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II UNIDADE

SUGESTÃO DE FILMES: Ensaio sobre a cegueira e Pappillon (borboleta em francês

– o criminoso tinha uma borboleta tatuada), A Outra História Americana (não poderá ser
utilizado!)

CONCEITO DE CRIME, ESCOLAS, MÉTODOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO –

justiça restaurativa

vitimização

O mais importante é saber distinguir as escolas, principalmente a Escola de Chicago. O que é


crime?

Visão antropológica: LOMBROSO (associada a uma patologia, ou um desvio de função por não
ter evoluído; causa genética). Ele explicou porque a pessoa delinquia – quem era o criminoso,
mas não explicou o que era crime (considerou crime aquilo que era definido pela lei penal).

Visão psicológica: fase de transição entre a antropologia e a Criminologia sociologia. Alterações


psíquicas no indivíduo. Fala sobre a causa, mas não traz a definição do que seja crime. Baseia-
se na lei penal. A trajetória da criminologia foi buscar sua autonomia. Mas como ser autônoma
sempre dependendo do conceito de crime do direito penal. Ex: a descriminalização do
adultério. A criminologia que queria buscar as causas do crime para prevenir a conduta
delituosa, não se preocupou com a definição de crime. Mas precisou buscar este conceito para
tornar-se uma ciência autônoma.

Visão socialista:

Questões:

O conceito de crime é universal? Não, o que é crime num país não necessariamente é crime
em outro.

O conceito jurídico-penal de crime é suficiente? Não...

Os critérios penais são confiáveis?

Tudo que é tipificado é, de fato, crime? Nem toda conduta tipificada é destacada como crime.

Contextualização da problemática:

II Congresso Internacional de Criminologia de Paris de 1950. Foi o marco para definição do


conceito de crime. Cada uma (direito penal, criminologia, política criminal) busca dar o seu
próprio conceito do que é ou não crime.

Conclusões histórico-conceituais:

1º momento: crime = conceito legal

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- TAPPAN – crime é o fruto da condenação criminal. Ele dizia que crime não era o que estava
na lei, mas o que foi objeto de condenação. Ou seja, um homicídio que nunca se resolveu não
entrava no seu rol de estudos.

- OBS.: Criminologia socialista (modelos de consenso). Parte do conceito legal de crime. Não se
desvinculou porque houve uma mudança da perspectiva do modelo de Estado do capitalista
para o socialista. Parte de um consenso. Não haveria sentido colocarmos no ramo da
sociologia criminalista um conceito que não fosse legal. Ainda hoje, a criminologia socialista se
baseia num regime legal de crime. Não há porque problematizar a ação do Estado.

- Vantagens: precisão (homicídio: matar alguém) e consistência. Só que esta vantagem é


meramente aparente. Nem tudo que está na legislação penal é alvo da política criminal. Quem
define o tipo penal é o legislador. Essa vantagem de precisão é aparente. Se LOMBROSO fosse

explicar o crime de adultério vinculado ao conceito penal, iria sujeitar suas conclusões às
mudanças da legislação penal. Por isso essa precisão e consistência são meramente aparentes.
Durante a 2º Revolução Industrial houve um aumento da criminalidade patrimonial. Os
estudiosos da época associaram a criminalidade à determinadas sociedades, regiões, clima.

2° momento: busca de autonomia. A criminologia passou a buscar conceitos próprios para


conceituar o crime. Quem se destacou muito foi DURKHEIM (solidariedade mecânica e
orgânica). Como ele foi um dos responsáveis pela autonomia científica da sociologia, buscou a
análise da sociedade pelo viés puramente sociológico.

- THORSTEN SELLIN: Culture and Conflit (1939) . Já é da Escola de Chicago.

- DURKHEIM: lesão a sentimentos de solidariedade coletivo. Ele se baseava na noção de


rompimento da consciência coletiva (ex: pai que matou o estuprador da filha)

- NOÇÃO DE DESVIO. O crime seria analisado como sendo um comportamento desviante.

3º momento: conceito de danosidade social da conduta. Esse grau de danosidade deveria ser
analisado para repercutir...

- Pluralidade de conceitos. Cada estudo que buscou a autonomia conceitual oferecia uma
proposta e fazia uma análise. Não existe consenso. Hoje não se fala de conceito, mas de uma
pluralidade de conceitos. Cada teoria entende o crime sob determinada ótica. Mas, hoje se
desvinculou da ciência penal.

Definições sociológicas:

I. SELLIN: estudo da gênese da norma. Ele é da Escola de Chicago. Como a norma penal é
produzida?

Fez uma análise da produção legislativa relacionando com fenômenos culturais. Quais os tipos
penais que eram produzidos em determinadas sociedades.

– relações com demais fenômenos culturais

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- estudo da anti-normatividade (ex: porque o adultério não é criminalizado em determinadas
culturas. O que é crime, a partir da definição legislativa considerando a cultura de
determinadas sociedades)

II. GARÓFALO: delito natural (piedade e probidade). Cunhou o termo criminologia. Criticou a
tese de LOMBROSO. Haveriam delitos normativos por questões de política criminal (ex:
colarinho branco) e delitos naturais (homicídio, furto, roubo – presentes em qualquer
sociedade). Os delitos naturais rompiam com … (ouvir!)

