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CAPITULO 15 HIGIENE, SEGURANGA E QUALIDADE DE VIDA Objetivos de aprendizagem Apés estudar este capitulo vocé estara apto a: © Compreender a importncia da higiene e seguranga do trabalho © Explicar a responsabilidade de linha e a funcao de staff na higiene e seguranga do tra- balho, @ Explicar os principais aspectos da satide ocupacional © Compreender as causas e conseqiiéncias dos acidentes de trabalho. © Definir as caracteristicas de um programa de QVT. O que veremos adiante Higiene do Trabalho Satide Ocupacional Seguranga do Trabalho Prevencao de Acidentes Avaliagao do Programa de Higiene e Seguranga do Trabalho Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) 479 Gestao de Pessoas + IDALBERTO CHIAVENATO ELSEVIER SUR BATERIAS MAXIMA Gabriela Passos herdou de seu pai a Baterias Maxima, uma fabricante de baterias para carros e pilhas de pe- queno porte. Promovida a presidente da organizacao, Gabriela procurou conhecer mais profundamente os negécios e o esquema de produgéo da empresa. Seus contatos com gerentes e funcionarios a deixaram pre- ocupada com as condigées internas de trabalho extre- mamente perigosas e insalubres. O trabalho direto com elementos quimicos - como acidos e chumbo — nao somente impunham riscos de acidentes gravissi- mos, como doengas profissionais irrecuperéveis. O Passivo trabalhista da empresa alinhava reclamagoes trabalhistas por periculosidade, insalubridade e aces civeis e criminais por doengas e acidentes graves. O custo das indenizagées judiciais era extremamente alto e implicava em pesadas perdas para a organiza- ‘40. Mas, por outro lado, eram vidas humanas que es- tavam em jogo naqueles processos judiciais. Gabriela pediu ajuda ao Gerente de RH. Como vocé procederia no seu lugar? @ AS PESSOAS PASSAM A MAIOR PARTE DE SEU, tempo na organizagao em um local de trabalho que constitui seu habitat. O ambiente de trabalho se ca- racteriza por condig6es fisicas ¢ materiais ¢ por condigées psicolégicas ¢ sociais De um lad pectos ambientais que impressionam os sentidos ¢ sas: que podem afetar 0 bem-estar fisico, a satide e inte gridade fisica das pessoas. De outro lado, os aspee- tos ambientais que podem afetar o bem-estar psi- colégico ¢ intelectual, a satide mental e a integrida de moral das pessoas. De um lado, a higiene e segu- ranca do trabalho ¢, de outro, a qualidade de vida na organizacio. GP é uma responsabilidade de linha ¢ uma fun- cio de staff. G esto envolvidos na Gestao de Pessoas. Além disso, rentes de linha ¢ especialistas de GP ela envolve as responsabilidades legais e morais de assegurar um local de trabalho livre de riscos desne cessirios e de condigdes ambientais que possam provocar danos a satide fisica e mental das pessoas. As doengas profissionais e os acidentes do trabalho provocam enormes prejuizos as pessoas e as organi- zagdes em termos de custos humanos, sociais ¢ fi- nanceiros. Eles podem ocorrer casualmente, mas podem ser evitados através de programas preventi vos e profilaticos. Nas tiltimas décadas foram feitos muitos progressos na redugio e prevengio de doen- relacionados com o trabalho. gas e aciden Para efeito didatico desdobraremos a Higiene ¢ uranga (H&S) em higiene do tr ranga no trabalho. balho ¢ segu- Higiene do Trabalho A higiene do trabalho esta relacionada com as con- digGes ambientais de trabalho que assegurem a sat de fisica ¢ me bem-estar das pessoas. Do ponto de vista de saiide fisica, 0 local de trabalho constitui a area de agao da 1 e com as condigées de satide higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados com a exposicao do organismo humano a agentes externos como ruido, ar, temperatura, umidade, | minosidade e equipamentos de trabalho. Assim, um ambiente saudavel de trabalho deve envolver condi- ces ambientais fisicas que atuem positivamente so: bre todos os drgios dos sentidos humanos ~ como (0, tato, olfato € paladar, Do ponto de fide mental, o ambiente de trabalho deve visio, audi vista de s envolver condigoes psicolgicas e sociol6gicas sau- daveis e que atuem positivamente sobre 0 compor- tamento das pessoas evitando impactos emocionais, como o estresse. Os principais itens do programa de higiene do trabalho esto relacionados com: 1. Ambiente fisico de trabalho: envolvendo: © Ilwninagao: luminosidade cada tipo de atividade © Ventilacao: remogio de gases, fumaga odores desagradaveis, bem como afasta- mento de possiveis fumantes ou utiliza adequada a de mascaras. = CAPITULO 15 + Higiene, Seguranga e Qualidade de Vida 474 ELSEVIER © Temperatura: manutengio de niveis ade- quados de temperatura. © Ruidos: remogio de ruidos ou utilizagio de protetores auriculares. © Conforto: ambiente agradavel, e aconchegante. repousante 2. Ambiente psicolégico de trabalho: envol- vendo: © Relacionamentos humanos agradaveis. © Tipo de atividade agradavel e motivadora. © Estilo de geréncia democratico e participa: tivo. e Eli © Envolvimento pessoal e emocional. iminacao de possiveis fontes de estresse. 