usuário da língua quanto em função da situação de comunicação em que ele se encontra,
explique por que os compositores optaram por essa forma de realização da língua em
detrimento da norma culta?
Professor, comente que o uso do “Dr.” atribuído a pessoas que não possuem o
título acadêmico é um comportamento do Brasil Colonial, que tinha como objetivo enaltecer
os mais ricos e instruídos e, ao mesmo tempo, rebaixar os demais. Caso queira promover
uma reflexão sobre esse assunto com a turma, apresente o texto Doutor Advogado e Doutor
Médico: até quando?, da repórter Eliane Brum, que pode servir como elemento disparador
para a discussão. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-
brum/noticia/2012/09/doutor-advogado-e-doutor-medico-ate-quando.html. Acesso em 15
set. 2015.
Após a atividade em grupo, promova uma roda de discussão sobre as questões. Peça
que cada grupo apresente suas conclusões e interfira de modo a ampliar os conceitos sobre
variação linguística e preconceito. Comente que o uso que fazemos da língua não é neutro, já
que a língua “encerra valores, crenças, ideologias. É por esse motivo que uma simples escolha
lexical pode ter mais peso do que supomos” (CALBUCCI, 2010).
Aprofundando o conceito IV
Solicite aos mesmos grupos que:
1. Transcrevam a composição Vozes da Seca, adequando-a, segundo a norma padrão.
2. Escrevam um parágrafo posicionando-se sobre esse tipo de adequação. Se o grupo
considerou pertinente, se há perdas e ganhos, em quais sentidos etc.
3. Façam uma tabela elencando os tipos de desvios lexicais e sintáticos presentes na
composição original.
4. Releiam a entrevista de Marta Scherrer e comparem os desvios que ela cita na
entrevista (como mais recorrentes) com os presentes na composição.
5. Expliquem a lógica que sustenta cada um dos desvios presentes da composição.
6. Pesquisem o conceito de gramática e respondam se é possível afirmar que a variante
popular utilizada em Vozes Secas foge aos preceitos gramaticais. Justifiquem suas respostas.
Promova uma discussão sobre as respostas e, a partir dos apontamentos feitos pelos
estudantes nas questões 3 e 4, monte um quadro com a turma estabelecendo a lógica
linguística que sustenta cada um dos desvios da composição em relação à norma culta.
Aproveite as respostas dadas para aprofundar os conhecimentos sobre as gramáticas
normativa e prescritiva ou descritiva.
Professor, explique que a composição Vozes da Seca apenas simula, mas que não é
uma transcrição de fala, já que a situação de fala, além de contar com todo um contexto
situacional, apresenta muitas marcas ausentes na composição.
Após a leitura, pergunte para os alunos se algum deles conhece alguma pessoa com
síndrome de Down. Se sim, pergunte se esses indivíduos são ativos profissionalmente e
socialmente. Em seguida, questione: por que mesmo assim, ainda existe preconceito na
sociedade para o indivíduo com a Síndrome?
O infográfico deixa claro que essa síndrome é resultado de uma trissomia no par de
cromossomos número 21. A partir dessa informação retome alguns conceitos envolvendo
citologia e genética.
Aprofundando o conceito V:
Enfatize a importância das definições de cromossomos e genes. Como sugestão para
retomar esses conceitos e aplicá-los, em sala de aula, monte um cariograma de um ser
humano saudável e de um ser humano com síndrome de Down. Deixe claro que esse processo
é um dos modos de diagnosticar quaisquer alterações cromossômicas nos humanos.
Professor, esse processo deve ocupar uma aula de 50 minutos. Antes de finalizar,
questione os alunos sobre o porquê dessa trissomia ocorrer. Peça, como tarefa para casa,
uma pequena pesquisa sobre as causas desse erro na separação dos cromossomos.
Produção de texto
Depois de estudar o tema preconceito do ponto de vista linguístico, histórico, literário,
biológico e matemático, os estudantes produzirão um vídeo argumentativo de
aproximadamente três minutos sobre preconceito linguístico.
Elaboração
Solicite aos alunos que se organizem em grupos.
Apresente aos alunos a entrevista realizada pela TV Univesp com o prof. Ataliba
Castilho, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DROHTF4iaiQ.
A partir da análise do vídeo, cada grupo deverá elaborar argumentos acerca do
preconceito linguístico em relação à língua. Os argumentos serão estruturados em linguagem
verbal.
Peça aos alunos que procurem um local adequado e que gravem o vídeo. Durante a
gravação, os alunos deverão observar a interferência de iluminação e ruídos externos que
podem prejudicar a qualidade do material gravado.
Depois de prontos e editados os vídeos serão apresentados para a turma. Comente
cada um deles a fim de alinhar os conceitos e proponha aos autores dos vídeos mais
adequados que os postem no Youtube.
Convide as outras turmas da escola para assistirem os vídeos para conhecer sobre o
assunto trabalhado.
Habilidades trabalhadas
Combinar o que está explícito e implícito em um texto para dar a ele significado.
Conferir sentido aos textos lidos.
Compreender a língua como processo de produção e negociação de sentidos.
