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E s p a n h o l • F r a n c ê s • I n g l ê s • P o r t u g u ê s

Ciência e projeto:
perspectiva de um físico
Quando a ciência rejeitou
a Deus
Ellen White e a saúde
mental
Oferta sem mácula

3
Vo l u m e 2 0
REPRESENTANTES REGIONAIS
DIVISÃO CENTRO-LESTE AFRICANA
P.O. Private Bag 00503 Mbagathi,
Nairobi, QUÊNIA
CONTEÚDO
Hudson Kibuuka kibuukah@ecd.adventist.org
Mulumba Tschimanga bresilien54@yahoo.com ARTIGOS
DIVISÃO DA ÁFRICA MERIDIONAL-OCEANO
ÍNDICO 5 Ciência e projeto: perspectiva de um físico
P.O. Box 4583, Rietvalleirand 0174 “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as
ÁFRICA DO SUL reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que
Ellah Kamwendo kamwendoe@yahoo.com
Eugene Fransch fransche@sid.adventist.org cumpramos todas as palavras desta lei.” Deuteronômio 29:29
DIVISÃO DA ÁFRICA OCIDENTAL Gary Burdick

8
22 Boite Postale 1764,
Abidjan 22, COSTA DO MARFIM Quando a ciência rejeitou a Deus
Chiemela Ikonne 110525.1700@compuserve.com Atualmente, a ciência, de modo geral, é a estranha combinação do
Emmanuel Nlo 104474.235@compuserve.com
estudo da natureza e uma filosofia que exclui Deus! Não há sincera
DIVISÃO DO PACÍFICO NORTE-ASIÁTICO
P.O. Box 43, Goyang IIsan, 411-600,
procura da verdade.
REPÚBLICA DA COREIA Ariel A. Roth
Chek Yat Phoon cyphoon@nsdadventist.org
Joshua Shin joshuahin@nsdadventist.org
DIVISÃO DO PACÍFICO SUL-ASIÁTICO
11 Ellen White e a saúde mental
Pioneira adventista superou problemas individuais e familiares, e se
P.O. Box 040, 4118 Silang, tornou importante conselheira sobre a saúde da mente.
Cavite, FILIPINAS
Mike Lekic mlekic@ssd.org Merlin D. Burt
Jobbie Yabut jyabut@ssd.org
DIVISÃO DO SUL DO PACÍFICO
Locked Bag 2014, Wahroonga,
N.S.W. 2076, AUSTRÁLIA
Barry Hill bhill@adventist.org.au
Gilbert Cangy grcangy@adventist.org.au
DIVISÃO EURO-AFRICANA SEÇÕES
Schosshaldenstrasse 17,
3006 Bern, SUÍÇA EDITORIAL PRIMEIRA PESSOA
Roberto Badenas roberto.badenas@euroafrica.org
Corrado Cozzi corrado.cozzi@euroafrica.org 3 Seja como Daniel! 23 O momento e o
Mario E. Ceballos caminho de Deus
DIVISÃO EURO-ASIÁTICA Patricia Jones
Krasnoyarskaya Street 3, PERFIL
107589 Moscou, FEDERAÇÃO RUSSA
Branislav Mirilov bmirilov@ead-sda.ru 15 Fiaia Matainaho
e Teatulohi Matainaho
LOGOS
Oferta sem mácula
Peter Sirotkin psirotkin@ead-sda.ru
Lisa Beardsley 25 Gerry D. Karst
DIVISÃO INTERAMERICANA
P.O. Box 830518, Miami, 18 Silvia e Arturo Finis EM AÇÃO
Lorena Mayer Conferência na Inglaterra:
FL 33283-0518, EUA
Moisés Velázquez velazquezmo@interamerica.org 27 doutores em busca da fé
Bernardo Rodríguez bernardo@interamerica.org LIVROS
Karen K. Abrahamson
DIVISÃO NORTE-AMERICANA 20 E. J. Waggoner: From the
Physician of Good News to the
12501 Old Columbia Pike, Faculdade na Romênia sedia
Silver Spring, MD 20904-6600, EUA Agent of Division 28 Congresso Internacional
Larry Blackmer larry.blackmer@nad.adventist.org (Woodrow Whidden)
James Black james.black@nad.adventist.org Resenha de Aecio E. Cairus Cristina Neagu
Martin Feldbush martin.feldbush@nad.adventist.org
INDEX
DIVISÃO SUL-AMERICANA 21 Science Discovers God:
Seven Convincing Lines of 32 Volumes 16-20
Caixa Postal 02-2600,
70279-970 Brasília, DF, BRASIL Evidence for His Existence
Carlos Mesa carlos.mesa@dsa.org.br (Ariel A. Roth)
Otimar Gonçalves otimar.goncalves@dsa.org.br Resenha de David Cowles
DIVISÃO SUL-ASIÁTICA
Post Box 2, HCF Hosur, 22 20 Questions God Wants to Ask
You: Life-Changing Encounters
635110 Tamil Nadu, ÍNDIA
Nageshwara Rao gnageshwarrao@sud-adventist.org With the Divine
Lionel Lyngdoh lyngdoh@sud-adventist.org (Troy Fitzgerald)
DIVISÃO TRANSEUROPEIA Resenha de Younis S. Masih
119 St. Peter’s Street, St. Albans,
Herts., AL1 3EY, INGLATERRA
Daniel Duda dduda@ted-adventist.org
Paul Tompkins ptompkins@ted-adventist.org

2 DIÁLOGO 20•3 2008


EDITORIAL
Seja como Daniel! Esta revista internacional de fé, pensamento
e ação é publicada três vezes por ano em
quatro edições paralelas (espanhol, francês,
inglês e português) sob o patrocínio da
Em seu livro 70 Years of Miracles, Richard H. Harvey escreveu sobre um profes- Comissão de Apoio a Universitários e
sor de química. O professor Lee era um deísta que por muitos anos falou contra a Profissionais Adventistas (Caupa), organismo
da Associação Geral dos Adventistas do
oração. Nas aulas, após dissertar sobre o poder das leis da natureza e afirmar que Sétimo Dia.
não há evidência para crer que Deus interfere nos assuntos humanos, Lee propu-
Volume 20, Número 3
nha um teste. Avisava que deixaria cair um tubo de ensaio no chão e desafiava Copyright © 2009 pela Caupa.
os estudantes a orar para que o tubo não se estilhaçasse. Certa ocasião, um estu- Todos os direitos reservados.
dante se levantou e pediu licença para orar. O professor foi apanhado de surpresa. Diálogo afirma as crenças fundamentais
Ninguém jamais o desafiara. da Igreja Adventista do Sétimo Dia e apóia
Os jovens que estão em universidades e escolas seculares estão diariamente sua missão. Os pontos de vista publicados
expostos a situação similar à da história de Harvey. Ridicularização, incredulidade na revista, entretanto, representam o
pensamento independente dos autores.
e aberto desafio à fé pessoal formam um cenário que muitos estudantes crentes
enfrentam em campi seculares. Equipe Editorial
Editora-chefe Lisa Beardsley
Mas isso não é incomum. Podemos voltar até o tempo de Daniel. Ele e os ami- Editor John M. Fowler
gos Ananias, Misael e Azarias foram levados cativos para a Babilônia. O primeiro Editor-Associado Gary R. Councell
desafio que tiveram de enfrentar foi relativo à fé e ao estilo de vida (Daniel 1:3- Assistente Editorial Susana Schulz
21). Edições Internacionais Susana Schulz
Os nomes foram mudados. Deveriam adaptar-se aos costumes babilônios, comer Correspondência Editorial
à mesa real e partilhar do estilo de vida do rei. Mas escolheram não agir assim. Diálogo
12501 Old Columbia Pike
Receberam a melhor educação que Babilônia podia oferecer. Foram instruídos Silver Spring, MD 20904-6600; EUA.
naquele ambiente, mas quando o melhor de Babilônia estava em conflito com suas Telefone 301 680-5060
convicções, eles o recusaram. Desafiaram o império e prevaleceram. Hoje temos Fax 301 622-9627
muitos “Daniéis” que estudam em instituições seculares e enfrentam um mundo E-mail schulzs@gc.adventist.org
hostil. Meu filho escolheu estudar Direito, e milhares de outros escolhem um Comissão (CAUPA)
curso que não há em instituições adventistas. Presidente Ella Simmons
Vice-Presidentes Gary R. Councell, C.
Eles estão em universidades públicas e frequentemente enfrentam resistência à Garland Dulan, Baraka G. Muganda
fé. Tais desafios, em vez de enfraquecer, podem levá-los a se erguer como Daniel e Secretária Lisa Beardsley
seus amigos e partilhar a fé com professores e colegas. Membros Lyndelle Chiomenti, Gary
Nesta edição de Diálogo, você lerá sobre coragem e convicção, fé e missão que Councell, John M. Fowler, Clifford
Goldstein, Linda Koh, Kathleen Kuntaraf,
devem caracterizar os estudantes adventistas dos campi seculares. Leia a análise de Dionne Parker, Gerhard Pfandl, Roy
Ariel Roth sobre as afirmações da ciência de que a religião não é confiável, e des- Ryan
cubra como enfrentar a tentativa de a ciência “demonstrar sua superioridade sobre Correspondência sobre circulação
as crenças religiosas”. Dê uma olhada na nova pers- Deve ser dirigida ao Representante
pectiva que o físico Gary Burdick oferece sobre um Regional da Caupa na região em que reside
crente que se ergue bem alto no mundo da ciência. o leitor. Os nomes e endereços destes
representantes encontram-se na p. 2.
Não passe por alto o testemunho fervoroso de
Pat Jones, de que embora o caminho possa ser rude Assinaturas US$13.00 por ano (três
números, via aérea). Ver cupom na p. 6 para
e incerto, ninguém está sozinho quando anda com
detalhes.
Deus.
Website http://dialogue.adventist.org
O mundo é o mesmo – desde Babilônia a Roma
e aos templos do saber secular de hoje. Rapazes e DIÁLOGO tem recebido correspondência
de leitores de 118 países ao redor do
moças, como Daniel, são chamados para viver, tra-
mundo.
balhar, adorar e testemunhar. Onde quer que você
esteja, enfrente todo desafio e transforme-o em
oportunidade de enriquecer a fé. A Igreja também
não deve deixar de envolver seus acadêmicos e

Continua na p. 4

DIÁLOGO 20•3 2008 3


CARTAS
Muito há que aprender, da parte de todos, e não se pode inventar melhor
Shalom, caros irmãos da equipe
editorial!
emprego de cérebro, ossos e músculos do que aceitar a sabedoria de Deus
Fico feliz por ter conhecido a
Diálogo. Estou terminando os estudos
e acabo de ler um exemplar que um em fazer o bem [...] a fim de que sejam úteis aos outros, tornando seus
amigo me deu. Felicitações à equipe
editorial pelos artigos e divulgação labores mais leves, procurar consolar os tristes, erguer os desanimados, dirigir
de estudos com conteúdo detalhado
sobre saúde, oração, desenvolvimento palavras de conforto aos desesperançados, volvendo o espírito dos estudantes
espiritual, e muito mais. A revista
é uma fonte de ideias, que uso para dos divertimentos e doidices que muitas vezes os levam para além da atitude
apresentações sobre dependência em
drogas, sexualidade, nutrição saudável, digna da varonilidade e feminilidade, para a vergonha e desgraça. O Senhor
e outros temas atuais. Estou animado
em compartilhar, com o maior núme- deseja que nosso espírito seja elevado, buscando mais altos e mais nobres
ro de pessoas, minhas experiências
com a leitura da Diálogo. condutos de utilidade.
Gomge Lionel
Yaoundé - República dos — Ellen White. Mensagens Escolhidas. 4. ed., v. 2.
Camarões
Glionel91@yahoo.fr Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2000. p. 323, 324.
Obrigada!
Gostaria de agradecer o cuidado que
vocês estão demostrando. Sinto-me
realmente feliz cada vez que recebo
um exemplar, pois tem me ajudado em Editorial
minha jornada espiritual. Que Deus Continuação da p. 3
continue abençoando a cada um de
vocês da Diálogo!
Lilian profissionais. Precisa proporcionar um espaço para o diálogo e o desenvolvimento.
R. Tiradentes, 159 CEP 46200- Como costumava dizer o comentarista radiofônico Paul Harvey: “E agora, o
000 restante da história.” Eis aqui o final da história que Richard Harvey conta em
Condeúba, Bahia – Brasil seu livro. Assustado, Lee deixou cair o tubo de ensaio sobre seu pé, que rolou pelo
sapato, foi para o chão e não se quebrou. A classe aplaudiu a coragem do estudan-
te e, daquele momento em diante, Lee deixou de falar contra a oração. Chame o
incidente do que você quiser: resposta à oração? Pura coincidência?
Escreva-nos! Prefiro crer em um Deus que ainda permanece com os “Daniéis” de hoje.
Recebemos seus comentários, reações e per-
guntas, mas, por favor, limite suas cartas a 200
palavras. Escreva para:
DIALOGUE LETTERS
12501 Old Columbia Pike
Silver Spring MD 20904 EUA.
FAX 301 622 9627 Mario E. Ceballos, D.Min. BCC
E-MAIL schulzs@gc.adventist.org Diretor-associado do Adventist Chaplaincy Ministries
mario.ceballos@nad.adventist.org
As cartas selecionadas para publicação podem
ser editadas para maior clareza ou por necessi-
dade de espaço.

4 DIÁLOGO 20•3 2008


Ciência e projeto:
perspectiva de um físico Em 1953, o astrônomo Fred Hoyle
teorizou que o carbono devia ter um
estado ressonante ou excitado relacio-
Gary Burdick unificada é tão profunda que muitos nado à soma das energias instáveis do
de seus pesquisadores acabam usan- berílio e do hélio. Essa ressonância
“As coisas encobertas do uma linguagem teológica em sua aumentaria a criação do carbono nas
descrição. Alguns a chamaram de a estrelas. Os físicos eram céticos quan-
pertencem ao Senhor, nosso procura do “Santo Graal” da ciência. to à ideia de Hoyle, já que ele não era
Deus, porém as reveladas Stephen Hawking fala sobre o assunto físico nuclear. Todavia, procuraram,
nos pertencem, a nós e a como uma busca para conhecer “a e descobriram o estado ressonante
mente de Deus”.1 Embora o “deus” a exatamente na energia prevista por
nossos filhos, para sempre, que Hawking se refere seja meramen- Hoyle. A descoberta da “ressonância
para que cumpramos todas te uma pequena faceta do Deus que do carbono” forneceu uma explicação
as palavras desta lei.” conhecemos da Bíblia, ele reconhece de como o carbono é formado.
que uma teoria completa não exclui a Logo depois disso, descobriram uma
Deuteronômio 29:29 crença teísta. Foram escritas numero- “ressonância do oxigênio”. Sem essa
sas sínteses do atual estado da procura ressonância, nenhum oxigênio poderia
A ciência faz um trabalho excelente por uma teoria completa.2 ser formado. Mas se a ressonância era
ao descrever e explicar os fenômenos Em vez de escrever uma síntese, exa- demasiadamente próxima, as colisões
naturais. Os cientistas, entretanto, não mino neste artigo apenas uma parte de hélio com o carbono rapidamente
se satisfazem meramente com a des- do enigma, considerando as implica- transformariam virtualmente todo o
crição. Esforçam-se para compreender ções teológicas. carbono em oxigênio, não deixando
a estrutura subjacente, as leis funda- nenhum carbono. Assim, não somen-
mentais da natureza que determinam Abundâncias elementares te deve haver “uma ressonância do
esses fenômenos. Ao tentar usar exclu- Há muito tempo, os físicos querem oxigênio”, mas ele deve também ser
sivamente a linguagem naturalista saber por que a Terra tem apenas as dessintonizado pela quantidade correta
e buscar explicações específicas, a proporções exatas de carbono, oxigê- para fornecer a relação apropriada do
ciência pode entrar em conflito com a nio e de outros elementos necessários carbono ao oxigênio.
Teologia. à vida. Há 60 anos, compreenderam Em 1960, os detalhes mecanicistas
No desenvolvimento de explana- a fusão de hidrogênio em hélio no Sol da nucleossíntese estelar tinham sido
ções naturalistas mais completas para e em outras estrelas, mas pareceu não demonstrados claramente. A física
descrever o Universo, pode parecer existir um mecanismo para fazer os nuclear podia agora esclarecer a exis-
que há menos espaço para Deus no elementos mais pesados. Quando dois tência e a abundância dos elementos,
cenário científico. E se a ciência a átomos de hélio colidem, se transfor- incluindo o carbono e o oxigênio
qualquer momento descobrisse uma mam em uma forma extremamente
teoria “completa”, poder-se-ia presumir instável de berílio, que imediatamente3
a descrição de um universo sem Deus. se separa e volta a ser novamente dois
No entanto, estou confiante que esta
conclusão não é válida. Selecionando
átomos de hélio. Três átomos de hélio
precisam ligar-se para criar o carbono,
Let’s Talk!
exemplos da Física, minha finalida- mas a possibilidade de que um terceiro Você gostaria de fazer um comentário ou
de é mostrar que ao desenvolver um átomo de hélio colida com o berílio formular perguntas ao Pastor Jan Paulsen, presi-
cenário mais completo do universo, antes que se separe é demasiadamente dente da Igreja Adventista do Sétimo Dia? Você
os cientistas são conduzidos a maiores pequena para permitir a formação do pode fazê-lo através do site:
evidências sobre Deus e o Seu projeto. carbono que observamos. http://www.letstalk.adventist.org
Nas últimas décadas, tremendos Isso foi visto por alguns como evi-
esforços e recursos foram gastos para dência convincente da “criação cien- O objetivo do site é estimular a comunicação
encontrar uma teoria final da Física. tífica”. A ciência não podia explicar o entre os jovens adventistas de todo o mundo e
o gabinete do Presidente da Associação Geral.
Tais tentativas têm nomes: Teoria carbono e o oxigênio na Terra. Assim
Nesse mesmo site você também encontrará
da Grande Unificação ou Teoria de discutiu-se que tais elementos podiam links úteis e bancos de dados acessíveis, refe-
Tudo; e incluem propostas como somente estar aqui nas proporções rentes a perguntas e respostas sobre muitos
a Gravidade Quântica de Laços, a corretas porque aquela era a maneira tópicos. Verifique!
Teoria das Cordas (ou Supercordas), e criada por Deus. Entretanto, a história
a Teoria M. A procura por uma teoria não para aqui.