3. Aplicacao de principios de ergonomia: envol- vendo: © Méaquinas © equipamentos adequados as caracteristicas humanas. © Mesas ¢ instalagdes ajustadas ao tamanho das pessoas. © Ferramentas que reduzam a necessidade de esforgo fisico humano. 4, Satide ocupacional: envolvendo aspectos que veremos a seguir, Um ambiente de trabalho agradavel facilita 0 rela- cionamento interpessoal ¢ melhora a produtividade, bem como reduz acidentes, doengas, absenteismo e rotatividade do pessoal. agradvel para se trabalhar tornou-se uma verdadei- ra obsessio para as empresas bem-sucedidas. ‘azer do ambiente um local CONCEITOS DE HIGIENE DO TRABALHO Ahigiene do trabalho pretende garantir um ambien- te de trabalho saudavel e seguro. Higiene do Trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa & protegéo da integridade fisica e mental do trabalhador, pre- servando-o dos riscos de satide inerentes as ta- refas do cargo @ ao ambiente fisico onde sao executadas. Relaciona-se com 0 diagnéstico € prevengao das doengas ocupacionais a partirdo estudo e controle de duas variaveis: o homem e ‘seu ambiente de trabalho.’ ‘¢ Higiene do Trabalho esta relacionada com a busca de condigdes de trabalho saudéveis e higiénicas, Satide Ocupacional Uma maneira de definir sade é a auséncia de doen- as. Contudo, 0s riscos de saiide como riscos fisicos ¢ biol6gicos, téxicos e quimicos, bem como condi Ges estressantes de trabalho podem provocar ris- cos no trabalho. © ambiente de trabalho em si tam: bém pode provocar doencas. Uma definigio mais pla de satide € 0 estado fisico, mental e social de bem-estar.” Essa definigao enfatiza as relagdes entre corpo, mente e padrées sociais. A saiide de uma pes- soa pode ser prejudicada por doengas, acidentes ou estresse emocional.? Os gerentes devem assumir SO Gabriela Passos preocupou-se com a rea de H&S da Baterias Maxima. Com a ajuda do GRH contratou mé- dicos do trabalho e iniciou um recenseamento biols- gico para fazer dois diagnésticos: um diagnéstico hu- mano para verificar o estado de satide das pessoas e quais as medidas médicas profilaticas para recupe- rar sua saéide e um diagnéstico ocupacional para lo- calizar as principais éreas de risco a satide e quais as medidas para reduzir seu impacto sobre a sade dos colaboradores. Gabriela queria tomar duas providén- cias a respeito do diagnéstico ocupacional: 1. Mi sas através de novos processos de trabalho ou terceirizacao de atividades muito perigo- izar as condicées insalubres e perigo- sas. 2. Incentivar 0 uso de equipamentos de protec individual (EPI), como luvas, botas, aventais, mascaras @ roupas especiais para os colabora- dores, Como voce agiria no lugar do GRH? @ 472 Gestao de Pessoas + IDALBERTO CHIAVENATO ELSEVIER também a responsabilidade de cuidar do estado ge- ral de satide dos colaboradores, incluindo seu bem- estar psicolégico, Um colaborador excelente e com- pet pode ser tio improdutivo quando um colaborador doente e hospitalizado. te, mas deprimido e com baixa auto-estima, A saiide ocupacional esté relacionada com a assis- téncia médica preventiva. A Lei 24/94 instituin o Programa de Controle Médico de Saiide Ocupacio- admissional, exa- me médico periddico, exame de retorno ao trabalho (n0 caso de afastamento superior a 30 dias), exame de mudanga de fungio, antes da transferéncia ¢ 0 nal, que exige exame médico pr exame médico demissional nos 15 dias que antece dem o desligamento definitivo do funcionsrio. © programa de medicina ocupacional envolve os exames médicos exigidos legalmente além de execu- tar programas de protecio da saiide dos funciond- rios, palestras de medicina preventiva, elaboracéo do mapa de riscos ambientais, relatério anual ¢ arquivos de exames médicos com avaliagio clinica ¢ exames complementares, visando a qualidade de vida dos co laboradores e maior produtividade da organizacio. Os programas de satide comecaram a atrair a atengdo pois as conseqiiéncias de programas inade quados sao perfeitamente mensuraveis: aumento de pagamentos por indenizagdes, aumento dos afasta- mentos por doenga, aumento dos custos de seguros, aumento do absenteismo ¢ rotatividade do pessoal, baixa produ pressdes sindicais. Os custos de programas inade dade © baixa qualidade, além de quados so altissimos ¢ devem ser evitados com programas profilaticos e preventivos. Um programa de satide ocupacional requer as se- guintes etapas:* 4. Estabelecimento de um sistema de indicado- res, abrangendo estatisticas de afastamentos ¢ acompanhamento de doengas. 2, Desenvolvimento de sistemas de relatérios médicos. 3, Desenvolvimento de regras ¢ procedimentos 10 médica. para preven 4, Recompensas aos gerentes ¢ supervisores pela administragao eficaz da fungio de satide ocu- pacional % AVALIAGAO CRITICA PROBLEMAS DE SAUDE NAS ORGANIZAGOES Os principals problemas de satide nas organizagées estao relacionados com: 1. Alcoolismo e dependéncia qui medicamentos, fumo ete. 2. AIDS: é a sindrome de deficiéncia imunolégica adquirida que ataca o sistema que protege o or- ganismo de doengas. 3. Estresse no trabalho, ansiedad gustia. Exposigdo a produtos quimicos perigosos, como acidos, asbestos etc. 5. Exposicao a condigées ambientais frias, quen- tes, contaminadas, secas, timidas, barulhentas, pouco iluminadas etc. 6. Habitos alimentares inadequados: provocando obesidade ou perda de peso. 7. Vida sedentaria, sem contatos sociais e sem exercicios fisicos. 