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METROLOGIA
Prof. Fernando Teixeira Filho
Ementa
Introdução e conceitos fundamentais. Sistemas de unidades. Régua graduada, metro e trena. Paquímetros: características
e aplicações. Micrômetros: características e aplicações. Blocos padrão. Relógio comparador. Medição angular. Tolerâncias
de fabricação. Controle dimensional de roscas. Calibração.
Objetivos Gerais
Ao final do curso, o aluno deverá: 7. Verificar superfícies planas, reios, folgas e roscas.
1. Empregar corretamente a terminologia adequada em 8. Medir ângulos em peças utilizando o transferidor, o
Metrologia. esquadro eou o goniômetro.
2. Converter medidas do sistema métrico para o sistema 9. Medir peças utilizando micrômetros externos e internos
inglês e vice-versa. com resolução de 0,01 mm, 0,001 mm e 0,005 mm.
3. Identificar as características metrológicas dos 10. Consultar corretamente a tabela de ajustes e
instrumentos. tolerâncias.
4. Executar medições utilizando paquímetros com resoluções 11. Diferenciar os diversos tipos de roscas encontradas
de 0,05 mm, 0,02 mm, 1/128” e 0,001”. comercialmente.
5. Aplicar a técnica de utilização dos blocos-padrão. 12. Saber a importância da calibração dos instrumentos de
6. Utilizar o relógio comparador adequadamente. medição.
Conteúdo Programático
Unidade 1: Introdução à Metrologia Unidade 7: Blocos padrão
1.1. A importância da Metrologia; 7.1. Materiais
1.2. Metrologia em nosso cotidiano; 7.2. Classificação de blocos padrão
1.3. Fontes de erro, erros de medição e exatidão 7.3. Jogos, técnica de empilhamento e conservação.
das medidas.
Unidade 8: Relógio comparador
Unidade 2: Conceitos fundamentais da Metrologia 8.1. Aplicações
2.1. Divisão de escala 8.2. Nomenclatura das partes principais
2.2. Resolução 8.3. Princípios de funcionamento
2.3. Faixa de medição 8.4. Técnica de utilização
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6388. Relógios comparadores com leitura de 0,01 mm.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6393. Paquímetros com leitura de 0,1 mm e 0,05 mm.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6670/1981. Micrômetros externos com leitura 0,01 mm.
INMETRO. Vocabulário Internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia.
Metrologia – Telecurso 2000 – Curso Profissionalizante.
Apostila de Metrologia. Varginha: CEFET-MG
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Algarismos Significativos
Exemplo: Desejamos medir uma barra metálica, com uma trena cujas divisões da escala estão em centímetros.
Cada divisão vale 1 cm. O comprimento AB tem 13 divisões completas. A fração entre 13 cm e 14 cm não pode
ser medida, mas pode ser estimada. Vamos supor que 3 pessoas fazem a leitura e registram:
Nas três leituras a dúvida está no algarismo da fração de centímetro (0,8, 0,6 e 0,7 cm). Este algarismo, portanto,
é duvidoso.
O resultado de uma medida é composto pelos algarismos corretos e também um, e apenas um, algarismo
duvidoso. Os algarismos corretos e o algarismo duvidoso são os algarismos significativos.
Exemplos
13,1 cm 3 algarismos significativos
5 cm 1 algarismo significativo e ele próprio é duvidoso
9,0 cm 2 algarismos significativos
9,00 cm 3 algarismos significativos
0,006 cm 1 algarismo significativo
Algarismos significativos são todos os algarismos necessários na notação científica, exceto o expoente.
-3
0,006 = 6 x 10 1 algarismo significativo
0
2 = 2 x 10 1 algarismo significativo
-1
9,0 = 90 x 10 2 algarismos significativos
12,1 = 1,21 x 101 3 algarismos significativos
-3
1,001 = 1001 x 10 4 algarismos significativos
Observações importantes
a) O algarismo à esquerda, diferente de zero, é o algarismo mais
Exemplo: 100,0 – 0720 – 0,00054 – 0,0023400
significativo.
b) Se não houver vírgula, o último algarismo à direita diferente de zero
Exemplos: 260 – 1000 – 224 – 0170
é o algarismo menos significativo.
c) Havendo vírgula, o último algarismo à direita é o algarismo menos
Exemplos: 27,0100 – 0,0020 – 100,0 – 209,99
significativo.
d) A quantidade de algarismos significativos de um número é a
Exemplos: 27,0100 (6 A.S.) – 0,0020 (2 A.S.) –
quantidade de dígitos do algarismo mais significativo ao menos
299,99 (5 A.S.), 100,0 (4 A.S.) – 100 000 (1 A.S.)
significativo.
e) O número 2030 tem 3 algarismos significativos. Se o último zero for importante, deve-se escrever 2,030 x 103 (4 A.S.).
