Você está na página 1de 24
CAPITULO IV GRUPOS IV-1 GRUPOS E SUBGRUPOS 1. NOTA HISTORICA Entre 1500 e 1515, 0 matemético italiano Scipione del Ferro (1456-1526) desco- briu um procedimento para resolver a equacdo cubica x? + px=q (p.q > 0) {em notagéo atuall. Esse procedimento se traduz, modemamente, na seguinte férmula: 3, y (ey a P_ (ey ONTO Del Ferro mostrou, com isso, que & possivel expressar as raizes da cubica cons!- derada em termos de seus coeficientes, usando apenas adicses, subtracoes, rult- plicacbes, divisées ¢ radiciagoes. Ou, camo se diz modernamente, que a equacae dada 6 resolvel por radicais. Como jf se sabia hi muitos séculos que as equacdes de grau um @ dois também sB0 ‘esckiveis por radicals (no caso destas itimas,lemibrar a charmada férmula de Bhaskar), 2 solugao de del Fero colocou © sequinte desafo para os algebrisas:seré que toda equa- ‘40 algébrca ¢ esolivel por radicals? As pesquisas visando responder a essa questao se _amrastaram por mais de dois séculos e meio, fustraram alguns das grandes matemsticos desse periods e contibulram decsivamente para a claglo do conceito de “grupat ove Na verdad a questéo da resolubilidade das equagbes algébricas s6 comecou a ser esclarecida genericamente na segunda metade do século XVII. Na obra Réflexions sur la résolution algébrique des équations (Refiexdes sobre a resolucao algébrica de ‘equac6es}(1770-1771),0 ttalo-francés Joseph-Louis Lagrange (1736-1813), possivel- mente o primeiro matemético a perceber com lucidez maior o caminhoa ser segui- do para abordar o problema, observou que a “teoria das permutacées" era de grande importancia para a resolugio de equagbes. Lagrange referia-se a permutacées envol- vendo as raizes da equaco. Em 1824,0 matemético noruegues Niels Henrik Abel (1802-1829) provaria aqui- Jo de que Lagrange suspeitara fortemente: que ndo ha nenhuma formula geral por radicais para resolver as equagées de grau > 5. ‘Ainda assim uma questéo permanecia em pé:j4 que as equagdes de grau > 5 nao s80,de modo geral,resolivels por radicals, mas alguns tipos o s80, como jé se sabia bem antes de Abel, o que caracteriza matematicamente estas itimas? A res- posta a essa pergunta seria dada pelo matematico francés Evariste Galois (1811- 11832], em cuja obra aparece delineado pela primeira vez 0 conceito de grupo, in 4 sempre hé equagdes cujo grupo néo se sujeita essa propriedadle,a questao da resolubilidade por radicals estava por fim esclarecida, Com o tempo, verificou-se que a idée de grupo era um instrumento da mals alta importancia para a organizagao e 0 estudo de multas partes da matemitica Fm nivel mais elementat, um exemplo ¢ a teoria das simetrias, muito importante para a crstalografia e a quimica, por exemplo. Essencialmente, os grupos podem ser usados para retratar simettias geornétricas:a cada figura associa-se um grupo, grupo esse que caracteriza e retrata a simettia da figura. Em 2.4 (vil-a @ xi-b) dis- Correremos um pouco sobre isso. 2. GRUPOS E SUBGRUPOS 2.1 Conceito de grupo Definigdo 1: Um sisterna matematico constituldo de um conjunto nao vazlo G uma operacao (x y} +> x+y sobre G chamado grupo se essa operagio se st- jelta 208 seguintes axiomas: associatividade (a*b)*¢ = a* (b40), qualsquer que sejam a,b. € G: Sora cexisténcia de elemento neutio existe um elemento e € 6 tal que a#e = ea =a, qualquer que seja a & G; existéncia de simétricos para todo a € G existe um elemento a’ € G tal que aa" = a"ka Se, além disso, ainda se cumprir 0 axioma da comutatividade a*b = ba, queisquer que sejam a,b € G, © grupo recebe 0 nome de grupo comutativo ou abeliano. Mantidas as notacées da definico, um grupo poderd ser indicado apenas por (G,#),em que, para facilitar,o simbolo * indica a operagao sobre G.£, quando no houver possibilidade de confusdo, até esse simbolo poderd ser omitido. Assim, sera comum usarmos expressées como, por exemplo, “Seja Gum grupo" ou"Consideremos um grupo G", o que naturalmente pressupde a operagio subentendida, Outta ma- neira ainda de nos referitmos a um grupo (G, #) ¢ dizer que"G tem uma estrutura de grupo em relagio & operagao *”. 2.2 Propriedades imediatas de um grupo Seja (G,) um grupo. As propriedades j6 demonstradas para uma aperagio so- bre um conjunto {capitulo Ill) nos assequram: * 2 unicidade do elemento neutro de (6, #); + @ unicidade do simetrico de cada elemento de G; + que, se ¢ € 0 elemento neutro, entao e = + que (@°Y'= a, qualquer que seja a © G: * que (a*b)' = b’*a' e, portanto (raciocinando por indusao}, que (a, #a,¥...