8. Automedicagao e auséncia de cuidados médi- cos adequados. PS SUGESTOES PARA TORNAR SAUDAVEL O AMBIENTE DE TRABALHO? 1. Assegure que as pessoas respirem ar fresco. O custo desta providénecia ¢ ridiculo quando com- parado com as despesas de limpeza 2. Evite materials suspeitos que emitam odores ou toxinas. Estabeloga uma regra geral: evitar todo material ou instalacao que emita odor ou toxinas, 3. Proporcione um ambiente livre de fumaga. Proi- ba ou estabeleca um local destinado aos fumnan- tes com um sistema de ventilacao. 4, Adote dutos limpos e secos. Dutos de ventilacao 0u ar condicionado quando umidos favorecem © aparecimento de fungos e, conseqiientemen- te, doencas. 5. Preste atengao as queixas das pessoas. Registre as reclamagoes e tome providéncias quanto & higlene do trabalho. 6. Proporcione equipamentos adequados. Evite tra- tumas fisicos com 0 uso da ergonomia. Ergono- mia significa adequagao do ambiente © condi- .@6es de trabalho com o individuo. Cada pessoa é diferente e requer 0 uso de equipamentos que se ajustem as suas caracteristicas individuals. ica de drogas, CAPITULO 15 + Higiene, Seguranca @ Qualidade de Vida gy FISEVIER O TRABALHO DO INCA® © Instituto Nacional do Cancer - Inca - esté utilizando técnicas alternativas, como relaxamento, hidroginasti- cae acupuntura em seus programas de controle do ta- bagismo nas empresas. A Petrobras e os Correios também aderiram @ novidade. O Inca caga 0 fumacé em mais de 500 empresas. Alids, quase todas elas proibem fumar nos seus escritérios e ja tém um fumo- dromo separado. © Estresse no Trabalho E quimicas e mentais de uma pessoa decorrente de stresse (stress) € um conjunto de reagdes fisicas, timulos ou estressores que existem no ambiente. E uma condigao dinamica que surge quando uma pes- soa é confrontada com uma oportunidade, restrigio ja. O 10 das exigéncias c cobrangas, cumprimento do horario de ou demanda relacionada com o que ela des autoritarismo do chefe, desconfianga, pre trabalho, chateza ¢ monotonia de certas tarefas, 0 baixo as ral dos colegas, a falta de perspectiva de progresso profissional e a insatisfagio pessoal nao somente derrubam o bom humor das pessoas, como também provocam estresse no trabalho. O estresse € a soma das perturbacées orginicas e psiquicas provocadas por diversos agentes agressores, como: traumas, emogdes fortes, fadiga, exposicao a situa- g6es contlitivas ¢ problematicas etc. O estresse pro- voca ansiedade e angiistia. Certos fatores relaciona- dos com 0 trabalho, como sobrecarga de atividade, pressio de tempo e urgéncia, relagdes problemati- cas com chefes ou clientes que provocam reagées como nervosismo, inquietude, tensdo etc. Alguns problemas humanos ~ como dependéncia de alcool c abuso de drogas ~ muitas vezes sio decorrentes do estresse no trabalho ou na familia, Existem duas fontes principais de estresse no tra- batho: causas ambientais e causas pessoais.” As cau- sas ambientais envolvem uma variedade de fatores externos € contextuais que podem conduzir ao es- tresse no trabalho. Incluem a programacio de tra~ balho intensivo, falta de trangiiilidade no trabalho, inseguranca no trabalho, fluxo intenso do trabalho € o numero e€ natureza dos clientes internos ou ex- ternos a serem atendidos. Pesquisas® revelam que 0 ruido ambiental decorrente de maquinas funcio- nando, pessoas conversando e telefones tocando, contribui para o estresse em 54% das atividades de trabalho, de de ispoem ao es- ‘As causas pessoais envolvem uma varied caracteristicas individuais que pre tresse. Cada pessoa reage sob diferentes maneiras, nna mesma situagdo aos fatores ambientais que pro- Personalidades do tipo A - aque- las pessoas que so viciadas no trabalho (workabo- lics) e que sao impulsionadas de maneira impulsiva para alcancar metas~geralmente vocam 0 estress to mais sujeitas ao estresse do que as outras. Sua pouca toleréncia para a ambigitidade, fatal de paciéncia, baixa au- to-estima, satide preciria ¢ falta de exereicias fisicos € maus habitos de trabalho ¢ de sono fazem com que elas reajam negativamente ao estresse, seja decor- rente do trabalho ou de problemas pessoas, fami liares, conjugais, financeiros e legais, Ocstresse no trabalho provoca sérias conseqiién- anto para o colaborador como para a organiza Gio. As conseqiiéncias humanas do estresse incltiem ansiedade, depressio, angtistia ¢ varias conseqiién- cias fisicas, como distirbios gastricos e cardiovascu- lares, dores de cabeca, nervosismo ¢ acidentes, Em certos casos, levam ao abuso de drogas, alienacao ¢ redugio de relagdes interpessoais. Por outro lado, 0 estresse também afeta negativamente a organiza- cio, 20 interferir na quantidade ¢ qualidade do tra- balho, no aumento do absentefsmo e rotatividade e na predisposiga0 a queixas, reclamagdes, insatisfa- clo e greves. O estresse no € necessariamente disfuncional Algumas pessoas trabalham bem sob Jequena pres- so e sdo mais produtivas em uma abordagem de co- branca de metas. Outras buscam incessantemente mais produtividade ou um melhor trabalho. Um ni vel modesto de estresse conduz & maior criatividade quando uma simacio competitiva requet_novas a geral, muitas pes- idéias € solugdes.’ Como reg soas nao se preocupam com uma pequena pressio desde que ela possa conduzir a conseqiéncias dese- jadas ou resultados positives. 474 Gestao de Pessoas + IDALBERTO CHIAVENATO ELSEVIER [Cargo Sobrecarga Estressores || Conseq Subjetive Fad 4 | ientais ionais nee Fader ambientas distur fnctadado Monotonia_ i Preacupagaa Programagéo Culpa Papel Ambigtidade Conflito _ Responsabilidace |] Comporta- Acidentes I Fata de apoio b>] mental” eros re Estressores — Estrutura Comuncagao pobr individuais Pouca paricipagao Pouca coordenacao Necessidades Tone Rigisoz beeen Cognitive Esquodmerto Pouca concentragao| — Establidade emocional i Cultura aia” Experiéneine | Erros de deciso ee Floxibiidade Sn anne Pouca parteipacao | | | Tolerancia & ambigiidade |___Pouca partici Auto-estima jolégico Cansaco Fsiorea ae ere Padrao de comportamento Proseao alta ; Insdnia externos Economia Vida particular "| Doengas Comunicace | Relaciona- Superiores [ Organi Absenteismo mentos Subardinados »| zacional —_Rotatividade Colegas, > Baixa produtividade L Giientes Baixa qualidade Figura 15.1. Os estressores na vida de cada pess| clas 0."° DEUS COD) BATERIAS MAXIMA. No decorrer das providéncias, Gabriela Passos percebeu que quando nao se adota medidas pre- ventivas as medidas corretivas ficam mals caras, A recuperacao do tempo perdido - e da saide perdi da - exige investimentos mais pesados, Mais vale r. Porém Gabriela apren- Prevenir do que remec deu outra ligdo: de nada adianta mudar as condi: 6es fisicas se nao houver uma mudanga da organi. Zagao do trabalho e da mentalidade das pessoas. Gabriela percebeu que era necessario mudar méto- dos e processos de trabalho, fazer com que as pes- soas se conscientizassem da Importancia de suas vidas e satide e, principalmente, mudar a qualidade de vida no trabalho. Pediu ao RH que a ajudasse a resolver os problemas da empresa. Como o RH deve proceder? EXERCICIO. © que provoca estresse nas pessoas em situagao de trabalho? Forme grupos de § ou 10 alunos. Cada grupo sera ‘cumbido de fazer uma pesquisa em uma ou mais clas- ‘ses da escola para revelar o que mais afeta positiva e negativamente o astral das pessoas no trabalho. Cada grupo deve compor os itens do questionario para a Pesquisa, como, por exemplo: Caso Sus CSc Ms Confianga do Chete Autoritarismo do Chefe Sinceridade dos colegas _Desrespeito dos colegas Simpatia da equipe Desorganizacao Alegria no ambiente Baixo Astral e mau humor Flexibilidade nos Rigidez nos procedimentos procedimentos Reconhecimento e elogios Falta de consideragéo as pessoas Siléncio Ruido s CAPITULO 15 + Higiene, Seguranca e Qualidade de Vida ELSEVIER Cada grupo deve mostrar a classe os resultados de sua pesquisa. No final, os resultados de todos os gru- pos devem ser comparados entre si através de uma mesa-redonda. @ Como reduzir 0 estresse no trabalho Existem varias maneiras de aliviar o estresse, indo desde maior tempo de sono a remédios exéticos como biofeedback e meditagio. Albrecht!" sugere as seguintes medidas para reduzir o estresse: 1. Relagdes cooperativas, recompensadoras e agradaveis com os colegas. 4, Compreender os problemas do chefe ¢ aju 6. Estude o futuro e 2. Nao tentar forgar mais do que cada um pode fazer, 3. Relagdes construtivas e eficazes com o gerente. dé Jo a compreender os seus. 5. Negociar com o gerente metas realisticas para © trabalho. Esteja preparado para propor me- 128, apesar daquelas que Ihe foram impostas. prenda como se det com eventos possiveis. 7. Encontre tempo para desligar-se das preocu- Pi i pr pagées e relaxar, 8. Ande pelo escritério para manter sua mente trangiiila ¢ aler pets DICAS PARA REDUZIR O ESTRESSE NO LOCAL DE TRABALHO? ‘ANorthwstern National Life Insurance Co. dé algumas dicas sobre o estresse: 1. Permita que os empregados conversem amigavel- ‘mente entre si: colaboradores habituados a uma atmosfera livre @ aberta em que possam consul- tar-se com colegas sobre assuntos de trabalho en- frentam 0 estresse com mais humor. 2. Reduza contlitos pessoais no trabalho: colaborado- res podem resolver contlitos por meio de comuni: cages abertas, negociagées @ respeito mituo. Duas coisas séo bésicas: trate as pessoas com eqliidade e defina expectativas quanto ao trabalho. 3. D6 aos colaboradores 0 controle sobre como de- vem fazer 0 seu trabalho: 0s colaboradores sen- tem-se orgulhosos e produtivos e sao mais capa- zes de lidar com 0 estresse quando tém controle sobre 0 que fazer em seu trabalho, 4, Assegure adequada assessoria e orgamentos de despesas: as empresas necessitam reduzir cus- tos e apertar orgamentos de despesas, mas as pessoas podem contribuir com sugestées, con- ciliando a necessidade de economia com a de assessoria, 5. Fale abertamente com os colaboradores: os ge- rentes devem manter suas equipes informadas so- bre as boas ou més novidades e deve dar a elas oportunidades de participar e decidir sobre tais assuntos. 