2 3
f) 5 = 0,5 x 10 = 0,05 x 10 = 0,005 x 10 (1 A.S.)
g) Note que L = 22,5 cm e L = 0,225 m representam a mesma medida e têm o mesmo número de algarismos significativos.
h) Matematicamente 8 = 8,0 = 8,00 = 8,000 ....
Fisicamente 8 ≠ 8,0 ≠ 8,00 ≠ 8,000 ≠ ......
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Exemplo 1:
Exemplo 1 Exemplo 2
2, 222 5, 7764
0, 138 1, 2
Resposta: 10,0 g
2, 22 Resposta: 8,34 m 3, 110
3, 765 10, 0864
8, 345
Fazer a operação com todos os algarismos. O resultado deve ter o mesmo número de algarismos significativos do fator
com menor quantidade de algarismos significativos.
Exemplos
2
a) 33,314 cm x 26,0 cm = 866,164 = 866 cm
b) 32,794 cm x 3,1 cm = 101,6614 = 1,0 x 102 cm3
2
Técnicas de arredondamento
Para arredondar um numero deve-se verificar quantos algarismos deverão ficar no final numa única operação e
proceder da seguinte forma.
a) Se o algarismo à direita do último dígito que se pretende representar for inferior a 5, 50, 5000, ..., apenas
desprezam-se as demais dígitos à direita.
Exemplos:
3,141592 com 3 A.S. 3,14 5,91338 com 3 A.S. 5,91 204, 91298 com 5 A.S. 204,91
b) Se o algarismo à direita do último dígito que se pretende representar for maior que 5, 50, 500, ...., adiciona-se uma
unidade ao último dígito representado e desprezam-se os demais dígitos à direita.
Exemplos:
3,141592 com 5 A.S. 3,1416 5,91638 com 3 A.S. 5,92 204, 91298 com 3 A.S. 205
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c) Se o algarismo à direita do último dígito que se pretende representar for 5, 50, 500, ..:
• Adiciona-se uma unidade ao último dígito representado e desprezam-se os dígitos à direita, se esse dígito
for originalmente impar.
3,141592 com 4 A.S. 3,142 5,97538 com 3 A.S. 5,98 204, 93598 com 5 A.S. 204,94
• Desprezam-se os demais dígitos à direita se esse dígito for originalmente par ou zero.
3,146592 com 4 A.S. 3,146 5,90538 com 3 A.S. 5,90 204, 92528 com 5 A.S. 204,92
Exercícios
1) Duas barras metálicas A e B são interligadas. Qual é o comprimento final, se A = 118,7 mm e B = 13,624 mm?
O sistema inglês tem a jarda como padrão. Este termo vem da palavra
inglesa yard, que significa “vara”, em referência a uso de varas nas
medições. Esse padrão foi criado por alfaiates ingleses.
No século XII, em conseqüência da sua grande utilização, esse padrão
foi oficializado pelo rei Henrique I. A jarda teria sido definida como a
distância entre a ponta do nariz do rei e a de seu polegar, com o braço
esticado. A exemplo dos antigos bastões de um cúbito, foram
construídas e distribuídas barras metálicas para facilitar as medições.
Apesar da tentativa de uniformização da jarda na vida prática, não se
conseguiu evitar que o padrão sofresse modificações.
As relações existentes entre a jarda, o pé e a polegada também foram instituídas por leis, nas quais os reis da
Inglaterra fixaram que:
1 pé = 12 polegadas 1” = 1 in = 1 pol = 25,4 mm
1 jarda = 3 pés 1’ = 1 ft = 1 pé = 0,3048 m = 304,8 mm
1 milha terrestre = 1.760 jardas
Pode-se dividir a polegada em frações ordinárias de denominadores iguais a 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128...
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Conversões de unidades
Exercícios
Converter polegada fracionária em milímetro
Exemplos
Converter para polegada fracionária as medidas em milímetro abaixo.