Reconhecer a linguagem como atividade humana e aspecto importante para a
construção do conhecimento.
Compreender a língua como conjunto de variedades que refletem e participam na
construção da identidade de grupos sociais.
Reconhecer a capacidade de transitar por diferentes variedades linguísticas como um
fator de competência linguística.
Fazer antecipações sobre as variedades linguísticas mais adequadas a diferentes
contextos de uso.
Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social e as diferentes variedades da
língua portuguesa, procurando combater o preconceito linguístico.
Identificar a relação entre preconceitos sociais e usos linguísticos.
Reconhecer os procedimentos necessários para construção de argumentação
consistente.
Identificar os dados presentes no texto.
Compreender a importância dos cálculos matemáticos utilizados em operações
básicas e chegar aos resultados esperados.
Utilizar conceitos de expressão algébrica.
Manusear a calculadora simples.
Descrever, interpretar e analisar os dados e resultados obtidos.
Comunicar os resultados matemáticos a outras pessoas.
Interpretar dados matemáticos à luz do coeficiente de correlação linear.
Concluir a investigação proposta.
Atividades complementares
1. (Unioeste 2011) “Na segunda metade do século XX, a tendência à superação das ideias
racistas permitiu que diferentes povos e culturas fossem percebidos a partir de suas
especificidades. Grupos de negros pressionaram pela adoção de medidas legais que
garantissem a eles igualdade de condições e combatessem a segregação racial. Chegamos
então ao ponto em que nos encontramos, tendo que tirar o atraso de décadas de descaso por
assuntos referentes à África”.
Marina de Mello e Souza. A descoberta da África. RHBN, ano 4, n. 38, novembro de 2008, p.72-
75.
a) autores como Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Darcy
Ribeiro, entre outros tantos autores, são importantes por chamarem a atenção do país para o
papel dos negros na construção do Brasil e da brasilidade, e as formas de exclusão explícitas e
implícitas que sofreram.
b) apesar de relevante a luta contra o preconceito racial, o estudo da África só diria respeito ao
conhecimento do passado, do período do Descobrimento do Brasil até a abolição da
escravidão entre nós.
c) estudar a África só nos indicaria a captura e a escravidão de diferentes povos africanos,
tendo em vista que raça e o racismo são categorias ideológicas as quais servem para encobrir
as fortes tensões sociais existentes entre a imensa classe de pobres e o seu oposto a dos ricos.
d) a autora quer dizer que devemos hoje operar cada vez mais com categorias tais como a
especificidade da raça negra, da raça branca, da raça amarela e outras mais.
e) nenhuma das alternativas está correta.
2. (UERJ 2013)
Ano 5, n. 15, ano 2012
No último quadro, a fala da minhoca revela uma reação comum das vítimas de discriminação.
a) Bárbaro foi uma denominação comum a muitas civilizações para qualificar os povos que não
compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações.
b) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para qualificar povos que não
falavam grego e depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo.
c) Bárbaros eram os povos que os germanos classificavam como inadequados para a conquista,
como os vândalos, por exemplo.
d) Gregos e romanos classificavam de bárbaros povos que viviam da caça e da coleta, como os
persas, em oposição aos povos urbanos civilizados.
4. (UFF 2010) – A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e
fogo! Era a divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo
ouro que havia. Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um
povo de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca
que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca,
que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu.
Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que
marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor.
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos
em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer que
tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa, na
mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos
prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz,
aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois
queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios. (Monteiro Lobato, História do mundo
para crianças. Capítulo LX)
S.O.S Português
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se
refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira
delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí
vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino
restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com
situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto
distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem
sempre nos damos conta disso.
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº- 231, abr. 2010
(fragmento adaptado).
O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista
destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se
marcas linguísticas próprias do uso
eu gostava muito de passeá… saí com as minhas co lgas… brincá na porta di casa di vôlei…
andá de patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a::… a palhaça da
turma… ((risos))… eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da minha vida foi…
essa fase de quinze… dos meus treze aos dezessete anos…
A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG. 2010
(inédito).
Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como
modalidade falada da língua é:
X 10 20 30 40 50 60
70
Y 6 12 17 24 31 35
42
a) 0,0046
b) 0,8900
c) 0,9986
d) 1,0000
e) 1,0202
10. Os dados a seguir correspondem à variável renda familiar e gasto com alimentação (em
unidades monetárias) para uma amostra de 25 famílias.
3 1,5
5 2,0
10 6,0
10 7,0
20 10,0
20 12,0
20 15,0
30 8,0
40 10,0
50 20,0
60 20,0
70 25,0
70 30,0
80 25,0
100 40,0
100 35,0
100 40,0
120 30,0
120 40,0
140 40,0
150 50,0
180 40,0
180 50,0
200 60,0
200 50,0
Assinale a alternativa correta quanto ao coeficiente de correlação entre essas duas variáveis:
a) 0,954
b) 0,985
c) 0,987
d) 0,992
e) 0,993
Gabarito:
1D
2D
3A
4E
5D
6D
7C
8A
9.C
10.A