#0,)' = a,"#0, — ta," fn > Ty + que todo elemento de G é regular para a operagdo *. Ou seja: seasx=a%y (ou xa = y*a}, entéo x= y. AAlém disso, pode-se demonstrar também que + no grupo G,a equagio ox = b (ta = 6) tem conjunto solucée unitaro, Constituido do elemento a8 (respectivamente, 6 2° Consideremos a% x = b. Substituindo-se x por a’*6 no primeiro membro da equagio, obtem-se aF(a'*b) = {ako} th =e%b=b © que garante que efetivamente ab é solugo da equacio. Por outro lado, se x € uma solucao, entéo 0 xp = b, Dai O# (am) sab Como a (0x) = (aa) X= xy, entd0 xy = 0%, Ones Nesta altura, cabem algumas observacoes no que diz respeito a linguagem a ser empregacia daqui para a frente: {11 Um grupo cuja operagéo é uma ‘adigdo" seré chamado de grupo aditivo, 20 asso que, se a operagao é uma ‘multiplicacao; de grupo multplicativo, No caso de grupo aditivo,o simétrico de um elemento a & chamado oposto de a ¢ indicado por =a; e, no caso de um grupo multiplicativo, nverso de a e denotado por a |, (i) Na maior parte da teoria sobre grupos a ser desenvolvide aqui usarenos a no- taco multiplicativa para indicar a operacao. Motivo:é mais prética e, € claro, os resul tados obtidos valem em qualquer caso, bastando mudar convenienterente a notacio. 2.3 Grupos finitos {Um grupo (G, *) em que o conjunto G é finito, chama-se grupo finita. Nesse ca- 0,0 numero de elementos de G é chamado ordem do grupo (notacdo o(G)) ¢ a té- bua da operacéo * se denomina tdbua do grupo, Diga-se de passagem que o pri- meiro matematico a usar tébuas para representar grupos foi o inglés Arthur Cayley (1821-1899). Cayley, que valorizava sobremodo os aspectos formais da matemtica foi provavelmente 0 precursor do estudo abstrato da teoria dos grupos. Outra rea lizacdo importante desse matematico foi a introducdo das matrizes na matemética. Bxemplo 1: € 140 verificar que G obviamente é 2 ¢ sua tabua: 1, +1} €um grupo muttiplicativo.Sua ordem spaqa ayaa apa [4 2.4 Alguns grupos importantes 4) Grupo aditivo dos inteiros (comutativo} Sistema formado pelo conjunto dos inteitos e a adicéo usual sobre esse conjun- 10. Motivo:a adicéo usual é uma operagso sobre 7, associativa © comutativa, Mais: hé lum elemento neutro pare ela (0 niimero 0}, 0 oposto ~a de um elemento a € Z também pertence a esse conjunto, Obviamente essas propriedades so pré-requisitos Para este trabalho. i) Grupo aditive dos racionais fcomutativo} Sistema formado por 1} e a adiao usual sobre esse conjunto. O porque é 0 mes- mo do exemplo anterior. i) Grupo aditivo dos reais (comutativo) sistema formado por IR e a adicao usual sobre esse conjunto, O porque ¢ o ‘mesmo do primeiro exemplo. Sowa {iv} Grupo aditivo dos complexos (comutativo) A soma de dois nimeros complexos z=a + bi € w=e+di é definida por zw (a+b) + (c+ BVA facil verificar que essa operagso ¢ associative. Mi ainda verificar que 0 = 0 + 0-7 elemento neutro dessa operacio. Por fim, para todo complexo z= a + bi, o nlimero complexo —7 = (=a) + {By € seu oposte, 0 que pode ser verificade diretamente ser nenhume dificuldade. (\) Grupo multiptcative dos racionais (comutativo) Sistema formado pelo conjunto dos racionais nao nulos e a multiplicagso usual sobre esse conjunto. © conjunto @* ¢ fechado em relagao & multiplicagéo, ou se, Co produto de dois numeros racionais nao nulos também é diferente de zero. A mul- tiplicagao usual 6 associativa em GH porque o € em Q;o numero 1, elemento neutro da muttiplicagao, obviamente é diferente de 0;¢ se a + 0,0 mesmo acontece com seu inverso a '.Também neste caso admitimos como prérequisto o conhecimento das propriedades da multiplicagéo de numeras racionais Contra-exernplo 1:0 sistema formado pelo conjunto Z* e a multiplicagao de nnlimeros inteiros ndo € um grupo, embora 0 produto de dois inteiros nao nulos seja sempre um inteiro nao nulo, Ocorre que nenhum inteire a, salvo 1 e —1,tem inverso em 2. (vi) Grupo multiplicative dos reais (comutativo} Sistema formado por B* e a multiplicagao usual sobre esse conjunto. 0 porqué € 0 mesmo do exemplo anterior. (vil) Grupo multiplicative dos complexos (comutativo} Sistema formado pelo conjunto (* e a multiplicacao usuat de numeros com- plexos. O produto de dois ndmeros complexos z = a + bie w=c + dié definido por zw = {ac — bd} + (ad + be}i. Se os nUmeros dados sdo diferentes de 0,0 mes- mo acontece com 0 produto, como se pode verificar. Essa operagao ¢ associativa e comutativa, ¢ a verificacdo disso ¢ apenas uma questao de calculos algébricos; 0 elemento neutro 6 1 = 1 + 0/,e 0 inverso de um elemento z = a + bi, ndo nuto, é ere gt sequea 4 00ub +0, + pri: também um nimero complexo nto nul, considerando- (vi) Grupo aditive de ratrizes m x n (comutative) Nas consideracoes a serem feitas aqui indicaremos por K, indistintamente, um dos sequintes conjuntos, Z, 2, Ft ou C,€ Bor My. (Ko conjunto das matrizes sobre ‘cor m tinhas e m colunas.Iss0 posto mostraremos QUE My ,«(K) € um grupo adi- ‘Vo. Para isso,lembremos primeiro que a adiggo de matrizes ern M,.,{K) & defnidla da seguinte mancira oua Se entao: yt By mig t Bin A+B=[— Igy + Orgy Ayn * Dry, «, portanto, trata-se de uma operacio sobre © conjunto My, {KD Essa adigdo cumpre os axiomas exigidos pela definiio 1,0 que é fal de provar: Associatvidade: A + (8 + C}=(A +B) + C Comutatvidade: A+ B= B+ A aisténcia de elemento neuro: & a matsiz 0. 