12, 7 19,8
25, 4 x128 0,5 x128 64" 1" 25, 4 x128 99, 77 100" 25"
12,7 mm = = = = 19,8 mm = = ≅ =
128 128 128 2 128 128 128 32
Regra prática – Para converter milímetro em polegada ordinária, basta multiplicar o valor em milímetro por 5,04, mantendo-
se 128 como denominador. Arredondar se for necessário.
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Exercícios
Converter para polegada fracionária as medidas em milímetro abaixo.
Exemplos
a) Expressar 0.125” em polegada fracionária. b) Expressar 0.625” em polegada fracionária.
Se escolhermos a divisão da polegada em 128 partes, Escolhendo 64 divisões da polegada
0,125 x128 16" 8" 4" 2" 1" 0, 625 x64 40" 20" 10" 5"
0.125” = = = = = = 0.625” = = = = =
128 128 64 32 16 8 64 64 32 16 8
Exercícios
Converter polegada milesimal em polegada fracionária.
a) 0.750” c) 0.3125” e) 4.750”
b) 0.1563” d) 0.9688” f) 1.5625”
Exercícios
Converter polegada fracionária em polegada milesimal
Exemplo
Converter 0.6875” em milímetro Converter 1.250” em milímetro
Solução: Solução:
0.6875” x 25,4 = 17,462 mm 1.250” x 25,4 = 31,750 mm
Exemplo:
a) 5,08 mm b) 18 mm c) 21 mm
5, 08 18 21
= 0.200" = 0.7086" = 0.8268"
25, 4 25, 4 25, 4
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Exercícios
Converter para polegada milesimal as medidas em milímetro indicadas a seguir.
a) 12,7 mm b) 15 mm c) 17 mm d) 22,35 mm
e) 237,89 mm f) 139,70 mm g) 78,45 mm h) 57,15 mm
Exercícios Propostos
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Breve Histórico
A Metrologia (palavra de origem grega – metron: medida e logos: ciência) é a ciência das medidas e das
medições, codificando os conhecimentos relativos às medidas e unidades de medir e estudando a medição de grandezas,
que é uma das mais importantes partes da Física, pois fenômeno algum poderá ser bem definido sem o conhecimento
exato da quantidade de fatores que nele influi.
Não somente na Física, mas, de modo geral em todas as ciências, a metrologia ocupa papel de primeira
importância e, muito justamente, pode ser classificada como sendo uma ciência básica.
As trocas e o comércio entre os povos trouxeram, desde a antiguidade, a necessidade de serem estabelecidas
unidades de medir para as mercadorias, devido à grande diversidade de unidades, medidas e suas denominações, entre
uma região e outra, como variavam também seus valores.
A história das medidas é a história do homem. Desde que o homem domesticou seu primeiro animal e dominou o
fogo, seu progresso tem sido construído sobre a fundamentação das medidas. A taxa do seu progresso através da história
tem estado intimamente relacionada ao seu progresso na ciência da medição. O homem, porém, descobriu logo cedo que
sua habilidade para apenas medir não era suficiente. Para sua medição ter sentido, ela teria que concordar com as
medições de outros homens. Este acordo universal de unidades de medida requereu que padrões fossem adotados, dos
quais todos os homens derivariam suas unidades de medida. A solução do problema não foi tão simples assim. Através da
história têm havido confusões combinadas porque os padrões adotados têm sido mudados, corrompidos ou destruídos.
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Padrões naturais de comprimento, tais como a mão, palmo e a palma foram usados nos primórdios dos tempos,
mas não há registros de qualquer esforço em estabelecer um padrão permanente até a construção da grande pirâmide
Khufu no Egito, em torno do ano 2900 antes de Cristo. O faraó Khufu foi o primeiro a decretar que uma unidade padrão de
comprimento deveria ser fixada. O padrão escolhido foi feito de granito preto e foi chamado de “Cúbito Real Egípcio”. A
história registra que seu comprimento era o equivalente ao antebraço e a mão do faraó. Este padrão foi um padrão de
trabalho, pois nenhum lado da base quadrada da pirâmide desviou do comprimento do seu lado médio de 9000 polegadas
(228,6 metros) mais que 0,05%. Embora a história da tecnologia Egípcia esteja incompleta, nós podemos sumarizar que os
Egípcios também conheciam muito sobre medições de ângulos, já que cada um dos cantos da Grande Pirâmide é um
perfeito ângulo reto dentro de um arco de 12 segundos (1/5 de um grau). Encontrar esta precisão é ainda hoje
suficientemente difícil até mesmo com todas as nossas modernas ferramentas e técnicas.