6. 10. Apbie os esforgos dos colaboradores: pergunte re- gularmente a eles como esto indo em suas ativida- des e indague sobre assuntos relacionados @ 08 ni- vels de estresse serdo signiicativamente reduzidos. ". Proporcione beneticios pessoais competitivos: as pessoas que dispdem de tempo para relaxar @ re carregar energias apés um trabalho duro sao me- nos passivels de desenvolver doencas relaciona- das com estresse. |. Mantenha os niveis atuais de beneficios aos colaboradores: cortes em beneticios, como segu- ro satide, seguridade social, férias afastamentos Por doenca acrescentam estresse nos colabora- dores. Deve-se pesar e comparar economias de dinheiro com custos elevados de afastamentos e descontentamento, 1. Redluza a quantidade de papelério para os colabo- radores: a empresa pode baixar os niveis de ab- senteismo quando assegura que o tempo de seus colaboradores nao sera gasto em procedimentos inuteis e papelério desnecessario, Reconhega e recompense os colaboradores: um tapinha nas costas, uma palavra publica de re- conhecimento, uma promogao ou um bonus pelo desempenho ou contribuicao de um cola- borador podem aumentar o moral e a produtivi- dade do pessoal. 475 476 Gestao de Pessoas + IDALBERTO CHIAVENATO ELSEVIER 9. Verifique os raidos em seu trabalho e busque meios para reduzi-los. 10. Saia do escritério algumas vezes para mudar de cena e esfriar a cuca. 11, Reduza o tempo em que concentra atencao. Delegue rotina e papeldrio. 12, Limite interrupgdes: programe perfodos de isolamento e de reuniées. 13. Nao fique muito tempo lidando com proble mas desagradaveis. 14, Faca uma relagao de assuntos preocupantes. Liste 0s prioritarios e as providéncias sobre METODOS PARA REDUZIR O ESTRESSE estresse pode ser reduzido através das seguintes providéncias: © Planejamento: o estresse pessoal e da vida no trabalho pode ser administrado através do pla- nejamento. Disponha de tempo para planejar ‘seus objetivos pessoais e de carreira. No traba- tho, tenha tempo para planejar suas atividades do dia seguinte. Ou como relacionar seus obje- tivos com os da organizagao. : exert cada um para que néo fiquem rondando sua © Exercicio tisie ios regulares contr. buem para a satide fisica e ajudam a reduzir 0 meméria, estresse em conseqiiéncia do condicionamen- to fisico. A organizacio, gerentes de linha e especialistas * Dieta: estresse prolongado pode reduzir seu de RH podem colaborar na identific: do estresse no trabalho. Para o gerente de linha, oe redu suprimento de vitaminas, tornando-o susc vel de doengas. Uma boa dieta alimentar 6 es- isto inclui monitorar cada colaborador para identi- sencial. ficar sintomas de estresse informar os remédios ‘ ; © Biofeedback: é uma técnica terapéutica utili organizacionais disponiveis, como transferéncias zada no tratamento de dores de cabeca, pres. de cargo ou aconselhamento. Os especialistas de RH pod ficar fontes organizacionais de estresse, refinando sao sangiiinea elevada, tenséo muscular e fazer pesquisas de atitudes para identi- outros problemas. Envolve a moritoregto de uma ou mais fungdes organicas através de 08 procedimentos de sclegio e colocagio para asse- equipamentos eletrénicos que sinalizam o gurar a adequacao entre pessoa e cargo, bem como paciente com luzes ou sinais para que a pes- propor um planejamento de carreiras em fungio 0 aprenda a controlar ondas cerebrais, pul- de suas atitudes. 50, pressdo sangiinea e a temperatura dos pés ou das maos. Seguranga no Trabalho * Meditacéo ou relaxamento: filosofias e técni- cas asidticas incluem meditacdo, meditacao A seguranga do trabalho envolve trés areas princi- transcendental, yoga e zen. A pessoa fecha pais de atividade: prevengao de acidentes, preven- seus olhos, relaxa e inspira e expira 0 ar, a0 io de incéndios e prevencao de roubos, Abordare- mesmo tempo em que repete uma palavra sim- mos a primeira delas: prevengio de acidentes. ples ou um mantra. A repeticao ajuda a eliminar A seguranga no trabalho esta relacionada com a pensamentos negatives. © processo leva 20 prevengio de acidentes ¢ com a administragio de minutos. Ha variagdes como tensionar e relaxar riscos ocupacionais. Sua finalidade é profilética no 05 misculos do corpo todo. sentido de antecipar-se para que 0s riscos de aciden ‘© Psicoterapia: uma variedade de técnicas inter- tes sejam minimizados. pessoais é usada para reduzir o estresse com a Um programa de seguranga no trabalho requer as ajuda de um psicoterapeuta. seguintes etapas:!? © Psicanalise: é uma forma de psicoterapia, du- rante a qual o psicanalista analisa os estratos, mais profundos da personalidade para desco- brir as raizes do comportamento anormal. 1. Estabelecimento de um sistema de indicado- res e estatisticas de acidentes, CAPITULO 15 * Higione, Seguranca e Qualidade de Vida 477, FISEVIER @& GP DE HOJE © PAPEL DA SEGURANCA NO TRABALHO Algumas organizagées tratam a seguranca no traba- Iho como uma prioridade fundamental. E 0 caso da DuPont, que comegou como fabricante de explosives no decorrer do século XIX. Dai sua extrema preocupa- ¢40 com a seguranga. Na fabrica de poliester na Ale- manha, em todas as manhés, o diretor geral e todos os gerentes se rednem as 8:45 horas para rever 0 que aconteceu no dia anterior. © principal item de discus- so nao € a producao, mas a seguranca. Somente apés terem analisado os relatérios de acidentes e as, providéncias tomadas a respeito, & que os dirigentes comecam a discutir os demais assuntos como quali- dade, producdo e custos.'