0 9, oO. 8, Existéncia de opostos: qualquer que seja a matriz tomando-se Portanto, (M, g(K], +) € um grupo aditive abellano quando K= Z, @, RouC. (0s) Grupos lineares de grau n (multiplicativo, nao comutativo se n > 1) Indicaremos agora por K, indistintamente, um dos conjuntos @, RE ow Ce por 'M,(K) © conjunto das matizes de ordem m sobre K.Tratando-se de um caso particu: lar do exemplo anterior, M,(Ki & um grupo aditivo. No que se refere @ multipicacdo de matrizes, porém,a situacéo é diferente, Lembremos que a multiplicagao de matrizes {linhas por colunas) € defiida da seguinte maneia:se A = (a) e B = (b,),entao: AB = (cjem que c= Saxby (ij = 12,10) Para essa operacéo vale a associatividade, como é bem conhecido, Mais: ela con {fa com um elemento neutro que é a matriz idéntica de ordem nm: 10. o 4-[9 1-0 Mas sempre ha matrizes para as quais nio ha a matilz inversa: por exemplo, 2 eatriz nula 0. 0 0 0 00. 0 cujo produto por uma matriz qualquer ¢ ela mesma, portanto diferente de fy. Para saber quais matrizes de ordem tém inversa,recorremos ao sequinte teore- rma da teoria dos determinantes: “Uma matri A & M,(K) € inversivel see somente se, det(A) # 0° Como 0 conjunto das matrizes inversivets, que indicaremos por Gl,(K), inclui a matriz idéntica |, cujo determinante ¢ igual a 1 ¢ detiAB) = det(Aldet(a) £ + 0,VA,B & Gly K), entdo (Gt, (K}, -) 6 um grupe. Esse grupo no é comutativo quando n > 1, pois, por exemplo, se entao: (© grupo (Gt, (K}, -) & chamado, respectivamente, grupo linear racional, real ou complexo, de grau n, conforme K = @, Rou C. {x} Grupos aditivos de classes de restos (comutativo) Lembremos que, para qualquer m > 1,0 conjunto das classes de resto. modulo m,ou seje, Z,= {0, 1... fT} & 0 conjunto quociente de Z pela re- lagao de congruéncia, médulo m. Portanto, 0 é formado por todos os inteiros con _gruos a 0, médulo m, 1 por todos os inteiros céngruos a 1, médulo m,e assim por diante, No capitulo anterior vimos que a adicao médulo m, definida por a+b=anb € uma operagéo sobre Z,, para a qual vale a associatividade © a comutatividade. E que, elem disso: @+0=at050 ©, portanto, 0 € © elemento nevtro dessa operacso. Mais, que a classe mo 0 poste de a & Z,, na adi¢ao médulo m, pois atm atim—ad=m=5 uma vez que m = 0 (mod mi). Endo —8 = =a. De onde (2+) € um grupo comutativo, para todo inteio m > 1, chamado gr- Po aditiv das classes de resto médulo ro. Vale notar que a ordem desse grupo é m. eonae Femplo 2: Construir a tabua do grupo (25, +). i ol + oiler 2|2 (xi) Grupos multiptcativos de classes de restos No capitulo anterior, vimos também como se Introduz a multiplicagio modulo mem Eos sea,b & Z,,,entao a-b = ab. ‘Naquela oportunidade mostramos que essa operagdo esté bem definida e goza das propriedades associative e comutativaralém disso, a classe T é o elemento neutro, uma vez que 4-1 = a-1=a. Mas ocorre que, mesmo excluindo-se 0 elemento 0 de Z,, que obviamente rido tem inverso para a multiplicagao médulo m, nem sempre o conijunto restante um grupo muttiplicativo. De fato, a restrigao da muliplicagso médulo 4 aos ele- mentos de 2, — {8}, por exemplo, nem sequer é uma operacdo sobre esse con junto,uma ver que 2-2 = 0. Provaremos agora que a restrigso da multiplicacao médulo m aos elementos de Z7,=Z, — {0} 6 uma operagao sobre esse conjunto se, e somente se, m é um numero primo. (+) Suponhramas que m nao fosse primo. Como m > 1, podem ser encontra~ dos dois inteiras a, 6 > 1 tals que ab = m, Dessa igualdade resulta que ab = m. Como 4:5 = ab e m= 0, entao 4-6 = 5,0 que & impossivel em face da hipstese. ($1 A tinica possibilidade de a multiplicagao médiulo m, quando restrita aos ele- mentos de Z;,, ndo ser urna operacdo sobre esse canjunto ¢ acontecer de a para algum par de elementos desse conjunto. Mas isso implicaria ab = 0 e, portanto, b= 0 {mod i}. Dai, m | ab e, como m & primo por hipétese, eto m [a ou m |B. Considerando-se, por exemple, a primeira hipétese, a = mg, para algum inteiro q, ©. portanto: ‘© que € um absurdo, visto que, por hipétese, d © Z%,. ‘Mostraremos agora que, s¢ m € primo, a multiplicagao médulo m, quando res- ‘rita 205 elementos de 