As figuras abaixo mostram alguns exemplos de padrões que foram utilizados ao longo do tempo pelos homens.
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Muitas vezes, uma área ocupacional apresenta problemas de compreensão devido à falta de clareza dos termos
empregados e dos conceitos básicos. Este tópico enfatiza a terminologia e os conceitos da área de Metrologia.
A seguir se indicam alguns termos principais, tomando como referência o Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM), editado pelo INMETRO de acordo com a Portaria no. 29 de 10 de março de
1995 (disponível no endereço http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/vim.pdf). Maiores informações podem ser
obtidas no referido documento.
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Exemplo:
a) Em um sistema que tem como grandezas de base comprimento, massa e tempo, cujas dimensões são representadas
-2
por L, M e T respectivamente, LMT é a dimensão de força;
-3
b) No mesmo sistema de grandezas, ML é a dimensão de concentração de massa, bem como de massa específica.
Observações:
1) Os fatores que representam as grandezas de base são chamados “dimensões” dessas grandezas de base.
2) Para detalhes da álgebra pertinente ver ISO 31-0.
As seguintes unidades (expressas por seus símbolos) fazem parte do sistema de unidades coerentes em mecânica, dentro
do Sistema Internacional de Unidades, SI:
2 3 -1 -1 -2 -3 -2 -1 -2 2 -2 2 -3
m; kg; s; m ; m ; Hz = s ; ms ; ms ; kg.m ; N = kg.m.s ; Pa = kg.m .s ; J = kg.m .s ; W = kg.m .s
Unidade SI
Grandeza
Nome Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente Elétrica ampère A
Temperatura Termodinâmica kelvin K
Quantidade de Matéria mol mol
Intensidade Luminosa candela cd
O estabelecimento de uma terminologia básica contribuirá grandemente para uma maior compreensão das atividades
relativas à metrologia e seus recursos instrumentais.
A seguir se indicam os termos principais, tomando como referência o Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e
Gerais de Metrologia, editado pelo INMETRO de acordo com a Portaria no. 29 de 10 de março de 1995 (disponível no
endereço http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/vim.pdf).
Ciência da medição. A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos aas medições, qualquer que seja
a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia.
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experimentais. Os outros componentes, que também podem ser caracterizados por desvios padrão, são avaliados por meio
de uma distribuição de probabilidades assumidas, baseadas na experiência ou em outras informações.
Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurando, e que todos os componentes da
incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos sistemáticos, como os componentes associados com correções e
padrões de referência, contribuem para a dispersão.
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Faixa de indicação que ser pode obter em uma posição específica dos controles de um instrumento de medição. Faixa
nominal é normalmente definida em termos de seus limites inferior e superior, por exemplo: “100º C a 200º C”. Quando o
limite inferior é zero, a faixa nominal é definida unicamente em termos do limite superior, por exemplo: a faixa nominal de
0V a 100V é expressa como “100V”.
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Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é
aceito sem referência a outros padrões de mesma grandeza. O conceito de padrão primário é igualmente válido para
grandezas de base e para grandezas derivadas.
A definição atual.
Em 20 de outubro de 1983, na 17ª Reunião do “Le Bureau Internacional des Poids et Measures”, sediado no bairro de
Sèvres, Paris/França, foi determinada a nova definição do metro:
“Um metro é a distância percorrida pela luz, no vácuo, no intervalo de tempo de 1 segundo dividido por 299.792.458”.
Esta definição é universal e se aplica a todo tipo de medições, desde o lar até a astronomia. O metro em si não foi alterado,
o que ocorreu foi mais uma impressionante melhoria na exatidão de sua definição. O erro atual de reprodução por este
-9
meio corresponde a ± 1,3 x 10 , isto é, ± 0,0013 µm. Em terminologia mais atual dizemos 1,3 nm (nm = nanometro) o que
significa um erro de 1,3 milímetros para 1.000 quilômetros.
