GESTÃO DE NEGÓCIOS
GESTÃO DE MÍDIAS SOCIAIS
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Inclui bibliografia
ISBN 978-85-436-0371-1
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................4
1 INTRODUÇÃO ÀS MÍDIAS SOCIAIS ...............................................................................................5
1.1 PANORAMA DA INTERNET NO BRASIL E NO MUNDO ..............................................................5
1.2 CONCEITOS E INTRODUÇÃO ÀS MÍDIAS SOCIAIS ....................................................................8
1.3 PRINCIPAIS FERRAMENTAS E PLATAFORMAS .........................................................................9 2
1.4 O PERFIL DO ANALISTA DE MÍDIAS SOCIAIS (SOCIAL MEDIA)...............................................11
1.5 O MERCADO DE TRABALHO PARA O ANALISTA DE MÍDIAS SOCIAIS ...................................14
1.6 DIAGNÓSTICO INICIAL PARA PROJETOS DE SOCIAL MEDIA .................................................14
1.7 DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE MÍDIAS SOCIAIS ......................................................15
1.8 COMO FAZER CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SOCIAL MEDIA .................21
1.9 PRECIFICAÇÃO DA CONSULTORIA EM MÍDIAS SOCIAIS ........................................................23
2 PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE MARKETING EM MÍDIAS SOCIAIS.........................................25
2.1 PLANEJAMENTO GERAL PARA MARKETING EM MÍDIAS SOCIAIS .........................................25
2.2 ESTUDOS DE CASO DE SUCESSO E DE FRACASSO EM MÍDIAS SOCIAIS ...........................27
2.3 APRENDA A UTILIZAR A PLANILHA DE AÇÕES DE MARKETING EM MÍDIAS SOCIAIS .........31
2.4 ESTUDO DE CASO FUNKTUBE – SOMLIVRE ............................................................................34
2.5 COMO DEFINIR E SEGMENTAR SEU PÚBLICO-ALVO ..............................................................37
2.6 ORÇAMENTO PARA CAMPANHAS DE MARKETING EM MÍDIAS SOCIAIS ..............................41
3 MÍDIAS SOCIAIS COMO FERRAMENTAS DE MARKETING .........................................................44
3.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NAS MÍDIAS SOCIAIS ................................................46
3.2 RELACIONAMENTO COM USUÁRIOS NAS MÍDIAS SOCIAIS ...................................................48
3.3 COMO ATRAIR SEGUIDORES PARA SUAS MÍDIAS SOCIAIS ...................................................50
3.4 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PARA MÍDIAS SOCIAIS ...............................................................52
3.5 GERENCIAMENTO DE CRISES E ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR NAS MÍDIAS
SOCIAIS ..............................................................................................................................................54
3.6 FERRAMENTAS PROFISSIONAIS PARA GESTÃO DE MÍDIAS SOCIAIS ..................................57
4 FACEBOOK MARKETING ...............................................................................................................63
4.1 CONHECENDO MELHOR O FACEBOOK ....................................................................................63
4.2 COMO USAR SEU PERFIL NO MARKETING DE SUA EMPRESA ..............................................65
4.3 COMO CRIAR E ADMINISTRAR GRUPOS NO FACEBOOK .......................................................66
4.4 TRANSFORME UM PERFIL EM UMA FAN PAGE E UNA DUAS OU MAIS FAN PAGES ...........68
4.5 COMO UTILIZAR OS ANÚNCIOS PATROCINADOS NO FACEBOOK ........................................70
4.7 APRENDA A PERSONALIZAR SUA FAN PAGE NO FACEBOOK ...............................................75
4.8 INSTALAÇÃO DE PLUGINS DO FACEBOOK EM SEU SITE OU BLOG......................................76
4.9 OTIMIZE SEU SITE COM ESTRATÉGIAS NO FACEBOOK.........................................................78
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................................80
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................81
3
INTRODUÇÃO
FIGURA 1- INTERNET
5
Não há mais como pensar em ações de comunicação sem considerar a Internet. Para
um quarto da população brasileira ela é a mídia principal. Mas a Internet é uma mídia diferente.
Não basta usar o material de propaganda. A comunicação no marketing digital tem que se
basear em informação, entretenimento e relacionamento. (TORRES, 2009)
A S v
go./11 et./11 ariação
Tempo de uso do computador (hh:mm:ss) –
aplicativos incluídos Trabalho e domicílios 69 6 -
:01:00 2:58:58 5,4%
Tempo de uso do computador (hh:mm:ss) – 7
aplicativos excluídos 51 4 -
Trabalho e domicílios :12:12 7:33:34 8,7%
Número de usuários ativos (000)
45 4 2
.404 6.307 ,0%
Número de pessoas com acesso (000) ..
Trabalho e Domicilio 61 6 .
.195 1.195
Já em 2012, no Brasil, o total de pessoas com acesso à internet, no terceiro trimestre, foi
de 94,2 milhões, segundo o Ibope Media. Esse número considerava as pessoas de 16 anos ou
mais que acessava a internet em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lanhouses e
outros locais). Com esses resultados, o Brasil superou a Alemanha em número de usuários
ativos.
E, ainda em 2010, o Brasil já era um dos países com maior número de usuários de redes
sociais. Naquela época, segundo pesquisa realizada pela Nielsen Company (2010), 86% das
pessoas que usavam a internet naquele ano estavam dentro de alguma mídia social.
Por tudo isso, sabemos que com o aumento do acesso dos brasileiros à internet, mais
internautas do Brasil estão presentes nas redes sociais. E, de olho nesse potencial, as mídias
sociais abrem a possibilidade para as empresas conquistarem inúmeros seguidores, fãs e
clientes. Tornando-se assim um excelente canal de comunicação direto com o consumidor.
1.2 CONCEITOS E INTRODUÇÃO ÀS MÍDIAS SOCIAIS
É importante dizer que as Mídias Sociais já existiam antes mesmo da internet, mas não
com esse nome. Mídias Sociais são o conteúdo gerado sem controle editorial, com divulgação feita
por muitas pessoas e também para muitas pessoas.
As mídias sociais tem se mostrado cada vez mais presentes em todas as áreas de
nossa sociedade. O que caracteriza uma mídia como social, é o fato de qualquer pessoa 8
conseguir interagir ou compartilhar o conteúdo, contribuindo com suas ideias.
As mídias sociais são totalmente colaborativas, e, por isso mesmo, acabam por refletir
os interesses e hábitos dos seus usuários. O que também as fez cada vez mais atrativas para as
empresas, que buscam se aproximar de seus clientes por intermédio de canais e campanhas
direcionadas aos grupos formados por pessoas com características em comum.
Mas o que são Mídias Sociais? Segundo o conceito, mídias são, na origem do termo,
canais ou ferramentas usadas para armazenamento e transmissão de dados ou informação.
Diferente dos meios de comunicação social tradicionais, as Mídias Sociais constituem canais de
relacionamento na internet nos quais existem diferentes possibilidades de interação e
participação entre os usuários.
Essas “ferramentas de Mídias Sociais” são sistemas on-line projetados para possibilitar a
interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais
diversos formatos. Permitindo assim a publicação de conteúdos por qualquer pessoa.
Para o marketing de internet, Mídias Sociais se referem a grupos com diversas
propriedades, sempre formados e alimentados pelos usuários, como fóruns, blogs, sites de
compartilhamento de vídeos e sites de relacionamentos. Mídia Social é sobre ser social, e isso
quer dizer “relacionar-se e se envolver com outros blogs, fóruns e comunidades de nicho”
(SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 2012).
A palavra mídia refere-se a qualquer instrumento ou meio de comunicação social, como
o jornal ou o rádio. Contudo, nos meios de comunicação tradicionais existem poucas
possibilidades de participar ou ainda de opinar sobre qualquer assunto. Mas, de uma forma
geral, o termo mídiatambém serve para designar a imprensa.
No entanto, as mídias sociais, por outro lado, são aquelas que nos permitem também
comunicar, participar e opinar. É uma via de mão dupla, elas nos permitem a criação e o
intercâmbio de conteúdos, e esses são muitas vezes gerados pelos próprios usuários.
De acordo com Andreas Kaplan e Michael Haenlein (2010), mídias sociais são “um
grupo de aplicações para Internet, construídas com base nos fundamentos ideológicos e
tecnológicos da Web 2.0, e que permitem a criação e troca de Conteúdo Gerado pelo Usuário
(UCG)”. O que inclui não só as redes sociais, mas também blogs, wikis e sites de
compartilhamento.
As redes sociais da internet são caracterizadas como plataformas interativas, com
grande variedade de serviços que foram criados com o propósito de facilitar as relações sociais
entre as pessoas. 9
Podemos citar como exemplos de aplicações de mídia social: blogs (publicações
editoriais independentes), Google Groups (referências, redes sociais), Wikipedia (referência),
MySpace (rede social), Facebook (rede social), Last.fm (rede social e compartilhamento de
música), YouTube (rede social e compartilhamento de vídeo), Second Life (realidade virtual),
Flickr (rede social e compartilhamento de fotos), Twitter (rede social em icroblogging), wikis
(compartilhamento de conhecimento) e inúmeros outros serviços.
Então vamos ver para que servem essas plataformas interativas e como podemos usá-
las?