DIÁLOGO 20•3 2008 5


essenciais à vida. Desde que a física o universo de “uma decepção”. Ele nação científica se divide. Se aquelas
preenchera essa lacuna, parecia que olhava as leis fundamentais de Física anomalias não são prontamente expli-
qualquer argumento para o “projeto” que tiveram que ser refinadas para cáveis pelas teorias científicas, então
na composição elementar do univer- criar as ressonâncias necessárias para esta pode fornecer a evidência de que
so tinha sido refutado. Entretanto, que o mecanismo trabalhe. havia um Projetista. Estes argumen-
Hoyle, que havia se considerado um Sabemos agora que se a Interação tos do projeto foram desenvolvidos
ateu, reagiu de outro modo: “De 1953 Forte fosse 0,5 % mais forte do que por William Paley no século 19. Em
para cá, Willy Fowler e eu estivemos seu valor real, não haveria virtualmen- sua analogia do relógio, Paley imagi-
sempre intrigados pela relação notá- te nenhum carbono no universo. E nou-se cruzando um terreno baldio,
vel do nível de energia de 7.65 MeV se a Interação Forte fosse 0,5% mais encontrando um relógio na terra, e
(milhões de elétron-volt) no núcleo fraca, não haveria nenhum oxigênio.5 se perguntando como o relógio foi
de 12C ao nível de 7.12 MeV em 16O. A necessidade das ressonâncias do car- parar lá: “A inferência [é] que o relógio
Se você quisesse produzir o carbono bono e do oxigênio restringe similar- deve ter tido um fabricante; que deve
e o oxigênio em quantidades aproxi- mente a resistência da força eletromag- haver existido, em algum momento
madamente iguais pela nucleossíntese nética, a distância da Interação Forte, e em algum lugar, um inventor ou
estelar, estes seriam os dois níveis que as massas de prótons e nêutrons, e da inventores que o criaram com o pro-
você teria que reparar, e sua fixação Constante de Planck.6 Como Hoyle pósito de que o encontrássemos para
teria que ser apenas onde estes níveis descobriu, o motivo por que as cons- realmente responder quem compre-
são realmente para serem encontrados. tantes e as leis fundamentais são exa- endeu sua construção, e projetou seu
Uma decepção? Depois do argumento tamente ajustadas é muito mais difícil uso.”7 Diante da estrutura do universo,
acima, sou inclinado a pensar assim. de responder sem o recurso de um bem mais complexa do que a de um
Uma interpretação do senso comum Projetista do que era com a pergunta relógio, Paley concluiu que o universo
dos fatos sugere que um superintelec- original – por que o universo tem exa- deve ter sido projetado.
tual zombou da Física, assim como da tamente as concentrações dos elemen- Os argumentos do projeto podem
Química e da Biologia, e que não há tos necessários à vida? fornecer forte apoio para a existência
nenhuma força cega que vale a pena se Muitos do movimento Design de um Criador-Projetista. Entretanto,
referir sobre a natureza”.4 Inteligente procuram explicações como a ciência avança e os fenômenos
Claramente, Hoyle não olhava os que a ciência não pode dar. Isto é, antes inexplicados são explicados, as
detalhes mecanicistas quando chamou examinam os lugares onde a expla- lacunas são resolvidas. Aparentemente,
Deus tem menos lugares para atuar no
mundo. Tal fato conduz à percepção
de que Deus é invocado meramente
Assine Diálogo como uma medida “transitória” para
explicar o que a ciência não tem expli-
Você quer ser um pensador e não meramente um refletor do pensamento de outras pessoas? A
cado até agora. Esse é o argumento
DIÁLOGO continuará a desafiá-lo a pensar criticamente, como um cristão. Fique em contato com o
melhor da ação e do pensamento adventista ao redor do mundo. Entre na DIÁLOGO.
de Richard Dawkins em seu livro
O Relojoeiro Cego 8. Mas a falácia do
Assinatura anual (3 exemplares – via aérea): US$13.00 argumento pode ser encontrada no
Números atrasados: US$4.00 cada. problema da ressonância do carbo-
Gostaria de assinar DIÁLOGO em ❏ Inglês ❏ Francês ❏ Português ❏ Espanhol no. A resposta que fechou a “lacuna”
Edições Iniciem minha assinatura com a próxima edição. necessita por si mesma ser explicada.
Gostaria de receber estes números anteriores: Vol.______. No ______. Basicamente, Dawkins diz a Paley
Pagamento Estou juntando um cheque internacional ou ordem de pagamento. para continuar apenas andando, e
Meu Mastercard ou VISA é _____________________________ encontrará uma fábrica automatizada
Data de validade: ________________________ cegamente produzindo relógios. Para
Por favor, preencha: Dawkins, isso explica como o relógio
Nome ___________________________________________________________ foi parar lá. Dawkins falha em per-
Endereço ___________________________________________________________ ceber que a existência de uma fábrica
___________________________________________________________ automatizada de relógios é muito mais
Remeta os dados para: DIALOGUE Subscriptions, Linda Torske difícil de explicar sem o recurso de um
12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, MD 20904-6600; EUA. projetista do que era no primeiro caso
FAX 301 622 9627 do relógio.9
E-mail torskel@gc.adventist.org Há muitos exemplos recentes que

6 DIÁLOGO 20•3 2008


poderiam ser dados. Os físicos perce- daquelas engajadas no estudo de como também sou conhecido”
bem geralmente que quando desco- ambas.” 12 A física fornece ferramentas (1 Coríntios 13:12).
brem um mecanismo para explicar um poderosas para compreender os deta-
fenômeno previamente inexplicado, lhes intrincados da criação de Deus.
invocam as leis ou os princípios de Entretanto, como os físicos direcio- Gary W. Burdick (Ph.D, Universidade
Física que são mais fundamentais, os nam sua disciplina à procura de um do Texas, em Austin) é professor de
quais estão eles mesmos na necessi- quadro mais completo do Universo, Física e reitor-assistente para pro-
dade de uma explanação adicional. percebem suas limitações, reconhe- gramas de graduação na Faculdade
O físico Stephen Barr declara: “Em cendo que mesmo suas explanações de Ciências e Artes, Universidade
todos os casos onde a ciência explica revelam uma ordem fundamental que Andrews, Berrien Springs, Michigan.
a ordem, atua assim, em análise final, ainda é inexplicável. Assim, o físico é Seus interesses de pesquisa rela-
apelando a um maior, mais impres- forçado por sua disciplina a ser humil- cionam-se à espectroscopia ótica
sionante e mais compreensivo funda- de. teórica e experimental. E-mail:
mento de ordem. Isso é porque, final- Os teólogos são igualmente forçados gburdick@andrews.edu. Site: http://
mente, as explanações científicas não por sua disciplina a serem humildes. www.andrews.edu/cas/physics/faculty/
nos permitem escapar do argumento A Bíblia fornece uma fiel e confiante burdick_gary.html.
do Projeto. Quando o cientista faz descrição de como Deus interagiu com
seu trabalho não há menos ordem a a humanidade ao longo da história
explicar; e, sim, mais. O universo olha e fornece tudo o que é indispensável Referências
muito mais em ordem para nós agora para a salvação. Isso não significa 1. HAWKING, Stephen W. Uma Breve
História do Tempo. Rio de Janeiro: Rocco,
do que fez aos ancestrais que apelaram que todas as perguntas a respeito da 1991.
a essa ordem como prova da existência natureza de Deus estejam respondidas. 2. Veja, por exemplo: Penrose, Roger. The Road
de Deus.”10 Há sempre algo mais para o teólogo to Reality: A Complete Guide to the Laws of
the Universe. New York: Knopf, 2005. Ou
Assim, quanto mais próximo chega- aprender sobre Deus. “‘Pois os meus Greene, Brian. The Fabric of the Cosmos:
mos de descobrir uma teoria completa pensamentos não são os pensamentos Space, Time, and the Texture of Reality. New
York: Knopf, 2004.
da Física, mais claramente podemos de vocês, nem os seus caminhos são 3. Para ser exato, o tempo de vida de 8é de um
ver o projeto fundamental do univer- os seus caminhos’, declara o Senhor. décimo de um femtossegundo (10 -15s).
so. O astrofísico Paul Davies chegou Assim como os céus são mais altos do 4. Hoyle, Fred. “The Universe: Past and
Present Reflections”. In: Annual Review of
a uma conclusão similar: “A tentação que a terra, também os meus cami- Astronomy and Astrophysics, v. 20, 1982, p.
de acreditar que o universo é o pro- nhos são mais altos do que os seus 1-35.
duto de alguma sorte de projeto, uma caminhos, e os meus pensamentos, 5. Oberhummer, H.; Canto, A.; Schiotti, H.
“Stellar Production Rates of Carbon and Its
manifestação do sutil julgamento esté- mas altos dos que os seus pensamen- Abundance in the Universe”. In: Science 289,
tico e matemático, é impressionante. tos” (Isaías 55: 8 e 9, NVI). 7 jul. 2000, p. 88-90.
A opinião de que há ‘alguma coisa por Do teólogo que se esforça por um 6. Cohen, B. L. “Understanding the Fine
Tuning in Our Universe”. In: The Physics
detrás de tudo’ é algo que pessoalmen- quadro mais completo do inacessível e Teacher 46, 285-289, mai. 2008, p. 285-289.
te compartilho, suspeito, assim como a transcendente Deus também é exigida 7. Paley, William. Paley’s Natural Theology,
maioria dos físicos.”11 humildade. Assim, o físico e o teólogo F. Le Gros Clark, ed. SPCK, 1890, p. 11.
Citado em Dowe, Phil. Galileo, Darwin, and
A Física teve sucesso em compreen- “veem através de um espelho, no escu- Hawking: The Interplay of Science, Reason,
der os detalhes mecanicistas de como ro”. Ambos vemos o suficiente para and Religion. Grand Rapids, Michigan:
todos os elementos são formados, mas termos determinado conhecimento a Eerdmans, 2005, p. 110.
8. Dawkins, Richard. O relojoeiro cego. São
diante da pergunta sobre a compreen- respeito do que Deus revelou sobre Si Paulo: Companhia das Letras, 2001.
são do porquê as leis da Física estão mesmo e Sua criação. No entanto, o 9. Sou grato a Stephen M. Barr por esta
ilustração (BARR, S. M. Modern Physics
ajustadas exatamente para permitir quadro é ainda uma sombra da reali- and Ancient Faith. South Bend, Indiana:
que esses mecanismos trabalhem, dade. Olhemos para o futuro, quando Universidade de Notre Dame Press, 2002).
muitos físicos reconhecem que há veremos claramente um quadro mais 10. Ibid., p. 79.
11. Paul C. W. Davies. “The Christian pers-
uma aspecto de projeto evidente no completo e uniremos nossas perspecti- pective of a Scientist”, revisto por John
Universo. vas disciplinares, para aprender sobre Polkinghorne, “The Way the World Is”, New
a criação de Deus e também aprender Scientist, 98:1354, jun. 2, 1983, p. 638-639.
12. Hasel, Frank M. “How to Deal With Open
Conclusão sobre Deus. “Porque, agora, vemos Questions: Facing the Challenges Between
Frank Hasel sustenta que “na ciência como em espelho, obscuramente; Faith and Science,” Ministry, jun. 2007, p.
assim como na Teologia, a humildade então, veremos face a face. Agora, 21-23.
é uma das mais raras, mais importan- conheço em parte; então, conhecerei
te das caraterísticas e pressuposições

DIÁLOGO 20•3 2008 7


Quando a ciência rejeitou a Deus
Ariel A. Roth de Salamanca. Irving afirmou que os um “terror entre os marinheiros, [e] foi
líderes da igreja forneceram a Colombo um dos principais obstáculos na grande
Atualmente, a ciência, de uma longa lista de autoridades que viagem de Colombo”.4 Ao se referir a
validaram o achatamento da Terra. No isso, o historiador Jeffrey Burton Russell
modo geral, é a estranha entanto, essa descrição não deve ser salienta: “O curioso resultado é que
combinação do estudo da levada a sério. É considerada fictícia. White e seus colegas acabaram fazendo
natureza e uma filosofia A história registra que, na reunião de o que eles acusaram que os padres [da
Salamanca, foram expressas preocupa- igreja] tinham feito, ou seja, a criação
que exclui Deus! Não há ções por Colombo ter que viajar para de um corpo de falsos conhecimentos
sincera procura da verdade. muito longe, mas nada foi dito sobre o por considerações entre si em vez de pela
achatamento da Terra. evidência.”5
O maior responsável pela propa- Muitos outros autores também con-
gação dessa inverdade histórica foi tribuíram para a propagação da falsa
Quando Cristóvão Colombo come- provavelmente John Draper, cientista ideia de que o cristianismo foi quem
çou a navegar para o oeste em 1492, e médico que se tornou reitor da facul- introduziu o conceito de Terra plana
esperava finalmente chegar à costa da dade de Medicina na Universidade da antes e durante a Idade Média. Tais fal-
Índia. O plano era baseado na con- Cidade de Nova York. Seu pai era um sas hipóteses se espalharam amplamente
vicção de que a Terra era uma esfera, ministro metodista, mas ele mesmo nos livros didáticos e enciclopédias.
e assim navegando para o oeste, o era fortemente antirreligioso. Quando Felizmente, há indícios de retificações.
navio devia chegar ao lado oriental o filho de sua irmã morreu com oito O clichê “Terra plana” ainda prevalece
do planeta. Em reunião realizada em anos de idade, e ela colocou o seu livro e se tornou sinônimo de ignorância, de
Salamanca, Espanha, os líderes da de oração sobre o aparelho de jantar um passado menosprezado, e de religião
igreja argumentaram contra tais ideias, de Draper, ele ficou tão bravo que lhe errônea. A expressão serve para garantir
advertindo que a Terra seria plana e que ordenou que fosse embora de casa. aos céticos que eles estão certos e que
se ele navegasse para o oeste, cairia da Ela permaneceu afastada da família, não devem confiar na religião. Tais fal-
borda de uma terra plana. Colombo unindo-se à Igreja Católica, que o seu sas acusações contra a igreja também se
navegou para o oeste, mas em vez irmão havia desprezado.2 Em 1873, tornaram uma conveniente e poderosa
de chegar à Índia, desembarcou na Draper publicou um livro com enor- arma para adular a ciência e para tentar
margem oriental das Américas – uma me sucesso intitulado History of the demonstrar sua superioridade sobre as
descoberta acidental que abriu as portas Conflict Between Religion and Science.3 crenças religiosas. Embora a igreja tenha
para o Novo Mundo. Só nos Estados Unidos teve 50 edições cometido muitos erros, o conceito de
Partes dessa história são inventadas. em 50 anos e foi traduzido em todo o Terra plana não é um deles. Essa falácia
É verdade que Colombo acreditava mundo. A essa altura, a controvérsia foi gerada na época em que a ciência
que a Terra era uma esfera e que, se o entre a ciência e a Bíblia foi fulminante. estava se libertando da autoridade reli-
navegante fosse para o oeste da Europa Darwin tinha recentemente publicado giosa.
em alto mar, uma Terra esférica deveria A Origem das Espécies que apoiava forte-
levá-lo à parte oriental do globo. Mas mente a evolução. A religião e os pioneiros
a grande inverdade histórica, repetida Neste contexto, o livro de Draper da ciência moderna
várias vezes, é que os líderes da igre- utilizou a falácia da Terra plana para Quase todos os principais fundadores
ja, na época, afirmavam que a Terra defender a superioridade da ciência da ciência moderna (Kepler, Galileu,
era plana, e que tentaram impedir sobre a religião. Embora Draper tenha Boyle, Newton, Pascal, e Linnaeus, só
Colombo de realizar a viagem ao desas- reconhecido que alguns estudiosos na para citar alguns) acreditavam fervoro-
troso mergulho na ponta final da Terra. Idade Média acreditavam que a Terra samente em Deus e na Bíblia. Nas suas
A convicção de que, durante a Idade fosse esférica, ele retratou falsamente os publicações científicas, muitas vezes
Média, os líderes da igreja defendiam teólogos da igreja como opositores de falaram de Deus e de Sua atividade na
uma teoria da Terra plana é um mito.1 Colombo em Salamanca por sua crença natureza. Eles não viam conflito entre
Vários escritores são acusados de criar de que a Terra era redonda. Deus e os seus estudos da natureza, por-
essa falácia e atribuí-la à igreja. No Posteriormente, Andrew Dickson que acreditavam que Deus tivesse criado
início do século 19, o popular escri- White, o reitor da Universidade as leis da natureza que tornaram a ciên-
tor americano Washington Irving Cornell, publicou A History of the cia possível.
combinou a história com a ficção. Warfare of Science With Theology in Isaac Newton (1642-1727), um dos
Descreveu a forma como os padres Christendom. Neste trabalho, White maiores cientistas de todos os tempos,
atacaram Colombo na famosa reunião referiu-se à teoria da Terra plana como fez mais do que qualquer outro para

