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Questões: Direito Processual Civil

Igor Strobilius
1.
(i) Apenas o pedido por indenização de danos estéticos foi devolvido.
(ii) Segundo o NCPC, a decisão estaria errada , pois os capítulos da sentença que não foram
objeto de apelação transitaram em julgado.
(iii) Continuaria com o processo visando que o pedido por indenização à título de danos
estéticos fosse julgado procedente, uma vez que há diversos precedentes estabelecendo
a distinção entre danos morais e estéticos.
1.1
(i) A decisão estaria equivocada pois a sentença seria ultra petita e, extrapolando os limites
do pedido do autor.
(ii) O Tribunal não pode realizar isso, pois seria extra petita uma vez que o único dano
devolvido ao Tribunal era o estético. Problema de extensão.
(iii) Sim, além de contrarrazoar, pode apelar adesivamente. A matéria apenas pode transitar
em julgado após o prazo das contrarrazões, justamente por essa possibilidade de recurso
adesivo.

1.2
(i) O recurso de B aproveita a C, pois produz efeito expansivo uma vez que a mudança
feita pelo recurso de B se estende a todos os atos realizados posteriormente.
(ii) Não, não seria aproveitável pois o teor dos recursos é diferente: B afirma ser parte
ilegítima e C questiona a sentença.
(iii) A decisão do tribunal foi errada sob o estabelecido pelo parágrafo quarto do artigo 1013
do CPC, pois na medida em que a reforma da sentença que reconheça decadência, deverá
julgar o mérito sem determinar retorno ao juiz de primeiro grau.
1.3
(i) O recurso cabível é o Agravo de Instrumento (art. 1019, NCPC)
(ii) Como advogado de A, seria possível impetrar um mandado de segurança contra a
decisão do relator, uma vez que haveria perigo de lesão irreparável.
(iii) Sim, a resposta se alteraria, visto que o recurso cabível seria embargos de declaração,
devido à decisão omissa e contraditória.
(iv) Seria cabível agravo interno.
(v) Sim, o princípio da fungibilidade seria possível, pois estão presentes os elementos:
tempestividade, dúvida objetiva e não-ocorrência de erro grosseiro entre os recursos.
(vi) Não caberia RE contra o acórdão que deferisse a medida liminar em vista
da súmula 735. O REsp seria possível apenas se houvesse
ocorrido violação direta da norma sobre o deferimento da medida. No caso, não há
decisão sobre o mérito da medida.
Questão 1.4
(i) O único recurso possível é a apelação, pois a antecipação de tutela está inclusa na
sentença.
(ii) A apelação será recebida com efeito devolutivo, confirmando a antecipação dos
efeitos da tutela.
(iii)Se a antecipação da tutela tivesse sido concedida antes da sentença, o recurso cabível
seria o agravo, pois esta teria sido dada através de decisão interlocutória.
(iv) Como advogado de B, eu interporia um agravo de instrumento a fim que a antecipação
da tutela seja suspensa.
1.5
(i) O recurso cabível seria agravo de instrumento, nos termos do art. 1015.
(ii) Não, pois B e C abriram mão
do direito de apelar no momento adequado, precluindo o seu direito.
1.6 – (i) O recurso seria considerado deserto visto se tratar de preclusão consumativa, uma
vez que a guia comprobatória do pagamento deve ser juntada aos autos quando a
interposição do recurso.
(ii) A resposta seria diferente se o valor pago fosse menor que o devido, pois a parte seria
intimada para que pudesse complementar o pagamento das custas. Caso isso acontecesse,
o recuso só seria deserto se, após transcorrido o prazo, a parte ainda não tivesse efetuado o
pagamento.
(iii) Caso a parte não tivesse pago as despesas legais, o pagamento seria insuficiente.
(iv) Se o pedido de justiça gratuita foi feito juntamente com a apelação, não é necessário o
pagamento do preparo. Há divergências, alguns dizem que o pedido deve ser feito antes
mesmo da apelação.

2. (i) Sim, pois de acordo com o art. 283 erro de forma apenas acarreta em anulação quando
não puder ser arrumado.
(ii) A existência de dúvida objetiva, ausência de erro grosseiro e a tempestividade do
recurso.
(iii) Sim, é necessário que seja aplicado o prazo mais curto, quando for este o recurso
correto. Caso contrário, seria possível que a parte que perdeu o prazo recursal utilizasse
esse dispositivo para se beneficiar.