Devem ser poucas as pessoas com quem convivemos que ainda não possuem perfis
nas redes sociais, não é mesmo? E, é exatamente porque praticamente todas as pessoas no
mundo parecerem estar conectadas, que as mídias sociais se tornaram uma opção de
investimento em marketing bastante atrativa, e, por isso mesmo, diversas empresas passaram a
sentir a necessidade de entrar nesse mercado.
É precisamente nesse momento em que a Internet entra na fase denominada de Web
2.0, que ela deixa de ser uma plataforma de consumo e passa a ser, também, uma plataforma
de criação e colaboração. Esse é o momento em que o papel do consumidor passa a se
transformar de passivo para ativo.
Mais você sabe o que é uma plataforma? Aqui, quando falamos em plataforma,
estamos nos referindo ao ambiente de desenvolvimento no qual uma linguagem é interpretada 10
ou compilada.
Segundo o conceito de plataformas abertas e Wikipédia, plataforma é o padrão de um
processo operacional ou de um computador. É uma expressão utilizada para denominar a
tecnologia empregada em determinada infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) ou
telecomunicações, garantindo facilidade de integração dos diversos elementos dessa
infraestrutura.
Então, nesse sentido, podemos entender que as plataformas de mídia social possibilitam
que as pessoas produzam, compartilhem e distribuam seu conteúdo, facilmente, pela Internet,
interagindo com outras pessoas e empresas. Com isso, atualmente, qualquer um pode criar seu
conteúdo e distribuí-lo por seus próprios canais de mídia, em vários formatos: escrito (blogs),
vídeo (YouTube, Vimeo, etc.), áudio (podcasts disponíveis em blogs, iTunes, etc.), imagens
(Flickr), etc. Assim muitas comunidades surgiram em torno das mídias sociais.
Então, qual a é tendência da mídia social? Como ela pode influenciar as pessoas e/ou
as empresas? A repostas é simples, estamos na era da cibercultura, tudo que precisamos para
estarmos informados é de um smartphone e uma conexão de internet sem fio. Para Mark
Zuckerberg, o criador do Facebook:
Você sabia?
Uma rede que ainda não tem muito acesso do público é o Google+. Pode-se fazer um
bom uso dessa plataforma ao disponibilizar os botões +1 nos posts e eBooks dos blogs por 11
exemplo. Pois, como diversas pessoas acabam clicando e recomendando, isso ajudaria a
alcançar os amigos que usam o Google+ com uma frequência maior. Além disso, essas
recomendações passam para o Google um sinal de que esses posts têm relevância, ajudando
essas páginas a melhorarem o posicionamento nas ferramentas de busca.
Agora que você já entendeu o que é uma plataforma e como usar as ferramentas de
mídias sociais como plano estratégico que irá garantir que você possa maximizar seus
benefícios e compartilhar informação, iremos, no próximo tópico, conhecer um pouco mais sobre
o perfil das mídias sociais.
Você sabia?
O SAC 2.0 reinventa a relação entre consumidor e empresas. Nesse novo tipo de SAC,
os profissionais resolvem com muito mais agilidade os problemas dos consumidores, pois uma
simples publicação reclamando sobre a marca nas redes sociais atinge um público muito grande
em um curto espaço de tempo.
1.5 O MERCADO DE TRABALHO PARA O ANALISTA DE MÍDIAS SOCIAIS
Dica: Vale a pena lembrar que, a documentação do projeto ajuda a evitar que o objetivo
inicial seja esquecido.
FIGURA 4 - PLANEJAMENTO
16
Agora que já aprendemos o que são mídias sociais, qual é o perfil de um profissional da 21
área e como construir um projeto e campanha em mídias sociais, podemos então pensar em
como fazer um contrato de prestação de serviços. Sim, pois como um bom profissional na área
de mídias sociais, certamente você será contratado por várias empresas para prestar serviços
como monitoramento, gestão de mídias sociais, etc.
Hoje, seja quando um profissional é contratado por alguém para fazer um trabalho ou
quando entrega ou compra um serviço de uma empresa, é preciso ter um contrato de prestação
de serviços. Muitas empresas possuem modelos de contratos prontos, nos quais apenas se
preenche as informações específicas. Mas se você vai ser contratado para prestação de serviço
em uma empresa que requer o pagamento por esse serviço, e não tem um modelo, então deverá
saber como escrever um contrato de prestação de serviço.
Para começar, não existe um modelo fixo para todos os contratos, principalmente na
área de mídias sociais, pois cada projeto será diferente um do outro. O contrato é escrito
especificamente a partir de reuniões preparatórias, entrevistas abordando os aspectos gerais e
detalhados para o projeto com o cliente. Tanto os objetivos, como as metas e as métricas são
definidos em conjunto com o cliente, colaborativamente. Neste momento pode-se começar a
preparar algumas questões que deverão estar no contrato:
o tipo de acesso e informações que você precisa do cliente para executar o
projeto;
os objetivos e entregas pelos quais você será responsável e por quais o cliente é
responsável;
o nível de suporte e comunicação que será preciso do cliente e sua equipe;
o cronograma incluindo reuniões e entregas;
como o resultado será mensurado;
como o feedback será passado;
e a forma e dia de pagamento.
Contudo, todo contrato tem uma estrutura básica que deve estar presente. O contrato de
prestação de serviços é um documento legal, precisa ter todos os elementos essenciais,
inclusive uma especificação clara da relação de prestação de serviços. Você poderá até buscar o
auxílio de um advogado se achar necessário. É importante que o acordo fique compreensível
para ambas as partes.
Visto isso, quais itens são básicos nos contratos:
objeto – no objeto de um contrato escreva do que se trata o projeto, quem está
criando o projeto e para quem está sendo criado; 22
escopo – diga quais serviços e produtos estão inclusos no acordo. Detalhe com
clareza tudo o que será feito no projeto, desde as atividades como a mão de obra até os
artefatos criados. Liste-os separadamente e registre o valor do pagamento que foi acordado para
cada um desses serviços. Coloque o prazo máximo para a entrega. Explique qualquer termo que
possa causar ambiguidade (dúvida) para que nenhuma das partes tenha o direito de alegar
depois que não havia compreendido o acordo de forma adequada;
itens não inclusos na proposta – é muito importante deixar bem claro para o
cliente o que não irá fazer. Uma coisa muito comum de se acontecer é o cliente achar que algum
serviço estava incluso em alguma parte projeto, sendo que não estava;
prazos – nenhum cliente vai pagar por algo que não tem prazo para se terminar.
É necessário fazer cálculos para determinar em quanto tempo será concluído o projeto. Liste
todos os motivos que podem culminar na rescisão do contrato, como o não cumprimento de
prazos ou a entrega de um serviço incompleto. Cite as consequências ou multas que serão
aplicadas caso isso venha a acontecer;
valores – o valor do projeto deve ser especificado no contrato. Assim como
quando e como serão feitos os pagamentos. Escreva o nome e as informações de contato de
todos os envolvidos;
observações – notifique se houve qualquer mudança feita no contrato no
momento da assinatura. As duas partes devem estar cientes dessas modificações. Deve
certificar-se de que o contrato reflete a relação entre você e a empresa. Digite o contrato de
forma clara e deixe espaço para as assinaturas e datas.
Pronto, após a elaboração da proposta, é só submeter o contrato para que o cliente
aprove. Aprovado, é só assinar e mãos a obra! Comece a executar o projeto.
1.9 PRECIFICAÇÃO DA CONSULTORIA EM MÍDIAS SOCIAIS
FIGURA 5 - VALOR
23
O profissional de mídias sociais está cada vez mais presente no mercado de trabalho,
bem como a demanda por esses profissionais vem aumentando a cada dia. Com isso, muitos
deles não sabem ao certo que valor cobrar pelo seu trabalho, ao mesmo tempo em que muitas
empresas também ficam na dúvida sobre o custo de diversos serviços nessa área.
Assim como em qualquer outra negociação, aqui também é válido observar o mercado
para ter uma base de referência na hora de decidir pelo custo do serviço a ser realizado. Ter
sensibilidade para as taxas que normalmente são cobradas no segmento empresarial do cliente
com certeza é um bom caminho para não errar na hora de decidir o valor do seu serviço.
Por isso, o profissional deve levar em consideração alguns critérios para definir um valor
justo para ambas as partes, para ele e para a empresa que o contratou. Deve, a princípio, fazer
uma análise geral de caso, saber com que tipo de empresa está lidando. Quanto tempo
precisará para realizar o projeto total? Quantas horas gastará com esse trabalho ou projeto?
Deve analisar se poderá realizar o trabalho sozinho ou se terá que chamar mais alguém para
sua equipe. Também deve analisar quanto de informação terá que administrar.
A princípio, vários fatores serão determinantes para decidir quanto cobrar pelos serviços
de consultoria em mídias sociais. Um dos pontos é a despesa que o profissional terá com suas
necessidades de trabalho e o quanto isso pode interferir no orçamento final. Vejamos uma
pequena lista para ajudar os profissionais em mídias a avaliarem seus gastos:
custo fixo:
telefone celular;
combustível/transporte;
alimentação;
internet;
aluguel de escritório. 24
custo variável:
estacionamento;
viagens/passagens aéreas;
hotel;
táxi.