III. DURKHEIM: lesão da consciência coletiva. Se não lesionasse o sentimento coletivo não seria
considerado crime. Definição reformista:

I. BONGER E SUTHERLAND: critério da danosidade. Não existia um quarto momento porque


ainda não existia a criminologia radical.

- Comportamento proibido pelo Estado contra o qual reagem ou podem reagir os indivíduos. O
Estado seleciona comportamentos que gera danos à sociedade e à sua própria estrutura; e,
alguns indivíduos, se não concordarem, reagem (ex: greve dos MP's – enquadrado pelo MPF
como crime contra a Segurança Nacional). Qual a danosidade do comportamento dos PMs?
Voltar-se contra o próprio Estado que visa a proteger e gerar insegurança para a sociedade.
(ex: greve geral dos profissionais de saúde; o suicídio não traria dano social, portando por essa
perspectiva não seria considerado crime).

Definição radical: Já está na criminologia crítica, que não investiga as causas do crime. Entende
que há um conflito de interesses entre classes e quem detém o poder faz as leis para se
beneficiar (ex: a maioria dos criminosos das penitenciárias brasileiras são: ladrão, traficante e
assassino). Filme: Meu nome não é Jhone (brasileiro); Alcapone (traficante de bebida alcoólica
– só foi preso porque sonegou imposto).

As criminalidades de classes médias e altas não sofrem prioridade na persecução penal.


Pergunta-se: Causa danosidade o uso de droga, de álcool, de cigarro, de Mc Donalds? Se o país
descriminaliza o uso da maconha, ela deixa de ser danosa?

- Rejeição da definição legal de crime. Tudo que está na lei penal é um instrumento de
dominação para manter quem está no poder.

Novo referencial: A criminologia radical teve que propor uma definição para a conduta
criminosa. Utilizaram como parâmetro os direitos humanos. Assim, transnacionalizaram o
conceito de crime.

- Crime é toda violação individual ou coletiva dos direitos humanos.

COMENTÁRIOS DO PROF PANTOJA:

Prezados alunos, notei que alguns de vcs ao responderem às questões da prova ou fugiram do
tema ou simplesmente esqueceram algum dados essenciais. Segue então a resolução básica
das questões.

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Dileta Raquel, neste ato vc foi nomeada representante da turma e como soube que o e-mail da
turma se encontra com problema, favor repassar aos colegas o presente.

1) Para respondermos essa questão, temos que nos valer do conceito proposto por MOLINA
do que é criminologia, conceito esse que abordado quando no início de nossas aulas e que é
aceito por todos os doutrinadores, SENDO inclusive citado EXPRESSAMENTE por SHECAIRA:
"UMA CIÊNCIA EMPÍRICA E INTERDISCIPLINAR, QUE SE OCUPA DO ESTUDO DO CRIME, DA
PESSOA DO INFRATOR, DA VÍTIMA E DO CONTROLE SOCIAL DO COMPORTAMENTO DELITIVO, E
QUE TRATA DE SUBMINISTRAR UMA INFORMAÇÃO VÁLIDA, CONTRASTADA, SOBRE A GÊNESE,
DINÂMICA E VARIÁVEIS PRINCIPAIS DO CRIME - CONTEMPLADO ESTE COMO PROBLEMA
INDIVIDUAL E COMO PROBLEMA SOCIAL - ASSIM COMO SOBRE OS PROGRAMAS DE
PREVENÇÃO EFICAZ DO MESMO E TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO POSITIVA NO HOMEM
DELINQUENTE".

Assim, basicamente a resposta da questão é:

a) FUNÇÃO DA CRIMINOLOGIA - consiste em EXPLICAR E PREVENIR O CRIME, INTERVIR NA


PESSOA DO INFRATOR E DA VÍTIMA E ANALISAR OS DIFERENTES MODELOS DE RESPOSTA AO
DELITO.

b) MÉTODO DA CRIMINOLOGIA - o empirismo (análise e observação da realidade - método


indutivo) e a interdisciplinariedade (ela se interrelaciona com a psicologia, biologia, psiquiatria,
sociologia, etc...);

2) São três:

IDADE DE OURO DA VÍTIMA - aquela compreendida desde os primórdios da civilização até o


início da idade média e consistia basicamente em que ela, a vítima, tinha o poder de reação ao
fato delituoso, A pena era uma garantia vitimária (e não coletiva, como atualmente) que
permitia às vítimas castigar elas próprias as lesões de seus interesses. É a época da lei de
Talião; da autotutela; etc; vale dizer: era a época do máximo protagonismo da vítima.

NEUTRALIZAÇÃO DO PODER DA VÍTIMA - com a adoção do processo penal inquisitivo, a vítima


perde o seu papel de protagonista do processo, passando a ter uma função acessória, quase
inexistente. Tem-se, pois, uma neutralização do poder da vítima que deixa de ter o poder de
reação ao fato delituoso, que é assumido pelos poderes públicos(SHECAIRA). Sendo que até
mesmo institutos como o da legítima defesa aparecem hoje muito regrados, de modo que essa
reação deva sere proporcional à ação e que respeite certos limites, sob pena de excesso na
legítima defesa e responsabilização criminal. É um verdadeiro abandono da vítima (MOLINA).