8 DIÁLOGO 20•3 2008


emancipar a ciência da especulação métodos e instituições de ciência de requeria Deus. O livro foi inicialmente
e do baixo nível de autenticação que certo modo nos obriguem a aceitar uma visto com considerável ceticismo, até
prevaleciam antes de sua época. Sua explicação material do mundo fenome- que ambos, teólogos e cientistas, o
produtiva pesquisa Principia foi elogia- nal, mas, pelo contrário, somos força- endossaram.
da pelo estudioso francês Laplace como dos a priori a aderir às causas materiais Durante a última metade do século
sendo superior a todas as outras pro- para criar um aparato de investigação e 19, os cientistas continuaram a eliminar
duções do intelecto humano. Newton um conjunto de conceitos que produ- a Deus das interpretações científicas.
comenta: “Este sistema mais belo do zam explicações materiais, não importa Houve afastamento da espiritualida-
Sol, planetas e cometas, só poderia pro- quão anti-intuitivo, não importa quão de, e histórias como a falácia da Terra
ceder do conselho e domínio de um Ser mistificante para os não iniciados. plana contribuíram para a rejeição da
inteligente e poderoso.”6 Newton era Além disso, o materialismo é absolu- religião. Com o relato de descober-
também profundamente comprometi- to, pois não podemos permitir um Pé tas incríveis, a ciência se tornou mais
do com o estudo da Bíblia, escrevendo Divino na porta.”8 poderosa. Os cientistas começaram a
extensamente sobre as profecias de A ciência colocou, para Deus, uma visualizar seu campo de estudo como
Daniel e Apocalipse. A vida de Newton placa “Não Entre”. O biólogo Todd superior.
ilustra claramente como a ciência apro- Scott, da Universidade do Estado de As explicações materialistas foram
priada e uma forte crença em Deus Kansas, comentou na prestigiosa revista fornecidas para quase tudo e não havia
podem trabalhar em conjunto. Nature: “Mesmo que todos os dados qualquer necessidade de Deus. De fato,
Johannes Kepler (1571-1630), que apontem para um projetista inteligente, a igreja tinha sido tão má no passado,
trabalhava em Praga, desenvolveu três tal hipótese é excluída da ciência por- que a sua influência e seu Deus deve-
princípios conhecidos como as leis de que não é naturalista.”9 Atualmente, riam ser rejeitados. A opinião prevalece
Kepler, que sobreviveram quase intac- existe uma quase absoluta exclusão de fortemente até hoje. Mesmo a suges-
tos até hoje. O astrônomo italiano Deus dos livros científicos e revistas. tão de que possa haver algum tipo de
Galileu (1564-1642) viu uma rigorosa Infelizmente, essa atitude fechada projetista inteligente para as extremas
relação entre Deus e a matemática da impede a ciência de acompanhar as evi- complexidades da natureza a serem des-
natureza. E como Newton, também dências da natureza. A ciência não pode cobertas pela ciência, como defendido
escreveu sobre a vida de Cristo. Sua avaliar as evidências de Deus, enquanto pelo Design Inteligente, é vigorosamen-
reverência para com Deus manifesta-se Ele é excluído de consideração. te rejeitada pelos líderes da comunidade
na afirmação: “Se tenho sido seduzido científica. A ciência tem se fechado
em insolência pela maravilhosa beleza Quando a ciência rejeita Deus? em uma prisão secular que restringe a
de Tuas obras, ou se tenho amado a A mudança foi gradual. Durante os sua capacidade para encontrar toda a
minha própria glória entre os homens, séculos 17 e 18, como a ciência moder- verdade.
enquanto avanço no trabalho destinado na se desenvolveu no mundo ocidental,
a Tua glória, gentil e misericordiosa- a firme crença em Deus e na Bíblia Rejeitando a Deus:
mente me perdoa: e, finalmente, me foi dominante entre os cientistas. A problemas para a ciência
digno graciosamente por provocar crença começou a diminuir ao passo Se a ciência tivesse chegado com
estas manifestações que podem levar a que o materialismo e a desconfiança da algumas explicações plausíveis para as
Tua glória e à salvação de almas, e em religião cresceram. Filósofos e céticos questões profundas sobre as origens,
nenhum lugar ser um obstáculo para como Hume, Voltaire, Kant influen- alguém poderia considerar mais seria-
isso. Amém.”7 ciaram profundamente as perspectivas mente a sua rejeição a Deus. No entan-
da humanidade durante o Iluminismo. to, quando olhamos para a natureza, as
A rejeição da ciência de Deus Posteriormente, no século 19, alguns principais características parecem exigir
Em contraste com Kepler e Newton, cientistas começaram a fazer suges- um projetista muito perspicaz. Os
a ciência hoje se encontra em uma tões sobre a evolução e a idade das exemplos incluem:
matriz intelectual muito diferente eras geológicas, que estavam em forte 1. Como é que se organizaram os
quando se trata de Deus. O novo etos oposição ao Gênesis que conta de uma átomos por si mesmos de maneira
é fortemente materialista (também recente criação e do Dilúvio; e aos Dez extremamente complicada e versátil?
chamado de naturalista ou mecanicis- Mandamentos, em que Deus direta- Esses átomos podem formar todos os
ta) e não há lugar para Deus, em seu mente afirma que concluiu a criação tipos de coisas desde o nosso cérebro às
menu explicativo. Incluí-Lo é conside- em seis dias. galáxias, e podem dar à luz, para que
rado anticientífico. O famoso biólogo A Origem das Espécies de Darwin possamos ver.
Richard Lewontin, da Universidade fortaleceu a agitação ao falar sobre um 2. Como as quatro forças da física
Harvard, comenta: “Não é que os mecanismo para a evolução que não atuam de tal forma que a precisão, e a

DIÁLOGO 20•3 2008 9


específica esfera de ação sejam as exata- nentes quanto às razões pelas quais a sempre ter em mente que todos nós
mente necessárias para que o universo ciência agora rejeita a Deus. Pode-se cometemos erros e que uma quantidade
exista? logicamente argumentar que a especia- enorme de corrupção tem sido promo-
3. Como é que até mesmo a forma lidade do cientista é o estudo da natu- vida sob a bandeira do cristianismo e
mais simples de vida independente, que reza. Desta forma, o cientista se sente de Deus. Na grande luta entre a ciência
é extremamente complexa, se organizou mais confortável do que estudar um e Deus, o cristão deve buscar refletir o
por si só em uma Terra estéril? Deus menos escrutável. No entanto, o caráter de Deus na adoração, perdão e
4. Como características interdepen- argumento perde a sua validade quando perspectiva da redenção.
dentes, tais como os intricados autofo- se considera o modo como a comuni-
cus e autoexposições dos sistemas do dade científica livremente se entrega a O veredito
olho, nunca se organizaram por muta- especulações desenfreadas, como todos A ciência tem se redefinido. Hoje,
ções aleatórias? As mutações são quase os tipos de universos mais além do a ciência é a estranha combinação do
sempre prejudiciais ou insignificantes e que podemos observar, ou organismos estudo da natureza e de uma filosofia
não podem traçar um plano com ante- postulados a terem vivido muitas cen- secular que exclui Deus! Não há busca
cedência, como a projeção complexa tenas de milhões de anos antes de os sincera da verdade. A liberdade acadê-
dos órgãos. cientistas poderem encontrar qualquer mica está comprometida. A exclusão
5. Os bilhões de anos que postula- de seus fósseis nas camadas geológicas. de Deus tem levado a erros tal como a
ram para a lenta evolução das formas O fato de que a ciência especula acerca teoria geral da evolução. Esperamos que
de vida sobre a Terra são demasiada- de assuntos imaginários, e não permite a ciência confira mais credibilidade à
mente curtos para as improbabilidades a inclusão do sobrenatural nas interpre- recém-descoberta da extrema comple-
envolvidas ao nível molecular e diante tações científicas, implica um forte viés xidade e precisão da natureza que indi-
da lenta taxa de reprodução de organis- contra Deus. cam a necessidade de Deus. A ciência
mos avançados. Um provável motivo para a ciência deve retornar para a abertura que tinha
6. O registro fóssil revela o apareci- rejeitar a Deus é o orgulho pessoal ou quando os pioneiros da ciência moder-
mento súbito de grandes grupos, em público do cientista em uma empresa na permitiam Deus nas interpretações
vez de um longo e gradual processo bem sucedida e cientificamente autôno- científicas.
evolutivo. Uns poucos evolutivos inter- ma. Outro motivo pode ser a liberdade
mediários, que são semelhantes a outros pessoal, que um universo sem sentido
organismos, são por vezes sugeridos, fornece, onde ninguém é responsável Ariel A. Roth (Ph.D. Universidade de
mas o problema está com a origem dos perante Deus. Além disso, há razões Michigan) foi diretor do Geoscience
grandes grupos. sociológicas. Atualmente, os cientistas Research Institute e editor da revista
7. A ciência ainda não encontrou estão sob uma tremenda pressão para Origins. Embora aposentado, continua a
explicações plausíveis em questões excluir Deus da ciência, especialmente pesquisar, escrever e fazer palestras. E-
sobre fenômenos da mente, tais como a por causa da atitude contra Deus dos mail: arielroth@verizon.net.
consciência, compreensão, moralidade, líderes da comunidade científica. A
apreciação da beleza, e a do significado prática atual indica que, se os cientistas
da existência. incluem qualquer sugestão de Deus em Referências
Infelizmente, na ciência secular, a suas interpretações, é provável que as 1. Por exemplo: S. J. Gould. “The Persistently
Flat Earth”. Natural History 103:12-19,
complexidade e a precisão de uma série comunidades científica e acadêmica os 1994; J. B. Russell. Inventing the Flat Earth:
de descobertas científicas, em meio a rejeitem. Muitos cientistas acreditam Columbus and Modern Historians. Nova York:
explanações mecanicistas ímpias, estão em Deus,11 mas não se atrevem a publi- Praeger, 1991.
2. Como reportado em Russell, p. 37.
muito menos defensáveis agora do que car sobre Ele. 3. J. W. Draper. History of the Conflict Between
quando a ciência eliminou Deus, ao Devemos manter o ponto de vista de Religion and Science. 5. ed. Nova York: D.
Appleton, 1875.
longo do século passado. A rejeição a que a ciência tem feito muita coisa boa, 4. A. D. White. A History of the Warfare of Science
Deus, pela comunidade científica, é e que a maioria dos cientistas são pes- With Theology in Christendom. NovaYork:
provavelmente o seu maior erro filosó- soas honestas, que nos fornecem novas Dover Publications, Inc., 1896, v. 1, 1990, p.
97.
fico. informações fascinantes e inovações 5. Russell, p. 44.
úteis. Ao mesmo tempo, não devemos
Por quê? nos esquecer de que há a boa ciência
A extrema complexidade da psico- e há a má ciência, e devemos procurar
logia e da sociologia da comunidade seriamente distinguir entre as duas. Há
científica se opõe definitivamente às um forte viés secular na ciência. No
explicações. Mas há sugestões perti- entanto, os que creem na Bíblia devem Continua na p. 26

10 DIÁLOGO 20•3 2008


Ellen White e a saúde mental
Merlin D. Burt
Ellen White foi um dos três princi- questões de saúde mental, é necessário ação, mas neste caso são impotentes.
pais fundadores da Igreja Adventista compreender também a linguagem Poderão levar a um procedimento
do Sétimo Dia. Realizou um papel do século 19. Por exemplo, ela usou exteriormente correto, mas não podem
único de liderança na igreja emer- a expressão “doente imaginário” para mudar o coração; são incapazes de
gente: o dom da profecia. Em seu pensamento ilusório ou desequilí- purificar as fontes da vida. É preciso
ministério público, recebeu centenas brio emocional; e “desânimo, o que um poder que opere interiormente,
de visões e sonhos com mensagens aumenta até o desespero”, para depres- uma nova vida que proceda do alto,
que variavam de conselhos pessoais a são.2 Também usou o termo “a cura da antes que os homens possam substituir
questões sobre a recém-fundada Igreja, mente” para descrever a saúde mental. o pecado pela santidade.”3
em áreas como fé e doutrina, organi- A compreensão de Ellen White Em Ellen White, há uma convergên-
zação e missão, saúde e educação etc. sobre a natureza humana foi baseada cia entre Psicologia e Teologia. As duas
Embora tenha escrito de maneira pro- na visão bíblica de que a natureza devem interagir e quando corretamen-
dutiva e com autoridade, nunca inferiu humana é inerentemente pecadora e te integradas, fornecem a maior ajuda
que seus escritos devam ser suplemen- necessita da ajuda externa de Deus. para a mente humana e emoções. Para
tares à Escritura. Ao longo de sua vida Para ela, Jesus foi o grande terapeu- ela, a verdadeira fonte da saúde mental
e ministério, apontou a Bíblia como a ta da danificada e pecadora mente e emocional é Deus, o amante Pai;
regra de fé e prática para os cristãos. humana. “É-nos impossível, por nós Jesus, o “Grande Médico”; e o Espírito
Uma de suas principais funções foi a mesmos”, escreveu, “escaparmos do Santo, o Conselheiro.
de ajudar os indivíduos e a organiza- abismo do pecado em que estamos Ellen White defendeu a apropria-
ção da Igreja a compreender e seguir a mergulhados. Nosso coração é ímpio, da ligação entre o desenvolvimento
vontade de Deus. Embora não tivesse e não o podemos transformar”. Em físico, mental e espiritual na experi-
treinamento formal em saúde mental, seguida, citou Jó 14:4 e Romanos ência humana. “A vida espiritual é
muitas vezes serviu como uma con- 8:7 para apoiar este ponto de vista. construída a partir do alimento dado
selheira para as pessoas que tinham Continuou: “A educação, a cultura, o para a mente; e se comemos a comida
diferentes necessidades emocionais e exercício da vontade, o esforço huma- fornecida na Palavra de Deus, o resul-
psicológicas. Tocou a vida de milhares no, todos têm sua devida esfera de tado será saúde espiritual e mental.”4 A
de pessoas e deu-lhes uma nova espe-
rança com um saudável foco espiritu-
al, mental e emocional. Seus extensos
escritos demonstram interesse pela
saúde mental. Entre outros materiais,
Nota do editor
escreveu um importante capítulo inti- Este artigo foi baseado em uma apresentação feita no Simpósio sobre a
tulado “A cura mental” em seu livro Cosmovisão Cristã e a Saúde Mental: Perspectivas dos Adventistas do Sétimo
A Ciência do Bom Viver. Em 1977, o Dia, ocorrido na Califórnia, de 28 de agosto a 2 de setembro, em 2008.
Ellen G. White Estate publicou uma O simpósio trouxe líderes adventistas estudiosos e profissionais da
compilação de dois volumes intitulada
Mente, Caráter e Personalidade. saúde mental para discutir questões de saúde mental a partir de uma
Este artigo apresentará resumida- cosmovisão cristã, orientada pela perspectiva bíblica da Igreja Adventista
mente a compreensão de Ellen White do Sétimo Dia. Os participantes pertenciam a diversas áreas do conhe-
sobre saúde mental, suas experiências cimento – História, Sociologia, Teologia, Filosofia, saúde mental prática
pessoais e familiares e seu papel como
incluindo psicoterapia, aconselhamento, espiritualidade e ministério cris-
uma conselheira em questões que afe-
tam a saúde mental. tão. As apresentações, seguidas de discussões, foram sobre a natureza da
saúde mental, psicopatologia, intervenções na saúde mental, e os modelos
Como Ellen White entendia a saúde de educação e formação clínica derivados de uma cosmovisão bíblica. A
mental conferência também realizou a revisão dos “Conceitos Adventistas de
Quando Ellen White usou o termo
Psicologia”, declaração votada pela Igreja em 1977. Espera-se que os traba-
“saúde mental”, associou-o a “clareza
mental, nervos calmos, sossego, espíri- lhos do simpósio sejam publicados em breve.
to pacífico como de Jesus”.1 A fim de — Lisa Beardsley
compreender suas observações sobre