° Os indices de acidentes na DuPont sao de 0,12 acidente por 100 empregados contra a média anual de 23 do National Safety Council estimada para todos 0s fabricantes americanos. Se a DuPont estivesse nessa média geral ela gastaria mais, de US$ 26 milhées em custos de acidentes, o que re- Presenta 3,6% de seus lucros. Para cobrir essa dife- renga, a DuPont teria que aumentar suas vendas em US$ 500 milhées e buscar um retorno liquido de 5,5%."® Sem um total comprometimento da alta dire- G40, qualquer tentativa de reduzir acidentes tera pou- 0 sucesso. E 0s gerentes e supervisores constituem © elo de ligacao na cadeia administrativa que para o programa seja um sucesso. @ 2. Desenvolvimento de sistemas de relatérios de providéncias. 3. Desenvolvimento de regras € procedimentos de seguranga. 4. Recompensas aos gerentes e supervisores pela administragio eficaz da fungao de seguranga, Prevencao de Acidentes Anualmente sao divulgadas estatisticas de acidentes que ocorrem no pais com 0 ntimero de mortos, feri- dos, aleijados, incapacitados para o trabalho e inca- paci sas. Em um ano, os EUA presenciaram 6.200 mortes tados para a vida normal. Sio perdas desastro- e mais de 6,5 milhdes de pessoas com lesGes corpo- rais resultantes de acidentes no trabalho. No Brasil, ocorrem cerca de 1.000 acidentes por dia em mé dia, proporcionando 370.000 acidentes por ano. Acidente é um fato nao premeditado do qual resuk- ta dano considervel.'” © National Safety Council de fine acidente como uma ocorréncia numa série de fa tos que, sem intengio, produz lesio corporal, morte ou dano m: rial.'* Essas definigdes consideram 0 aci- dente como um fato siibito, inesperado, imprevisto (embora algumas veres previsivel) ¢ nao premeditado ou desejado; e, ainda como causador de dano consi- deravel, embora nao especifiquem se se trata de dado no fisico as econdmico (prejuizo material) ou de pessoas (dor, sofrimento, invalidez ou morte)..” Os acidentes no trabalho sao clasificados em: 1. Acidente sem afastamento. Apés 0 acidente, a pessoa continua trabalhando e sem qualquer ou prejuizo consideravel. Este tipo de acidente nao provoca o afastamento do traba- seqiie Iho ¢ nem é considerado nos célculos dos coe- ficientes de freqiiéncia (CF) e de gravidade (CG), embora deva ser investigado e anotado em relatério, além de exposto nas estatisticas mensais. 2. Acidente com afastamento. E. 0 acidente que provoca o afastamento da pessoa do trabalho. Pode ser classificado em a. Incapacidade temportria: Provoca a perda temporaria da capacidade para o trabalho e cujas seqitelas se prolongam por um perfodo menor do que um ano, No retorno ao traba- Sy CONCEITOS DE SEGURANCA DO TRABALHO ‘© Seguranga do trabalho é o conjunto de medidas de ordem técnica, educacional, médica e psico- quer eliminando as condigées inseguras do ambien- légica utilizadas para prevenir acidentes te, quer instruindo ou convencendo as pessoas da impiantagao de praticas preventivas.”” Seguranga do trabalho esta relacionada com ‘condigdes de trabalho seguras saudaveis para as pessoas. Gestdo de Pessoas + IDALBERTO CHIAVENATO ELSEVIER tho, a pessoa assume sua fungdo sem qual- quer reducio da sua capacidade de trabalho. b. Incapacidade parcial permanente: Provoca a redugio parcial e permanente para 0 tra- balho cujas seqitelas se prolongam por periodo maior do que um ano. f geralmen: te motivada por: © Perda de qualquer membro ou parte do mesmo, © Reducio da funcao de qualquer mem- bro ou parte do mesmo. © Perda da visio ou reducio funcional de um olho. © Perda da audigio ou reducdo funcional de um ouvido. © Quaisquer outras lesdes orgdnicas, per- turbagdes funcionais ou psiquicas que resultem, na opinido do médico, em re- ducio de menos de tr pacidade de trabalho. ©. Incapacidade permanente total: Provoca a perda total em caréter permanente da capaci quartos da ca- dade de trabalho. E geralmente motivada por ¥ Acidente sem afastamento do trabalho idente trabalho © Perda da visio de ambos os olhos. © Perda da visdo de um olho com reducao em mais da metade da visio do outro. © Perda anatémica ou impoténcia funcional de mais de um membro de suas partes es- senciais (mao ou pé). © Perda da visio de um olho, simultnea a perda anat6mica ow impoténcia funcion: de uma das maos ou de um pé. © Perda da audigao de ambos 0s ouvidos ou, ainda, redugao em mais da metade de sua fungao. © Quaisquer outras lesdes orgénicas, pertur- bacées funcionais ou psfquicas permanen- tes que ocasionem, sob opiniao médica, a perda de trés quartos on mais da capacida de para o trabalho, d. Morte: Oa cidente provoca a morte da pessoa. A Figura 15.2 di uma idéia grafica da classifi- cacao de acidentes no trabalho ¢ quando devem ser registrados para efeito de estatistica de