A definição anterior
Anteriormente, em outubro de 1960 (11ª Reunião do Le Bureau Internacional des Poids et Measures”) o metro era definido
como sendo 1.670.763,73 vezes o comprimento de onda de uma luz emitida pela transição entre os níveis de energia 2p10
86
e 5d5 do átomo de Kriptônio 86 (Kr ) no vácuo. Desta forma conseguia-se uma reprodução do metro com um erro de ±
0,010 µm (10 nm).
Assim, a fascinante história do metro se perde no tempo, acreditando-se que, por volta do ano de 1790, teve início sua
definição especificamente na França, onde procurava-se a definição de um padrão de comprimento que não dependesse
nem do corpo humano nem de materializações deterioráveis pelo tempo.
importância de sua exatidão pode ser diferente. Por exemplo, a medida ∅25 mm tanto pode corresponder a um cabo de
vassoura fabricado em madeira, como ao pino de um pistão de motor. Para o primeiro caso, uma variação de ± 1mm não
afetará sua finalidade, já no segundo caso essa variação tornaria a peça inútil.
O instrumento ideal para cada caso deve ter uma leitura ou resolução de acordo com a medida a ser verificada e sua
tolerância. Assim, recomenda-se que o instrumento possua uma leitura no mínimo igual à décima parte do campo de
tolerância da peça ou, no pior dos casos, igual à quinta parte:
Se considerarmos como exemplo uma peça com tolerância de ± 0,25mm (campo de tolerância = 0,50 mm) podemos
concluir que um instrumento com leitura de 0,05 mm seria satisfatório, porém outro com leitura de 0,10 mm ainda poderia
ser utilizado. Este critério está fundamentado na existência de uma relação direta entre a exatidão de um instrumento de
medição e sua resolução.
O passo seguinte é a definição do tipo de instrumento requerido, levando em conta o tamanho da peça, sua forma, a
pressão e a freqüência com deve ser feira a medição. Existe uma variedade de tipos e capacidade de instrumentos,
facilmente identificáveis nos catálogos de cada fabricante.
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O Sistema Internacional de Unidades é o fundamento da metrologia moderna. Sua abreviatura SI vem do nome
francês Système International d’Unités. O SI é usado internacionalmente por acordos legais mesmo em países com sistema
próprio, por exemplo, os Estados Unidos, onde o sistema nacional de medidas é U. S. Customary System. Entretanto, as
unidades tais como: polegada, pé, jarda, libra, etc., são definidas em termos das unidades bases do SI (1 in = 0,0254 m,
etc.).
O uso do SI proporciona facilidades e segurança. Pode-se lembrar a perda da sonda Mars Climate Orbiter em 23
de setembro de 1999, um programa de US$ 125.000.000 por um simples problema de conversão de unidades. O software
instalado na espaçonave usava unidades SI (newton segundo (N.s) para impulso) e o software da equipe de controle em
Terra usava unidades imperiais lbf.s (libra-força segundo). Como conseqüência, os valores do impulso foram subestimados
e os motores que ajustariam a espaçonave numa órbita a 150 km da superfície foram acionados com um fator 4,45 a mais
(1 lbf = 4,45 N) numa trajetória de choque com a atmosfera marciana.
O Sistema Internacional é um conjunto de definições. Os Laboratórios Nacionais realizam experiências para
expressar as unidades tais como são definidas. Por exemplo, o volt pode ser determinado a partir do metro, quilograma e
segundo. Na sua realização prática em uma célula de junções Josephson, depende de uma correlação de constantes da
natureza.
O Sistema Internacional consiste em 28 unidades (7 unidades de base, 2 unidades derivadas adimensionais e 19
unidades derivadas.
a) Unidades de base
c) Unidades derivadas
Todas as unidades podem ser estendidas sobre uma faixa de 48 ordens de grandeza do seu valor base. Os
multiplicadores são todos potências de 10. Os prefixos da tabela podem ser empregados por unidades que não pertencem
ao SI.
Nome Símbolo Multiplicador Nome Símbolo Multiplicador
yotta Y 1024 deci d 10–1
21 –2
zetta Z 10 centi c 10
18 –3
exa E 10 mili m 10
15 –6
peta P 10 micro µ 10
tera T 1012 nano n 10–9
9 –12
giga G 10 pico p 10
6 –15
mega M 10 femto f 10
3 –18
quilo k 10 atto a 10
2 –21
hecto h 10 zepto z 10
deca da 101 yocto y 10–24
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f) Algumas outras unidades aceitas para uso com o SI, sem restrição de prazo.