DIÁLOGO 20•3 2008 11


verdadeira saúde mental é dependente, sou períodos de depressão. Ela escre- também cria que “o tema favorito
estabelecendo um equilíbrio adequa- veu: “O desespero me inundou, e [...] de Cristo era o da paternal ternura e
do entre o corpo e a mente. “Não nenhum raio de luz traspassou a abundante graça de Deus”.14 Sua obra-
podemos nos dar ao luxo de impedir escuridão que me rodeava.”9 Suas prima de cinco volumes sobre o con-
o crescimento ou debilitar uma única “emoções eram muito sensíveis” e flito cósmico entre Cristo e Satanás
função da mente ou do corpo, pelo temia “perder” a “razão”. Ellen White começa e termina com esse tema.15 Seu
excesso de trabalho ou abuso de qual- lembrou que “às vezes por uma noite livro mais popular, publicado em mui-
quer parte do mecanismo vivente.”5 inteira” não se atrevia a fechar os tos idiomas com milhões de cópias,
Ela utilizou a frase “a saúde física e olhos, mas “ajoelhada no piso, orava tem como seu primeiro capítulo “O
mental” para mostrar a ligação entre silenciosamente com uma agonia cuidado de Deus”.16
as duas. As dimensões físicas e mentais muda que não pode ser descrita”.10 Em suas visões e sonhos, Ellen
estão intimamente ligadas e exigem Sua pré-adolescência e os primeiros White confirmou a sua convicção
adequado equilíbrio e cuidado. Ela anos da adolescência foram sobre- de um Deus amoroso e compassivo
cria que o meio ambiente apropriado, carregados pela incapacidade física. Salvador. Um dos primeiros sonhos
ações corretas e uma dieta adequa- Aproximadamente aos nove anos de que ocorreu antes de sua primeira
da proporcionavam saúde mental. idade, foi gravemente ferida em um visão profética conduziu-a à presença
Também foi uma forte defensora da acidente. Um nariz quebrado e outros de Jesus quando percebeu que Ele
cura pelos benefícios da natureza, uma danos causaram problemas de equilí- conhecia todos os seus “pensamentos
postura correta e os atos de serviço aos brio e lhe impediram de continuar a e sentimentos secretos”. No entan-
outros.6 sua educação. Também desenvolveu to, mesmo com esse conhecimento,
uma doença pulmonar crônica, diag- Ele “aproximou-se com um sorriso”,
Experiências pessoais nosticada na época como “edema de estendeu a mão sobre a sua cabeça, e
A filosofia de Ellen White sobre tuberculose”, conhecida hoje como disse: “Não tenha medo.”17 Em uma
saúde mental, embora formada por seu “tuberculose com insuficiência car- entrevista em seu último ano de vida,
estudo da Bíblia e suas visões, estava díaca congestiva”. Seus temores eram Ellen White disse: “Deparo-me com
ligada a sua própria experiência. A intensificados pelo pensamento de que lágrimas escorrendo em minha face
dor emocional e os desafios psicológi- poderia sangrar a qualquer momento quando penso sobre o que o Senhor é
cos não lhe eram estranhos. Quando pela ruptura de uma artéria em seus para Seus filhos, e quando contemplo
criança, era introvertida, tímida e pulmões.11 Os traumas físicos e emo- a Sua bondade, a Sua misericórdia, [e]
emocionalmente sensível. Além disso, cionais combinados com sua perso- a Sua terna compaixão”.18
tinha uma deficiência física. Durante nalidade introvertida a impediam de
a juventude, experimentou medo e solicitar ajuda. Desafios da saúde mental na família
desesperança que resultaram em pro- Por volta dos 15 anos, finalmente, White
longados períodos de depressão. Além falou com alguém que a ajudou a Além das lutas emocionais duran-
da luta pessoal, em sua família próxi- compreender melhor a natureza amo- te a infância e, por vezes, na idade
ma havia casos de deficiência mental. rosa de Deus. Essa pessoa marcou adulta, Ellen White enfrentou desa-
O marco fundamental de Ellen uma entrevista com Levi Stockman, fios de saúde mental em sua família.
White para a saúde mental e emo- um ministro metodista milerita, para Seu segundo filho, James Edson,
cional foi a compreensão da natureza ajudá-la. Stockman foi sensível à dor apresentou sinais de déficit de aten-
amorosa de Deus. Quando criança, emocional de Ellen e até mesmo com- ção/hiperatividade. Sua sobrinha,
imaginava Deus como um “tirano partilhou suas lágrimas. Ela escreveu Louisa Walling, tornou-se tão instável
inflexível obrigando os homens a uma que “obteve” de Stockman “mais mentalmente que foi internada em
obediência cega”.7 Quando os pregado- conhecimento sobre o tema do amor um manicômio. Por se preocuparem
res descreviam os fogos de um inferno e terna piedade de Deus, do que de com as duas filhas de Louisa, Tiago
eternamente queimando, personaliza- todos os sermões e exortações dos e Ellen White as trouxeram para sua
va o horror daquela experiência. Ela quais nunca tinha ouvido”.12 Ela iden- casa. Ellen White acabou criando as
escreveu: “Ao ouvir aquelas terríveis tificou o que mais lhe ajudou: “Minha meninas e elas a chamavam de mãe.19
descrições, minha imaginação era tão visão do Pai foi alterada. Agora O vejo Mesmo James White sofreu uma
perturbada que começava a transpi- como um terno progenitor [...]. Meu série de acidentes vasculares cerebrais
rar, e era difícil reprimir um grito de coração foi em Sua direção com um durante os anos de 1860 e 1870 que
angústia, pois já parecia sentir a dor profundo e ardente amor.”13 O amor alteraram seu estado mental e trou-
da perdição.”8 Isso a levou a duvidar de Deus se tornou o tema favorito xeram conflitos conjugais. Em 1879,
de sua aceitação por Deus o que cau- de Ellen White por toda a vida. Ela Ellen White percebeu que seu marido

12 DIÁLOGO 20•3 2008


não tinha “suficiente saúde física e com ele para que adotasse a refor- jovem homem inglês, Ellen White
mental” para dar conselhos e suges- ma da saúde e evitasse estimulantes. escreveu sobre os efeitos da dependên-
tões.20 Em um determinado momen- “Então”, escreveu, “o cérebro pode cia do álcool. Henri Frey trabalhava
to, ela se perguntou se ele era um pensar mais calmamente, o sono não como tradutor para a missão europeia
“homem mentalmente saudável”.21 será tão incerto.”22 na Suíça. Ele estava tendo um pro-
A experiência pessoal de Ellen Abuso emocional. Ellen White escre- blema com a bebida. Por causa disso,
White combinada com sua direção veu várias cartas de aconselhamento às foi removido da sua posição como
visionária a ajudou a fornecer um mulheres que são emocional ou fisica- tradutor. Foi então que ele escreveu
ministério exclusivo para pessoas que mente controladas por seus maridos. a Ellen White contando que estava
também sofriam de devastação mental Em dezembro de 1867, visitou a igreja sendo perseguido. Ela apoiou a decisão
e emocional. Seus escritos revelam em Washington, New Hampshire, da Igreja, mas apelou a Frey. “Sinto o
uma consistente compaixão pelas pes- com o marido e JN Andrews. mais terno sentimento de piedade e de
soas que têm por vezes grave disfunção Primeiro, deu conselhos oralmente e amor por você, mas falsas palavras de
vital. Ela se engajou de forma notável a seguir deu um “testemunho” escrito simpatia [...] nunca deverão ser traça-
no trabalho pessoal direto com muitas com base em uma visão que havia das pela minha caneta.” Ela descreveu
dessas pessoas. recebido. Escreveu um conselho a de forma conveniente a sua condição:
Harriet Stowell. Após a morte de seu “Você busca sua falsa natureza emo-
Ellen White como uma conselheira primeiro marido, Harriet se casou cional para as melhores resoluções,
O comportamento obsessivo. A carta com Freeman S. Stowell, 12 anos mais falsa para os seus compromissos sole-
de Ellen White ao “irmão Morrell” jovem e que não comungava a sua fé.23 nes. Nada parece real. Suas próprias
mostra sua percepção da condição As palavras de Ellen White explicam ineficiências o levam a duvidar da
mental dele. Descreveu-o como tendo a situação: “Ela [Harriet] é amada por sinceridade daqueles que lhe fariam
“amplo estado consciente” e “baixa Deus, mas é mantida em servil cativei- bem. Quanto mais luta em dúvida,
autoestima”. Parece que Morrell era ro, temendo, tremendo, entristecida, mais irreal tudo lhe parece. Até parece
obsessivo e patologicamente perfeccio- duvidando, muito nervosa. Agora esta que não há base sólida para você em
nista sobre sua conduta. Ele se sentia irmã não deve sentir que deva render nenhum lugar. Suas promessas não são
culpado pela menor percepção de erro sua vontade a um jovem herege que
ao ponto de instabilidade mental. tem menos anos sobre a sua cabeça
White escreveu sobre a condição deste que ela mesma. Deve lembrar que seu
homem: “O sistema nervoso do irmão
Morrell é fortemente afetado e ele
casamento não destrói a individuali-
dade. Deus tem para ela reivindica-
Diálogo grátis
pondera sobre essas coisas [seus peca- ções mais elevadas do que qualquer para você!
dos e falhas percebidos], enfatizando- alegação terrena. Cristo já a comprou Se você é um estudante adventista do sétimo
as. Sua imaginação é doentia. [...] A com seu próprio sangue, ela não lhe dia que frequenta faculdade ou universidade
mente tem sofrido de maneira inex- pertence. Ela falha ao não colocar toda não adventista, a Igreja tem um plano que lhe
pressável. O sono dele é afugentado.” a confiança em Deus, e sujeita-se a permitirá receber gratuitamente a revista Diálogo
Escreveu diretamente para ele: “Vi, ceder suas convicções, a consciência enquanto você estiver estudando (aqueles que
irmão Morrell, que você deve lançar para um arrogante, homem tirano, não são mais estudantes podem assinar Diálogo
fora seus medos. Deixe as consequên- exaltado por Satanás quando a sua usando o cupom da página 6). Entre em contato
cias com o Senhor e relaxe. Você tenta majestade satânica pode se tornar efi- com o diretor do Departamento de Educação
arduamente salvar-se a si próprio, fazer caz para intimidar o tremor, retraindo ou do Departamento de Jovens de sua União,
alguma coisa grande a qual vá reco- a alma que por tantas vezes tem sido e peça que seu nome seja colocado na lista de
distribuição da revista. Forneça seu nome com-
mendá-lo a Deus. [...] Jesus ama você, levada à agitação. E o seu sistema ner-
pleto, endereço, faculdade ou universidade onde
e se você e tudo o que tem se consa- voso é feito aos pedaços e ela [é] quase está estudando, o curso que está fazendo e o
grarem a Ele, Ele vai aceitá-lo e será uma ruína.”24 nome da igreja onde você é membro. Você pode
seu Suporte em suas dificuldades, seu Ellen White apoiou a individuali- também escrever para os nossos representantes
Amigo infalível. [...] Acredite, Jesus dade no casamento e rejeitou a ideia regionais nos endereços indicados à página 2,
ama você e, em seus esforços para obe- de que um cônjuge deve abrir mão de anexando uma cópia da carta que enviou aos
decer a verdade, caso erre, não sinta sua personalidade e de sua identidade diretores da União já mencionados. Caso os
que deve preocupar-se e preocupar-se, própria. O testemunho foi uma ajuda passos acima não produzirem nenhum resultado,
desistir de sua confiança em Deus e à mulher que estava à beira de um você poderá contatar-nos via
pensar que Deus é seu inimigo. Somos colapso emocional. e-mail: schulzs@gc.adventist.org
pecadores mortais.” Também insistiu Alcoolismo. Em uma carta a um

DIÁLOGO 20•3 2008 13


nada, são como coisas fora da realida- dolorosa descrição de sua conduta, 1895, Carta 7, 1885, Ellen G. White Estate,
Silver Spring, Maryland (EGWE); veja
de, e você considera as palavras e obras apelou: “Você é um agente moral livre. também Ellen G. White a D. T. Bourdeau,
daqueles em quem você deveria con- Se você se arrepender de seus pecados, Carta 39, 1887, EGWE. Salvo indicação em
fiar com a mesma luz irreal.”25 e se converter, o Senhor vai apagar as contrário, todas as referências abaixo são de
Ellen White.
Ela continuou enfatizando o poder suas transgressões e imputará a você 2. Testemunhos para a Igreja. v. 1. Tatuí, SP:
da vontade para superar a disfunção Sua justiça. [...] Ele se responsabilizará Casa Publicadora Brasileira, 2002. p.305.
emocional. “Você pode acreditar e pelo seu caso, e anjos o guardarão. 3. Caminho a Cristo. Tatuí, SP: Casa
Publicadora Brasileira, 2000. p. 18.
prometer tudo, mas não daria uma Mas deve resistir ao diabo. É pre- 4. “Search the Scriptures,” Review and Herald
palha por suas promessas ou por sua ciso que se eduque a outra linha de (March 22, 1906), p. 8.
fé até que você ponha a sua vontade pensamento. Não coloque nenhuma 5. “The Primal Cause of Intemperance,” Signs
of the Times (20 de Abril), 1882, p. 181.
sobre suas crenças e ações.” Sua carta confiança em si mesmo. Nunca pro- 6. Veja Medical Ministry (Mountain View,
de aconselhamento estava entremeada cure a companhia de mulheres ou Publicadora Pacific Press Assn., 1963), pp.
com apelos para que reconhecesse a meninas. Mantenha-se afastado delas. 105-117.
7. “Life Sketches” manuscrito, p. 43, EGWE.
ajuda de Jesus. “Digo-lhe que você não Seu paladar moral é tão pervertido, 8. Life Sketches of Ellen G. White (Mountain
precisa se desesperar. Deve escolher que vai arruinar a você mesmo e a View: Pacific Press, 1915), pp. 29, 30.9
9. Ibid., 32.
acreditar, embora nada pareça verda- muitas pessoas se não mudar de forma 10. James White e EGW, Life Sketches of James
deiro e real para você.” Concluiu com honesta. [...] A vida eterna é um valor White and Ellen G. White (Battle Creek,
palavras de esperança: “Uma vida de ao longo da vida, perseverante, esforço Michigan: Adventistas do Sétimo Dia,
1880), pp. 152-154.
utilidade está diante de você, se a sua incansável.” 11. J. N. Loughborough, Rise and Progress of the
vontade se torna a vontade de Deus. Finalmente, ela instou-o a prestar Seventh-day Adventists with Tokens of God’s
[...] Henri, você tentará honestamente contas perante os “irmãos que sabem Hand in the Movement and a Brief Sketch of
the Advent Cause from 1831 to 1844 (Battle
mudar? Você é objeto do amor e inter- desse terrível capítulo de sua experiên- Creek: Conferência Geral dos Adventistas do
cessão de Cristo.”26 cia”. 27 Sétimo Dia, 1892), p. 92.
Disfunção sexual. Ellen White Os quatro exemplos ilustram o grau 12. Life Sketches (1915 ed.), p. 37.
13. “Life Sketches” manuscrito, p. 43, EGWE.
frequentemente tratava de questões de envolvimento de Ellen White na 14. Christ’s Object Lessons (Washington, D.C.:
melindrosas. Em 1896, escreveu a vida de muitas pessoas que tinham Publicadora Review and Herald ,Assn.,
um ministro em posição de liderança dificuldades emocionais e mentais. 1941), p. 40; idem, Testemunhos para a
Igreja, v. 6, p. 55; idem, “The New Zealand
na África do Sul. Ele era culpado de Uma das características notáveis do Camp Meeting,” Review and Herald (06 de
abusar sexualmente de meninas. O seu trabalho é seu otimismo de que Junho , 1893), p. 354, 355.
homem havia escrito para Ellen White as pessoas podem se recuperar, não 15. Patriarcas e Profetas. 16. ed. Tatuí, SP: Casa
Publicadora Brasileira, 2003. p. 33, 34; O
sobre suas lutas, mas dizia que não importa quão quebradas estejam. Ellen Grande Conflito. 42. ed. Tatuí, SP: Casa
era culpado. Ela iniciou sua carta com White sempre apontou-lhes a Deus, o Publicadora Brasileira, 2004. p. 678.
16. Caminho a Cristo. Tatuí, SP: Casa
uma oração: “Que o Senhor me ajude grande médico da mente e da alma. Publicadora Brasileira, 2000. p. 9-16.
a escrever-lhe as palavras que serão Ellen White foi holística em sua 17. Life Sketches (1915), p. 35.
para a sua restauração e não para a sua abordagem da cura. Percebeu que a 18. EGW entrevista com C. C. Crisler (July 21,
1914), EGWE.
destruição.” Então escreveu mais dire- mente estava ligada ao corpo e que 19. Veja Merlin D. Burt. “Caroline True
tamente: “Sinto-me triste, muito triste Deus pretendia que os seres huma- Clough Family and Ellen White”. Ellen G.
por você. Pecado, meu irmão, é peca- nos tivessem restauradas as relações White Estate Branch Office, Loma Linda,
Califórnia.
do, é a transgressão da Lei, e se ten- sociais. Para ela, a mais importante 20. The Judgment (Battle Creek: p. 29, 1879).
tasse atenuar o pecado diante de você, conexão foi com um amoroso e santo 21. EGW a Lucinda Hall (16 de maio, 1876),
não lhe estaria fazendo qualquer bem. Pai celestial. Carta 66, 1876, EGWE.
22. EGW a “Brother Morrell” (28 de dezembro,
[...] Sua mente e coração estão poluí- 1867), Carta 20, 1867, EGWE.
dos, de outra forma todas essas ações 23. Identidades confirmadas pelos registros dos
lhe seriam detestáveis.” Ela descreveu Merlin D. Burt (Ph.D, Universidade Censos Federais de 1850, 1860, e 1870 por
Washington, NH; History of Washington,
o efeito a longo prazo do abuso sexual Andrews) é diretor do Centro de New Hampshire, From the First Settlement
em crianças, incluindo o risco de gra- Pesquisa Adventista, Ellen G. White to the Present Time, 1768-1886 (Claremont:
videz. Citou vários casos e descreveu Estate Branch Office, Universidade Claremont Manufacturing, 1886), p. 535,
630.
como os danos psicológicos foram Andrews, Michigan, EUA. E-mail: 24. Manuscrito 2, 1868, EGWE.
muitas vezes para toda a vida. “Como Burt@andrews.edu 25. EGW a Henri Frey (21 de julho, 1887),
Carta 49, 1887, EGWE.
posso falar de tal modo que você deixe 26. Id.
de olhar para o que faz como se não 27. EGW a um Proeminente Ministro (01 de
tivesse nada de errado?” Depois de Referências junho, 1896), Carta 106a, 1896, EGWE.
uma prolongada, direta e por vezes 1. Ellen G. White to D. T. Bourdeau, 10 fev.,