REVALORIZAÇÃO OU REDESCOBERTA DA VÍTIMA - revaloriza-se o papel da vítima, sobretudo a


partir do término da segunda guerra mundial com a descoberta dos campos de extermínio de
judeus na Europa ocupada pelos nazistas. também pode ser mencionado que , a bem da
verdade, desde a escola clássica, já se tinha a intuição da relevância da vítima nesse processo,
sendo de CARRARA a afirmação de que "não seria moral que os governos se enriquecessem
com os valores das multas impostas pelos delitos que não conseguiam evitar". Esse
movimento, que ainda está em evolução, encontrou eco em inúmeros dispositivos legais
recentemente editados, em que se tem uma preocupação com a figura da vítima.

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No Brasil, podemos citar a indenização civil na sentença penal (art. 387, IV, do CPP);

Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008)

IV - declarará, se presente, a periculosidade real e imporá as medidas de segurança que no


caso couberem;

IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os
prejuízos sofridos pelo ofendido;

e a existência da pena restritiva de direito na modalidade prestação pecuniária em favor da


vítima(art. 45, §1º do CP). vejamos: § 1º A prestação pecuniária consiste no pagamento em
dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social,
de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360
(trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual
condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.

3) CIFRA NEGRA DA CRIMINALIDADE - é a diferença entre os fatos delituosos ocorridos e os


comunicados às agências de controle social, no caso, às agências de controle social formal do
delito. Em alguns casos chega a 99% para os crimes de danos em veículos e 90% para os crimes
sexuais. A existência de maior ou menor de comunicação dos delitos depende da percepção
social da eficiência do sistema policial; da seriedade ou do montante envolvido no crime; do
crime implicar ou não uma situação vexatória socialmente se falando para a vítima (estupro,
conto do "vigário", etc); do grau de relacionamento da vítima com o agressor ( Lei Maria da
Penha, p. ex. ); da coisa furtada estar ou não segurada contra furto; da experiência pretérita da
vítima com a polícia, etc.

4) VITIMIZAÇÃO - CLASSIFICAÇÃO:

VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA - quando o indivíduo é diretamente atingido pela prática de ato


delituoso. Ou seja, os efeitos nocivos para vida ou a saúde decorrentes diretamente do delito,
quais sejam: efeitos físicos, psicológicos, morais, etc;

VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA - é um derivativo das relações existentes entre as vítimas primárias


e o Estado em face do aparato repressivo (polícia, burocratização do sistema, falta de
sensibilidade dos operadores do direito envolvidos com alguns processos bastantes delicados,
a exemplo de estupro de vulnerável, etc). Vale dizer: decorrentes da própria intervenção
estatal, por seu formalismo, distanciamento, frieza, espírito garantista em favor do criminoso
tão em voga nos dias atuais e que a vítima não consegue entender e aceitar...

VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA - é aquela que, mesmo tendo envolvimento com o fato delituoso, tem
um sofrimento excessivo, além daquele previsto ou determinado em lei. É o caso do acusado
que sofre torturas, sevícias ou outros tipos de violência ( às vezes dos próprios outros presos,
como acontece com estupradores); ou ainda o caso de acusado que responde a processo que
evidentemente não lhe deveriam ser imputados (inquéritos abertos por mera perseguição do
delegado, etc). Ou ainda o próprio abandono da vítima decorrente de seu isolamento perante
a comunidade. A estigmatização da vítima de determinados crimes, sobretudo os sexuais. 5)
CONTROLE SOCIAL - conjunto de instituições, estratégias e sanções que pretendem promover

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e garantir o desejado submetimento do indivíduo aos modelos e normas comunitários. É o
"monopólio da força legítima" referido por MAX WERBER, que necessita de mecanismos ou
sistemas disciplinares que assegurem a convivência interna de seus membros, garantindo
assim (ou pretendendo garantir) a conformidade dos objetivos eleitos pela comunidade no
plano social. Para obter-se essa adaptação a seus postulados normativos, de modo a efetivar-
se esse controle social, as comunidades (organizações sociais) se servem de duas classes de
instâncias ou sistemas de controle articulados entre si, quais sejam: instância formal de
controle social e a instância informal.

INFORMAL - passa pela sociedade civil. Operam educando, socializando o indivíduo. São
exemplos a família, escola, profissão, opinião pública, grupos de pressão, clubes esportivos,
etc. Ou seja, tratam de condicionar o indivíduo, de discipliná-lo por meio de um longo e sutil
processo que começa nos núcleos primários (família), passa pela escola, a profissão e a
instância laboral e culmina com a sua atitude conformista - no sentido de estar em
conformidade com a regras - interiorizando no indivíduo as pautas de conduta transmitidas e
apreendidas, o que denomina-se "PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO", de modo que quando essa
instância de controle falha, entra em ação o controle social formal.

FORMAL - identificado com o aparelho político do Estado, com a sociedadepolítica (no dizer de
GRAMSCI). São os controles realizados por intermédio da polícia, da justiça, do exército, do
MP, da Administração Penitenciária, etc.