Mas como calcular a hora de trabalho? Vejamos então uma fórmula base para ajudar.
Some todas as suas despesas fixas mais as variáveis (listada acima), e o quanto você quer ter
extra (de acordo com sua realidade), divida tudo por 160, que equivalem a oito horas de trabalho
por dia em um mês e pronto, você tem o valor da sua hora de trabalho. Ou seja:
(despesas fixas + variáveis + extra)/160 = valor de hora trabalho em um mês
Para ajudar um pouco mais nessa questão, a Associação Paulista das Agências Digitais
(APADI) criou um manual de preços e serviços dirigidos ao mercado digital, com valores
específicos para ações de mídias sociais, como: planejamento, seeding, hotsites, análise de
presença e diagnóstico e, até mesmo, curadoria de conteúdo. A tabela de preços inclui os preços
médios dos principais produtos e serviços. O objetivo dessa tabela é ser uma referência de
mercado para que agências e seus clientes tenham parâmetros adequados para avaliar o custo
básico das principais ações de serviços nessa área.
Você sabia?
Guerrilha é um termo que se refere originalmente à estratégia em que os combatentes
se movem com extrema rapidez, geralmente com poucos equipamentos, mas contam com
ataques-surpresa aos inimigos. Nesses casos, o investimento em material bélico não é grande,
mas guerrilheiros conhecem muito bem o terreno de combate e, muitas vezes, contam com a
ajuda da população.
Quando o erro da Vejafoi notado pelas redes sociais, usuários do Twitter e Facebook
começaram a expressar sua revolta contra a revista, pedindo alguma ação do Ministério da
Educação em relação a isso.
A ação promovida pela revista Veja aqui, foi no mínimo precipitada. Para aproveitar a
ocasião, ou assunto do momento, a empresa preparou rapidamente uma ação de ocasião
momentânea para não perder a oportunidade e não fez um planejamento. A mensagem não foi
bem formulada, dando margem a interpretação errada e mostra uma clara falta de consideração
com seu público-alvo, pois ao tirarem e publicaram as fotos, esses alunos poderiam ser
desclassificados, uma vez que o uso de celular é proibido nos locais de prova, conforme o edital
do exame.
É na falta de planejamento que surgem muitos problemas. Para realizar uma campanha 30
de marketing são necessárias etapas que são definidas nos planos de ação. Em uma campanha
você deve pensar:
a) qual é o objetivo da campanha? Estabeleça muito bem esse objetivo, pois você
depende dele para traçar as estratégias específicas de ataque;
b) definição de estratégias – como sua campanha será feita? Quais os
equipamentos, os serviços, os materiais para a campanha e sua divulgação?;
c) respeite a sua marca – a sua marca possui uma identidade ou um
posicionamento reconhecido pelos seus consumidores?;
d) quem é o seu consumidor? Como ele vê uma promoção? O que ele espera de
uma promoção?;
e) se programe – não deixe para a última hora;
f) sua estrutura – sua empresa tem a estrutura necessária para atender de forma
eficaz a demanda de clientes que virão a partir da campanha?;
g) procure um profissional capacitado para lhe auxiliar com as estratégias
comerciais, que se responsabilize pelos materiais de promoção, que pense na identidade visual
para sua campanha;
h) se prepare para os resultados – sua equipe comercial, os vendedores,
atendimento e até o financeiro devem estar a par da promoção.
Construir a confiança geralmente é um processo. A transparência, o respeito e a
autenticidade são fatores cruciais para a construção da confiança. Contudo, essa confiança que
fora construída em anos de relacionamento com seu público/cliente pode ser quebrada quando
se erra na estratégia de marketing.
2.3 APRENDA A UTILIZAR A PLANILHA DE AÇÕES DE MARKETING EM MÍDIAS SOCIAIS
São muitos pedidos, informações, relatórios periódicos, que devem ser enviados aos
clientes dentro de um determinado período. É por isso, que não se pode perder tempo e se faz
necessária certa organização na hora de coletar todos esses dados e processá-los. E, é para
auxiliar os profissionais nesse trabalho que essas planilhas servem. Na planilha de gerenciamento
de redes sociais, mais especificamente da rede Facebook, por exemplo, encontramos o
acompanhamento semanal e mensal composto por métricas importantes, como alcance e
engajamento.
Também a planilha para blogs, que faz acompanhamento necessário e útil ao dia a dia
de quem precisa prestar contas do trabalho realizado. Ele possui abas diárias, semanais e
mensais. Além disso, apresenta especificações como:
palavras-chave;
densidade de palavras-chave;
page-rank;
melhores postagens da semana/mês;
total de compartilhamentos;
cliques por postagem patrocinada.
E, mais ainda, a planilha permite uma visão ampla sobre interações importantes,
influenciadores e aproveitamento de verba para campanhas. A partir de planilhas podem ser
feitos acompanhamento contínuo, comparações mensais entre altos e baixos do ambiente
interno da empresa, assim como relativas ao ambiente externo (concorrentes), o que facilita a 33
entrega de dados.
O analista pode desenvolver a sua própria planilha, bem como utilizar alguns modelos
que profissionais como Ricardo Mello e Renata Checha desenvolveram e compartilham na
internet, como, por exemplo: a planilha de gerenciamento de contas/clientes. Ela está divida em:
planejamento semanal – atividades da semana;
ativações – informações referentes às redes que foram trabalhadas;
desempenho dos perfis – crescimento e resultados positivos e negativos;
evolução anual – evolução de todos os meses;
ativações nas redes sociais – onde você pode arquivar toda a produção, caso o
cliente queira ver.
essencial para o trabalho do profissional de mídias sociais, pois permite centralizar e organizar
as principais informações e o trabalho que está sendo realizado para um cliente? Observem
também que tudo está ligado, e que em todo o trabalho do social mídia, o planejamento está
presente.
A indústria fonográfica brasileira sofreu muito mais do que as de outros países. Além da
troca de arquivos gratuitamente pela internet, ela também foi abalada com a indústria da
pirataria. Em função da desigualdade social no País, essa indústria passa a atender à demanda
das classes sociais C, D e E. Essas camadas sociais de menor poder de consumo possuem os
mesmos desejos materiais que as mais altas, mas sem poder aquisitivo para tal. Com a
massificação da internet, a reprodução ilegal de CDs crescia muito. A pirataria correspondia com
mais de 50% do consumo de CDs no País. Daí surge um grande desafio para a indústria
fonográfica, como reverter ou enfrentar essa concorrência?
Com todas essas dificuldades e as novas tendências mostradas pelo mercado, fizeram
com que a Som Livre repensasse sua comunicação. A empresa procurou a agência Santa Clara
Nitro na época, uma agência fundada em maio de 2006 pelos sócios Fernando Campos (diretor
de criação), Ulisses Zamboni (diretor de planejamento) e Jaime Greene (gerente-geral). A ideia
inicial da Som Livre era fazer o lançamento do CD “Pancadão do Caldeirão”, coletânea de funk
do programa do Luciano Huck. E o briefing para a Santa Clara foi: uma nova estratégia, público
de baixa renda e verba limitada (cerca de R$ 80.000,00).
O problema inicial para a agência era: como conseguir atingir um bom índice de vendas
quando seu público-alvo possui um baixo poder aquisitivo e acaba aderindo à pirataria? A Santa
Clara então cria para a Som Livre a campanha “Funktube” que contava, entre outras ações de
mídia tradicional, com uma ação interativa na internet, o que já seria uma novidade, pois até
aquele momento as campanhas da Som Livre eram feitas internamente nas mídias tradicionais.
Para iniciar o trabalho, a agência realizou algumas análises da comunicação já feitas
pela indústria fonográfica brasileira. Depois, foi feito um brainstorm para discutir a nova proposta.
E perceberam, a partir das análises feitas, que apenas mudar o formato da campanha não seria 35
suficiente.
A Santa Clara decidiu que o caminho era ir contra o conceito geral de comunicação no
Brasil de focar no aumento das vendas do produto. A agência chegou à conclusão de que o mais
importante não era apenas buscar novas maneiras de vender discos. E sim, estudar e entender
a relação entre o seu público-alvo e a música funk.
O CD já não era mais o centro da estratégia na campanha, foi preciso buscar um
produto, uma ideia que motivasse as pessoas a consumir aquele estilo musical. Para isso, o
Planejamento foi pesquisar o mundo do funk no Brasil. Os profissionais da agência envolvidos na
campanha frequentaram bailes de funk, conversaram com o público e com antropólogos e
fizeram um desktop research (grande levantamento de material já publicado em relação ao
público-alvo ou ao produto, pessoas, que vai participar entre as alternativas da pesquisa), com
material da imprensa, documentários e teses.
A partir dessa vasta pesquisa, a equipe percebeu que o produto deveria ser inserido na
cultura funk brasileira e fortalecê-la, a estratégia deveria ter um apelo ao comportamento do
fankeiro. E foi esse o briefing para a criação e mídia: fatores como autoexpressão, dança, grupo,
etc. E o trabalho inicial do lançamento do CD se tornou um projeto muito mais longo: uma
campanha para patrocinar os valores da cultura funk brasileira.