2%, faz desse conjunto um grupo. Para iso basta mostrar ue, qualquer que seja o elemento a € 1, podese encontrar 6 Z, tal que oue De fato, se € 7%, entéo a néo & miltiplo de m.E, como m é primo, entho idc(im, a} = 1, Dai, my + ayy = 1, pata convenientes inteiros x € yy (identidade de Bezout). Reduzindo-se essa igualdace, médulo m. Miky + Gy = +X) + A-Yy=O-¥y 0 que mostta que Jy (que pertence a Z%) ¢ o inverso de a. As consideragdes anteriores permitem concluir que Z7, € um grupo multipl- cativo se, e somente se, m é primo, xemplo 3: Determinemos 0 inverso de 4 em Z', usando 0 raciocinio da titi- ma demonstragio. Ora, uma solugdo de 5x + 4ye =1, que pode ser determinaca por simples observacSo,é (1, ~1). Logo, yy= —1 «, portanto,o inverso de 4 6 =1=4, pois 4 = —1 (mod 5). (ail) Grupos de permutagdes (xit-a) Permutagdo € 0 termo especifico usado na teoria dos grupos para desig- nar uma bijecao de um conjunto nele mesmo. Se E indica um conjunto nfo vazio, denotaremos por S(E) 0 conjunto das permutacdes dos elementos de A compo- sicko de aplicagées &, neste caso, uma operacao sobre SiE), pois, se F @ g so per- mutagdes de E, ou seja, se f: E> E¢ g: £ > E so bijegdes, entéo a composta of: = E também & uma bijesdo, como vimos no capitulo anterior. Vimos também que vale a associatividade para essa operacdo @ que is: E> E (aplicagdo idéntica de £), que obviamente é uma bijecio, é 0 elemento neutro esse caso, Posto que ; ie OFX) = jeLF0e) = F4, pare todo x & £,0 que garante a igualdade jeof = f. Analogamente se prova que fie = f. Finalmente, se f € uma pemutacdo de E,entdo 0 mesmo acontece com #—' (aplicacao inversa de f), que, como também foi visto no capitulo anterior, ¢ uma bijecio e é 0 elemento inverso de F para a composicso de aplicacdes, pols fof" = f70F = ip. Portanto, S{E]. 3) 6 um grupo — 0 grupo das permutagdes sobre E. Esse grupo é comutativo se, ¢ somente se, sua ordem € 1 ou 2. De fato, se a ordem 6 1, SLE) 56 Possui um elemento, aaplicacao idéntica que, naturaimente,comuta consigo mesma. Sea ordem € 2 € 05 elementos de & forem indicados por a € 6, entéo S{E) taribém 86 tem dois elementos: aplicacda idéntica e a aplicagio que teva a em be vice- versa.Como, obviamente, esta titima aplicagSo comuta consiga mesma e com ie.er {0 (5(6), 0} também & comutativo nesse caso. Suponhamos agora que o(S(E)) > 2 ¢ que, portanto, E tenha mais do que 2 ‘elementos, Designando por a, 6 € ¢ 118s elementos distimtos de & consideremos as pacmutagoes f @ g de SIE) definidas da seguinte maneira: Sa) = b, $(b) =a @ Fix) = x qualquer que soja x # 0,5 e 910) = ¢, gle) = @ e (x) = x qualquer que seja x ¥ a, € ow E claro que f eg sa0 permutagses de £, pela maneira como foram construidas Alem disso, (F ogi) = Figlal) = sto (g 2 Fa) = 9( (ay) = 916) = 6, fo que mostra que gos + £09 e, portanto, que SE) nao é comutativo. (ai-b) Um caso particular importante de grupo de permutagées, als relacio- rrado com a origem da teoria dos grupos (ver Nota Historica deste capitulo), & aque- Je em que £ = {1, 2, «,n}em que n = 1, Neste caso, em vez da notacao genérica S{E}, use-se S, para indicar o conjunto das permutacdes sobre F. Eo proprio grupo (5, ©) tem um nome especial: grupo simétrica de grau n.A analise combinatéria nos ensina que esse grupo tem ordem nl, numero de permutacées que se podem cons- truir com n elementos, permutacdes essas que podem naturalmente ser colocadas em correspondéncia biunivoca com os elementos de 5, Para 0 estudo dos grupos simétricos costuma-se usar a seguinte notagio: se FES, © $= hy 2) = fy, fA) = |p, onto: (i "Nessa notagao, a ordem das colunas ndo importa, embora em geral se user os ‘elementos da primeira linha em ordem crescente. Por exemplo, em Sy, G03) ois ambas tm o mesmo efeito sobre os elementos de F. Com essa notagio, a composicio de duas permutacbes 20 Poli ik in pois (goAir) = gf) = gid Por exemplo, em 54: 123 a) fi 23 e\_f23 a 241 3) \3 1 4 af 23 4, Notar que, por exemplo, a imagem de 3 pela composta se obtém da seguinte maneira: 34> 4-9 3, Ainda de acordo com essa notacio, se eels) Por exerplo, em S, a permutagao inversa de G22) Exemplo 4:Tabuas de 5; € Sy Obviamente a construcio dessas tébuas envolve multos célculos, Por brevidade, ‘entao, até porque o raciocinio ¢ sempre o mesmo, nos ateremos, em cada caso. efe tuar uma composigéo apenas, Sugerimos ao leitor verificar os demais resultados. Tébua de S; Fazendo 2), fr 2 }e-(, 3h entio f.2 Of fe fA Ara Al fi | fe Tabua de 5, Facanmos seoli(t2?