Atuam de modo coercitivo e impõem sanções qualitativamente distintas daquelas meramente


morais e/ou sociais.

DATA: 29/04/14 OBS.: Haverá 1,0 para participação no CIDEFAN. Quem inscrever um artigo
no concurso terá um 1,0. Tema: Direito Público.

MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA SOCIOLÓGICA (SÃO UTILIZADOS ATÉ HOJE) Inquéritos


Sociais: (ERA UM DOS MÉTODOS MAIS UTILIZADOS PELA ESCOLA DE CHICAGO. RECORTE
ESPACIAL. SELECIONA-SE UMA COLETIVIDADE PARA SER INQUIRIDA. O PESQUISADOR FAZ
UMA SELEÇÃO PRÉVIA DOS QUESITOS. O MÉTODO ERA APLICADO COM A INTENÇÃO DE
APRESENTAR UM DIAGNÓSTICO SOBRE A CRIMINALIDADE)

- Fixa-se interrogatório

- Teoria Ecológica do Crime (O LOCAL DO CRIME TINHA RELAÇÃO DIRETA COM O TIPO DE
CRIME E A FORMA COMO ERA PRATICADO. UTILIZAVA OS INQUÉRITOS SOCIAIS COMO
METODOLOGIA)

Estudos biográficos de casos individuais: (SELECIONA-SE UM ÚNICO INDIVÍDUO PARA ESTUDAR


A SUA HISTÓRIA DE VIDA. DEPOIS QUE VÁRIOS ESTUDOS SÃO REALIZADOS O PESQUISADOR
PODERÁ FAZER UMA PROGNOSE, PREVISÃO (INDIVÍDUOS COM PERFIS SEMELHANTES,
TENDEM A PRATICAR DETERMINADOS TIPOS CRIMINAIS). MÉTODO INDUTIVO. MUITO
UTILIZADO EM ESCOLAS DOS EUA. FILME: A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA.

- Entrevistas, relatos de imprensa (ÀS VEZES O PESQUISADOR NÃO TEM ACESSO AO


CRIMINOSO, MAS A IMPRENSA APRESENTA INFORMAÇÕES DETALHADAS E ISSO ACABA SENDO

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SUFICIENTE PARA SE REALIZAR UM ESTUDO DE CASO).

Observação participante: (TÉCNICA DE ESTUDO DENTRO DE UMA COLETIVIDADE. FILME:


TRATAMENTO DE CHOQUE. O INVESTIGADOR INSERE-SE NO GRUPO PARA ESTUDAR O
COMPORTAMENTO HUMANO EM INTERAÇÃO. TÉCNICA MUITO UTILIZADA PELOS
ANTROPÓLOGOS)

- O investigador participa ativamente na vida do grupo que é objeto de investigação

- Análise de comportamento humano em interação

Técnicas dos grupos de controle: (É UM ESTUDO DE ACOMPANHAMENTO DO


COMPORTAMENTO DE GRUPOS DE INDIVÍDUOS COM DETERMINADAS SEMELHANÇAS
VISANDO TRAÇAR DETERMINADAS CARACTERÍSTICAS)

- Estabelece grupos delinquentes

Estudos de follaw-up : (EX: O PESQUISADOR ACOMPANHANDO O COMPORTAMENTO DE EX


PRESIDIÁRIOS – CONSEGUIU EMPREGO? DELINQUIU NOVAMENTE? MUDOU DE CIDADE?)

- Acompanhar o comportamento delinquente após tratamento individual

Testes: (SÃO EXEMPLOS DE TÉCNICAS SOCIOLÓGICAS)

- Testes projectivos (TESTE DE ROUCHAR(?) - APLICADOS AOS MAGISTRADOS. MUITO


QUESTIONADO. MUITOS PSICÓLOGOS CRITICAM ESTE MÉTODO. IMAGENS SOBREPOSTAS. A
PRIMEIRA IMAGEM QUE O CÉREBRO PROJETA INDICA O PERFIL TENDENCIAL DO INDIVÍDUO)

- Testes de inteligência (EX: TESTES DE QI – RELACIONAR O NÍVEL DE QI COM DETERMINADOS


TIPOS CRIMINAIS)

Tipologias: (CRIA TIPOLOGIAS CRIMINOSAS, PARECIDOS COM A METODOLOGIA UTILIZADA

POR LOMBROSO)

Estatísticas criminais: (COLETA DE DADOS REALIZADA POR INSTITUIÇÕES OFICIAIS.


ENTRETANTO, NEM TODO DELITO É CONTABILIZADO – CIFRA OCULTA ; A TEORIA CRÍTICA
CRITICA AS ESTATÍSTICAS CRIMINAIS PORQUE OS ÓRGÃOS OFICIAIS RECORTARIAM OS TIPOS
CRIMINAIS A SEREM PERSEGUIDOS E/OU ESTUDADOS), ESSES MÉTODOS PODEM SER
APRESENTADOS EM CONJUNTO.

DATA: 06/05/14

TRABALHO EXTRA P/ AV1: valor 3,0 (5 a 10 páginas – 2 dissertações c/ cunho de pesquisa


sobre: Antropologia criminal (explicar a teoria e tratar das heranças deixadas – de 2,5 a 5
páginas); A influência de Durkheim nas teorias criminológicas da Escola de Chicago . PRAZO:
20/05/14, até 23:59 (entregar em sala ou enviar por e-mail) AV2: Toda objetiva. P/ ser
subjetiva, depende de acordo com Tomaz.