14 DIÁLOGO 20•3 2008


PERFIL
Fifaia e Teatulohi Matainaho
Diálogo com os irmãos gêmeos — acadêmicos e
pesquisadores em Papua-Nova Guiné
Entrevistados por Lisa M. Beardsley

Fifaia e Teatulohi, ou Lohi, são


gêmeos. Nascidos nas Ilhas Mortlock
de Papua-Nova Guiné, cresceram em
meio à beleza da vida simples de uma
aldeia à beira-mar. Cenário compos-
to pelo movimento das palmeiras e
o vai-e-vem das ondas do mar em
contraste com as areias prateadas
das praias, além de atrativos como a
emoção de caminhar durante a maré
baixa para apanhar peixes. A família
deles, tal como o resto da aldeia, com
uma população de 450 habitantes,
era composta de adoradores dos
ancestrais, que pouco ou nada sabiam
sobre o cristianismo. A educação
formal deles começou em uma escola
primária na sua aldeia. Depois de con-
cluir o ensino médio em Bougainville, Fifaia Matainaho Teatulohi Matainaho
os gêmeos foram para o continente
– em uma viagem de barco durante a
noite –, onde ingressaram no ensino Saúde da Universidade de Papua-Nova ro. Fiquei encantado com o estilo de
universitário. Fifaia matriculou-se em Guiné (PNG). Atualmente, ele é o escrita e com o conteúdo do livro. Ele
Papua-Nova Guiné na Universidade de único professor titular adventista de tomou conta de mim completamente.
Tecnologia, enquanto Lohi uniu-se à uma universidade pública nesse país. Cerca de uma semana mais tarde,
faculdade de Medicina da Universidade Dedica-se à pesquisa de novos medi- visitei o aluno novamente, e pedi
de Papua-Nova Guiné. Hoje, os dois camentos a partir de recursos mari- emprestado O Grande Conflito. Fiquei
irmãos têm doutorado e se dedicam nhos e florestais. impressionado com a narrativa fluente
intensamente ao trabalho de educação da história e com os pormenores ao
e desenvolvimento da nação insular. ■ Fifaia, o seu amor pela leitura o retratar a origem do pecado e seu final
Dr. Fifaia T. Matainaho atualmen- levou à fé adventista. Como isso acon- culminante. Ambos os livros foram
te é diretor de desenvolvimento na teceu? escritos pela mesma pessoa, uma
Universidade Adventista do Pacífico Fifaia: Certa vez, visitei um colega mulher com grande discernimento.
e consultor ambiental e de engenha- estudante universitário que falava Fiquei muito comovido com a leitura.
ria química para muitos governos a minha língua. Em seu quarto, vi Meu interesse pelos livros de Ellen
e organizações profissionais. Dr. um livro com um título interessante, White começou a crescer. Meu amigo
Lohi T. Matainahao é o chefe do Caminho a Cristo. Minha paixão pela me pôs em contato com a Igreja
Departamento de Farmacologia da leitura levou-me a pedir emprestado Adventista, onde adquiri mais de seus
Faculdade de Medicina e Ciências da o livro. Naquela noite, li o livro intei- livros. Embora alguns colegas tenham

DIÁLOGO 20•3 2008 15


me dito que aquela autora era estranha minha coleção de livros, incluindo os acadêmicos, digo aos colegas, para que
e que os adventistas tinham uma fé livros adventistas. Quando me pergun- saibam desde o início, que não compa-
esquisita, pessoalmente queria saber tou se eu queria ser batizado, tudo que recerei à programação de sábado. Eles
mais sobre Ellen White. Usei todo pude dizer foi: “Se essa é a maneira compreendem a minha posição, e mui-
o meu dinheiro para comprar livros, como vocês agem, está tudo bem para tas vezes falam com os organizadores
como Conselhos sobre Educação. Sua mim.” Foi isso. Só entrei para a igreja. para agendar uma mudança, de forma
forma de escrever me chamou a aten- que as reuniões não caiam no sábado.
ção. ■ Você enfrentou desafios ao não par-
Durante a leitura de O Grande ticipar de pesquisas obrigatórias aos ■ Que conselhos daria aos estudantes
Conflito, interessei-me profundamente sábados. adventistas quando sentem que a sua fé
por dois temas: o santuário e o sába- Fifaia: Fomos obrigados a fazer está sendo desafiada e se tornando fraca
do. Aprofundei-me nos dois tópicos pesquisas na área de Engenharia aos no decurso de seus estudos?
e comprei mais livros. Li George sábados, em várias ocasiões, mas não Fifaia: Esteja envolvido! Eu estava
Vandeman e Morris Venden, e entendi fui. Como resultado, perdi pontos profundamente envolvido nas reuniões
a justificação pela fé. Tratei de con- e precisei me sair bem nos exames. da igreja e atividades de evangelismo.
seguir Signs, The Record e a Revista Mas, a pesquisa era um componente Participei de estudos bíblicos com os
Adventista. Em pouco tempo, estava importante. Certa vez, a classe inteira colegas estudantes adventistas e fiquei
guardando o sábado. deveria ir com o professor para deter- ativo com a Associação dos Estudantes
minar a velocidade das águas de um Adventistas na Universidade de
■ Nenhum de seus parentes pertencia a riacho por meio da medição do fluxo. Tecnologia. Encontrei alegria – verda-
uma religião formal. Como se sentiram Não fui porque foi no sábado. O pro- deira alegria – nessas atividades.
com relação a sua recente fé? fessor disse depois: “Sinto muito, não Às vezes, deixava de lado trabalhos
Fifaia: Quando fui visitar a minha posso ajudá-lo. Terá que descobrir por acadêmicos a fim de participar nos
casa durante o Natal de 1976, encon- você mesmo como fazê-lo.” Tive que programas especiais da igreja ou em
trei-me com meu irmão, Lohi, e com estudar todos os manuais técnicos e estudos bíblicos, porque sentia que
um primo que também estavam indo descobrir como operar os instrumen- deveria aproveitar a especial oportuni-
para casa. Enquanto esperávamos tos sozinho, mas a medição do fluxo dade. Tenho estado envolvido no ensi-
pelo barco, expliquei para os dois que não pode ser feita por uma pessoa só. no de estudos bíblicos na igreja ou em
estava indo à igreja no sábado, e incen- Diante da situação, um homem da casa, e tenho ajudado a levar outros a
tivei-os a irem. Tal como eu era, eles equipe técnica do departamento viu tomarem uma decisão. Mas os estudos
só sabiam de culto ancestral, mas con- meu dilema. Ele havia ido uma vez a acadêmicos são também importantes e
cordaram em acompanhar-me à igreja. uma Igreja Adventista, e se ofereceu não devem ser negligenciados.
Chegando em nossa aldeia, contei a para levar-me com o equipamento a Tenha o hábito regular de ler a
minha família e a outros sobre Jesus um riacho em uma sexta-feira à tarde Bíblia. Folheie suas páginas quan-
e o sábado. Aqueles na ilha que não para que pudesse coletar os dados. Um do você tiver qualquer problema.
tinham religião com a qual comparar, estudante adventista da universidade Quando estava me preparando para
simplesmente aceitaram a fé adventis- também me ajudou. Fui aprovado no defender minha tese de doutorado na
ta. Nós três nem sequer éramos ainda curso. Deus cuida de Seu povo quan- Universidade Vanderbilt, nos Estados
adventistas, mas nos reuníamos todos do Lhe são fiéis. Unidos, dediquei muito tempo lendo a
sob os coqueiros para fazermos culto Bíblia e recebi grande conforto, força e
e cantarmos canções que eu tinha ■ A observância do sábado tem impac- paz interior. Senti-me confiante de que
aprendido na Igreja Adventista. Na tado negativamente a sua carreira pro- mesmo se algo diferente do que tinha
ilha, a adoração continuou dessa forma fissional? desejado acontecesse, Deus estava no
durante anos. Há cerca de oito anos, Fifaia: Toda a vez que iniciei em um controle.
uma Igreja Adventista foi finalmente novo emprego, a primeira coisa que
construída em minha ilha. fiz foi notificar ao meu supervisor que ■ O que você diz sobre o relacionamen-
sou adventista e, portanto, não iria tra- to amoroso? Qual foi a sua experiência e
■ Como você chegou à decisão de aderir balhar aos sábados. Se recebia pressão quais conselhos que você tem nessa área?
à Igreja Adventista? para trabalhar aos sábados, procurava Fifaia: Seja cauteloso ao começar
Fifaia: Depois de ler os livros de outro emprego. Sempre fui franco um relacionamento. Tenha a mente
Ellen White, comecei a frequentar desde o início. Meu salário era menor, receptiva, em vez de tê-la excessiva-
uma igreja adventista. O pastor local mas isso não me incomodava. mente fechada. Estava visitando a
visitou-me. Ficou impressionado com a Quando participo dos congressos Universidade de PNG Porto Morseby,

16 DIÁLOGO 20•3 2008


quando conheci uma não adventis- Tecnologia de PNG e trabalhei como primeiro verso que encontrei ao abri-
ta que era ativa na Igreja Metodista consultor. Mais tarde, renunciei à la: Mateus 6:6. Não podia acreditar!
Unida e na Sociedade Cristã Tertiary. Universidade de Tecnologia de PNG e Lembrei de repente que tinha lido
Nós nos tornamos amigos e troca- aderi à UAP para ajudar com o plano aquelas mesmas palavras quando esta-
mos cartas. Partilhei minha fé com estratégico e tornar-me seu diretor de va com 10 ou 12 anos em um livro
ela por meio das correspondências, desenvolvimento. em casa. Nunca tinha ouvido falar de
sem impor nada. No começo, escrevi uma Bíblia, não sabia até então que
sobre o fundamental, crenças cristãs ■ Por que você está trabalhando em livro era. Abri o livro e li: “Mas tu,
básicas, em vez de temas específicos Papua-Nova Guiné quando pode- quando orares, entra no teu aposento,
sobre o que os adventistas creem. Isso ria ganhar muito mais na Austrália, e, fechando a tua porta, ora a Teu
fiz depois. Então, quando nos encon- Europa ou América do Norte? Pai, que está em oculto; e teu Pai, que
tramos de novo algum tempo mais Fifaia: Uma das maiores empresas vê secretamente, te recompensará.”
tarde, fui sincero com ela e lhe disse de engenharia, Tyco International, fez (Almeida Revista e Corrigida).
que era um adventista e que estava uma oferta para eu trabalhar em qual- Não tínhamos uma porta ou um
interessado em saber se poderia falar quer lugar no Canadá ou nos EUA. aposento em nossa casa. Não sabia
mais profundamente sobre os temas. Mas como sou a única pessoa de meu o que significava orar, mas imedia-
Não queria fazer isso sem consultá-la. país com um Ph.D em Engenharia tamente senti que deveria fazer algo.
Ela disse que, com base no que escrevi Ambiental, senti-me obrigado a traba- Fechei a abertura da casa e então
sobre minha fé, nas cartas, achava lhar em PNG para ajudar meu povo. sentei. Não sabia como orar, mas senti
que poderia se tornar uma adventista. Além da atual posição na universidade que deveria esperar dentro de casa.
As irmãs de seu pai eram adventistas, adventista, também sirvo como con- Senti então algo, mas não sabia o que
por isso estava aberta e disposta a sultor para organizações em PNG, ou quem era. Até aquele dia, não tinha
aprender mais sobre os adventistas. incluindo do governo. Presido várias aberto uma Bíblia. Mas ao ler aquele
Iniciei estudos bíblicos, algo de que comissões técnicas e estou envolvido mesmo verso, mais uma vez fiquei
gosto muito. Estudamos a Bíblia nas questões ambientais. Tarefas que convencido de que Deus estava falan-
juntos e então disse ao pastor: “Acho me dão satisfação. Afinal, a vida não do comigo e que já tinha feito isso
que ela está pronta para o batismo.” deve ser definida apenas em termos quando eu era um menino. Ele me
Consequentemente, nos casamos. monetários. incentivou a continuar a ler a Bíblia,
e, mais tarde, tomar uma decisão por
■ No ano passado, você pediu demis- ■ Lohi, conte-nos sobre sua conversão. Ele.
são como chefe do Departamento de Lohi: Estava na escola médica da
Engenharia Civil na Universidade de Universidade de PNG. Durante o ■ Conte-nos sobre o seu trabalho na
Tecnologia de PNG. Por quê? Natal, como o meu irmão já contou, Escola de Medicina e Ciências da
Fifaia: Em meados de 2006, disse ele não só me falou sobre o sábado, Saúde. Como você encontra expressão
a minha esposa, Karo, que gostaria mas também sobre a relação desse dia para a sua fé?
de trabalhar para a igreja. Comecei com o conceito de criação. O conceito Lohi: Leciono em ciências médicas,
a me corresponder com o presidente de um Criador imediatamente fez sen- mas a maior parte do meu tempo
da Divisão do Pacífico Sul. Então, o tido para mim. está na pesquisa, explorando novos
vice-reitor da Universidade Adventista Os anciãos de nossa aldeia nos medicamentos a partir de florestas e
do Pacífico (UAP) entrou em con- contaram sobre pessoas altas com pés recursos marinhos, e transformando as
tato com a minha esposa que tem grandes que vieram há muito tempo moléculas do leito florestal e do leito
um Mestrado em Administração de e criaram a ilha onde vivemos. Em marinho em medicamentos para os
Empresas e estava trabalhando como seguida, foram embora e desde então doentes. Por exemplo, mergulhamos
gerente para a Price-Waterhouse ninguém mais os viu. Quando Fifaia e recolhemos as esponjas marinhas ou
Coopers. A universidade estava me contou sobre o sábado, tudo fez coletamos outras espécimes botânicas
interessada nela para ser sua nova sentido. Houve um Criador e o sábado para o desenvolvimento de compos-
tesoureira. Já havíamos conversado foi o ponto culminante da criação. Ele tos terapêuticos para o tratamento
sobre sermos úteis à Igreja. A UAP foi quem criou o nosso arquipélago. do HIV/Aids, tuberculose, malária,
era ideal, com minha experiência em Estávamos tão animados que conta- câncer e diabetes. Além disso, estudo
administração universitária e ela com mos a todos os nossos parentes quando as propriedades bioquímicas e far-
experiência na área financeira. Minha chegamos em casa. macológicas do veneno de serpente
esposa tornou-se a tesoureira e eu tirei Quando voltei à universidade depois
um ano de licença da Universidade de das férias, consegui uma Bíblia, e li o Continua na p. 30