É a partir de todo esse trabalho de planejamento e pesquisa que nasce o Funktube, uma
comunidade, inspirada no YouTube, onde as pessoas podiam postar seus vídeos com suas
próprias coreografias, usando músicas do CD “Pancadão do Caldeirão”. As coreografias
recebiam votos dos internautas e a mais votada seria exibida no “Caldeirão do Huck” (programa
da Rede Globo de televisão), em rede nacional. A participação na comunidade foi gratuita e a
compra do CD foi sugerida, apesar de não ser pré-requisito para competir.
O vídeo vencedor era escolhido pelo número de votos que recebia, a divulgação do site
foi grande, pois cada participante foi incentivado a usar sua rede de contatos para espalhar a
mensagem e pedir votos. A comunidade ficou com o trabalho de manter o site. O Funktube foi
criado como uma comunidade autêntica, apenas contando com o patrocínio da Som Livre, sem
nenhuma interferência operacional.
FIGURA 8 - FUNKTUBE
36
Para quem você quer vender o seu produto ou serviço? Quem é o seu cliente? Saber
definir seu público-alvo é o ponto inicial para seu planejamento. Essas são perguntas básicas
que todo profissional de Marketing deve responder durante o planejamento de qualquer
campanha de divulgação. Assim como também são essenciais para saber definir corretamente
quem é o seu público-alvo, evitando desperdiço de tempo, dinheiro e esforços, com
consumidores que não têm interesse em consumir seu produto ou serviço.
Segundo dados do Ibope Media (de janeiro de 2013), o Brasil conta com 46 milhões de
usuários ativos nas redes sociais. Para sua marca se comunicar de forma eficiente com
potenciais e atuais clientes dentro dessa imensa comunidade, a segmentação é uma das
principais estratégias de relacionamento. Por que o objetivo na segmentação de mercado ao
selecionar o público-alvo é atrair até você pessoas dispostas a comprar seu produto ou serviço.
Mas o que é mesmo segmentação de mercado? Em uma resposta bem simples, a
segmentação de mercado seria a divisão dos consumidores em grupos que apresentam desejos
de compra e necessidades específicas.
Os consumidores, de um modo geral, são heterogêneos e o mercado muito
diversificado. Fica cada vez mais difícil para as empresas atenderem a todos os clientes em um
mercado tão amplo. Os consumidores se diferenciam entre si de várias maneiras. Contudo,
podem ser separados segundo uma ou mais característica.
Antes de lançar sua campanha, é importante saber para quem realmente interessa notar
sua presença. Vamos começar com algumas dicas para auxiliar a identificar o seu target em
mídias sociais.
1) realize suas próprias pesquisas – faça pesquisas de mercado conforme sua
necessidade de conhecimento. Ferramentas como SurveyMonkey, Google Drive e Wufoo
auxiliam na confecção de formulários on-line com questões específicas. A partir dos relatórios
ilustrativos é possível calcular de maneira simples os resultados;
2) analise os dados – algumas redes sociais, como o Facebook, contam com 38
ferramentas de análise de dados bastante eficientes e de fácil compreensão. O Facebook, por
exemplo, pode ser monitorado por intermédio do Page Insights, aplicativo que aponta
informações importantes, como curtidas, comentários e compartilhamentos. É possível acessar
também os números relativos a gêneros (porcentagem de curtidas por homens e mulheres),
idade (quantos anos têm as pessoas que curtem a sua página), localização (onde vivem essas
pessoas) e visitas;
3) escute o seu público – ofeedback de seu público servirá como ótima base para
estratégias futuras. Tenha atenção para os perfis que curtirem, e principalmente, para aqueles
que criticarem seu produto e/ou serviço. Mantenha um canal fixo de relacionamento direto com o
cliente, assim será mais fácil você questioná-lo sobre seus gostos.
Essas ações dentro das redes sociais vão facilitar o relacionamento, o conhecimento e
ampliar as possibilidades de bom atendimento, à medida que ajudam a conhecer melhor o
público-alvo, pois esses públicos são as pessoas que têm tendência a comprar o que está sendo
oferecido.
Mas para além das redes sociais, é preciso também conhecer, selecionar a
segmentação do seu público também em outros meios de comunicação e mídias. E, essa
seleção do público-alvo deve ser feita com base na análise de vários fatores e conhecimento de
mercado, que o profissional de marketing precisa ter.
No primeiro momento, o profissional em mídias sociais fará uma pesquisa de mercado.
Nessa pesquisa de mercado, é preciso descobrir os hábitos do seu público, o poder aquisitivo,
entre outras informações.
Com todos esses dados em mãos, parte-se para uma segunda parte do processo: a
chamada segmentação de mercado. Essa etapa busca identificar diferentes segmentos de
mercado, podendo assim escolher quais são os mais lucrativos, para ser o foco das suas
estratégias de marketing.
Como já vimos, a segmentação de mercado consiste em escolher um grupo de
consumidores com necessidades semelhantes no qual a sua empresa vai focar a sua atuação.
Ou seja, consiste em pegar todo o seu mercado, amplo e heterogêneo, e dividi-lo em grupos
menores, porém com necessidades, interesses e outras características semelhantes, como:
sexo, faixa etária, etc.
FIGURA 9 - SEGMENTAÇÃO
39
Com o fortalecimento do Facebook no Brasil e o Twitter cada vez mais popular, muitas 41
empresas decidiram que precisam estar presentes nessas e em outras mídias sociais. O grande
atrativo das mídias sociais é o seu baixo custo em relação às demais ferramentas de
comunicação.
Hoje já podemos sentir que o mercado brasileiro de comunicação está um pouco mais
valorizado, e isso também se deve graças à força dessas plataformas de mídias e suas
interações.
Mas como definir o valor da verba de marketing de uma campanha em mídias sociais? A
resposta geral é: depende. Pois cada caso é um caso, e isso porque existem vários fatores que
podem ou não aplicar-se ao seu caso especificamente e, além do mais, podem influenciar de mil
formas diferentes o resultado final.
Para começar, não podemos dizer “quanto vai custar” tal serviço, sem antes saber
exatamente o que é preciso fazer, o que o cliente deseja. Aqui está o ponto principal da questão.
No primeiro contato com o potencial cliente, procuramos estabelecer, antes de qualquer coisa,
quais são os objetivos da ação, ou seja, exatamente o que o cliente deseja conquistar ao
contratar os serviços de uma campanha em mídias sociais.
Em muitos momentos, o cliente ainda não tem uma ideia muito clara dos próprios
objetivos, do que realmente pretende alcançar com a campanha nas mídias sociais. Então, aí, a
principal tarefa se torna, justamente, auxiliar o cliente a formular esses objetivos.
Tendo os objetivos claros e definidos, o passo seguinte é a definição da verba, isto é, da
quantidade de dinheiro destinada à realização desses objetivos. Alguns empresários relutam em
dizer um valor, pois querem uma estimativa para o “custo” do projeto.
O motivo é que, como muitos empresários têm experiência limitada com o marketing em
mídias sociais, não fazem a menor ideia dos valores praticados no mercado. E, por isso mesmo,
muitas vezes acabam ficando com medo de dizer um valor excessivamente alto e acabar
gastando muito mais do que o necessário.
O cliente poderia chegar ao valor razoável de investimento em sua campanha, usando
os seguintes critérios para definir a sua verba de marketing. Ela deve ser ao mesmo tempo:
compatível com a realidade da empresa – o marketing deve ser um meio para a
empresa obter sucesso, não um fardo a sobrecarregar as finanças de sua empresa;
suficiente para concretizar seus objetivos – qualquer ação de marketing em
qualquer mídia envolve a execução de trabalho especializado, com aplicação de conhecimentos
técnicos, tecnologia, equipamentos, pesquisa, negociação, entre outras tarefas. Deixar de
realizar essas tarefas ou escolher quem vai realizá-las apenas pelo preço aumenta o risco de 42
fracasso em alcançar os objetivos desejados.
Como já vimos, o primeiro passo para avaliar o orçamento necessário é definir o objetivo
para sua campanha de marketing na internet. O ideal também é que o cliente estabeleça uma
meta de quanto quer ganhar a mais com o resultado de sua campanha.
Para se definir o valor financeiro que pretende obter com a campanha de marketing, o
passo fundamental é projetar o seu faturamento atual sem marketing para obter o valor e, em
seguida, estimar o valor extra. Para isso, podemos usar um método simples, que em termos
algébricos, seria:
R é o resultado que sua empresa provavelmente tem sem campanha de
marketing; e
M é o resultado que a empresa obterá com a campanha de marketing;
Seu objetivo O será a diferença entre M e R, ou seja:
O=M-R
Imaginamos que uma empresa antes de fazer uma campanha nas mídias sociais tem
uma vendagem de 20.000.
Após fazer campanhas em várias mídias sociais, tem-se uma projeção de vendagem de
28.000.
Então: 28.000 – 20.000 = 8.000.
Os 8.000, seria o lucro obtido depois de feitas as campanhas nas diversas mídias
sociais.
Com esse esquema, a empresa consegue mensurar quanto pretende ganhar com a
campanha. O segundo passo é decidir até que valor estará disposto a investir para transformar
esse ganho em realidade.
FUGURA 11 - ORÇAMENTO
43
FONTE: Disponível em: <www.automacaodemarketing.com.br>. Acesso em: 4 jan. 2014.