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TEORIAS DA ESCOLA DE CHICAGO

Teoria Ecológica ou Teoria de Desorganização Social (ESSA TEORIA FOI A 1ª DA ESCOLA DE


CHICAGO, DO INÍCIO DO SÉCULO XX. CHICAGO FOI UM POLO QUE ATRAIU IMIGRAÇÕES.
CHEGANDO NOS EUA, EM CHICAGO, OS QUE TINHAM CONDIÇÕES MORAVAM NA PERIFERIA
ENQUANTO OS MENOS ABASTADOS MORAVAM NOS GUETOS, NA PARTE MAIS CENTRAL.
ANTES DA ESCOLA DE CHICAGO, HAVIAM MUITAS TEORIAS DE CUNHO DETERMINISTAS QUE
FAZIAM A LIGAÇÃO ENTRE A ETNIA E OS CRIMES PRATICADOS.

QUANDO A POPULAÇÃO MAIS CARENTE QUE MORAVA NOS GUETOS ADQUIRAM CONDIÇÕES,
MUDAVAM PARA A PERIFERIA. ENTRETANTO, OS ÍNDICES DE CRIMINALIDADE DOS GUETOS
ERAM MANTIDOS. SENDO ASSIM, A TEORIA DEFENDIA QUE A CRIMINALIDADE ESTAVA
RELACIONADA COM O ESPAÇO GEOGRÁFICO DESORGANIZADO EM FUNÇÃO DA CONSTANTE
MOVIMENTAÇÃO DOS IMIGRANTES QUE NÃO DESENVOLVIAM UMA POLÍTICA
ORGANIZACIONAL

PARA AQUELE MEIO. SE FOSSE TRANSPOR ESSA TEORIA ECOLÓGICA PARA A REALIDADE
BRASILEIRA, SERIAM AS FAVELAS (SEM TANTO RODÍZIO POPULACIONAL).

- Explicar gangues e delinquência juvenil

- Leituras étnicas – releitura e o consequente abandono

- Autores: Burgiss (?) e Thrasher (1927)

- Autores: Clifford Shaw e Henry McKay (1942) (PLENA 2 GUERRA MUNDIAL. ELES
DESENVOLVERAM SUAS PESQUISAS BASEADAS NA LINHA DE QUE O MEIO SERIA RESPONSÁVEL
PELOS ÍNDICES DE DELINQUÊNCIA DE DETERMINADAS LOCALIDADES. A TEORIA FOI BASTANTE
CONVINCENTE EM FUNÇÃO DO RIGOR METODOLÓGICO UTILIZADO. POR ISSO QUE MUITAS
VEZES A ESCOLA DE CHICAGO (LINHA DE PENSAMENTO E NÃO TEORIA) É ASSOCIADA A TEORIA
ECOLÓGICA) É UTILIZADA COMO SENDO A TEORIA DA DESORGANIZAÇÃO SOCIAL.
OBSERVAVAM QUE NOS BAIRROS DE NEGROS E POBRES OS

ÍNDICES DE CRIMINALIDADE ERAM MAIORES QUE NOS BAIRROS DE BRANCOS E RICOS.

- Efeito da renovação populacional

- Relações sociais não se estabilizam (ERA A EXPLICAÇÃO PARA O AUMENTO DA TAXA DE


CRIMINALIDADE. NAS ÁREAS DOS GUETOS HAVIA UMA RENOVAÇÃO POPULACIONAL QUE NÃO
PROPORCIONARIAM A O DESENVOLVIMENTO DO SENTIMENTO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL)

Métodos: (VÁRIOS DOS MÉTODOS DESENVOLVIDOS AQUI FORAM UTILIZADOS POR OUTRAS
ESCOLAS/TEORIAS)

1. A observação prolongada/participante (CONSISTE NO ACOMPANHAMENTO DE UM


DETERMINADO GRUPO, GERALMENTE O JUVENIL DOS GUETOS. O PESQUISADOR OMPANHAVA
ALGUMAS ROTINAS DO GRUPO OU SE INSERE NO GRUPO PARA EXTRAIR NOÇÕES DE
RELACIONAMENTOS ENTRE ELES. O MESMO REALIZADO PELOS ANTROPÓLOGOS. EX: O

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PESQUISADOR PASSAVA A CONVIVER COM A GANGUE COMO ELEMENTO NEUTRO (SEM
ATUAR OU INTERVIR)

2. História de Vida: Autobiografia (RELATAVA A HISTÓRIA DO CRIMINOSO SOB O PONTO DE


VISTA DELE)

3. Inquéritos Sociais (SEPARAVA UMA VERTENTE E APLICAVA UM QUESTIONÁRIO COM


QUESTÕES CONSIDERADAS RELEVANTES – VIOLENTO, ONDE MORA, JÁ COMETEU ALGUM
CRIME, O LOCAL ONDE MORA TEM INFRAESTRUTURA – TUDO ISSO BASEADO NA COLETA DE