3.
(i) Não poderia, nos termos do para. 3º, inciso IV do artigo 1.010. A remissão ao Tribunal
independe do juízo de admissibilidade do primeiro grau.
(ii) Tendo em vista a clara lesão ao direito à ampla defesa e não haver outro remédio judicial,
cabe impetrar mandado de segurança.

(iii) Apenas nas hipóteses do art. 932, inc. III a V.

4. Nos termos do artigos 494 e do artigo 1022, não pode o magistrado anular a própria
sentença, podendo apenas reformá-la visando esclarecer obscuridade ou contradição.
4.1
(ii) Quando o embargo de declaração não é conhecido, não existe interrupção de prazo, logo
o juiz está certo.
(iii) Deve-se apelar.
4.2: Levando em consideração que embargos de declaração não possuem efeito infringente,
e o embargo do réu visa modificar o teor da sentença, não aceitaria os embargos e ainda
aplicaria multa por recurso protelatório.
4.3: O art. 1023, para.2, estabelece o prazo de 5 dias.
4.4
(i) O tribunal está errado, como os embargos foram rejeitados, o provimento final continuou
o mesmo.
(ii) O autor poderia esperar o prazo de 5 dias para ver se o réu interporia os embargos de
declaração. Porém como já foram rejeitados, o autor está correto.

5. A não assinatura do recurso implica na sua não existência.

6.
(i) Se houvesse ganho a apelação não interporia nenhum outro recurso.
(ii) Interporia REsp, caso houvesse violação a norma federal.
(iii) O tribunal deve ampliar a colegialidade, nos termos do art. 942.

7.
a) Não, a decisão do STJ está errada, pois segundo sua própria jurisprudência basta somente
o prequestionamento (requisito estabelecido por meio da Súmula 211/STJ).
b) O recorrente deveria ter argumentado sobre a observância do requisito do
prequestionamento. Poderia ter interposto os embargos prequestionadores.
c) Sim, é possível uma vez que se trataria de ofensa direta à norma constitucional

8.
(i) Interporia agravo contra a decisão do Tribunal, nos termos do art. 1.042 do CPC.
(ii) O confronto analítico deve ser feito conforme dita o art. 1.029, para. 1, “o recorrente fará
a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência,
oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o
acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de
computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso,
mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados” e,
principalmente, apontar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos
confrotados.

9. Enquanto vice-presidente do tribunal me posicionaria pela inadmissão por ser


divergência interna do Tribunal, não cabendo ao STJ a sua pacificação. Nesse sentido,
súmula 13 do STJ.

10. O recurso cabível é o agravo denegatório contra a decisão monocrática, visando o


julgamento colegiado. Se o acórdão fosse em sentido contrário ao disposto pelo STF, caberia
embargar de divergência ao STF. Se a decisão fosse da 4 turma do STJ, também caberiam
embargos de divergência ao STJ. Se a decisão divergir da decisão da 3ª turma do STJ, não
caberiam embargos de divergência, pois acórdãos julgados pela mesma turma, quando
diferentes, não apresentam divergência jurisprudencial, mas sim uma evolução.
12. A decisão do STF está certa. Neste caso, a violação a constituição é apenas reflexa, não
sendo direta. Desse modo, de acordo com o art. 1033 é o STJ que deve julgar o recurso como
REsp.

13. A súmula 279 do STF, dispõe sobre a impossibilidade de se reavaliar o valor dos danos
morais pedidos a partir de reexame de prova. Contudo, é possível reapreciar o valor pedido
de indenização com base no valores de indenização dados em precedentes da Corte. É
possível o Tribunal recusar a reavaliação dos honorários argumentando que tal seria um
reexame fático das circunstâncias da lide, consoante a súmula 389/STF. Ou seja, quando a
controvérsia depender de questões de direito, pode o STJ se posicionar. Quando depender
de questões fáticas, não.

14. i) Primeiramente, entendo que houve julgamento de mérito, pois a cognição realizada
pelo magistrado foi profunda. Contudo, como o julgamento formalmente foi sem julgamento
de mérito, proporia nova ação nos termos do art. 486, para.1.
ii) Sim, seria possível propor ação rescisória.