Nos últimos tempos, a internet mudou a forma de consumo das pessoas, a forma como
se relacionam com as marcas, produtos e serviços. E o marketing digital teve papel fundamental
no cenário do relacionamento entre as empresas e clientes. Com o advento das redes sociais e
do que chamamos de Web 2.0 (Internet colaborativa e interativa), o poder passa para a mão dos
consumidores. Serão eles que irão decidir se os seus produtos vão ter ou não sucesso, por meio 44
da divulgação viral (buzz marketing), seja ela positiva ou negativa.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado
(IBRAMERC, 2012), na terceira semana de abril, com 400 gerentes e diretores de segmentos
B2B e B2C, 41% deles acreditam que houve melhora nas vendas com as redes sociais. A
pesquisa mostra também que apesar daqueles 41% que perceberam resultados positivos no uso
das redes sociais, uma parcela muito significativa (37%) não conseguiu ter nenhuma melhora por
utilizar essas mesmas redes. Para o IBRAMERC, isso se deve ao fato de que “muitos
profissionais ainda não possuem domínio de linguagem, publicações que podem ser relevantes e
formas de interação com os clientes através destas ferramentas, interação com os clientes”
(2012).
O marketing nas redes sociais parece ser um caminho sem volta como uma tendência
de marketing on-line. Tem sido um dos segmentos que mais cresce em todo o mundo. E, por
isso mesmo, as empresas precisam se adaptar a esse novo cenário. Mas para que isso
aconteça é necessário entender o mecanismo de funcionamento das redes e traçar estratégias.
Ações como um bom conteúdo para o público-alvo e investimento em campanhas on-line podem
ser muito adequadas e válidas na medida em que tem o poder de converter visitantes em
potenciais clientes.
Nesse novo contexto, a tendência de aproximação do consumidor e criação de laços de
relacionamento encontra nas redes sociais o canal ideal para criação desses pontos de contato,
e é por essa razão que cada vez mais as empresas estão buscando as ferramentas do
marketing digital e das mídias sociais como forma para divulgar seus produtos e serviços.
Então, como é que a sua empresa pode começar a utilizar as redes sociais como
ferramenta de marketing? Primeiro e fundamental ponto é fazer uma pesquisa para saber quais
as redes sociais que mais se adéquam à sua marca ou empresa e, claro, dentro dessas redes,
quem são os clientes e/ou potencias clientes para seu negócio.
Feito isso, agora vamos para o registro nos sites, nas redes sociais. Criar conta, e
passar a adicionar o maior número de contactos possíveis, profissionais, colegas de trabalho,
fornecedores, clientes, que conseguir para começar a construir o seu círculo. Os sites das redes
sociais permitem-lhe manter-se em contato frequente com pessoas interessadas nos seus
produtos e serviços. Essas “comunidades” são formadas com base em “gosto ou curto” e “não
gosto ou não curto”, o que lhes dá um retorno, um pouco do fator humano que falta em outros
meios de comunicação.
O blog é um excelente meio para expor o seu conhecimento sobre o seu negócio, marca 45
ou serviço. Os seus potenciais clientes, ao lerem os seus artigos, vão ganhar consciência e
confiança na sua empresa.
Vamos a alguns pontos básicos que podem ajudar num ótimo relacionamento nas redes
sociais com o cliente:
seja visível e confiável – apresente-se como um especialista escrevendo
regularmente em um blog, interagindo em fóruns e grupos relacionados com a sua área de
negócio, marca ou serviço;
ouça e responda – sempre participe em conversas com bom conteúdo. Consulte
as redes sociais, ouça o que está sendo discutido, o que os seus potenciais clientes estão
procurando. Dê a sua opinião e/ou solução;
aconselhe, não venda – ouça os problemas e ofereça ajuda especializada. Quanto
mais der mais irá receber. As pessoas que usam redes sociais têm uma aversão natural a
discursos de venda. Então, comece por se apresentar como especialista, ganhe a confiança das
pessoas, e só depois de ter a confiança, estará em condições de recomendar os seus produtos e
serviços como uma possível solução;
fomente a participação – fale com as pessoas e permita que elas também falem
contigo. O desenvolvimento de relações e comunidades na internet pode facilitar a relação
comercial, a partilha de opiniões e a geração de ideias com base naquilo que os clientes
realmente procuram.
Nesse novo momento do marketing nas mídias sociais, promover e recomendar
negócios por meio das redes sociais ajuda na construção da reputação de marcas on-line.
Participar nas mídias sociais não é mais uma opção para as empresas, mas uma necessidade.
Além de ser uma poderosa ferramenta de divulgação on-line tanto para marcas quanto para
produtos e serviços, a interatividade ajuda a criar consumidores exigentes e as empresas nesses
ambientes interativos, conseguem resultados muito mais efetivos.
3.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NAS MÍDIAS SOCIAIS
Para que uma marca tenha sucesso em suas campanhas de mídias sociais é essencial
entender as etapas e definir as estratégias de conversação. Muitas empresas encontram sérias
dificuldades no relacionamento com seus clientes nas mídias, por não entenderem que esse é
um novo momento da relação empresa-consumidor. Agora o consumidor está mais participativo,
tem interesse em divulgar e comentar as experiências que teve com certo produto ou serviço e,
em alguns casos, espera receber uma resposta da marca com a qual está se relacionando.
Se o relacionamento com o consumidor for bem pensado e administrado, a relação que
irá ser criada com a marca certamente será definitiva. Dessa forma, a marca pode fidelizar o
cliente com uma simples ação: a conversa.
Nas mídias sociais nada é mais influente e eficaz do que produzir conteúdo de
qualidade. É isso que as pessoas estão procurando e costumam compartilhar em seus perfis. O
conteúdo é muitas vezes associado com o texto escrito, mas ele pode ser um vídeo, áudio, uma
ilustração e até mesmo uma animação. Ele pode ter múltiplos formatos, mas deve zelar sempre
pala qualidade.
Se sua empresa produz material de qualidade e facilita o compartilhamento (utilizando,
por exemplo, os botões de compartilhar), já pode dizer que utiliza as mídias sociais de forma
muito eficiente. E para produzir bons conteúdos é importante que você:
pesquise – sempre deixe um tempo para pesquisar. Isso é importante para
manter a qualidade do que escreve, coolhunting (a observação das pessoas e do mundo, a fim
de definir novas tendências). É fundamental para uma boa produção de texto. Então crie uma
rotina de trabalho, e estabeleça dentro dela um período para pesquisa. Tenha um feed e um
pinterest ou uma pasta em seu computador para guardar os textos e imagens interessantes. Isso
ajudará bastante na criação de pauta;
tenha uma rotina para criar – é bom estipular um tempo para se dedicar ao
trabalho criativo, criar horário, por exemplo, para a produção de conteúdos, estabelecendo uma
quantidade de conteúdo de determinado tema a ser abordado diária ou semanalmente.
Saber do que falar ajuda bastante a produzir. Outro ponto fundamental é estabelecer um fluxo
de informações sobre a empresa/cliente. Crie uma tabela para que o cliente saiba quando 53
mandar conteúdo sobre a empresa, que ele quer ver nas redes, com antecedência. Faça uma
planilha quinzenal ou mensal e entregue com antecedência para aprovação (interna e/ou
externa) do que se vai falar. A rotina ajudará a organizar os pensamentos;
separando por tópicos – isso ajudará a organizar seu trabalho e a criar. Por isso,
tenha sempre tabelas com datas comemorativas, aniversário do cliente, datas importantes,
como aniversário da empresa ou de lançamento de algum produto ou serviço. Seja criativo,
invente o seu próprio período festivo e movimente as redes em torno dele.
Quando for escrever, inicie, logo com dia, horário da postagem e sobre qual tema será.
Preencha a sua tabela com as datas comemorativas, aniversários. Assim, aquela planilha em
branco vai estar rapidamente preenchida.
Além de conteúdo de qualidade, hoje, as empresas conseguem construir também
audiência própria, estabelecendo um canal direto de relacionamento com o cliente por meio das
mídias sociais. Esse é um canal que sempre traz um alto volume de visitas.
A construção de uma audiência exige bastante tempo de relacionamento e dificilmente
uma empresa média ou pequena conseguirá fazer um trabalho relevante em várias mídias
diferentes. Então, a ideia é escolher bem quais redes sociais são mais importantes e se
adéquam melhor ao seu perfil ou mercado.
Então, o ideal é que se observe o seu público/cliente, e, por meio de conversas com
esses clientes e pesquisas, é que será possível chegar apenas às mídias ou redes em que seu
público está mais presente e ativo, garantindo maiores possibilidades de ganhos. Afinal, cada
canal ou rede social que você estará utilizando fala uma linguagem diferente; e a mensagem e o
conteúdo precisam ser adequados a cada um desses canais.
Assim, é importante pensar que as duas formas geram resultados melhores quando
utilizadas em conjunto: quando se tem uma audiência em algum canal de mídia, ela serve como
impulso inicial para espalhar o conteúdo e alimenta os outros canais utilizados como plataforma
de distribuição.
No final o resultado será a maior conquista que se pode esperar ter nas mídias sociais:
são as pessoas valorizando e divulgando o seu conteúdo por conta própria.