Valor em unidades
Grandeza Nome Símbolo Definição
SI
unidade 6
Comprimento UA Distância média da Terra ao Sol. 149 600 x 10 m
astronômica
Comprimento do raio de um circulo no qual o ângulo central
16
Comprimento parsec pc de 1 segundo subtende uma corda igual a 1 unidade 3,0857 x 10 m
astronômica!
Volume litro l Volume igual a 1 decímetro cúbico. 0,001 m³
Ângulo plano igual à fração 1/360 do ângulo central de um
grau º π/ 180 rad
circulo completo.
Ângulo plano
minuto ‘ Ângulo plano igual à fração 1/60 de 1 grau. π/ 10 800 rad
segundo ‘’ Ângulo plano igual à fração 1/60 de 1 minuto. π/ 648 000 rad
Intervalo de
oitava Intervalo de duas freqüências cuja relação é igual a 2.
freqüências
Unidade
-27
(unificada de Massa igual à fração 1/12 da massa de um átomo de 1,66057 x 10 kg
u
Massa massa carbono 12. aproximadamente
atômica)
tonelada t Massa igual a 1000 quilogramas.
minuto min Intervalo de tempo igual a 60 segundos. 60s
Tempo hora h Intervalo de tempo igual a 60 minutos. 3600s
dia d Intervalo de tempo igual a 24 horas. 86400s
Velocidade angular de um móvel que, em movimento de
Velocidade rotação por
rpm rotação uniforme a partir de uma posição inicial, retorna à π/ 30 rad/s
angular minuto
mesma posição após 1 minuto.
-19
Energia adquirida por um elétron ao atravessar, no vácuo, 1,60219 x 10 J
Energia elétron-volt eV
uma diferença de potencial igual a 1 volt. aproximadamente
Divisão de uma escala logarítmica cujos valores são 10
Nível de vezes o logaritmo decimal da relação entre o valor de
decibel dB
potência potência considerado e um valor de potência especificado,
tomado como referência e expresso na mesma unidade.
Divisão de uma escala logarítmica cujos valores são os
Decremento logaritmos neperianos da relação entre dois valores de
neper Np
logarítmico tensões elétricas, ou entre dois valores de correntes
elétricas.
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i) Informações Gerais
• Quando escritos por extenso, os nomes de unidades começam por letra minúscula.
Exemplos: metro, candela, segundo, mol, etc.
• Se a unidade for o nome de um cientista, a regra permanece válida exceto para o grau Celsius.
Ex.: ampère, kelvin, newton, hertz, etc.
• Na expressão do valor numérico de uma grandeza, a respectiva unidade pode ser escrita por extenso ou
representada pelo seu símbolo, não sendo admitidas combinações de partes escritas por extenso com partes por
símbolos.
Exemplos: quilovolts por milímetro ou kV/mm, joule por quilograma e por kelvin ou J/(kg.K), quilograma-metro por segundo
ou kg.m/s
Quando os nomes de unidades são escritos ou pronunciados por extenso, a formação do plural obedece às
seguintes regras básicas.
a) os prefixos SI são sempre invariáveis. Exemplos: deci, mili, quilo, mega, pico, etc.
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b) os nomes de unidades recebem a letra “s” no final de cada palavra, exceto nos casos da alínea c
1. Quando são palavras simples. Por exemplo: ampères, candelas, curies, farads, grays, joules, kelvins,
quilogramas, volts, etc.
2. Quando são palavras compostas em que o elemento complementar de um nome de unidade não é ligado a este
por hífen. Por exemplo: metros quadrados, milhas marítimas, unidades astronômicas, etc.
3. Quando são termos compostos por multiplicação, em que os componentes podem variar independentemente
um do outro. Por exemplo: ampères-horas, newtons-metros, ohms-metros, pascals-segundos, watts-horas
Obs. Segundo esta regra, e a menos que o nome da unidade entre no uso vulgar, o plural não desfigura o nome que a
unidade tem no singular (por exemplo, decibels, mols, pascals, etc.), não se aplicando aos nomes de unidades certas
regras usuais de formação do plural de palavras (por exemplo: moles, decibéis, pascais).
c) Os nomes ou partes dos nomes de unidades não recebem a letra “s” no final
1. Quando terminam pelas letras s, x ou z. Por exemplo: siemens, lux, hertz, etc.
2. Quando correspondem ao denominador de unidades compostas por divisão. Por exemplo: quilômetro por hora,
lumens por watt, watts por esterrradiano, etc.