DADOS) OS MÉTODOS DA ESCOLA DE CHICAGO DEU UM TOQUE DE CIÊNCIAS HUMANAS ÀS


CIÊNCIAS NATURAIS. TROUXE DADOS QUALITATIVOS PARA OS MERAMENTE QUANTITATIVOS.
OS AUTORES, DEPOIS DE TRAÇAREM OS DADOS, OS TRANSFORMAVAM EM RESULTADO DE
PESQUISA – CONDUTA A – VOLTADA PARA O CRIME; E, CONDUTA B – NÃO VOLTADA PARA O
CRIME. IDENTIFICANDO, ATRAVÉS DE UM GRÁFICO, O PONTO DE INTERVENÇÃO IDEAL DAS
POLÍTICAS SOCIAIS – TRATAMENTO QUE PROPORCIONASSE AO CRIMINOSO RETORNAR PARA A
PRÁTICA DE CONDUTAS NÃO CRIMINOSAS.

Decadência da teoria (AQUELA REALIDADE DE ROTAÇÃO POPULACIONAL REDUZIU BASTANTE,


COM O FREIO DA IMIGRAÇÃO, PORQUE COMEÇARAM A UTILIZAR A MÃO DE OBRA NEGRA
LOCAL NA INDÚSTRIA, DESESTIMULANDO A IMIGRAÇÃO. 1929 – QUEBRA DA BOLSA DE
VALORES. NA DÉCADA DE 30 SE DEDICOU MAIS À ABSORÇÃO DO MERCADO INTERNO,
DESESTIMULANDO A IMIGRAÇÃO. OS GUETOS PASSARAM A ESTABILIZAR-SE E MESMO ASSIM
NÃO HOUVE A REDUÇÃO DOS ÍNDICES DE CRIMINALIDADE. COM ISSO, ALGUNS TEÓRICOS
PASSARAM A BUSCAR OUTRAS EXPLICAÇÕES PARA O FENÔMENO CRIMINAL.

Teoria da Associação Diferencial (OU TEORIA DO APRENDIZADO)

- Autor: Edwin Sutherland

- Não focava apenas na criminalidade das classes mais pobres (COMEÇOU A SE DEBRUÇAR
SOBRE OS CRIMES DE COLARINHO BRANCO – TÍPICOS DA CLASSE EMPRESARIAL. CHEGOU À
CONCLUSÃO DE QUE TODA CLASSE COMETE DELITOS. O CRIME SERIA UM COMPORTAMENTO
APRENDIDO)

- Crimes de colarinho branco (SERIAM VALORES REPASSADOS DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO OU


ATRAVÉS DE GRUPOS SOCIAIS)

- Teoria da aprendizagem (EM ALGUM MOMENTO O CRIME SERIA APRENDIDO PELO


INDIVÍDUO. EX: HORÁRIO DE CHEGADA E SAÍDA DO TRABALHO; LANCHE EM SALA DE AULA.

- Diversidade cultural – conflito de culturas (CONVIVÊNCIA DE MÚLTIPLAS CULTURAS QUE


ENTRARIAM EM CONFLITO)

Enunciados:

1. O comportamento criminoso é aprendido

2. Aprende-se no interior de um grupo restrito relações pessoais (O JOVEM TANTO PODERIA


ADOTAR OS VALORES DOS PAIS QUANTO AOS VALORES DO GRUPINHO DA SCOLA)

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3. Ensino de técnicas de infração ( AS TÉCNICAS DA DELINQUÊNCIA SÃO REPASSADAS. O
SUJEITO SIMPLESMENTE CONCORDA OU NÃO COM A NORMA POSTA, ATRAVÉS DOS SEUS
VALORES, GERANDO O COMPORTAMENTO CRIMINAL)

4. Interpretação favorável e desfavorável das disposições legais

5. Associações diferenciais variam quanto a: (HÁ UM VALOR AGREGADO A UM GRUPO DE


INDIVÍDUOS)

- frequência, duração e intensidade (ÀS VEZES É SAZONAL – ÉPOCA FESTIVA; ÀS VEZES É


PERENE – EX: GANGUES)

6. A formação criminal se forma com qualquer outra (É COMO SE ESTIVESSE INICIADO O


CRIMINOSO ENSINANDO-LHES AS TÉCNICAS E REGRAS. DA MESMA FORMA QUE A DOUTRINA
RELIGIOSA)

7. Comportamentos criminais que exprimem um conjunto de valores :ESSE CONJUNTO


FORMOU A TEORIA DA ASSOCIAÇÃO CRIMINAL. POSTERIORMENTE, SURGIU A TEORIA DA
SUBCULTURA.

FILME: O Advogado de 5 Crimes (sugerido por Jaymes)

Teoria da Anomia (MUITO UTILIZADA ATÉ HOJE. DIZIA QUE OS MEIOS SOCIAIS DISPONÍVEIS
PARA ACESSO AO SEUS SONHOS NÃO ERAM OS MESMOS PARA TODOS. EX: 2 MESNINOS
SONHAM EM TER UMA FERRARI. UM: BRANCO, ESCOLA PARTICULAR, SE FORMA EM
MEDICINA, MONTA UMA CLÍNICA, GANHA MUITO DINHEIRO E COMPRA A SUA FERRARI.