“As crises não escolhem vítimas por esse ou aquele motivo. Qualquer empresa está
propensa a enfrentar uma crise” (TEIXEIRA, 2013).
E se a crise não for bem contornada, as consequências podem ser desastrosas para a
empresa. Em se tratando de mídias sociais, quando uma crise aparece existem alguns passos
que deveriam ser seguidos para contornar a situação. Vejamos alguns:
monitoramento das redes sociais – pode até parecer óbvio, mas em algumas
situações a empresa negligencia esse importante passo. Crie um sistema para monitorar as
redes, vasculhando os principais sites de notícias e outras fontes importantes de informação da
sua empresa ou marca. Utilize ferramentas para monitorar o Twitter, o Facebook, blogs, sites e
outras mídias sociais;
monte uma equipe de resposta à crise – essa equipe deve ter representantes das
diversas áreas envolvidas no problema. Essas pessoas devem ter conhecimento, autoridade e
competência para responder rapidamente e de forma consistente às questões envolvidas na
crise. Contudo, eventualmente, podem existir mais de uma equipe – e elas deverão trabalhar de
forma integrada; uma para tratar e resolver a crise e outra focada na comunicação, na tarefa de
responder à crise; 55
reconheça o problema – mesmo que a empresa ainda não tenha uma visão clara
do que está acontecendo. Ao se deparar com uma eventual crise, o primeiro passo importante
será reconhecer publicamente que existe o problema. Ao não responder prontamente aos
primeiros sinais de crise, somente aumentará o potencial barulho na rede. Porém, ao reconhecer
que está realmente acontecendo um problema, mas que a empresa já está tomando as devidas
providências para corrigir esse problema, irá passar uma mensagem de que a empresa está
alerta e que já está trabalhando no caso;
combata a crise na mesma mídia social onde ela apareceu – uma vez que esteja
preparado para agir, a sua primeira resposta tem que ser na mídia social onde o problema
começou. Se a crise começou no Facebook, então responda primeiro no Facebook. A partir daí
poderá agir em outras mídias sociais e canais, se necessário. Nunca leve o problema para outra
mídia social se não, estará disseminando essa crise;
seja veloz – a velocidade é muito importante nesse momento. Muitas vezes é mais
importante ter uma “boa resposta rápida” do que uma “excelente resposta lenta”. Falar que
“reconhece o erro e que providências urgentes estão sendo tomadas” é uma forma de se
posicionar rapidamente perante o mercado e os clientes, é fundamental. Pois, se a empresa não
se posicionar e não responder rapidamente, certamente alguém responderá por ela;
peça desculpas se a empresa cometeu um erro – seja humano e transparente. Na
maioria das vezes, quando a empresa reconhece rapidamente que cometeu um erro, os clientes
e a sociedade respondem positivamente. Esteja preparado para dizer que errou, pois,
certamente assim, os clientes vão perdoá-lo em retribuição;
defina uma mensagem principal – defina duas ou três principais mensagens para
as respostas. Elas serão a âncora para toda a sua comunicação externa da empresa. Use uma
linguagem simples e evite o coloquial corporativo. Dependendo do tamanho da crise, a empresa
receberá indagações por outros meios, como call center, imprensa, e-mail etc. Tentar alinhar
tudo isso é importante, e os gestores desses canais deverão fazer parte da mesma equipe de
crise;
faça uma webpage de “Perguntas e Respostas” sobre a crise – um dos grandes
segredos de qualquer crise é isolá-la e confiná-la em poucos canais. Assim, como responder
sobre a crise no mesmo canal que ela apareceu, é recomendável criar uma webpage de
“Perguntas e Respostas” sobre a crise. Essa é uma possibilidade, caso a crise exija uma ação
mais forte por parte da empresa. Assim, a empresa estará direcionando os interessados na crise
para um único lugar. Isso também permitirá que ela responda perguntas apontando um link em 56
vez de escrever um texto de resposta para cada pergunta, com isso, economizará tempo e
diminuir possíveis erros de interpretação de suas respostas. Isso é particularmente muito útil
para respostas via Twitter;
esteja preparado para levar a conversa para o off-line, se necessário – algumas
pessoas, por estarem irritadas, tendem a ser emocionais e acabam por provocar uma conversa
sem fim. A equipe responsável pela crise precisa identificar o momento certo de oferecer um
endereço de e-mail ou um número de telefone para determinados queixosos. O importante é
identificar quando a conversa está saindo do controle e da razão, nessas horas é melhor sair do
ringue público e tentar uma conversa privada;
aprenda com a crise – depois de ultrapassada o período de crise, trate de
entender o que aconteceu. Por exemplo:
como e onde a crise começou?
como ela se espalhou?
a sua estratégia de resposta funcionou?
clientes surgiram em sua defesa?
como a crise on-line interferiu na imagem da empresa?
o que você faria diferente se uma nova crise surgisse?
faça cópias de todos os tweets, comentários em blogs, e-mails, etc.
analise o tráfego em seu website durante a crise.
A gestão de uma crise é um processo complexo e individual para cada caso. Contudo, a
eficiência em dar uma resposta adequada pode ser o diferencial entre a queda de uma
marca/empresa ou o fortalecimento desta. É preciso profissionalismo e antecipação acima de
tudo. Estar sempre aberto a críticas e se mostrar disponível a resolver quaisquer problemas, é
sempre a melhor saída para consolidar sua marca nas redes sociais, bem como contornar uma
crise e ainda fidelizar os consumidores.
3.6 FERRAMENTAS PROFISSIONAIS PARA GESTÃO DE MÍDIAS SOCIAIS
57
O gerenciamento de redes sociais é algo trabalhoso, pois exige muita atenção aos
diferentes tipos de conteúdo, abordagem e interação, além das inúmeras postagens e
atendimento ao cliente/público. Para auxiliar nesse trabalho, existem algumas ferramentas úteis
para a gestão de marcas e empresas nas redes sociais.
Essas ferramentas não só centralizam a gestão das campanhas (o que será veiculado,
quando e como), economizando o tempo da equipe de tráfego dos portais e agências, mas
também centralizam todas as informações e métricas sobre o que foi veiculado.
As principais ferramentas de gestão de mídia on-line são:
Maestro, da Predicta;
DoubleClick;
OpenAdStream, da Realmedia;
Atlas;
OpenX;
AdManager.
Os sites reúnem um potencial enorme de dados e grafos sociais para serem coletados,
explorados e analisados. Para monitorar palavras-chave, usuários influenciadores, comunidades
relevantes, é necessário usar as ferramentas de monitoramento de redes sociais. Por meio delas
você vai saber como está sua empresa ou marca.
FIGURA 15 - MONITORAMENTO 1
58
59
FIGURA 17 - MONITORAMENTO 3
FIGURA 18 - MONITORAMENTO 4
60
61
Ifttt – é uma ferramenta que faz a integração e automatização das ações em cerca
de 50 redes sociais, dentre elas Facebook, Instagram, Tumblr, Dropbox, Delicious, Evernote e
outras. O processo de integração tem a lógica de que, se fizer uma tarefa em uma determinada
rede social, faça essa mesma ação em outra. Exemplos: se postar uma foto no Instagram, então
envie para o Facebook; se postar no Facebook, então envie as atualizações para o Twitter.
FIGURA 20 - MONITORAMENTO 6
62
4 FACEBOOK MARKETING
Estamos falando sobre o uso das mídias e redes sociais para melhorar o marketing da
sua empresa. As mídias são consideradas um fenômeno do mundo atual, as redes sociais cada 63
vez mais se fazem presente na vida das pessoas. Segundo uma pesquisa realizada pelo IBOPE,
mais de 100 mil brasileiros têm acesso à internet. Desse montante, 46 milhões de internautas
utilizam frequentemente as mídias sociais, principalmente o Facebook (hoje, com mais de 73
milhões de usuários cadastrados no Brasil).
É pensando nessa quantidade de pessoas que utilizam essa rede social todos os dias
que iremos conhecer um pouco mais, e entender como o Facebook pode ser um grande aliado
no marketing da sua empresa.
Tendo um perfil ou página inscritos no Facebook, poderá então se conectar com os
amigos e/ou os contatos de negócio. Ele é uma ferramenta que permite que os seus contatos
úteis na vida real se multipliquem.
Comece com sua comunidade na vida real – seus amigos –, depois passe para redes
relacionadas ao local onde você estudou, vive, etc. Atualmente, as redes mais populares do
Facebook estão associadas a regiões geográficas.
O Facebook oferece três categorias de interesses: regional, escolar e corporativo. Para
se juntar a uma dessas redes, clique na seta para baixo próxima a Networks, na barra de menu
em seu perfil, selecione Join a Network e digite sua cidade no campo City/Town.
Ele irá oferecer uma lista de cidades com nomes similares em diferentes estados;
selecione a sua. Sua cidade pode ter sua própria rede, ser parte de uma network de uma grande
metrópole ou ambas.
Se o Facebook lhe oferecer opções, escolha a rede da qual quer participar. Para
finalizar, clique Join Regional Network.
Empresa – para encontrar a rede para sua empresa, existem duas opções:
se ela já existe no Facebook, você terá de confirmar a solicitação de participação
e o serviço enviará um e-mail para o seu endereço;
se no Facebook ainda não existe uma rede para sua empresa, surgirá uma
mensagem mencionando isso, juntamente com um link onde você pode sugerir que o site crie
essa comunidade.
