Luíza Hochheim1
Priscila Caron Dalcin2
Fátima Cecília Poleto Piazza3
1 INTRODUÇÃO
Para Baumann (2004), a puberdade é caracterizada por ser uma fase em que
ocorrem picos hormonais intensos, com isso o corpo muda significativamente,
podendo surgir lesões de acne em algumas regiões do corpo, especialmente na
face. Essas alterações causam impacto expressivo na qualidade de vida dos
adolescentes, uma vez que afeta o bem-estar emocional e as relações sociais. O
autor ainda afirma que, sua natureza altamente visível torna-se uma queixa muito
comum em adolescentes, os quais estão, por definição, preocupados com a sua
aparência e com a estética.
Em vista dos fatores apresentados acima, este artigo científico tem por objetivo
destacar os princípios básicos para o tratamento cosmético da acne vulgar numa
perspectiva direcionada aos profissionais da estética facial, facilitando desta forma a
elaboração e aplicação de protocolos para o tratamento da acne.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando há evolução da pápula surge a pústula. Esta lesão apresenta uma elevação
cutânea com bolsões de pus, dor e coceira. São formadas mais profundamente na
derme, com liberação de grande quantidade de material queratinoso para os tecidos
adjacentes. A pele apresenta uma inflamação intensa, podendo manter-se por várias
semanas, evoluindo para o rompimento dessas lesões, com formação de crostas e
possíveis cicatrizes (CERQUEIRA; AZEVEDO, 2009).
2.4.1 Higienizar
Após a higienização, é necessário esfoliar a pele para refinar a camada córnea com
o objetivo de reduzir a hiperqueratinização e facilitar os procedimentos seguintes.
2.4.2 Esfoliar
2.4.3 Emoliência
2.4.4 Extração
É importante frisar que após a utilização da agulha, esta deve ser descartada no
coletor de perfuro-cortante evitando contágio. Inácio et al (2010) ressaltam que os
procedimentos de estética facial devem ser executado por profissionais qualificados,
seguindo as normas de Biossegurança, afim de minimizar os riscos biológicos
provenientes desta atividade.
A etapa seguinte compreende o equilíbrio do pH da pele, o qual foi alterado pelo uso
da substância amolecedora e dos outros cosméticos. O produto cosmético que tem
essa capacidade é o tônico, que além de equilibrar o pH, complementa a limpeza e
retira os últimos vestígios de impurezas da pele. Conhecer o pH dos produtos a
serem utilizados é de extrema importância, pois a partir da obtenção dessa
informação é que poderá ser feita a escolha apropriada do produto a ser utilizado,
assim variando de acordo com a função e utilização de cada cosmético
(GROSSKOPF; ALBRECHT, 2009 apud NOVICKI; SOUZA, 2009).
Nem todos os tipos de pele apresentam as mesmas características, motivo pelo qual
a composição dos tônicos faciais se adapta à variabilidade do substrato sobre os
quais vai ser aplicado, o que inclui diferentes substâncias em função do tipo de pele
a que se destinam. Dependendo dos constituintes poderá ter funções específicas
como hidratantes, adstringentes, calmantes, anti-sépticos entre outros, depende dos
princípios ativos que os compõe (LACRIMANTI, 2008).
Perioto (2008) afirma ainda que o tônico pode apresentar diversas atividades, que é
dependente de sua composição, geralmente são substâncias aquosas ou
hidroalcoólicas que podem apresentar umectantes como os glicóis (propilenoglicol,
glicerina, butilenoglicol, sorbitol).
Refrescante Retirar o calor da pele e promover refrescância. Extrato de aloe vera, alecrim,
extrato de mentol.
2.4.6 Tratamento
Os PA utilizados nessa etapa terão uma função específica e muito importante. Neste
momento a apresentação do cosmético mais utilizado é em forma de máscara, que
atuará na pele por um bom tempo e facilitará a permeação.
As máscaras faciais segundo Zague, Velasco e Baby (2008), são definidas como
formulações cosméticas, destinadas a aplicação na face, em camada mais ou
menos espessa, por período de tempo determinado, podendo variar de 10 a 30
minutos, dependendo da composição química e as ações pretendidas.
As máscaras com propriedades hidratantes segundo Ribeiro (2010) têm por função
repor à pele substâncias fundamentais para manter a água na camada córnea.
Podem ser aditivas com substâncias hidratantes ativas e/ou umectantes.
Leonardi (2008) orienta que o portador de acne reduza sua exposição às radiações
solares, pois essa em excesso causa um espessamento da camada córnea
facilitando a obstrução do folículo pilosebáceo, contribuindo assim, para o
agravamento da acne.
3 METODOLOGIA
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante salientar ainda que, com base nos estudos realizados, em alguns
casos o uso de terapêutica medica é necessário, visto a gravidade das lesões,
nesse sentido o profissional deve ficar atento para indicar ao seu cliente a procura
de um médico dermatologista para acompanhamento.
REFERÊNCIAS
CERQUEIRA, Ana Maria Mósca de; AZEVEDO, Joana Orle Coutinho de. Acne. In:
KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg (orgs.). Dermatologia estética.
2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. Cap. 6.1, p. 166-191.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 4. ed. São
Paulo: Makron Books, 1996.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas,
1991.
KADUNC, Bogdana Victoria. Cicatrizes de acne. In: KEDE, Maria Paulina Villarejo;
SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. Cap. 6.5,
p.123-130.
LEONARDI, Gislaine Ricci. Cosmetologia aplicada. 2. ed. São Paulo: Santa Isabel,
2008)
OLIVEIRA, Andrea Lourenço de; PEREZ, Erika. Estética Facial. In: LACRIMANTI,
Lígia Marini. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis,
2008. Cap. 1, p. 3-52.
PIMENTEL, Arthur dos Santos. Peeling, máscara e acne: seus tipos e passo a
passo do tratamento estético. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2008.
VAZ, Lucia Ana. Acne vulgar: bases para o seu tratamento. Rev Port Clin Geral.
Porto, v.19, p. 561-70, out. 2003
ZAGUE, Vivian; VELASCO, Maria Valéria Robles; BABY, André Rolim. Máscaras
Faciais. In: LEONARDI, Gislaine Ricci. Cosmetologia aplicada. 2. ed. São Paulo:
Santa Isabel, 2008. Cap. 7, p. 102-113.