OUTRO: NEGRO, DA PERIFERIA, QUE NÃO DISPÕEM DOS MESMOS MEIOS PARA ATINGIR
ASMESMAS METAS. UM IRÁ UTILIZAR DE MEIOS LEGAIS, O OUTRO IRÁ ENTRAR PARA O
MUNDO DO TRÁFICO COM O FIM DE ATINGIR O MESMO OBJETIVO, RECORRENDO AOS MEIOS
ILÍCITOS. OS COMPORTAMENTOS DESVIANTES SURGIRIAM DA VENDA DE SONHOS IGUAIS
PARA AQUELES QUE DISPÕEM DE MEIOS DIFERENTES)

DATA: 13/05/14

TRABALHO EXTRA P/ AV1: valor 3,0 (5 a 10 páginas – 2 dissertações c/ cunho de pesquisa.


Discorra acerca dos seguintes temas: Antropologia criminal (explicar a teoria e tratar das
heranças deixadas – de 2,5 a 5 páginas); A influência de Durkheim na sociologia criminal
americana (teorias criminológicas da Escola de Chicago) . PRAZO: 20/05/14, até 23:59
(entregar em sala ou enviar por e-mail)

AV2: Teoria, Método e Escola de Chicago.

XEROX: 2 apostilas: Sociologia Criminal. Objetos e Métodos.

AV1 - 2 CHANCE: 7,0 (para quem tirou nota inferior a 7,0). 07/06/14.

TEORIAS DA ESCOLA DE CHICAGO

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a) Desorganização social ou ecológica (É A DESORGANIZAÇÃO SOCIAL DO PRÓPRIO AMBIENTE
QUE FAVORECE O COMETIMENTO DE CRIMES. NÃO HÁ ESTABILIZAÇÃO DOS VÍNCULOS
COMUNITÁRIOS)

b) Associação diferencial ou aprendizagem (AS PESSOAS RECEBEM VALORES DIFERENTES. O


CRIME SERIA UM COMPORTAMENTO APRENDIDO EM ALGUM MEIO SOCIAL NO QUAL ESTAVA
INSERIDO. QUESTIONAVA O FATO DA TEORIA ECOLÓGICA NÃO EXPLICAR OS CRIMES DE
COLARINHO BRANCO – COMETIDO POR PESSOAS DE CLASSE ECONÔMICA FINANCEIRA
MELHOR)

c) Subcultura (OBSERVOU QUE NA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL O INDIVÍDUO TEM UM JUÍZO DE


VALOR DIFERENTE DAQUELE QUE CONSTA NA NORMA E DELINQUE. UM INDIVÍDUO ESTARIA
INSERIDO EM DIVERSOS GRUPOS/CULTURAS).

Thorsten Sellen

- Todo grupo social é normativo.

- Processo de incorporação de suas normas de conduta, durante o processo de socialização. (O


PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO DAS NORMAS SERIA FRUTO DA INFLUÊNCIA QUE CADA GRUPO
TERIA NA VIDA DO INDIVÍDUO. SE ELE ABSORVER VALORES CONTRÁRIOS ÀS NORMAS,
PROVAVELMENTE SERÁ UM DELINQUENTE)

- O indivíduo é membro de diversos grupos. (DESTACOU QUE UM INDIVÍDUO NÃO PERTENCIA


A APENAS UM GRUPO SOCIAL (EX: ESCOLA, FAMÍLIA, IGREJA, AMIGOS, TRABALHO, ETC.) . A
PERSONALIDADE SERIA CONSTRUÍDA DE ACORDO COM A INFLUÊNCIA DE CADA GRUPO)

- Conflitos culturais: filhos de imigrantes.

- Conflito interno x externo (e/ou).

Dificuldade: situar o penal na esfera de normatividade. (CRÍTICA FEITA À TEORIA. NÃO


CONSEGUIA ENXUGAR A TEORIA PARA ENCAIXAR APENAS A NORMAS PENAL)

d) Anomia (link para as teorias radicais) A partir daqui encerram-se as principais teorias da
criminologia social. Há a mudança de paradigma (do cunho etiológico para a problematização
do próprio crime).

Robert Mertan (FOI AUTOR DO LIVRO DESVIO, 1938. TRABALHOU COM A IDEIA DE DURKHEIM
– CONDUTA DESVIANTE – DEVER SER)

- O desvio (1938)

- Distribuição: (ERAM PASSADOS SONHOS, METAS A SEREM OBTIDAS, MAS A OPORTUNIDADE


DE SE ATINGIR AS METAS ERA DESIGUAL. EX: FERRARI)

Normas/Valores Internos X Posição Social/Status (EXISTE UMA APARENTE UNIFORMIDADE DE


VALORES. EX: MEIOS LÍCITOS E ILÍCITOS P/ AQUISIÇÃO DA FERRARI.