3. Quando, em palavras compostas, são elementos complementares de nomes de unidades e ligados a estes por
hífen ou preposição. Por exemplo: anos-luz, elétron-volts, quilogramas-força, unidades de massa atômica, etc.
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minutos, 13 h 26 min, 13 h 26 min 18 s. Evitar escrever como relógio digital (13:26 ou 13:26:18”) ou 13h 26m, ou 13h 25min
18seg, ou 13hs 26min 18segs, etc.
2. Quando um símbolo com prefixo tem expoente, deve-se entender que esse expoente afeta o conjunto prefixo-
3 -3 3 3 -9 3
unidade, como se esse conjunto estivesse entre parênteses. Por exemplo: dm = 10 m , mm = 10 m .
Nota: O símbolo do litro (letra l) pode ser escrito em maiúsculo quando causar confusão com o número 1. Exemplo: 21 l, 21
L, etc.
As prescrições desta seção não se aplicam aos números que não representam quantidades (por exemplo,
numeração de elementos em seqüência, códigos de identificação, datas, números de telefone, etc.).
• Para separar a parte inteira da parte decimal de um número, é empregada sempre uma vírgula; quando o
valor absoluto do número é menor do que 1, coloca-se o 0 à esquerda da vírgula. Exemplo: 123,44 – 0,22
– 0,123 – 1,2 etc.
• Os números que representam quantias em dinheiro, ou quantidades de mercadorias, bens ou serviços em
documentos para efeitos fiscais, jurídicos e/ou comerciais, devem ser escritos com os algarismos
separados em grupos de três, a contar da vírgula para a esquerda e para a direita, com pontos separando
esses grupos entre si. Exemplo: R$ 1.354,90 – 113.299 sacolas – colocação de 2.800 peças, etc.
Nos demais casos, é recomendado que os algarismos da parte inteira e os da parte decimal dos números sejam
separados em grupos de três, a contar da vírgula para a esquerda e para a direita, com pequenos espaços entre esses
grupos (por exemplo, em trabalhos de caráter técnico ou científico), mas é também admitido que os algarismos da parte
inteira e os da parte decimal sejam escritos seguidamente (isto é, sem separação em grupos). Exemplo: 13800 V ou 13 800
V – 2,323 34 J ou 2,32334 J, etc.
• Para exprimir números sem escrever ou pronunciar todos os seus algarismos:
a) Para os números que representam quantias em dinheiro, ou quantidades de mercadorias, bens
ou serviços, são empregadas de uma maneira geral as palavras:
mil = 103 1 000
6
milhão = 10 1 000 000
9
bilhão = 10 1 000 000 000
12
trilhão = 10 1 000 000 000 000
Podem ser opcionalmente empregados os prefixos SI ou os fatores da tabela dos múltiplos e
submúltiplos (prefixos do SI), em casos especiais (por exemplo, em cabeçalhos de tabelas).
b) Para trabalhos de caráter técnico ou científico, é recomendado o emprego dos prefixos SI ou
fatores decimais da tabela dos múltiplos e submúltiplos (prefixos SI).
O espaçamento entre um número e o símbolo da unidade correspondente deve atender à conveniência de cada
caso, por exemplo:
a) Em frases de textos correntes, é dado normalmente o espaçamento correspondente a uma ou a meia letra, mas
não se deve dar espaçamento quando há possibilidade de fraude. Exemplo: 12 m – 227 V – 80 km/h, etc.
b) Em colunas de tabelas é facultado utilizar espaçamentos diversos entre os números e os símbolos das unidades
correspondentes.
Exemplos:
2 300V 2300 V 2300 V
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Na forma oral os nomes dos múltiplos e submúltiplos decimais das unidades não pronunciados por extenso,
prevalecendo a sílaba tônica da unidade. As palavras quilômetro, decímetro, centímetro e milímetro consagradas pelo uso
com acento tônico deslocado para o prefixo, são as únicas exceções a esta regra. Assim sendo, os outros múltiplos e
submúltiplos decimais do metro devem ser pronunciados com o acento tônico na penúltima sílaba (mé de mega – mí de
micro – nâ de nano – quí de quilo, etc.), por exemplo, megametro, micrometro (diferente de micrômetro, instrumento de
medição), nanometro, etc.
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