aci- dentes. Acidente com afastamento | do trabalho wrespactade | | is a ro J 4 +t Oacidente no deve sor registrado Oacidente deve ser registrado Figura 15.2. Os acidentes no trabalho e sua classificacao. = CAPITULO 15 * Higione, Seguranca e Qualidade de Vida ELSEVIER SO SR te BATERIAS MAXIMA Gabriela Passos notou que, se todos os colaborado- res estivessem atentos para os problemas de H&S, eles poderiam colaborar nas sugestées e providén- cias para reduzir os problemas da Baterias Maxima. Sua Idéia era fazer com que a H&S fossem responsa- bilidade de linha dos gerentes ¢ fungao de staff dos, especialistas de RH, médicos e engenheiros de segu- ranga. E que cada colaborador assumisse igual res- ponsabilidade pelo assunto. Como fazer essa mudan- a? Como vocé poderia ajudar? @ As Estatisticas de Acidentes A VI Conferéncia Internacional de Estatistica do Trabalho estabeleceu em 1947 dois coeficientes para medir, controlar e avaliar os acide1 sno tra balho: o Coeficiente de Freqiiéncia e o Coeficiente de Gravidade. Ambos sio utilizados em todos os pa ies, permitindo comparagées internacionais, além de comparagées entre organizacé ramos de atividade. s de diferentes 1. Coeficiente de Freqiténcia (CF): significa o mi- mero de acidentes com afastamento em cada um milhio de homens/horas trabalhadas, no perfodo de tempo considerado, que pode ser mensal ou anual. E um indice que relaciona o mimero de acidentes com cada um milhao de homens/horas trabalhadas, a fim de propor- cionar comparagGes estatisticas com todos os tipos e tamanhos de organizagées. O calculo do CF se baseia nas seguintes in- formagées: a. Niimero médio de colaboradores: & 0 efeti- vo de pessoal no periodo de tempo consi- derado. Envolve todo o pessoal da organi- zagao de todas as 4reas ¢ niveis. Além do coeficiente global, pode- para cada uma das unidades (departamen- tos, secdes), em periodos mensais e anuais para efeito de comparacao interna utilizar 0 CF b. Homens\horas trabalhadas: € a multiplica- gio do ntimero médio de colaboradores pelo total de horas de trabalho no perfodo lerado. Sao as horas em que as pes- soas esto sujeitas a acidentes no trabalho. consi No namero de horas/homens trabalhadas sao incluidas horas extras e excluidas horas remuneradas nao trabalhadas (como as de correntes de faltas abonadas, licengas, rias, enfermidades e descanso remunera- do}. Em geral, consideram-se 8 horas por dia de trabalho. ‘A formula do CF é a seguinte: N° de acidentes com afastamento x 1.000.000 Nde homens/horas trabalhadas 2. Coeficiente de Gravidade (CG): significa o mi- mero de dias perdidos e computados em cada um milhdo de homens/horas trabalhadas no perfodo de tempo considerado. Esse perfodo £ um indice que re- laciona o tempo de afastamento (gravidade do acidente) em cada um milhao de homens/ho- ras trabalhadas, para permitir comparacées pode ser mensal ou anual com outros tipos e tamanhos de organizagses. O calculo do Ci formagées: 3 se baseia nas seguintes in- a. Niimero de dias perdidos por afastamentos: € 0 total de dias nos quais os acidentados fi- cam incapacitados para o trabalho em con- segiiéncia de acidentes com incapacidade temporaria. Os dias perdidos sio contados a partir do dia seguinte ao do acidente até o dia da alta médica, inclusive, Na contagem dos dias perdidos incluem-se os domingos, feriados ¢ quaisquer dias em que nao haja trabalho na organizagao. z Dias perdidos transportados: € 0 wotal de dias perdidos por afastamentos no més an- terior ou anteriores, quando o CG abrange o periodo anual ou quando o afastamento é maior do que o periodo. 479 439 Gestao de Pessoas + IDALBERTO CHIAVENATO ELSEVIER ©. Dias computados e debitados: € 0 total dos dias computados por reducio da capacidade ‘ou morte dos acidentados. Ha uma tabela convencional de uso universal que tr a morte ou incapacidade permanente, total ou forma parcial, em dias de trabalho perdidos. A formula do CG é a seguinte: N° de dias perdidos + N° de dias _computados x 1.000.000 N&de homens/boras trabalhadas Em funcio do tipo de atividade ¢ dos riscos de acidentes envolvidos, cada tipo de organizag apresenta uma determinada tendncia de CF e CG. Certas organizagées apresentam elevado CF (mui- tos acidentes) ¢ elevado CG (com afastamentos lon- gos). Outras, um elevado CF (muitos acidentes) acompanhado de baixo CG (pouca gravidade). Ou- tras, um baixo CF (poucos acidentes) ¢ elevado Ct (muita gravidade e afastamentos longos). Outras, ainda baixos coeficientes de freqiiéncia ¢ d gravi- dade. Este seria o ideal, Causas dos Acidentes no Trabalho Em todo acidente no trabalho estéo presentes os se guintes elementos: 1. Agente: € 0 objeto ou substancia (maquina, lo- cal, equipamento que poderiam ser adequada- mente protegidos) diretamente relacionados com a lesio, como prensa, mesa, martelo, es- cada, parede ete A parte do agente: € a parte do agente que esta diretamente associada ou relacionada com a lesio, como volante, pé da mesa, cabo do mar- telo, piso da escada, acesso & parede ete. 3.A condigdo insegura: 6 a condicao fisica ou mecinica existente no local equipamento ou na instalag na_méquina, > (que