\5-( 23) gft2a\, (ras), fraa\, fi2s ewe CObservemos como se obtém F,95, por exemplo: 12 3) fi 2 a\_fr23 sooeQ G1 )-03 De maneira andloga se obtém os demais “produtos’ Feito isso e colocando-se ‘esses “produtos” numa tabua, 0 resultado serd 0 seguinte, como o leitor podera checar: oTh TAT a] | we] fol fo | fi | fa | 9s | 92 | a FLA | fe | fo | 9s | 91 | Alf£lhlAlal ela Fae ala fala [h | fl af |o[al fi | b | fo vale observar também que esse grupo nao é abeliano, uma vez que sua tabua no 6 simétrica em relagio a diagonal principal. Por exemplo, 0.93 = gy 20 Passo que g3°:f) = g2.Como se veré no desenvolvimento da matéria, todo grupo de or- dem menor que 6 & comutative. Outra coisa importante mostrada pela tébua que 0 conjunto C, = {fy fy f} também € um grupo quando considerado com a composigao de permutacées. De fato, além de ser fechado para a composigao, como se vé na tabua, vale a associatividade porque vale em 5,0 elemento neu- two fest. no conjunto, e fy"'= fay T= hee fy "= Fy. Finalmente, importante observar ainda na tabua que f,"= f,0F1= fr.91 Of = 92 © 910 f= 90 (FF) = ga © Que, portanto: I. IPI, HOF ONY Se em ver de f, tomarmos f, € em vez de g; tomarmos g2 ou gs, obteremos uma alternativa equivalente de escrever os elementos do grupo S,. Essa observagao_ € importante porque mostra que possivel escrever ("gerar’) todos os elementos do grupo usando-se apenas dois deles. ‘Mostraremos agora como fica a tabua do grupo S, com essa forma de escrever seus elementos, Evidentemente € $6 trocar, na tabua jé construida, £, por F,?, gz BOF gy F; € Gy por gioF? o [fon [ | a | a8 | aon? fete [oa HL [mod | non? fi fi Fo] AS Pook | on | gah fe | fe | Ae ff aot [owr? | 9 gy | ooh | moh? | Ae fi fe doh fi Moh? fe Notar, por ultimo, que C; = {fo fi, fa) = 1f:°, fy, 47} © portanto, é possivel es- rover todos 05 seus elementos usando-se um deles apenas. Ou seja, f; gera C5 {xil) Grupos de simetrias (iil) Simetrias do triénguio equitatero Denomina-se simetria de um triangulo equilatero F qualquer aplicagao bijeto- rat £:T-+ Tque preserva distancias, Preservar distancias significa que, se a ¢ b sao pontos arbitrérios do tridngulo, entéo a distancia de F(a} a f(6) igual a distancia de @.a.b,Uma isometria pode ser imaginada como uma transformagao geométrica que leva uma copia do triangulo a coincidir com ele proprio. Pata ceracterlzar geometricamente as simetrias do tringulo, indiquemos seus vertices consecutivamente por 1,2, 3 @ consideremos as seguintes retas pelo ba- ricentro 0 do tridngulo: x, pelo vertice 1, y, pelo vértice 2, @ z, pelo vértice 3. De- rnotando-se por Ro, Ry € Ry a8 rotacoes de 0,(2n)/3.¢ (4n¥/3 radianos em torno de O no sentido anti-horétio e por X, ¥ @ Z, respectivamente, as reflexdes espaciais de sx radianos em tomo das retas xy € 2, prova-se que 0 conjunto das simetrias do slangulo € exatamente (Fo, Ay, ae, ¥,Z} (uma demonstracio desse fato foge a0 alcance deste texto), Mostraremos a seguir, por meio da construcdo de uma tébua, ‘que esse conjunto,com a composig4o de transformagaes, ¢ um grupo nao abelfano, Para isso, vejamos primeito (ver figura a seguir) como se abtém geometricamente ROY e YoR,, por exemplo, ; : 2 ¥ Re z y ; 3 2 Ry ¥ | Hoar een pena dries oF cura Sowa Efetuando'se todas as composicoes possiveis, obtém-se a seguinte tébua: otal ATR |X TY TZ Rl Rel [RX | ¥ |Z [am] ela! z>xly Re) || ml Y| 2 | x x[xtz[y] rele y|¥[x{z[A [Aol zZlzty| x[R la | Ro Por meio dela se verifica 0 fechamento, que Ry é 0 elemento neutro € que Ro T= RyRy 1= Ry, Rp t= Ry XS XY = V eZ = ZValendo a associativ. dace, por se tratar de composigio de transformagSes, entéo efetivamente se trata de ‘um grupo. Denotaremos esse grupo por Dy = [Ro Ri. Rz-X ¥,2}.Como a tabua nao 6 simétrica em relagao & diagonal principal, nto ele nao é abetiano. Por outro lado, observando-se que R,?=R,0R;=Rz, KOR) =Z@ KORY Dy= {RP RW REX OR, KORA} Ou soja, Dy€ gerado por Ry € X vale observar ainda que a “particao" mostrada na tébua poe em relevo 0 se- guinte: que a composta de duas rotagées ¢ uma rotacao: que a composta de duas reflexces é uma rotacior que a composta de uma reflexdo com uma rotacso ou de ‘uma rotacao com uma reflexdo & uma refiexio, (llsb) Simetrias do quadrodo Uma simetria de um quadrado Q €, como se pode induzir do caso do triérguto, uma aplicagdo bijetora f:Q + O que preserva distancias. E tal como no caso do {riangulo, uma isometria pode ser imaginada como uma transformacao geométrica ‘que leva uma cépia do quadrado a caincidir com ele proprio, Para caracterizar geometricamente as simetrias do quadrado, cujo conjunto sera indicado por Dg, indiquemos seus vértices consecutivamente por 1,2, 3,42 consideremos as retas x e y respectivamente pelas diagonais 13 e 24 do quadrado, @ 3 retas Z€ W a primeira perpendicular aos tados 12 34 pelo ponto médio de ambos ¢ a segunda perpendicular