15. Acredito que essa súmula deveria ser mantida, pois o típico do Direito a existência de
controvérsias. Se cada vez que se alterasse a interpretação dominante permitisse-se a
proposição de ação rescisória criar-se-ia enorme insegurança jurídica.
16.

De acordo com o art. 966 do NCPC, a decisão de mérito transitada em julgado, pode ser
rescindida quando for verificada a corrupção do juiz ao proferir a sentença.
Como no presente caso o beneficiário da corrupção perdeu o caso de qualquer jeito, não
faria sentido e não seria possível interpor ação rescisória.

17.
1. Todos os sócios sofrerão os efeitos da sentença.
2. Sim, “D” poderá ingressar com nova demanda solicitando a manutenção da decisão.
3. B e C, por estarem na qualidade de assistentes litisconsorciais, sofrerão apenas os
efeitos da sentença. Todavia, nos termos do art.123 não poderão discutir em outro
processo a justiça da decisão.
4. Sim, por ser a sociedade limitada, é nos termos do art. 114 caso de litisconsorte
necessário.
5. Não uma vez que é hipótese de litisconsórcio necessário, e não ação coletiva. Logo, não é
possível falar em coisa julgada.

18. A coisa julgada, no antigo CPC incidia somente sobre o dispositivo, com o novo CPC passa
a incidir também sobre resolução de questão incidental que seja determinante na resolução
da lide. Dessa forma, a declaração de não nulidade do contrato entre A e B também transitou
em julgado, não sendo possível propor ação declaratória de nulidade do contrato.

19.
(i) A decisão do árbitro está incorreta. Não se trata de hipótese de liquidação por cálculo
mas de um caso de liquidação por artigos nos termos art. 475-E do CPC, pois será necessário
provar fatos novos que ocorreram ao longo do procedimento. Tal liquidação por artigos
deveria ser realizada na própria arbitragem e não no judiciário.

(ii) Se o pedido reconvencional foi certo e determinado, não pode a sentença arbitral ser
ilíquida, nos termos do art. 459, parágrafo único do CPC. Além disso, nos termos da Súmula
318 do STJ (“Formulado pedido certo e determinado, somente o autor tem interesse recursal
em argüir o vício da sentença ilíquida”), somente “B” poderia falar em nulidade da sentença
arbitral. No entanto, é necessário entender que “B” ganhou a lide e, portanto, não terá
nenhum interesse em declarar a nulidade da sentença ilíquida. Por outro lado, “A” (parte
derrotada) não poderia alegar tal vício para tentar ajuizar ação de anulação da sentença,
uma vez que tal regra foi criada para proteger o autor (ou reconvinte), sendo que tal
prerrogativa cabe somente a “B”.

(iii) Não há de se falar em ofensa à coisa julgada, pois a liquidação de sentença não faz coisa
julgada. No tocante a fungibilidade entre os tipos de liquidação existentes, destaca-se que a
fase de liquidação de sentença trata-se de apenas uma formalidade e, caso a parte erre a
liquidação de sentença que deveria ser proposta, cabe ao juiz reconduzi-la para o tipo de
liquidação correta. Na presente situação, cabe ao juiz proceder a liquidação correta, pois
todas derivam da própria sentença, que não será alterada com o tipo de liquidação proposta.

QUESTÕES ADICIONAIS

1-) I) Pelos requisitos da probabilidade do direito e pdo perigo na demora, o juiz deferiu o
pedido de tutela provisória cautelar, contudo na própria contestação a demanda foi
julgada improcedente. Então o juiz deve atribuir efeito devolutivo ao capítulo da sentença
que pede a tutela antecipada até que A apele. A improcedência revoga a tutela antecipada
com efeito devolutivo e suspensivo.

II) A apelação de A quanto à tutela provisória possui efeito suspensivo e devolutivo,


todavia, apenas continuará suspenso o que já nasceu suspenso

III) Feita a apelação o processo sobe para o juiz de segundo grau, onde será produzido um
acórdão. Na decisão monocrática, se o juiz julgar a apelação improcedente, B pode
protestar o título, porque a apelação atacava o capítulo do pedido liminar.