64
Caso os seus interesses não se encaixam em nenhuma das três principais categorias do
Facebook, ainda é possível arrumar e reunir os amigos, criando seu próprio grupo no Facebook.
Os grupos compartilhados do Facebook são páginas criadas para um determinado
círculo social, ou seja, é um espaço destinado a pessoas que possuem assuntos e interesses em
comum, tornando, assim, mais fácil a publicação de algo, pois é mais simples saber o que vai
agradar ou não aquele grupo específico de pessoas.
Ainda é possível indicar o grupo para as pessoas ou simplesmente incluí-las na lista de
participantes. Essas pessoas podem então confirmar o interesse pelo seu grupo ou descartar o
convite. Mas falaremos mais sobre grupos no Facebook mais adiante.
Outro ponto sobre o Facebook, é que a exibição horizontal ou vertical do perfil pode ser
controlada. Exemplo: caso não goste de onde suas fotos ou algumas outras aplicações estão
localizadas, poderá arrastá-las e soltá-las em outro lugar. Contudo, existem algumas exceções
para esse procedimento.
Vejamos quais são essas exceções: não é possível arrastar nada dentro ou fora da
coluna esquerda, que é reservada para suas listas de aplicações, e para todas as publicidades
importantes no quadro vertical.
Seu display de rede de amigos padrão precisa ser o primeiro item na coluna central (logo
abaixo da sua foto); e o mini-feed é sempre o primeiro item na coluna da direita (logo abaixo das
suas informações básicas no perfil).
Se quiser sugerir aos seus contatos alguma página interessante, procure nela os botões
“Recomendar” ou “Curtir” e clique. Mas se a página não tiver nenhum botão relacionado ao
Facebook, use a caixa “Compartilhar” da sua página inicial na rede, escolha o tipo de conteúdo
(status, foto, link ou vídeo) e copie o link. As informações desse conteúdo são carregadas
automaticamente, mas você também pode editar. 65
Nos últimos tempos, o Facebook tem sido usado como uma eficaz ferramenta de
negócios tanto para grandes empresas como para pequenas e médias. Contudo, os perfis da
rede social são destinados a pessoas físicas e não para empresas.
As empresas têm a opção de criar páginas. As páginas são destinadas a empresas,
organizações, bandas e personalidades. Uma diferença que poderá notar é que no perfil você
tem amigos e na página terá fãs.
Além da questão legal, o Facebook deixa claro em seus termos de serviço que cada um
pode ter um único perfil e que este deve ter caráter pessoal. Ou seja, qualquer perfil de empresa
está ferindo os termos de serviço e, portanto, pode ser removido a qualquer momento.
Mas você tem um perfil pessoal, e por meio dele tem contato com amigos e
familiares. E, entre esses contatos, tem também vários parceiros comerciais e clientes que
também são meus amigos, e gostaria de mantê-los informados ou mesmo lembrá-los da fanpage
da empresa?
Uma forma de fazer um marketing da sua empresa em seu perfil seria postar algum
conteúdo profissional ou compartilhando algumas postagens da fanpageda empresa ou um outro
link. Nada de exagero, assim, estará lembrando os seus amigos e contatos da sua marca ou
empresa.
4.3 COMO CRIAR E ADMINISTRAR GRUPOS NO FACEBOOK
FIGURA 22 - GRUPOS
66
Entre várias ferramentas que o Facebook oferece a opção para criar grupos é uma das
mais usadas. Assim como as comunidades do Orkut, os grupos do Facebook funcionam como
um lugar de discussão, um espaço para cultuar ou criticar algo. Esse é um recurso que permite
aos usuários desenvolver páginas destinadas ao compartilhamento de experiências e
informações sobre determinados assuntos.
Para criar um grupo, na página inicial, basta clicar no linkGroups (Criar Grupo) na coluna
da esquerda em seu perfil. Uma nova janela deve aparecer pedindo o nome do grupo, membros
(pelo menos dois para começar) e as opções de privacidade. O grupo que irá criar pode ser
totalmente visível ou privado. Feito isso, será levado à página principal, onde vai encontrar as
opções de configuração e edição.
Em seguida, escolherá um nome para seu grupo. Recomenda-se que coloque algo que
tenha a ver com o estilo ou característica do grupo, e escreve o nome dos primeiros que vão
participar desse grupo. Após essa etapa, vá para a aba “Privacidade”, pois é lá que definirá se o
grupo criado vai ser fechado, aberto ou secreto:
fechado – grupo que pode ser visto por todos os participantes do Facebook, mas
apenas os membros podem ver os posts;
aberto – grupo onde as informações são abertas a todos;
secreto – grupo no qual as informações só poderão ser vista por seus membros.
Salve suas primeiras definições clicando em “Criar”, e em seguida será levado para a
página do grupo que acabou de criar, onde poderá fazer algumas modificações se desejar. Por
exemplo: como mudar o nome que escolheu para o grupo, a privacidade, ou até mesmo
adicionar uma descrição sobre o grupo, explicação sobre o assunto que irá compartilhar etc.
Para isso, basta clicar em “Editar grupo” e fazer suas modificações. Se quiser convidar pessoas
para o grupo então clique em “Adicionar amigos ao grupo”, e em seguida faça uma busca com o
nome do novo membro.
67
Outro ponto interessante é que também poderá realizar conversas coletivas com seu
grupo. Para conversar com mais de um membro do grupo que estiver on-line, é só clicar em
“Conversar com o grupo”, possibilitando aos membros on-line a visualização das mensagens
digitadas na janela do chat.
Caso não goste do grupo que criou e queira sair dele, então clique em “Deixar grupo”,
mas, com isso, também perderá todos os seus privilégios como administrador, pois serão
transferidos para outro membro.
Quando você cria um grupo no Facebook, você será automaticamente um administrador.
Mas, outras pessoas também podem ser convidadas para exercer essa função. Para adicionar
um administrador:
1) se o possível novo administrador ainda não for membro do grupo, adicione-o ou
aprove-o como membro;
2) clique em “Sobre”;
3) localize um membro rolando o grupo ou digitando um nome na caixa de pesquisa;
4) clique no ícone sob o nome do membro que você deseja adicionar como
administrador;
5) clique em “Tornar administrador”.
Contudo, os administradores podem remover membros ou outros administradores,
adicionar novos administradores e editar descrições e configurações do grupo. É por isso que, o
próprio Facebook costuma lembrar que “você só deve adicionar um membro como administrador
caso o conheça e confie nele”.
4.4 TRANSFORME UM PERFIL EM UMA FAN PAGE E UNA DUAS OU MAIS FAN PAGES
68
Como já vimos, o Facebook não aceita perfis com nome da sua empresa. Para as
empresas devem ser criadas as páginas. Como no perfil você tem amigos e na página tem fãs, o
Facebook lhe dá a opção de enviar uma lista de e-mails dos seus clientes, amigos e contatos, e
ele convida as pessoas que já estão no Facebook a curtir a sua página. Assim, a pessoa
convidada só irá clicar no botão curtir da sua página para que a pessoa se torne fã da sua
página.
Se alguma pessoa responsável pela empresa criou um perfil em vez de uma página,
esse perfil deverá ser transformado em uma fanpage. Como transformar o perfil da empresa em
uma página do Facebook? Essa ação precisa ser feita, pois poderá ser penalizado por parte da
administração do Facebook e ter o perfil apagado sem aviso prévio, se não o fizer. Então
vejamos os passos para transformar o seu perfil em uma página do Facebook.
Neste primeiro momento, a primeira etapa a ser feita é baixar todos os arquivos de seu
perfil atual. Pois com a migração serão excluídos todos os seus posts, fotos, imagens, notas etc.
Por isso, o processo de download dos arquivos poderá amenizar a situação. E com isso, todos
os dados lhe serão enviados por um arquivo compactado. Com o download feito, é hora de
realizar a migração.
Para começar, você acessará normalmente seu perfil no Facebook, o qual você deseja
migrar para fanpage, com seu login e senha.
Num segundo momento, dentro do seu perfil, clique em “Como migrar um perfil no
Facebook para uma Fan Page”, a partir daí se iniciará o processo para a migração. É só seguir
os passos seguintes do processo, que são:
1) selecionar a categoria em que sua empresa ou negócio melhor se enquadra, que
pode ser: “Negócios locais ou Local”; “Empresa”, “Organização ou instituição”; “Marca ou
produto”; “Artista, banda ou figura pública”; “Entretenimento”; e “Causa ou comunidade”;
69
E ainda podemos ter outras subdivisões. No anúncio para a promoção da fanpage você
tem três tipos:
história patrocinada – aqui poderá exibir anúncio para os amigos das pessoas que
curtiram sua página;
curtir – visando alavancar nome da fanpage;
post– você promove o anúncio de um post feito em sua fanpage.
Os anúncios são cobrados por: custo por clique (CPC), onde é cobrada cada ação do
usuário no anúncio; ou por custo por mil impressões (CPC), onde é cobrada a visualização do
anúncio.
O conteúdo ou post será promovido durante três dias. Mas pode ter melhores resultados,
fixando seu o post promovido no topo da timeline da sua fanpage. Com os links patrocinados do
Facebook, um bom planejamento e estratégia você consegue direcionar seus anúncios para,
exatamente, as pessoas que deseja alcançar.