aos lados 23 € 14 também pelo ponto médio cde ambos.0 centro do quadrado, que ¢ intersecio dessas retas,serd indicado por O. Entao, denotando-se por A, Ry, Ro, Ry 88 rotacbes de ° /2, m @ 3n/2 em tomo do ponte 0, no sentido ant-horério, por Xe ¥ as reflexes de a radianos em torno das retas x e y @ por 7 e Was reflexes de 7 radianos em tomo das retas 7 € w, respectivamente, demonstra-se (aqui apenas mencionamos esse fato) que D, = {Roy Ay RyRy, %, ¥, Z, Wh. Por meio da construgao de uma tébua, mostraremos agora que esse conjunto, com a composicao de transformagées, ¢ um grupo. A ritulo de ilustrago vejamos (figura a seguir) como se obtém, por exemplo, 2018, @ R20Z. ene Efetuando-se as demais composic6es, a tabela obtida é a seguinte (sugerimos a0 leitor checar os resultados): ol ml m[ mlm) x[v[zZlw Roi Rol ® [mlm xX ¥ | Zi Ww Ri Rel Re] Raf Re Z| wl yx Ro | Re | Ry | Me RY | XT WIZ Ri Alm [ale WlZixfy x, x|7|¥[wlalela fe YY wi] x[z[e fael a |e Zizi v[wix [ata | mR wilwex[z]y [male |e Essa tabua mostra imediatamente que a composicao de simetrias & uma opera- ‘do em D,.A associatividade da operagio vale por se tratar de particular composi¢ao de aplicacées, Como, ademiais,Ry € 0 elemento neutro e Ry '= Ro.) '=RyyRo = RyRy = RX EX = YZ = ZW" = Wentdo (Dy, 0} 6 um gripe: 0 grupo das simetrias do quadrado. D, nao € comutativo, pois, por exemplo, XoZ= Ry @ZOX= Ry. Observando-se que R? = Rp, R,? 3 Xo OR? = KOR, = W, entao: Dy = AR, Ry AP REX XO Ry KORE KORPP Isto &, 0, 6 gerado por Ry e X. FOR, = ROR, = Ry AOR, = Z KOR? = enue Convém notar que a partigéo mostrada na tabua poe em destaque o seguint ‘a composta de duas rotacbes 6 uma rotacao;a composta de duas reflexdes é uma ro- tagdore @ composta de uma rotagao com uma reflexio, ou vice-versa, & urna reflexdo, Fin particular 0 conjunto R, das rotacdes do quadrado também é um grupo. (xiv) Grupos diedrais 0 conceito de simetria de um tridngulo e de um quadrado, que acabamos de focalizar, pode ser estendide naturalmente para um poligono regular qualquer de n lados. Tal como nos casos particlares focalizados, o niimero das simetrias de um po- ligono regular de n fados € o dobro do numero de lados, portanto 2n no caso geral. Para descrever essas imetrias, denotemos os vertices do poligono consecutivamen- te por 1.2, ...€ 0 Conjunto das simetrias por D,, Duas simetrias bastam para gerer D,za rotacdo R de 21/0 radianos em torno do centro @ do poligono {figura a seguir) ned . z ed a43 2 i a reflexto X de 1 radianos em torno da reta x pelo vértice 1 e pelo centro do po- ligono (figura a sequin). (Em ambas as figuras consideramos 1 impar) + nad 2 n we Isso posto, pode-se demonstrar que 0 conjunto das simetrias do poligono & Dy = RRR, we PPK KOR KOR, oy KORTE fe que esse conjunto é um grupo com a composicio de transformacdes. Ou seja, que D, é um grupo gerado por dois de seus elementos, isto €, a rotagao Ae a re flexdo X, resultado que constitui uma generalizagao do que foi visto para o triangulo 0 quadrado. Sra © grupo D, é chamado grupo dledral de gra n. Em particular D, € Dy sdo os grupos dledrais de grau 3 ¢ 4, respectivamente, Outro fata importante envolvendo o grupo diedralD, € que o canjunto R, = {R°, R,R?, wR" ~ "hdas rotaces do poligono & também um grupo em relagdo 4 com- posicao de transformagoes, (0) Sejam G e t grupos que, para facilitar, suporemos multipicativos {para o ‘aso aditivo, por exemplo, bastaria mudar 0 simbolo da operacdo). Vejamos como transformar Gx £ em um grupo da maneira mais naturat possivel a partir das ope- ragbes de Ge L. A *multiplicacao” {(0.1,{c, )) + fa, ble. d= fac, be) definida para pares qualsquer (0,61, (c,d) € Gx L certamente é uma operagio s0- bre Gxt, a mais natural possivel no caso. com essa operacio G x L ganha uma estrutura de grupo. De fato: * la, Bic, de, fi = fac, baile, I = (Cade, (bef) = (alce), AA) = (a, Bee, df) = = Wb de, A: + $8 66 € e; S30 05 elementos neutros de Ge L, respectivamente, entio ele- mento neutro da ‘muttiplicagdo de pares” é 0 par (ec, +50 (@,b) € Gx € se indicarmos os invorsos de a e 6 em Ge L respectiva- mente por a’ e b; entao: (0, Bia’, b') = Cao’, Bb’) = (eg, €,) = elemento neutro da “multiplicacao em G x L O grupo GL assim introduzido seré chamado produto dreto lexterno) dos gru- pos G e 1 dados. Esse novo grupo € comutativo se, ¢ somente se, ambos os grupos fatores o forem. 2.5 Subgrupos Consideremos o grupo (R, +). Observemos que 2, por exempta, é um subcon- Junto de ® para o qual valem as seguintes propriedades: a) Z ¢ fechado para a adi- ‘$40; (b) (Z, +),em que + indica a adi¢ao de K, restrita aos elementos de Z, também 6 um grupo. for isso se diz que 7 é um subgrupo de F. Consideragées andlogas po- deriam ser feitas com @, por exemplo, Portanto, @ também é um subgrupo de @. Vejamos agora um exemplo menos corriqueiro, Mantida a notacao de 2.4, consideremos 0 grupo S, = (fa. fi £2, 91.92. 