poderia TES COEFICIENTES DE FREQUENCIA E DE GRAVIDADE Estudo feito pela Associagao Brasileira para Preven- go de Acidentes mostra que os géneros de indis- trias com os maiores CFs séo: © Construgao civil (76,88), a campea do niimero de acidentes. © Extragao de minerais (57,02). © Indistria extrativa vegetal (56,89). © Metalurgia (56,46), Os menores CFs encontrados sao: © Industria de perfumaria, sabes e velas (1 1,59). * Industria de material elétrico e de comunicagées (19,89) '* Servicos de produgao e distribuigao de energia elétrica (20,99). © Material de transporte (25,33). Por outro lado, os maiores CGs sao: © Extracdo de minerais (2.527), a campea dos aci- dentes graves. © Construgio civil (2.494). © Madeira (2.274) © Servigos de producdo e distribuigo de energia elétrica (2.074), Metalirgica (2.049), Os menores CGs sao: © Industria do mobiliério (606). Industria do vestuario, calcado e artefatos de teci- dos (518) Industria de material elétrico @ de comunicagées (672) Industria de material de transporte (773). Para o National Safety Council americano os maiores CFs estéo nos ramos de construgao, transportes ma- ttimos e mineragdo subteranea. S40 os lugares onde 0s acidentes sao mais freqiientes. Por outro lado, os maiores CGs esto nas pedreiras, mineragéo de superticie, construcdo e mineracao subterrénea. ‘Sao 0s lugares onde os acidentes séo mais graves @ perigosos. ¥ CAPITULO 18 + Higiene, Seguranca e Qualidade de Vida 481 ELSEVIER COMO DESENVOLVER UM PROGRAMA DE H&s*" 1. Envolva a administragao e colaboradores no de- senvolvimento de um plano de higiene e segu- ranea. Todas as pessoas da organizagao devem compreender que o plano é util e benéfico para todas as partes envolvidas. 2. Retina 0 apoio necessario para implementar 0 Plano. Nenhum plano funciona por si mesmo, Pois necesita de um patrocinador para sua cau- sae que proporcione energia e recursos para to- car o plano e fazé-lo confiavel. 3. Determine os requisitos de higiene e seguranga. Cada local de trabalho tem diferentes necessi- dades para atender a requisitos de higiene e se- guranga. 4. Avalie os riscos existentes no local de trabalho. \dentifique os problemas potenciais de H&S que existem no trabalho e quais as medidas preven- tivas necessarias. 5. Corrija as condicées de risco existentes. Ao identificar riscos potenciais existentes, procure elimina-los, reduzi-los ou controlé-los através dos meios possiveis. 6. Treine os colaboradores em técnicas de H&S. Torne 0 treinamento obrigatério em H&S para todos 0s colaboradores. Todos devem ser tre- inados sobre como executar o trabalho de ma- neira segura e saber como utilizar seu equipa- mento de seguranca Desenvolva a preocupacao de tornar o trabalho isento de riscos. Busque meios para relatar su- gestdes incluindo procedimentos de emergén- cia, Assegure a manutengao preventiva dos equipamentos e das instalagées. 8. Melhore continuamente o programa de H&S. A partir da implementacao do programa, ele deve ser continuamente avaliado, incentivado e me- Ihorado. A documentagao do progresso ajuda a analisar sua melhoria. @ x ter sido protegida ou corrigida) ¢ que leva a ocorréncia do acidente, como piso escorrega- dio, oleoso, molhado, com saliéneia ou bura- co, maquina desprovida de protegio ou com polias ou partes méveis desprotegidas, instala- Gio elétrica com fios descascados, motores sem fio-terra, iluminagio deficiente, 4. O tipo de acidente: € a forma ou modo de con- te do acidente e 0 acidentado, tato entre 0 agen ou o resultado desse contato como batidas, tombos, escorregées, choques, rrombadas etc. 5. O ato inseguro: & a violacao de procedimento 0 como seguro, ou seja, deixar de usar equi ou conversar durante o servico, fumar em amento de protegio individual, dis rea proibida, lubrificar ou limpar maquina li- gada ou em movimento. 6. O fator pessoal de inseguranga: € qualquer ca racteristica, deficiéncia ou alteragdo mental, psiquica ou fisica— acidental ou permanente ~ que permite ou provoca o ato inseguro. $0 problemas como visio defeituosa, audicao de- ficiente, fadiga ow intoxicagao, descuido, de- satengo, problemas particulares, desconheci mento das normas de seguranca, Mas 0 que causa o acidente no trabalho? Existem duas causas basicas de acidentes no local de traba- Iho: as condig6es inseguras ¢ os atos inseguros. 1. Condicdes inseguras: constituem as principais causas dos acidentes no trabalho. Incluem fa- tores como: © Equipamento sem protegio. Equipamento defeituoso. © Procedimentos arriscados em maquinas ou equipamentos. © Armazenamento inseguro, congestionado ou sobrecarregado, © Tamina © Ventilacio imprépria on fonte de ar impuro. © Temperatura xa no local de trabalho. © Condigées fisicas ou mecanicas inseguras que sao zonas de perigo. 10 deficiente ou imprépria nuito elevada ou muito bai- As providéncias consistem em eliminar ou mini- mizar as condigées inseguras. Outros fatores aci- dentais e que sio considerados condig6es inseguras © cargo em si, a programacao de trabalho pro- Jongado ¢ 0 clima psicolégico do local de trabalho.

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