IV) A pode através de agravo interno buscar o efeito devolutivo do pedido da liminar, se a
demora do pedido de agravo afetar direito do autor, este deve interpor mandado de
segurança.

2-) I) Apelação.

II) Efeito suspensivo e devolutivo.


III) A não pode pedir o cumprimento provisório da sentença uma vez que segundo o artigo
522 do CPC, uma vez que é imprescindível certidão de interposição de recurso não dotado
de efeito suspensivo para conseguir o cumprimento.

IV) O juiz não poderia antecipar a tutela.

V) Se fosse comprovada a real necessidade da tutela de urgência, a execução provisória


seria sustentada em prol do autor.

3-) I) Agravo de instrumento.

II) Agravaria a decisão que indefere o pedido de produção de prova pericial.

III) B pode aguardar até a apelação, ou impetrar mandado de segurança por entender que
há lesão na demora.

IV) O art. 1015 é taxativo.

V) Agravaria a decisão do juiz que indeferisse a produção de provas.

4-) I) A saiu vencedor, mas não com o valor corrigido, logo, ao invés de apresentar
contrarrazões à apelação de B, que é provável que nem seja feita, já que é interessante
para B que seja mantida a decisão de impugnação do valor, como advogado de A eu
embargaria a decisão do juiz.

II-) Não uma vez que o recurso adesivo e as contrarrazões referem-se a diferentes
capítulos da sentença.

Testes:
1. E
2. D
3. A
4. C
5. Certo

Questões finais

1) Pode aguardar até a apelação ou impetrar mandado de segurança.

2) Somente a última teria efeitos suspensivos e devolutivos. Tendo as duas primeiras


somente efeitos devolutivos.

Para pedir o efeito suspensivo no agravo, é necessário alegar periculum in mora e


probabilidade de direito. Outro argumento importante é o da isonomia das decisões,
já que ultima decisão tem natureza muito semelhante às outras, já que todas são
julgamentos de mérito, mesmo que uns tenham sidos julgados em agravo.

3) Ação rescisória é sui generis, de índole exclusivamente processual. O prazo para


propositura da ação é de dois anos contados a partir de dois anos do trânsito em
julgado da última decisão proferida.

4)
Está incorreta a atitude. Os embargos de declaração são cabíveis apenas em casos
de omissão, obscuridade, contradição e erro material Quando o erro é de análise
probatória cabe apelação, porém é incabível embargos de declaração.

5) Quando o juiz não conhece os embargos de declaração, o prazo não é interrompido.


Assim, o réu teria perdido o prazo para interposição de recurso de apelação, sendo
o recurso intempestivo. Assim sendo, a sentença de mérito transitará em julgado.

6) Para que se possa interpor ação com base em prova nova, esta deve ser considerada
realmente nova (deve ter surgido depois do trânsito em julgado ou não ter estado
disponível à parte antes do trânsito em julgado). A prova não pode ser desídia, ou
seja não pode ser uma prova que podia estar ao alcance das partes. Se B “achou”
um extrato que estava ao seu alcance, a prova é desídia, e, portanto, não cabe ação
rescisória.

7) Diferentemente do que ocorria no antigo CPC, não somente o dispositivo transita


em julgado, mas também matérias secundárias essenciais à resolução da lide.
Entretanto, se, como na segunda pergunta, as partes não tiveram pleno acesso às
condições plenas para demonstrar por meio de prova o vício de consentimento,
essa questão torna-se complicada, porque a decisão viola o princípio do
contraditório, derivado do princípio do devido processo legal. É necessário que
tenha havido o pleno contraditório.

8) Com certeza deve apelar, caso contrário transitará em julgado a nulidade


contratual.

9) As hipóteses I e II tem força completamente vinculante, no sentido que todos os


juízes devem segui-las. Já as outras hipóteses não são vinculantes, mas devem ser
observadas. Isto é, criam ao juiz um ônus de justificar, de afastá-las.

10) REsp ou RE. Via de regra, o que será julgado em primeiro lugar será o REsp, salvo
se há prejudicialidade. Havendo prejudicialidade, o primeiro a julgar será o STF.
Entendo que houve prequestionamento em vista do disposto no CPC. Contudo, a
jurisprudência do STJ posiciona-se em sentido diferente. De qualquer modo, emc aso
de dúvida deve a parte interpor

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