93t das permutagées sobre © conjun- to {1,2 3). tabua desse grupo nos mostra que 0 subconjunto C, = ff, fy, fo} & fechado para a composi¢ao de permutacées. Mais: C,, com a composicéo de per- Mutagdes, tem uma estrutura de grupo, como ja destacamos. Por essa raz8o, C5 € ‘um subgrupo de 5. A definicéo geral de subgrupo, a ser dada agora, inspira-se em casos como esse, Oise Definigéo 2: Seja (6, +) um grupo. Diz-se que um subconjunto nao vazio HC & um subgrupo de G se: +H 6 fechado para 2 operacdo * listo é, se a,b EH entéo at b EH); + (H,%) também é um grupo (aqui o sfmbolo + indica a restrigao da operagio de G aos elementos de #) Se e indica o elemento neutro de G, entao obviamente {e} é um subgrupo de G.€ imediato, também, que © proprio G é um subgrupo de si mesmo. Esses dois subgrupos, ou seja, fe} © G, sd0 chamados subgrupos triviais de G. Proposicao 1: Seja (G,*) um grupo. Para que uma parte nao vazia H C G seja lum subgrupo de G, é necessitio e suficiente que a# b’ seja um elemento de H sempre que @ e b pertencerem a esse Conjunto, Bemonstracae: (—) Indiquemos por ¢ ¢ ,, respectivamente, 05 elementos neutros de G eH. como ent ep = en= ent © todo elemento do grupo & regular em relagso a #, entdo = €;, ‘Tomemos agora um elemento E H e indiquemos por bv e by’ seus simétricos ‘em Ge H, respectivamente. Como, porém, by #b=e,=e= bed entdo 6,’= b* (novamente pelo fato de todos os elementos do grupo serem regu- lares para sua operacao}. Por fim, se @, 6 € H, entao ab,’ EH, uma vez que, por hipatese, (H, #) 6 um grupo. Mas by’ = b' e, portant, a¥ bE H. (] Como, por hipétese, H nao é vazio, podemes considerar um elemento xp & H. Juntando esse fato a hipatese: x9 x = e € H. Considerando agora um elemen- to bE H, da hipétese e da conclusdo anterior seque que: et 6'=BEH Mostremos agora que H é fechado para a operacao *, De fato, se 0, bE H, err 180, fevando em conta a concliséo anterior, a,b’ H. De onde (nevamente usando a hipotese) a (bY =a*b EH Falta mostrar a associatividade em H, mas isso é trivial, pois, se a, b,c EH, entéo 4.8, ¢6 Ge, portanto, a (bc) = (a 61% (J5 que essa propriedade vale em 6). # Convém observar que, se 0 grupo é aditivo, entao a condicao de subgrupo dada pela proposicgao apresenta-se assim: +Sea,bE H,entdo a + (—b) EH. E no caso de um grupo multiplicative: + Se 0,6 € H,entao ab" EN, om-e) Exempio 5: 0 conjunto H = {x € 8% |x > 0} € um subgrupo do grupo multi= plicative dos nimeros reais (Re, -).De fato, se a, 6 © H, entdo 0,6 E Ba > 06 b> 0. Mas, se 6 > 0, entéo 6"! > 0. Logo, ab~' = 0, pois © produto de dois nuimeros reais estritamente positivos também ¢ estritamente positive. De onde, ab eH. xemplo 6: Consideremos 0 grupo aditivo Mf). Vamos mostrar, usando a pro- posigdo anterior, que {@ Ble meme + aah um subgrupo de M{?). Obviamente trata-se de um conjunto nao vazio. Notar pri- meiro que as matrizes de H se caracterizam pelo fato de os elementos da diagonal principal serem opostos um do outro. Observado isso, tomemos duas mattizes de i (2 2) e a(t ) © -0 to -r (or o2) c-t -otr, Comoas entradas desse matrizobviamente sso nimerosreaise -a-+r=—la~1), entio A+ (-8) € H. A Entao: A+ (-8) Exemplo7:Consideremos dois grupos, Ge L,supostos multiplicatvos, por simpli dade. Ainda para facilitar, Indiquemos os elementos neutros de Ge L por 1. Entéo {i} xb = flay € GxL|x= 1} eG {i} = {Ocy] © G x1 [y= 1} so subgrupos do produto direto G x L. Faremos a verificagdo apenas para o segundo caso. Sejam u, B & G x {1} Entdo at = (a, 1) e B = (b, 1), para convenientes elementos, 4,0 © 6.Portanto: aR! = (a, 16,1! =, 1b 1) = (ab '1) Como ab"! € 6, entéo aps & 6x {1}. Ss 1. Quais dos conjuntos abaixo sdo grupos em relacdo 8 operagéo indicada? a) Z_; adigdo ) 2; multiplicagao A= SZ |x 6 paradigao &) B= {r= 2 |x é impar}; multiplicago €} C= {~2,-1,0, 1,2}; adigao £ D= ft, -1}; multiplicagso nse 2. Mestre que R dotado da operago * tal que x ® y= 0 + y" & um grupo abeliano +3. Mostre que ® munido da operacso A wl que xA y =x + y— 3. um grupo co- mutativo. a. Mostre que @[i2] = fa +by2 | a,b & ) € um gaipo aditivo abeliano. Es tabelocer as condicdes sobre ae b para que @ [y 2 ] seja também um grupo muttiplicativo. 5, Mostre que R xR — {(0,0)} munido da operagdo A definida por (a, 5) 3 {ed)= 1¢ — bd, ad + be) um grupo abeliano. {6.No conjunto C* esta definida uma operacao & tal que @ A b = [al - b Mostre ‘que a operagae A nao define uma estrutura de arupo sobre £* ferlfque se Z « 2 & grupo ern relagdo a cada uma das seguintes leis de composicac: a) a. o)*(e,d) =a +o b+d) by (a, BIG d) = (a-¢,b-d) 8, Mostce que @2* x Q munido da operacio 1 definida da sequinte formar (a6) Ld) = (ac, be +d) um grupo. 