DIÁLOGO 20•3 2008 17


PERFIL
Silvia e Arturo Finis
Diálogo com um casal adventista
dedicado ao desenvolvimento
internacional
Entrevistados por Lorena Mayer

passagem do furacão Mitch, em 1999. Silvia: Para nossos filhos, a diversi-


Silvia compartilhou a paixão do dade tornou-se rotina; isso era tudo o
esposo e participou de atividades que conheciam. O que se tornou difí-
locais com jovens, o que a preparou cil para eles foi deixar um lugar, onde
para maiores aventuras internacio- seus amigos viviam, e mudar-se para
nais com Arturo. Também estudou outro completamente desconhecido.
na River Plate e obteve formação em Tais mudanças são emocionalmente
Ciências Contábeis e Administração duras para as crianças. Mas uma vez
de Empresas. Posteriormente, fez no lugar novo, não leva muito tempo
Dos Andes equatorianos para as parte da equipe de socorro que aten- para fazerem novos amigos ou comu-
montanhas desérticas do Tajiquistão e deu às vítimas do furacão Mitch. nicar-se com eles. Mesmo aprender
a vários outros lugares, Silvia e Arturo Juntos, Silvia e Arturo passaram um novo idioma se torna fácil. As
Finis têm um objetivo: fazer avançar a nove anos trabalhando na Agência crianças são como esponjas! Absorvem
causa do desenvolvimento humanitá- Adventista de Desenvolvimento e rapidamente novas coisas – amigos,
rio, para divulgar o cuidado e amor de Recursos Assistenciais (Adra) no costumes, linguagem.
Deus àqueles em necessidade. Equador, América do Sul e em países
Arturo e Silvia têm muito que da Ásia Central como Tajiquistão, ■ Silvia, seus filhos eram peque-
contar. Histórias de terras afastadas, Casaquistão e Azerbaijão. Eles têm nos quando vocês foram para a Ásia
com culturas e pessoas fascinantes. dois filhos: Pablo, de oito anos, e Central, e você ficou em casa para cui-
Histórias de alegrias e desafios do Nicolas, de seis. dar deles. Quais foram os desafios pesso-
serviço de Deus, ajudando as comuni- ais durante esse tempo?
dades a suprir necessidades pessoais. ■ De que forma trabalhar no cenário O principal desafio era a comunica-
Relatos sobre como esse serviço internacional enriquece a vida de vocês ção. Quando chegamos em Dushanbe,
impactou a vida das famílias. como casal e família? Tajiquistão, não conhecíamos uma
Logo após o casamento, em 1998, Arturo: Trabalhar longe da terra palavra em russo, não sabia como
eles deram início à aventura inter- natal tem seus desafios e oportuni- dizer as coisas mais simples. O inglês
nacional, que os levou muito longe dades. A adaptação cultural pode ser ajudou um pouco quando fomos ao
de sua terra natal, a Argentina. difícil. Trabalhar distante de casa e de Cazaquistão e muito no Azerbaijão,
Enquanto estudava Teologia na ambientes familiares não é fácil. Mas o que realmente mudou as coisas.
Universidade River Plate, na há bênçãos também, como a oportuni- Depois de dois anos na Ásia Central,
Argentina, e, mais tarde, desenvolvi- dade de ficar mais tempo uns com os conseguimos usar algumas palavras
mento internacional na Universidade outros. Como uma família, gostamos em russo, apenas o suficiente para
Andrews, EUA, Arturo sentiu que de explorar cenários e situações novas sobrevivermos.
havia sido chamado para se envol- – novas paisagens, culturas, pessoas, Apesar das dificuldades idiomáticas,
ver em operações de socorro e modos de fazer as coisas. Um ambien- consegui me relacionar com as pesso-
desenvolvimento. Integrou várias te novo é um grande centro de apren- as. De certo modo, você não precisa
equipes de socorro credenciadas a dizagem. do idioma para identificar afinidades
trabalhar em situações de crise, tais com outra cultura, particularmente
como ataques terroristas em Buenos ■ Seus filhos passaram os primeiros anos entre mulheres. Fui atraída pelo espíri-
Aires, em 1994; emergências locais de sua vida num contexto multicultural. to hospitaleiro daquela gente.
na Argentina e em Honduras, após a Foi difícil para eles se adaptarem? Em Dushanbe, levávamos nossos

18 DIÁLOGO 20•3 2008


filhos para um parque próximo de bém. Acima de tudo, as crianças esta- começar a compreender o ministé-
casa. Sem dúvida, parecíamos estra- vam de volta, prontas para começar a rio global nem o envolvido na Adra.
nhos para eles, como eles para nós, estudar. Foi uma alegria vê-las iniciar Quando iniciamos com confiança em
mas se mostravam genuinamente inte- seu aprendizado. Nossos doadores Deus, as dificuldades que enfrenta-
ressados em nós. Quando nos viam, ficaram impressionados pela qualidade mos – falta de eletricidade, escassez
saudavam-nos como se fossem nossos e pontualidade com que o projeto foi de água, problemas de comunicação,
melhores amigos. concluído, e sentiram-se motivados a lugares estranhos – simplesmente não
financiar outros projetos da Adra na se tornam um problema insuperável.
■ Arturo, quais foram seus momentos região. A satisfação foi imensa. Quando aquilo que é difícil fica ainda
de maior alegria enquanto trabalhava mais difícil, a única coisa a fazer é crer
como diretor da Adra no Equador? ■ Sendo cristãos adventistas do sétimo, e orar: “Senhor, precisamos da Tua
O Equador foi minha escola de como é trabalhar em áreas predominan- ajuda.” E o Senhor não abandona os
aprendizado. Havia feito estágio na temente muçulmanas? que são Seus.
Adra em Lima, Peru, e obtido muita Gente é gente, e necessidade é Logo após chegarmos a Dushanbe,
experiência. Mas no Equador, estava necessidade. Quando o amor motiva nosso filho Pablo contraiu bronquite
sozinho em termos de responsabilida- nosso serviço e estendemos o trabalho e começou a tossir muito. Não conhe-
de. Era diferente. Ainda muito jovem, tendo o amor como nossa base, somos cíamos nenhum médico na cidade,
tive de ganhar o respeito das autorida- bem recebidos em qualquer lugar. nem tínhamos contato com alguém
des locais e dos colegas. O povo equa- Durante todos os anos que passamos que falasse inglês. As linhas telefônicas
toriano apoiava muito nosso trabalho. entre os muçulmanos em países dife- eram ruins. A bronquite estava pio-
Os líderes de comunidades andinas de rentes, nunca sofremos desrespeito rando. Certa noite, acolhemos Pablo
Guantubamba não pouparam esforço ou nos sentimos mal. Respeitávamos nos braços e pedimos que Deus fosse
para preparar o caminho de um de suas crenças e tradições. Quando o médico. Na manhã seguinte, a tosse
nossos projetos: um sistema de distri- nos perguntavam sobre nossa fé, passou e ele começou a se recuperar.
buição que traria água para todas as explicávamos nossa posição de modo Logo, estava brincando normalmente.
casas daquela área. que apreciavam, porque também são No Casaquistão, estávamos voltando
pessoas de fé. Nossa única razão para de um projeto, perto da fronteira entre
■ E sobre sua experiência como diretor estar naqueles países era atender às a Rússia e a Mongólia. Lá você pode
da Adra no Tajiquistão? necessidades específicas de desenvol- dirigir centenas de quilômetros e não
Nossa experiência no Tajiquistão foi vimento, e colocar à disposição todos encontrar uma só pessoa. Tivemos
o que mais apreciei no desenvolvimen- os recursos que podíamos juntar. De todos os tipos de problemas na estra-
to internacional! Por exemplo, tínha- fato, a motivação vinha de nosso forte da, e havíamos dormido no furgão,
mos um projeto de construção que desejo de servir a Deus, onde quer que fora da estrada, porque os freios não
envolvia diferentes pessoas. Os japone- houvesse necessidade. E necessidades estavam funcionando e não era possí-
ses eram os principais patrocinadores. existem em todos os lugares, a des- vel consertar nada na escuridão. Pela
As pessoas locais eram os construtores. peito da cultura ou religião. Respeito manhã, o motor não queria pegar.
Minha responsabilidade era coordenar atrai respeito e amor desperta amor. Novamente, oramos. Estávamos no
e planejar o projeto inteiro. O traba- Isso é uma coisa boa de se ter em meio do deserto, numa estrada deser-
lho envolvia a reconstrução de uma mente quando vivemos e trabalhamos ta. Finalmente o furgão começou a
escola destruída durante uma recente entre pessoas cuja fé, estilo de vida ou funcionar e conseguimos chegar até
agitação civil no Tajiquistão. A comu- cultura diferem da nossa. Todos são uma cidade próxima. Paramos para
nidade se encontra em grande apuro filhos de Deus. comer e, quando estávamos prontos
por não ter um lugar para seus filhos para dirigir novamente, o motor mor-
estudarem. Nossos doadores eram ■ Que papel sua fé desempenha no tra- reu. Havíamos estacionado o furgão
muito generosos e o povo de Tajique balho que faz, especificamente quando bem próximo a uma casa, com um
juntou todos os seus recursos huma- está distante de lugares e pessoas que lhe estacionamento particular. Quando o
nos para deixar o prédio pronto. Com são familiares? dono da casa viu nossa angústia, per-
todo mundo trabalhando como uma O amor por Deus, o compromisso mitiu que deixássemos o veículo em
só equipe, conseguimos completar o de fé e o amor para com as pessoas sua propriedade e arrumássemos um
projeto a tempo e dar início às aulas. em necessidade nos motivam a estar táxi para voltar para casa. Chegamos
Na cerimônia de abertura, o embai- envolvidos no trabalho de ajudar e em casa antes do pôr do sol na sexta-
xador japonês e seus colegas estavam prover o desenvolvimento. Sem esse
presentes. Os moradores locais tam- compromisso, não podemos sequer Continua na p. 30

DIÁLOGO 20•3 2008 19


LIVROS profunda do pensamento de Waggoner, e de seu tumultua-
do percurso da verdade rumo às divergências teológicas.
E. J. Waggoner: From the A seção “Primeiros Anos” inclui os pais de Waggoner,
Physician of Good News to the nascimento, infância, juventude e educação. A segunda
Agent of Division parte, na Assembleia da Associação Geral de 1888, descreve
Por Woodrow Whidden (Hagerstown, a crise teológica na Igreja, a participação de Waggoner, seus
Maryland: Review & Herald Pub. resultados, e seu pensamento teológico na ocasião. A terceira
Assn., 2008, 401 p.). parte, os anos na Inglaterra (1892-1903), descreve os efeitos
perniciosos das novas orientações teológicas de Waggoner.
Resenha de Aecio E. Cairus Finalmente, temos a narrativa dos “Anos de Declínio”
(1904-1916).
Apesar da falta de documentos dos primeiros anos,
Whidden, mediante persistente investigação, pôde corrigir
detalhes biográficos tais como a Escola de Medicina em que
Ellet J. Waggoner começou seu trabalho como médico- Waggoner se graduou, que não foi a de Bellevue, mas de
missionário e, em seus últimos anos, associou-se a John Long Island, Nova York. Até mesmo em pontos já bem ana-
Harvey Kellogg no movimento divisório contra a Igreja lisados, como o de 1888, a análise teológica do autor mostra
Adventista. Fato que é relembrado por Woodrow Whidden, que, não obstante as similaridades superficiais, Waggoner
presidente do Departamento de Teologia e História da não pode ser citado como precedente para a posição da
The Adventist International Institute of Advanced Studies “justificação legal universal”. A análise de Whidden sobre
(AIIAS). os anos na Inglaterra é particularmente esclarecedora. Em
Neste trabalho, Whidden une-se a outros autores em con- 1888, Waggoner enfatizou a ação objetiva da salvação por
tinuação a uma série da Review and Herald sobre formadores Deus (o que Ele fez em nosso favor no Calvário); nos idos
e promotores da história adventista. Trabalhos anteriores da de 1890, começoua enveredar por um caminho de salvação
série incluem estudos sobre James White, Joseph Bates, W. subjetiva (o que Deus estava realizando em nós mediante
W. Prescott e John H. Kellogg. Seu Espírito). Desse modo, as realizações humanas – as
A mais importante e benéfica contribuição de Waggoner fibras das vestes de feitura humana que foram removidas
foi teológica. O adventismo, no final do século 19, estava pelas vestes da justiça de Cristo em 1888 – entraram pela
padecendo da moléstia do legalismo. Quando os adventistas porta dos fundos sob o disfarce de santificação e perfeição.
tentaram abalar o mundo cristão para livrá-lo da tradição No início da década de 1900, Waggoner estava se voltando
dominical, ficaram ao lado, frequentemente desprezado, à ideia de uma perfeita geração final de cristãos, que com-
do Decálogo, mas com tal vigor, que soou farisaísmo. Em pletariam a obra iniciada por Cristo no Calvário mostrando
1888, Waggoner, editor da Signs of the Times, e Alonzo T. a falsidade das acusações de Satanás.
Jones ajudaram a trazer a Igreja de volta à ênfase do Novo Waggoner e Jones introduziram, nos primeiros anos da
Testamento sobre a justificação pela fé. O apoio de Ellen década de 1890, um modo novo de falar da natureza huma-
White foi fator-chave nessa restauração. Também foi impor- na de Cristo. Enquanto J. N. Andrews tinha distinguido
tante mais tarde ao ajudar a Igreja a superar o semiarianis- cuidadosamente entre nossa carne pecadora e a mera seme-
mo, que negava a plena divindade de Cristo. lhança de carne pecaminosa em Cristo, e negava especifica-
Depois de 1888, Waggoner ajudou Ellen White e A. T. mente qualquer tendência pecadora em Cristo; Waggoner
Jones em viagens de pregação que propagavam a mensa- não fez nenhuma distinção entre a impiedade de nossa
gem da justificação pela fé, a despeito da forte oposição de carne ou da carne de Cristo, pois isso afirmava que Ele
alguns administradores da Igreja. Em 1892, Waggoner foi continha as mesmas propensões que temos para o mal. Essa
enviado à Inglaterra como editor de publicações da igreja posição forçou Waggoner a explicar a real impecabilidade
local, e se tornou o primeiro presidente da Associação do de Cristo através das virtudes de Seu “miraculoso nascimen-
Sul da Inglaterra, dez anos mais tarde. Mas solicitou uma to”. Waggoner gostava da expressão “carne pecaminosa de
transferência e se tornou professor de Teologia. Cristo”, porque desejava pregar sobre a mesma impecabili-
Nesse ponto, a informação biográfica padrão sobre dade em nós, por meio da ideia de uma mística reprodução
Waggoner se torna nebulosa. Contra o conselho de Ellen da experiência de Cristo. Ellen White, que ensinou ser a
White e em oposição à liderança da Igreja, ele assumiu um santificação a obra de uma vida inteira, advertiu Waggoner
cargo de professor no Battle Creek College, de propriedade contra esse “alfa do engano”. Ela havia visto entre os mileri-
de Kellog. No fim do ano seguinte, Waggoner adulterou e tas, em torno de 1844, e depois em Indiana, os efeitos dessa
sua esposa pediu o divórcio. Whidden esclarece esses estra- ideia de “carne santa”. Posição que ocultou a verdadeira
nhos eventos com uma biografia detalhada e uma análise evidência da contínua pecaminosidade de nossa carne. Não

20 DIÁLOGO 20•3 2008


surpreende que Waggoner, a despeito das advertências de um começo, a observação da natureza extremamente bem
Ellen White, não pôde ver o lado pecaminoso da “afinida- afinada das constantes físicas ao longo do Universo, que
de espiritual” que sentia por uma mulher que não era sua tornam a Terra não apenas favorável à vida, mas uma plata-
esposa. Ele também defendeu o conceito de que na Igreja forma-modelo para a aprendizagem de nossa situação ideal.
não havia lugar para estruturas tais como um presidente, o As linhas biológicas de evidência incluem a extrema comple-
que bem caracterizou a luta de Kellogg contra a Associação xidade até mesmo das mais simples células vivas, a falta de
Geral naquele tempo. qualquer caminho mecanicista para as células se formarem
A obra de Whidden, pesquisada cuidadosamente, fica- de materiais inorgânicos, e a consciência da mente huma-
rá como um padrão para futuros estudos sobre a vida de na. Ele enfoca a recente controvérsia sobre a complexidade
Waggoner e outras figuras do passado, por causa de seu irredutível e destaca as implicações de que muitos sistemas
equilíbrio entre análise teológica e cuidadosa investigação biológicos devem ter sido especificamente planejados. Roth
biográfica. Porém, o mais importante é que ela contribui discute o imenso desafio dos éons – milhões de anos – que
para nos desviar das teorias teológicas de efeitos perniciosos. seriam necessários para as mudanças requeridas produzirem
O autor deve ser recomendado por sua abordagem ampla ordem nas coisas vivas, e os contrasta com a falta de evi-
dos eventos de nossa história. dência para os longos períodos de tempo como a Explosão

Aecio E. Cairus, Ph.D pela Universidade Andrews, é


Reconhecido pelo
diretor dos programas de mestrado e doutorado em
Religião do AIIAS, Filipinas. E-mail: cairus@aiias.edu
no ensino da Língua Inglesa

Science Discovers God: Seven


Convincing Lines of Evidence
for His Existence
Por Ariel Roth (Hagerstown,
Maryland, EUA.: Review & Herald
Publ. Assoc., 245 p., 2008).