Como vimos anteriormente, que diferente de redes sociais como o Orkut, em que as
empresas tinham perfil igual aos outros usuários, no Facebook as empresas possuem páginas
(fanpages), pois assim podem se comunicar de forma profissional com seu público.
Como o Facebook é a maior rede social da atualidade, uma empresa que esteja
pensando em vender mais pela a internet não pode deixar de ter uma fanpage no Facebook. As
empresas mais “conectadas” fazem uma fanpage para interagir com seu público-alvo exibindo
sua marca e produtos, e com isso agrega mais valor à marca e divulga os produtos de forma
direcionada.
Para criar uma página no Facebook é preciso possuir um perfil na rede. Após acessar o
endereço da página no Facebook, deve seguir os passos seguintes, pois é um processo
autoexplicativo, e muito simples. Primeiro, escolha a área da qual sua página faz parte. Depois
adicione uma descrição para sua fanpage, capriche nesse ponto, essas informações auxiliam os
usuários a encontrar sua fanpage. Informe se sua fanpage é a oficial sobre o produto, empresa,
marca ou artista que representa e clique em “Salvar Informações”.
Feito isso, escolha a imagem de logotipo da sua página, crie sua imagem, faça o upload
e salve a foto. Adicione aos favoritos e pronto, a sua fanpage estará criada. 73
Para sua empresa, as vantagens de possuir uma página são inúmeras, as páginas no
Facebook não têm limites de fãs. Por intermédio do Facebook Insights pode obter informações
sobre seus fãs, além disso, ele possui informações para medir o alcance do seu conteúdo, a
quantidade de interações e de curtidas que a página está ganhando ao longo do tempo. Essas
informações fazem toda a diferença na hora de trabalhar com seu público na rede social.
E, é por oferecer uma grande gama de recursos, tanto para pessoas quanto para
empresas, que fez surgir nos últimos tempos o termo F-commerce (e-commerce dentro do
Facebook), e está sendo considerado uma das novas tendências e possibilidades de marketing e
vendas dentro do Facebook.
Como em todo e qualquer projeto que uma empresa ou marca planeja
desenvolver, é necessário ter um cuidadoso plano, também aqui não pode ser diferente.
Então antes de iniciar essa atividade de F-commerce, defina claramente essas etapas:
definir com clareza os objetivos e o público-alvo da empresa. Para isso deve
preencher um cadastro com os dados do site e do responsável na página do Facebook-
Commerce;
montar uma página da empresa no Facebook. É na página da empresa que a
venda será iniciada e realizada;
atrair e envolver seguidores. Realizar campanhas para atrair seguidores no
Facebook e envolver os usuários no processo de desenvolvimento de produtos e divulgação da
loja e da marca; 74
realizar vendas. Em última instância, o objetivo é sempre vender ou enviando os
clientes para a loja externa ou fechando a venda no próprio ambiente Facebook.
Para isso, é preciso um suporte para aplicativos. O LikeStore é um dos primeiros
aplicativos nacionais que permitem esse processo. Com esses suportes para aplicativos,
qualquer pessoa pode anunciar e comercializar produtos dentro da maior rede social: o
Facebook.
FIGURA 30 - LIKESTORE
Para instalar o aplicativo em sua fanpage e usá-lo para divulgar o seu negócio pelo
Facebook, precisamos seguir alguns passos:
1) para começar a usar o aplicativo, você precisa ter uma fanpage no Facebook;
2) acesse o site do aplicativo e clique em “Crie sua loja”;
3) libere o acesso do app às suas informações.
Feita a instalação, você deve ainda aguardar para que o aplicativo seja liberado. Assim
que o aplicativo for liberado, pode começar a inserir as informações na sua loja. Essas
informações são divididas em quatro áreas (Início, Produtos, Pedidos e Configurações). As
informações que são exigidas podem ser completadas em sequência.
Além da LikeStore já existem outros aplicativos que são soluções prontas para essa
prática de oferecer produtos e serviços dentro da sua fanpage para o público.
A ideia principal aqui é que a empresa utilize o ambiente do Facebook e seus recursos
para espalhar conhecimento sobre o produto e estimular vendas. A plataforma Facebook
disponibiliza aplicativos conhecidos como social plugins que facilitam ao usuário divulgar
informações. A fanpage da sua empresa passa a ser também uma loja virtual.
Neste tópico iremos falar do uso de alguns recursos como as abas personalizadas.
Vamos pensar essas abas para a criação de acordo com o conteúdo que o administrador da
fanpage deseja disponibilizar na página. O recurso de abas personalizadas ajudará a criar uma
cara própria para sua página, deixando com a mesma identidade visual de sua marca.
Um primeiro passo para começarmos essa personalização é o avatar (aquela imagem
do canto esquerdo da tela), sabendo usar de forma adequada, poderá ajudar no reconhecimento
da marca, além de ser uma forma de identificação.
Outro elemento muito importante na questão da personalização da sua fanpage é a
landingpage – esse termo é usado para representar o primeiro conteúdo a ser visto quando
alguém chegar a sua fanpage. Com esses aplicativos contidos no Facebook, você vai inserir
conteúdo para ser visualizado dentro da Rede.
Vamos entender o processo de criação landing; é bem simples. Primeiro, é necessário
adicionar o aplicativo em sua página e para começar, apenas digite na barra de busca do
Facebook o nome “iFrame”, e ele irá oferecer uma série de possíveis aplicativos que poderão ser
utilizados.
FIGURA 32 - PLUGINS
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Antes de qualquer coisa, devemos pensar na palavra optimization ou otimização.
Quando pensada em termos de mídias sociais, essa otimização, em primeiro plano, consiste em
facilitar o máximo possível para que o seu conteúdo se espalhe. Geralmente essa otimização é
feita por meio de botões de compartilhamento, integração com widgets e plug-ins sociais.
Contudo, apenas inserir um monte de botões de compartilhamento em seu site não é o
suficiente para que eles funcionem corretamente, direcionando o público para o seu site, são
necessárias estratégias. Então, uma forma de usar a força do Facebook para atrair tráfego para
o seu site ou blog pode ser estratégia que possa envolver:
divulgar na página do Facebook o endereço do site ou blog;
apresentar a nova página para os amigos;
criar anúncios para atrair mais likes e leads para a sua página;
publicar artigos em grupos do Facebook relacionados ao tema do seu site;
coloque palavras-chave inseridas em descrições de fotos no Facebook.
FIGURA 33 - OTIMIZAÇÃO
Chegamos ao fim do conteúdo, e ao longo dele procuramos trazer um pouco das novas
tecnologias, da internet e das redes sociais. Mostrar como as mídias e as redes sociais
assumiram um papel importante nas formas de relacionamento das pessoas, comunidades e
empresas nos últimos anos.
Inicialmente procuramos fazer um panorama geral sobre a Gestão de Mídias Sociais 80
discutindo o que são as redes sociais e qual seu papel como difusoras de informação, bem como
no relacionamento entre as marcas e os consumidores. A partir disso, vimos a atuação dos
profissionais de mídias sociais, como eles atuam em um mercado em crescimento e lucrativo. E
procuramos entender a utilização de ferramentas de mídias para planejamento, gestão e
monitoramento de conteúdos estratégicos em seu trabalho junto às empresas e aos clientes.
Portanto, esseconteúdo procurou trazer os pontos fundamentais sobre a gestão de
mídias sociais e seus canais de relacionamento, mostrar que com o planejamento adequado e
estratégias eficientes as empresas podem utilizar as mídias e redes sociais em prol do seu
crescimento e tendo, assim, uma lucratividade de forma eficaz.
REFERÊNCIAS
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usuários conectam-se com velocidade superior a 2 Mb. Disponível em:
81
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construção de audiência. Disponíveis em:
http://resultadosdigitais.com.br/blog/duas-formas-de-ver-as-midias-sociais-como-plataforma-e-
como-construcao-de-audiencia/ Acesso em: set. 2014
DOURADO, Daniela. Primeiros passos para fazer campanhas nas mídias. [S.l.] Disponível
em: <http://pt.slideshare.net/pinceladasdigitais/primeiros-passos-para-fazer-campanhas-nas-
midias-sociaisscup>. Acesso em: dez. 2013.
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[S.l.]. 2013. Disponível em: <http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/paginas/numero-de-usuarios-
de-redes-sociais-ultrapassa-46-milhoes-de-brasileiros.aspx>. Acessoem: jan. 2014.
KAPLAN Andreas M.; HAENLEIN, Michael. Users of the world, unite! The challenges and
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KISSANE, Erin. The Elements of Content Strategy. [S.l]: A Book Apart, 2011.
RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina. 191 p. No prelo.
TEIXEIRA, Patrícia. Caiu na rede. E agora? – gestão e gerenciamento de crise nas redes
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VIEIRA, Mariana; TAKATA, Sandra. Brasil usa mais redes sociais em smartphones que
países dos Brics e Estados Unidos. Disponível em:<http://www.nielsen.com/br/pt/nielsen-
pressroom/2013/brasil-usa-mais-redes-socias-em-smartphones-que-paises-dos-brics-e-estado-
unidos.html>. Acesso em: 2013.