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A CRIMINOLOGIA CRÍTICA COMEÇOU A DEFENDER QUE O CRIME ERA UMA ESCOLHA SOCIAL
REALIZADA POR QUELES QUE DETÊM O PODER E PRODUZ A LEGISLAÇÃO)

- Oferece-se a todos o desejo de ascensão social

CRIMINOLOGIA CRÍTICA (AMPLIOU O OBJETO DE ESTUDO DA CRIMINOLOGIA. O CRIME É


UMPROCESSO DE INTERAÇÃO ENTRE OS INDIVÍDUOS E OS MEIOS DE INTERAÇÃO SOCIAL)

a) Rotulagem Social (AFIRMAVA QUE TODA CLASSE SOCIAL DELINGUE, ENTRETANTO, APENAS
ALGUNS SÃO SELECIONADOS PARA RECEBER ESTE RÓTULO – EX: SONEGAÇÃO, PECULATO. HÁ
UMA ATENÇÃO ESPECIAL PARA A CRIMINALIDADE PATRIMONIAL. NÃO BASTA COMETER A
CONDUTA. PRECISAM ESTAR INSERIDOS NUM GRUPO QUE JÁ FAZ PARTE DE UM PROCESSO DE
CRIMINALIZAÇÃO)

- Becker, Goffman, Matza, Erikson

- Interacionismo simbólico (O QUE SE FALA NÃO TEM O MESMO SENTIDO DO QUE É


APREENDIDO. AS RELAÇÕES SÃO UM PROCESSO INTERATIVO DE CONSTRUÇÃO DE SÍMBOLOS)

- Técnicas de neutralização: (TODOS DELINGUEM, INCLUSIVE, ...

1. Negação da responsabilidade (EX: O GOVERNO NÃO APLICA DEVIDAMENTE OS

IMPOSTOS, POR ISSO SONEGO)

2. Negação da existência de vítimas (“TODO MUNDO FAZ ISSO”)

3. Condenação dos que condenam (“O GOVERNO FAZ ISSO COM A GENTE”) - GATO DA
COELBA. ROUBO DE SINAL.

4. Lealdade de um grupo que comete delito (EX: EMPRESÁRIOS QUE PRATICAM QUARTEL.
EXISTE UMA PRESSÃO PARA QUE A LEALDADE SEJA PROVADA)

- Quando o desvio interessa ao sistema?

- + rótulo – consequência cíclica (QUANTO MAIS RÓTULO, MAIS DIFÍCIL RETIRAR ORÓTULO DE
CRIMINOSO)

CRIMINOLOGIA RACIAL (?) (TINHA UMA PEGADA MARXISTA. CRITICAVA COMO AS NORMAS
ERAM ELABORADAS. QUE REFLETIAM SENTIMENTOS EGOÍSTAS DO SISTEMA CAPITALISTA.

AV2: Teoria, Método, Escola de Chicago

DATA: 20/05/14

AVISO: Haverá aula em 03/06 – filme).

AV2: Mista 6,00 + 4,00

ASSUNTOS: Conceito de crime, Métodos, Teorias da Escola de Chicago.

APOSTILAS: Sociologia do Crime e Objeto e Métodos

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REVISÃO...

Conceito de Crime:

- Sinônimo da definição penal

- Tentativa de conceituação autônoma do crime (Garófalo dividiu em delitos naturais e


jurídicos. Curiosidade: foi ele quem cunho o termo criminologia.

Naturais (sentimento de fraternidade, solidariedade, probidade, etc.)

- Durkheim trabalhou a noção de anomia, desvio.

- Sellin (teve influência de Durkheim), Sutherland.

- Criminologia Crítica (violação aos direitos humanos)

Métodos:

- Antropologia (empirismo, experiência – métodos próprios das ciências naturais)

- Sociológicas (inquéritos sociais – consistia em selecionar um fator determinando o que se


quer investigar – ex: reincidência criminal nas Baraúnas, estudos biográficos – analisa a história
de vida do delinquente – isso pode ser feito tanto através de relatos da imprensa como da
entrevista pessoal com o delinquente; como o próprio criminoso contar a sua história de vida,
observação participante - o criminólogo se coloca no meio do grupo paracoletar esses dados,
grupos de controle – fazer um estudo de grupo semelhantes – ex: Nobre e Gastão (alunos do 1
ao 3 ano), estudos de follow-up – acompanhamento dos delinquentes)

- Psicológicos (testes – de inteligência, de personalidade, de rochard?- mancha – a 1 resposta é


que revelava a personalidade; aplicado ainda hoje)

- Mistos ( reduções tipológicas – é definir um tipo. Lombroso utilizava essa técnica – atávico,
louco, epiléptico, etc., estatísticas criminais – tem diferentes teorias; é um recorte dos
mecanismos formais de poder; cifras negras – dados que não chegavam às estatísticas oficiais,
tábuas de prognose – é um método aplicado para que se preveja práticas criminais – 1 é
selecionado o fator importante que se quer investigar; vai atribuir outras características que se
quer observar – reincidência – trabalho perene, temporário, informal, impunidade, Influências
do meio – companhia, meios de ascensão social – ao final é feita uma tabela para apuração da
pontuação obtida) tipos puros, mistos e atipicidade.

Teorias da Escola de Chicago:

(vistas na aula passada)

1) Ecológica

2) Associação Diferencial

3) Culturalista – Subcultura

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4) Anomia

5) Labbelling Approach – Etiquetamento

6) Criminologia Radical

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