Resenha de David Cowles

Alguns cientistas cristãos sinceros acreditam que a fé cris-


tã deveria ser mantida estritamente separada de nossa com-
preensão da ciência e de suas implicações no mundo. Não
pertenço a esse grupo. Está claro a partir da leitura do mais
recente livro de Ariel Roth, A Ciência Descobre Deus, que ele
também não adota essa posição. APRENDA INGLÊS
Roth começa o livro com uma breve pesquisa de vários e
notáveis cientistas do passado, especialmente Isaac Newton,
NA INGLATERRA
que combina a boa ciência com profunda fé em Deus. Cursos Gerais Cursos de verão em Inglês Cursos de
Contrasta essas posições com a abordagem antagônica atual, em Língua Inglesa 12 - 27 julho 2009 Desenvolvimento
19 jan.-15 maio 2009 Venha para o curso completo para Professores de
em que qualquer consideração a respeito de Deus é em geral 01 set. - 15 dez. 2009 ou para um de seus módulos Língua Inglesa
25 jan. - 14 maio 2010 • Módulo Um: 02 - 13 julho 24 julho-02 agosto 2009
excluída do diálogo científico por meio de determinação • Módulo Dois: 10 - 20 julho
prévia. Ele então continua a delinear várias das principais • Módulo Três: 17- 27 julho
áreas da moderna pesquisa científica que, na mente de mui-
tas pessoas pensantes, tem produzido resultados que forçam
Newbold College, Binfield, Bracknell, Berkshire, RG 42 4AN
a reconsideração da questão de Deus, e se pode estar onipre- Inglaterra, Reino Unido. Telefone: 44 1344 407421
sentemente envolvido na natureza. As linhas de evidência Fax: 44 1344 407405 Website: www. newbold.ac.uk
Endereço Eletrônico : england@newbold.ac.uk
física incluem a conclusão científica de que o Universo teve

DIÁLOGO 20•3 2008 21


Cambriana e as paraconformidades na coluna geológica. ser Suas perguntas para nós”? Foi essa parada, uma longa e
Conclui com uma discussão do papel da Sociologia e dos profunda pausa, que levou Troy Fitzgerald a refletir sobre
paradigmas científicos para influenciar o modo de os cien- algumas perguntas fundamentais que Deus deseja nos fazer.
tistas pensarem e fazerem seu trabalho, e como a questão da O resultado é uma bela obra, de fácil leitura, desafiando-nos
existência de Deus é vista pela ciência moderna. a levar a sério o anseio divino de conversar com cada um de
Apreciei a leitura do livro. A abordagem de Roth sobre nós. Depois de ler a obra, é possível concordar com o autor:
cada tópico começa com uma introdução básica para aju- “Talvez o segredo de uma caminhada intensa com Deus resi-
dar o não iniciado a compreender as questões envolvidas, e da em nossa resposta às perguntas que Ele faz” (p. 11).
então prossegue com uma sucinta descrição da evidência. Fitzgerald é um escritor cauteloso. Com formação em
Encontrei pequenos erros de revisão tais como a conversão Teologia, educação e liderança, ele conhece as necessidades
errônea de Fahrenheit para Celsius (p. 52), ou erros de dos cristãos em geral e as confronta com um Deus que está
excessiva simplificação como omitir o RNA dos processos profundamente interessado na vida, conduta e destino dos
de tradução do DNA em proteínas (p. 83), ou os proces- seres humanos. A metodologia escolhida para o livro é o
sos de fusão que ocorrem nas diferentes fases da meiose desafio experiencial e o pensamento acadêmico provocativo.
(p. 105). Porém, em geral, esse livro consiste em reflexões Ele reúne 20 perguntas do Antigo e do Novo Testamentos
de um cientista experiente, sobre um assunto de grande e permite que a Palavra de Deus confronte os cristãos com
importância para pessoas bem informadas e interessadas na os reclamos e a graça de um viver bíblico. Perguntas como:
relação entre fé e ciência. Há muitas citações da literatura “Onde você estava quando os céus foram feitos?”, “Quem
científica, incluindo referências recentes. Um assunto que você pensa que Eu sou?”, “Onde está seu irmão?”, “O que
pediria cautela é sobre a ideia de que a complexidade exige você tem na mão?”, “Você me ama?”, mexem com questões
design inteligente. De acordo com o livro, ser complicado profundas e íntimas.
e ser complexo são duas coisas diferentes. A complexidade Cada pergunta é discutida a partir de um ponto de vista
irredutível implica em design, mas deve-se ter muito cuidado bíblico e relacional, seguida por uma seção para reflexão e
para não considerar irredutivelmente complexo aquilo que é análise. O cuidadoso emprego das palavras hebraicas e gregas
apenas complicado. Caso contrário, o excelente argumento aumenta a base bíblica dos estudos, e o uso de ilustrações
da complexidade irredutível é diluído em exemplos espúrios mantém a legibilidade e o interesse. Em tudo isso, Fitzgerald
que estão ocorrendo na literatura. não se descuida de enfatizar o desejo de Deus por um rela-
Resumindo, o livro é um compilador excelente de dados cionamento íntimo com cada ser humano. A compaixão de
científicos atuais que favorecem a existência de Deus. Deus pelos pecadores, Seu extremo cuidado pelos deprimidos
Precisa estar em sua biblioteca. e Sua boa disposição para realizar extraordinários atos de
graça na vida comum das pessoas são claramente descritos.
Cada capítulo desafia os leitores a confiar em Deus, a
David Cowles, Ph.D em Biologia pela Universidade despeito dos momentos em que a visão é limitada, em que
da Califórnia, Santa Bárbara. É professor de Biologia há obstinação e compreensão restrita diante de tribulações e
na Universidade Walla Walla, Washington, EUA. E-mail: dificuldades. Uma ideia positiva permeia o livro todo: a ple-
david.cowles@wallawalla.edu nitude com Cristo só pode ser alcançada mediante o inabalá-
vel desejo de ser completo.
O autor conclui sua discussão com uma declaração notá-
20 Questions God Wants vel: “Deus faz boas perguntas que proporcionam um retrato
to Ask You: Life-Changing Seu, bem como Seu plano para nós. Mas as perguntas fazem
Encounters With the Divine mais do que retratar a Deus; elas nos oferecem a real opor-
Por Troy Fitzgerald (Nampa, Idaho: tunidade de nos tornarmos mais próximos dEle como nosso
Pacific Press Publ. Assn., 2008; 191 Criador, Salvador e Amigo” (p. 191).
p.; brochura). O leitor não ficará desapontado tanto em conhecer mais
sobre essa oportunidade quanto em partilhar suas bênçãos
Resenha de Younis S. Masih com os irmãos da igreja ou pesquisadores da verdade. Um
bom recurso para o estudo pessoal ou em grupo.

Frequentemente, formulamos perguntas a Deus sobre Younis S. Masih tem mestrado pelo Adventist International
vida, morte, amor, sofrimento, casamento etc. Faz parte Institute of Advanced Studies. É professor em estudos bíblicos no
da vida cristã. Mas já paramos para pensar que “mais Fulton College, Ilhas Fiji. E-mail: ymasih@fulton.ac.fj
importante do que nossas perguntas para Deus, poderiam

22 DIÁLOGO 20•3 2008


PRIMEIRA PESSOA com a Revolução Cultural. Os primei-
ros anos de 1960 foram de incertezas.

O momento e o A agitação e a violência no continente


se espalharam por Hong Kong. As ruas
de comércio e centros de compras dessa
caminho de Deus colônia britânica, antes pacíficos, de
repente se tornaram incontroláveis com
Patricia Jones protestos políticos e manifestações. A
violência foi uma parte inevitável de
tais cenas.
Foi nesse período em que nossa pri-
“Tudo tem o seu tempo havia preparado o caminho. meira filha, uma linda menina, nasceu
Com um passo de cada vez, vivenciei no Hospital Adventista Tsuen Wan.
determinado, e há tempo Sua liderança, e pouco tempo depois, Uma noite depois de visitar a mim e
para todo o propósito estava recebendo o meu diploma de o bebê, John estava dirigindo de casa
debaixo do céu. [...] Tudo Enfermagem. Nenhum membro da para a faculdade em Clear Water Bay,
família estava presente para testemu- quando passou por um caminhão esta-
fez Deus formoso no seu nhar. Por cinco anos, não tinha ido a cionado ao lado da estrada. O moto-
devido tempo” (Eclesiastes minha casa, pois ficava a mais de 8 mil rista gritou de dentro do caminhão em
3:1, 11 – ARA). quilômetros de distância. Logo, teria direção à escuridão: Puo-loh! Puo-loh!
minha própria casa, quando me casasse John começou a decifrar os sons que
com John, um pastor recém-formado ouvia e recordou que puo-loh em can-
Tinha 14 anos, estava no ensino que havia conhecido na faculdade. tonês é “abacaxi”, gíria para bombas
médio, e minha vida era normal e feliz. Pouco tempo depois, meu marido e eu feitas à mão colocadas em diferentes
Morava na bela ilha de Newfoundland, voltamos à universidade. Ele, para con- áreas da cidade. Diminuiu a velocida-
costa nordeste do Canadá, com uma tinuar sua educação teológica; eu, para de, parou e olhou a estrada exatamente
família de oito irmãos. Um dia, abrup- fazer um mestrado em Educação. em frente do carro. Havia uma bomba
tamente, minha vida foi abalada pela ativada que estava enterrada e prestes a
morte súbita do meu pai. Ele tinha Tornando-me uma missionária explodir diante de um impacto. Horas
apenas 40 anos. O futuro parecia som- Poucos meses após John ter começa- mais tarde, John assistiu à polícia deto-
brio e árido. do o estágio ministerial, aceitamos um nando aquela bomba. A evidência da
Meu sonho era me tornar enfermei- convite para ser professores na antiga intervenção de Deus para salvar a vida
ra. Não apenas enfermeira, mas uma Divisão Extremo-Oriente da Igreja. dele foi simples e poderosa. Poderia
enfermeira em um campo missionário Meus sonhos estavam agora começan- haver qualquer dúvida de que Deus
num país distante onde pudesse fundar do a se concretizar, um de cada vez, estava direcionando nossa vida para
uma escola de enfermagem, ou talvez todos com orientação e bênçãos de Seus propósitos?
um orfanato. Será que meu sonho Deus. Contra todas as probabilidades, John continuou a estudar a lín-
nunca se tornaria realidade? Como tornara-me enfermeira, educadora, gua chinesa com maior interesse e,
poderia pagar minha educação? Sabia esposa de um pastor adventista do usando o mandarim, até ensinou o
apenas que precisava esperar. Esperar sétimo dia, e agora uma missionária. Novo Testamento em grego para seus
por uma resposta de Deus. Juntos, meu marido e eu, começamos estudantes de ministério. Entretanto,
A espera me levou a um profundo nossa primeira missão internacio- um segundo hospital estava em cons-
comprometimento. Após concluir o nal como professores na Faculdade trução em Hong Kong, desta vez na
ensino médio, fui batizada. Um ano Adventista de Hong Kong. Ilha Victoria. Com dois hospitais
mais tarde, deixei a ilha para estudar O colégio prepararia pessoas para adventistas, ficou clara a necessidade
Enfermagem numa faculdade adventis- trabalhar na China. A missão exigia de uma escola de enfermagem. Os
ta no Canadá. Depois pedi transferên- treinamento. Começamos a preparação líderes da missão e da União me pedi-
cia para uma universidade nos Estados com o estudo do idioma mandarim, ram para assumir a responsabilidade.
Unidos, onde poderia obter o título de a língua comum na China, embora o A tarefa não era minha, mas de Deus.
bacharel em Enfermagem. O percurso cantonês fosse o dialeto predominante Como previsto, foi elaborado um
para conquistar o primeiro diploma em Hong Kong. programa adventista de treinamento
universitário foi repleto de desafios, A própria China estava passando por em Enfermagem. Quando saímos de
entre eles o financeiro, mas Deus já uma tremenda agitação política e social Hong Kong, cinco anos mais tarde, a

DIÁLOGO 20•3 2008 23


segunda turma de alunos já havia se Mudanças no apoio financeiro e o nas- eu não tivesse ideia de como poderia
graduado na Escola de Enfermagem do cimento de nossa segunda filha acres- estar envolvida. Vinte anos depois da
Hospital Adventista de Hong Kong. centaram novos desafios. As sinaliza- Revolução Cultural e de nossa estada
ções na estrada para o futuro não eram em Hong Kong, uma porta estava se
Estudos de pós-graduação claras, mas ao mesmo tempo, sabia que abrindo para a presença de obreiros
No final do nosso primeiro trabalho Deus iria revelá-las uma de cada vez. cristãos na China!
como missionários, estávamos plane- Sua graça e força são suficientes para o Retornamos aos Estados Unidos e
jando voltar para os EUA. Mas a Igreja desafio do momento. Completamos os me tornei docente da Universidade de
colocou um novo desafio: fazermos estudos e, no primeiro dia do ano de Loma Linda. O projeto do hospital foi
mais uma pós-graduação e voltarmos 1979, já estávamos nas Filipinas, onde adiante e logo houve a necessidade de
para a Ásia para iniciarmos cursos de ajudamos a expandir a Faculdade de enfermeiros líderes para irem à China
pós-graduação. Amamos a Ásia e seu Teologia e Escola de Graduação, loca- a fim de trabalhar ao lado de enfermei-
povo. Quando existem laços de amor, lizada no novo campus da Faculdade ros chineses quando o hospital fosse
cada desafio torna-se a oportunidade Philippine Union em Silang, Cavite. aberto. Uma aluna que estava se for-
de Deus. Os cursos atraíram brilhantes estudan- mando na faculdade de Enfermagem
Os estudos de pós-graduação foram tes de vastos territórios, de ricas cultu- decidiu ir quando terminasse os seus
agitados, pois estávamos matriculados ras daquela região e mesmo de lugares estudos. Era a pessoa certa para o desa-
em regime integral no doutorado. tão distantes como a África. fio, não só como profissional modelo,
À época, vivenciei outro desafio: a mas também em seu amor a Deus.
necessidade de um programa de pós- Mais de um dos enfermeiros do novo
graduação em Enfermagem a fim de hospital se interessaram pelo cristia-
Diretrizes para preparar professores e líderes para as
muitas instituições adventistas de saúde
nismo.
O ministério global da Universidade
os Colaboradores e escolas de enfermagem em todo de Loma Linda logo se voltou a outra
o Extremo-Oriente. Estudantes da área. Durante anos, a Faculdade de
A revista Diálogo Universitário, publicada Tailândia, Indonésia, Coreia e Filipinas Enfermagem da Universidade de Loma
três vezes por ano em quatro idiomas, é diri- se inscreveram no novo programa. Linda (LLUSN) recebeu pedidos de
gida a adventistas do sétimo dia envolvidos Ensinar um grupo tão diversificado todo o mundo para bolsas de estudo
em educação superior, sejam professores ou de estudantes altamente motivados em com o objetivo de preparar professores
estudantes e também profissionais e capelães
um contexto culturalmente rico foi sig- para as instituições educacionais em
adventistas de todo o mundo.
Os editores estão interessados em artigos, nificativo e gratificante. outros países. A faculdade respondeu,
entrevistas e reportagens bem redigidos e oferecendo uma ou duas bolsas por
consistentes com os objetivos da Diálogo, quais Expansão do ministério vez. Algumas vezes, os estudantes luta-
sejam: Dez anos mais tarde, enfrentamos vam com o inglês e levavam até três
1. Promover uma fé viva e inteligente. um desafio diferente. Nossa primei- anos para concluir um mestrado. O
2. Aprofundar o compromisso com ra filha ingressaria na universidade; nosso ministério global ficou, assim,
Cristo, a Bíblia e a Missão Global a segunda filha, no ensino médio. limitado, mas então Deus nos inspirou
Adventista. Naquele momento, a prioridade era o de outra forma. A escassez mundial de
3. Elaborar abordagens bíblicas para que minhas filhas precisavam, e então enfermeiros e docentes de Enfermagem
assuntos contemporâneos.
voltamos para os Estados Unidos. exigiu uma abordagem diferente. Se
4. Apresentar ideias e modelos de serviço
cristão e evangelismo.
Quando retornamos, houve uma dis- podíamos trazer estudantes para Loma
A Diálogo habitualmente pauta artigos, cussão sobre a possibilidade de um Linda, por que não levar os programas
entrevistas e reportagens para autores específi- projeto para a China patrocinado con- de pós-graduação da LLUSN para o
cos com fins editoriais. Eles são solicitados a juntamente pela Igreja Adventista do mundo? Assim, nasceu um novo desa-
(a) examinar as edições prévias de nossa revis- Sétimo Dia e por um empresário de fio.
ta; (b) considerar cuidadosamente estas dire- Hong Kong. Um programa de pós-graduação fora
trizes, e (c) apresentar um resumo da matéria O Centro Médico da Universidade do campus foi desenvolvido. Doadores
e sua experiência pessoal antes de elaborar o de Loma Linda iria supervisionar a visionários providenciaram o suporte
artigo proposto. Trabalhos não solicitados não construção de uma moderna unidade financeiro. O primeiro programa inter-
serão devolvidos. médica na China – o Hospital Sir nacional de Mestrado em Enfermagem,
Veja nosso site:
Run Run Shaw. Só a possibilidade fora do campus, foi lançado em 2005
http://dialogue.adventist.org
de tal projeto era emocionante, ainda
que estivéssemos deixando a Ásia e Continua na p. 31