9. Sejam (6, ) e (H, A) grupos quaisquer. Mostre que G x H tem estrutura de grr po em relagdo a operacio 1. assim definida: (x,y) 1 (xs y= Oehxs y Aye quaisquer que sejam (x,y) € (em 6 x He 10. Seja G um grupo muliplicativo e soja * uma operacao sobre G assim definida: 2% b= b+, Demonsire que (G, *) € um grupo. 11, Sejam A um conjunto no vazio ¢ R* 0 conjunto das aplicacoes de A em R. Definimos uma "adicio” e uma “multiplicagdo” em R* como segue:sendo f eg fungées de A em B, temos: (F + 9) Wa) = Six) + 0), VR EA (F +g) Ge) = #0) -g00, Wa EA Mostre que ®* € grupo aditivo. Mostre que, em geral, t* nao & grupo multiplicative, S65 =) 12. Mostre que © conjunto das funcoes polinomiais de grau 1 (ou fungées afins) de R em R é um grupo para a composicao de funcdes. Nota: f:18 ~~ Pr é uma fungao afim se, e somente se, f(x) = ax + 6, coma # 0. 13, Sejam S um conjunto, G um grupo e f:5—> G uma aplicacao bijetora, Para ca- da x,y & $ defina o produto xy = f "(f(x)Fly)). Mostre que essa muttiplicac3o_ define uma estrutura de grupo sobre S. 14, Construa a tébua da operagdo * sobre G = fe, }, sabendo que (G, +) é um grupo. 15. Construa a tabua da operagio * sobre G = fe, b, sabendo que {6, #) € um ‘grupo. 16. Mostre que cada uma das tébuas abaixo define uma operacéo que confere 20 conjunto G = {e, 4, 6, ¢} uma estrutura de grupo. elalble elaléle elelalole efejalole alalelcle afele{e|o elelclela blelclole cleleolale clelelela 17. Complete a tabela abaixo, sabendo que G a essa operagio. le. b,c} é um grupo em relagao n]els|e 1B. Sejam F;, Fy, Fy Fe aplicacbes de R? em R? definidas da seguinte mancira: FR) = OW Folmy) = (9), lt yl = Oh 9) @ Faby} = (x, “yh Se G= Fy, Fay Fe, Fa}, Mostte que {G, 0) € um grupo. Obter F E G tal que FLOFOF, = Fy. 19. Construa a tabua de um grupe 6 = (e,2, b, c,d. f], de ordem 6, sabendo que 0 Ge abetiano. WW) axc=b¥bad ii) Oneutto &e. W) atf=bed=e (i) amd = bec at Wi ckdsa eve 20. Sejam a,b, € elementos de um grupo multiplicative 6. Prove que (abe)! = 1b" a"! Obtenha x & G tal que abexb = c. 21, Sea, be cso trés elementos quaisquer de um grupo multipticativo G,demons- tre que existe um Unico x & G tal que axbex = abx. 22. G é um grupo multiplicative ¢ a e b sao elementos de G. Determine x € G tal que xax = bba '. 23, Mostre que, se x é elemento de um grupo multiplicative e xx = x,entéo x € 0 elemento neutro. 24, Mestre que, se G 6um grupo multiplicative e (1 = elemento neutro). Wk E Gentao G é abeliano 25, Seja G um grupo finito. Mostre que, dado x € G, que x" =e. 12 um Inteiro n> 1 tal 26, Sejam G um grupo e x € G. Suponhamos que exista um inteiro @ = 1 tal que x" =e, Mostre que existe um inteiro m = 1 tal que x |= x", 27. Seja G urn conjunto finito e munido de uma operagao * que € assocativa, Mastre ue, se a operagio * satisfaz as das leis do cancelamento,entso (6, *] € um grupo. 28. Verifique se A ou B é subgrupo do grupo multiplicative @*. A={rEQ|x>0} a={142™ | mnez| +20 29, Verifique se A ou B & subgrupo do grupo multiplicative R*, A={a+6\2 ER] a,b O} B={a+ 602 ER abe O} 30. Verfique se A ou B & subgrupo do grupo muttiplicativo Cr. A= {cost + see] 8 R} B= {EC | |e] =2} 31. Verifique se A ou 8 é subgrupe do grupo aditivo Bt, supondo p = Ni um némero primo dado: A={a+ bsp [abe O} B={o+blp |abeg} Sse 32. 33. 34. 35. 36. 37, 38. Sabendo que Q — {1} 4 um grupo relativamente & operacao 4 tal que xy = =x+y—xy,verifique se A ={0, +2, 4, ..} € ou 30. um subgrupe desse grupo. £ P\ comabeReaebnio ba nulos simultaneamente, constitui um subgrupo do grupo GL,(R}. (GL,{R) indica 0 grupo multiplicative das matrizes reais inversiveis 2 x 2) Mostre 0 conjunto G das matrizes do tipo 7 Mose qu 0 conjunto das mazes doi ( <2 fon (Sno cre constitu um subgrupo do grupo mukiplicativo GL,(R} das matrzes reais e inver- siveis do tipo 2 x 2. peom ae R, Para todo m & N*,0 conjunto R” é definido da seguinte forma: RY = f(y 23, «4. 4) | a, © RY Sabendo que Bi" € um grupo em relagdo & adicBo assim definida: {ons dy) $ (By Bay on By) = (Q, + By + Bays Oy + b,) verifique se Hh, Hy © Hy s80 subgrupos de Be’. y= fla,.a, a) ER" a, +a; +. +a, = 0} Hy = {(@y, @y 0, 0g) ER | ay © Z} Hy = [Ody 9.) ER" a, >a, 2 = ah Quais dos seguintes subconjuntos de 2, sdo grupos em relacéo & multiplicago? ) {1,5,8, 13} Determine todos 0s subgrupos do grupo aditive Zy. Seja £ = {e,0,b, c,d, f} munido da operacao A dada pela sequinte tabua Sltelolbic}da|F elelelel

Você também pode gostar