24 DIÁLOGO 20•3 2008


LOGOS o comportamento, a obediência, a
lei, os padrões, precisam conhecer a

Oferta sem mácula verdade. Os chamados cristãos que


não têm alegria ou garantia na vida
espiritual precisam conhecer a ver-
Gerry D. Karst dade. As pessoas que confiam no seu
próprio sucesso precisam conhecer a
verdade. Os adventistas que se sentem
culpados, sobrecarregados, condenados
e desgastados precisam conhecer a ver-
“Quando olho para mim Humanamente falando, não há manei- dade. E se você acha que nunca poderá
ra de satisfazer essas exigências. Mas atender aos padrões, precisa conhecer
mesmo, não vejo como sabemos que Deus é justo. Ele não e compreender o significado das pala-
posso ser salvo; mas criaria um padrão impossível. A boa vras “Eu sou o caminho!”
quando olho para Jesus, notícia é que há um caminho. Porque Jesus é o caminho, posso
Apocalipse 7:9 oferece este maravi- ser aceito enquanto Ele estiver me
não vejo como posso me lhoso incentivo: “Depois destas coisas, tornando aceitável. Posso ser perfeito,
perder.” olhei, e eis aqui uma multidão, a qual enquanto Ele estiver me aperfeiçoan-
ninguém podia contar, de todas as do. Posso estar preparado, enquanto
nações, e tribos, e povos, e línguas, Ele estiver me preparando. Posso
O ditado, atribuído a Martinho que estavam diante do trono e perante com prazer concordar com Lutero
Lutero, resume bem a grandeza do o Cordeiro, trajando vestes brancas, ao afirmar: “Quando olho para mim
evangelho. e com palmas nas suas mãos.” Essa mesmo, não vejo como posso ser salvo,
Vamos começar pelo que somos. imagem do futuro é animadora, pois mas quando olho para Jesus, não vejo
Paulo nos diz que “todos pecaram e uma multidão de pessoas a qual nin- como posso me perder.”
destituídos estão da glória de Deus” guém pode contar está lá, vestida de Em 21 de maio de 1946, Louis
(Romanos 3:23).* Sou pecador, inca- branco puro, sem nenhuma mácula. Slotin e outros sete homens estavam
paz de agradar a Deus. Separado dEle, Todos encontraram o caminho. fazendo uma perigosa experiência em
sou culpado. Sou um exemplo de total Los Alamos, Novo México. Estavam
depravação, uma fonte de corrupção. Há um caminho trabalhando com peças de plutônio,
Por mim mesmo, sou um desastre. Jesus disse: “Eu sou o caminho” que produz radioatividade mortal
Então como alcançarei o Céu e viverei (João 14:6). Isso é simples, profundo quando muitas delas são colocadas
na presença do Deus santo, sendo que e emocionante. Jesus é o caminho. A juntas. Durante o experimento, as
estou moral e espiritualmente falido? justiça que vem da Sua gratuita graça peças foram acidentalmente colocadas
proporciona-nos o caminho. Mas essa muito próximas, e uma grande onda
O ideal de Deus para Seus seguidores justiça não é a nossa justiça, a partir de radioatividade encheu o quarto.
O padrão que Deus estabeleceu para de nossas boas obras. Bebendo leite de Slotin se moveu imediatamente. Com
o Seu povo é alto, claro e específico: soja, rejeitando à TV, apoiando ativi- suas mãos desprotegidas, puxou as
“Sede vós, pois, perfeitos, como é dades da igreja, distribuindo literatu- peças radioativas separando-as, mas,
perfeito vosso Pai, que está nos Céus” ra, dando estudos bíblicos, toda essa ao fazê-lo, ele se expôs a uma enorme
(Mateus 5:48). Será que Deus real- justiça jamais terá sucesso diante de dose de radiação. Vários dias depois,
mente deseja isso? Paulo, escrevendo Deus. A melhor justiça que podemos ele morreu. Os outros sete sobrevive-
aos Efésios, falou do desejo de Cristo produzir por nós mesmos não passa de ram.
para a Igreja: “Para apresentar a si “trapos de imundície” (Isaías 64:6). Jesus desceu a este perigoso e mortal
mesmo igreja gloriosa, sem mácula, Quando nos referimos à graça gra- laboratório chamado Terra. Na cruz,
nem ruga, nem coisa semelhante, mas tuita de Deus, não estamos falando lançou-se no explosivo e destrutivo
santa e irrepreensível” (Efésios 5:27). de graça barata que não exige obedi- poder do pecado, cobrindo-o com o
Sem rugas ou defeitos de qualquer ência. Na verdade, a graça divina é a Seu próprio corpo, de tal forma que
espécie. Essa é a vontade de Deus. mais cara graça que se pode imaginar, pudéssemos fugir e viver. Sua morte
Parece impossível? Como posso porque custou a Deus a vida de Seu salvou nossa vida.
alcançar esses requisitos para ser Filho. Jesus é o Caminho, e cada um
salvo e depois permanecer salvo? tem que compreender essa verdade. Oferta perfeita
Como alcançar um desses padrões? Pessoas religiosas, que têm enfatizado Pense nos serviços do santuário no

DIÁLOGO 20•3 2008 25


Antigo Testamento. Uma pessoa do cordeiros, ou das cabras. Nenhuma caiu sobre o animal, esmagando-o.
povo de Deus foi condenada por um coisa em que haja defeito oferecereis, Ele ficou tão grato que esculpiu um
pecado e foi ao santuário com uma porque não seria aceita a vosso favor.” cordeiro em uma pedra como um
oferta diretamente a Deus. Ele ins- Uma oferta sem mácula. Em oposição memorial do sacrifício do cordeiro que
truiu o indivíduo a ser a oferta ou a a este ponto de referência, eu olho salvou a sua vida.
levar a oferta? Deus exigiu que o ofer- para mim mesmo. Sou deficiente. Não Jesus, o Cordeiro de Deus, morreu
tante ou a oferta fosse “sem mácula”? importa o quanto tente ser “sem man- na cruz para salvar a você e a mim.
De quem a vida foi tirada para pagar cha”, nunca poderei ser suficientemen- Podemos experimentar a alegria e a
o preço do quebrantamento da lei de te bom para ser a oferta. Mas preciso liberdade da salvação se nos achegar-
Deus, foi a do pecador ou a do cordei- buscar em outra fonte. mos a Deus em nome daquela oferta
ro? Foi o pecador justificado, limpo, – a oferta “sem mácula” –, em nome
reconciliado com Deus por ser o tipo Cristo – o único sem mácula de Jesus por quem somos declarados
correto de ofertante ou por levar a Precisamos olhar para Cristo. Ele é justos através da fé.
forma correta de oferta? o nosso exemplo de como viver, mas
Olhe novamente para o serviço no necessitamos de algo mais que um * Todas as citações bíblicas são da Versão Almeida
e Corrigida.
santuário. Você vê o sacerdote exami- exemplo quando nos referimos à sal-
nando o cordeiro para ter a certeza de vação. Precisamos de um sacrifício, e Nota do autor: Ao escrever este artigo, sinto-
que é uma oferta sem defeito? Vê o Cristo – o único sem mácula – é nosso me agradecido pela recente obra de Philip
Dunham, Sure Salvation (Nampa, Idaho:
pecador arrependido colocando suas sacrifício. Ao morrer por nossos peca- Publicadora Pacific Press, 2007). Utilizada com
mãos sobre a cabeça da oferta e con- dos, Ele se tornou nosso substituto, permissão.
fessando seus pecados, transferindo-os nosso Salvador. Portanto Lutero pôde
assim ao inocente e perfeito cordei- dizer com segurança: “Quando eu
ro? Percebe que é a vida do cordeiro olho para Jesus não vejo como posso Gerry D. Karst (Mestre pela
que é tomada e o sangue do cordeiro me perder.” Universidade Andrews) é vice-presiden-
que é levado para o santuário para Isso significa que as minhas “obras” te geral da Igreja Adventista do Sétimo
fazer expiação e reconciliação pelo não contam? Significa que o meu cres- Dia e o diretor-administrativo da
pecador? Sobre a natureza da oferta, cimento espiritual e santificação não Universidade Andrews.
em Levítico 22:19-21 está escrito: significam nada? A minha obediência E-mail: karstg@gc.adventist.org.
“Segundo a sua vontade, oferecerá não vale nada? O meu esforço para
macho sem mancha, das vacas, dos alcançar a salvação não faz nenhuma
diferença para Deus?
Absolutamente, faz. Faz como o Ciência
“fruto” da minha salvação pela fé em Continuação da p. 10
Atenção, Jesus Cristo, a oferta da própria pro-
visão de Deus. Mas não é a “raiz”. O 6. I. Newton, 1686, 1934. “Mathematical
profissionais que faço em amorosa obediência ao Principles of Natural Philosophy and His
System of the World.” Traduzido para o inglês
adventistas! que provê a oferta aceitável é a prova
ou fruto da minha experiência de sal-
por Andrew Motte em 1729. Tradução revisada
por Florian Cajori. (Berkeley, Los Angeles:
Publicadora da Universidade da Califórnia ), p.
Se você possui e-mail e um diploma uni- vação. 544.
versitário em qualquer campo acadêmico 7. Citado em: O. Gingerich. “Dare a Scientist
ou profissional, nós o convidamos para fazer Conclusão Believe in Design?” Bulletin of the Boston
parte da Rede de Profissionais Adventistas Theological Institute 3, 2:4-5, 2004.
Não somos a oferta. Não podemos 8. R. Lewontin. “Billions and Billions of
(RPA). Patrocinado pela Igreja Adventista, esse ser a oferta. Trazemos uma oferta, Demons”. New York Review of Books 4, 1:28-
registro global eletrônico assiste instituições e 32, 1997.
que é o imaculado Cordeiro de Deus.
agências participantes a fim de localizar candi- 9. S. C.Todd. “A View From Kansas on thatEvo-
datos para posições no ensino, administração,
Conta-se a história de uma escultura lution Debate”, Nature 401 (1999):423.
área de saúde e pesquisa, e consultores espe- de um cordeiro no telhado de uma 10. Para discussões adicionais, veja o livro recente
igreja na Alemanha. Quando a igre- do autor : A. A. Roth. Science Discovers God:
cializados e voluntários para tarefas missioná- Seven Convincing Lines of Evidence for His
rias breves. Coloque gratuitamente sua infor- ja estava sendo construída, um dos Existence. Hagerstown, MD: Publicadora
mação profissional diretamente no website trabalhadores caiu do telhado. Seus Autumn House , 2008.
11. E. J. Larson and L. Witham. “Scientists
da RPA: http://apn.adventist.org. Anime outros amigos desceram rapidamente, com Are Still Keeping the Faith”, Nature 386
profissionais adventistas a registrar-se! a expectativa de encontrá-lo morto, (1997):435-436.
mas ele estava praticamente ileso. Um
cordeiro estava pastando abaixo, e ele

26 DIÁLOGO 20•3 2008


EM AÇÃO cia espiritual a estudantes cristãos,
especialmente àqueles que estudam em
universidades não cristãs; e encorajar o
estudo interdisciplinar e pesquisas nos
mais altos padrões com bases cristãs.
Niels-Erik Andreasen, presidente
da Universidade Andrews, apresentou
três fatores que dão coerência à inter-
ligação fé-razão: “(1) Somos chamados
a adorar a Deus com nossa mente: o
saber é um privilégio e uma obrigação;
(2) O que compartilhamos uns com
os outros deveria ser afirmação da fé,
inspiração; (3) Na cultura atual, nosso
adversário é a descrença; os adventistas
necessitam fortalecer a apologética em
Estudiosos compartilham com participantes da conferência suas experiências de defesa do teísmo cristão de Niceia.”
união entre fé e integridade intelectual. Para Andreasen, a conferência foi
“como um encontro campal para eru-

Conferência na Inglaterra:
ditos. O conteúdo é variado de modo
que diferentes tipos de pessoas encon-
tram interesses e bênçãos. É uma con-
doutores em busca da fé ferência adventista que envolve mente
e coração.”
Também houve a preocupação com
a necessidade de a Igreja discutir a
questão de como relacionar-se com
A conferência internacional inter- dências dEle em Sua criação. A mensa- os membros que possuem educação
disciplinar “Gloria Patri: ‘Pois nEle gem de Paulo sobre um Deus que não elevada. Frequentemente tais membros
vivemos, e nos movemos, e existimos’” apenas criou e intervém na história saem pela porta – não apenas pela
foi realizada de 26 a 29 de junho, em humana, mas que também considera porta do rol de membros da igreja,
2008, na Associação Wyboston Lakes, a humanidade responsável por suas mas do próprio cristianismo. Victor
Inglaterra. O evento atraiu 70 intelec- ações, era completamente estranha à Pilmoor, tesoureiro da Associação
tuais, incluindo 36 estudantes de 11 sua audiência. Os epicureus atacavam Britânica, resumiu a situação ao des-
países. A maioria dos estudantes apre- o conceito da intervenção divina, crever o relacionamento de uma igreja
sentou pesquisas nas áreas de Ciências, enquanto os estoicos criam num poder adventista local com uma determinada
Teologia, Filosofia, Psicologia, Direito superior impessoal semelhante ao des- universidade proeminente. Ele notou
e Medicina. Vindos principalmente tino. que existe um abismo entre a comu-
de universidades públicas, os estu- Tal atitude de indiferença ou nidade simples e os que vestem a toga
dantes apreciaram a oportunidade ignorância com respeito ao Deus da acadêmica. Desconfortáveis com a
que a conferência proporcionou para criação, sendo ambas parte da vida perspectiva de terem que responder a
a livre discussão de pontos de vista, ateniense, não é diferente da atitude perguntas difíceis e não convencionais,
sem comprometer a fé ou a integridade dos chamados intelectuais da atualida- as igrejas se tornam, em geral, locais
intelectual. de. Daí a conferência concentrar-se em não amistosos a membros e visitantes
A conferência focalizou o discurso como os adventistas eruditos podem de elevada educação acadêmica. Os
de Paulo aos atenienses (Atos 17:16- manter seu compromisso com o Deus sentimentos de intimidação e o medo
34): “Pois nEle vivemos, e nos move- da Bíblia e ao mesmo tempo buscar de interagir, com aqueles que imagi-
mos, e existimos.” O discurso inaugu- carreiras intelectuais. nam ser superiores nas diferentes áreas
ral examinou os caminhos pelos quais A conferência teve três objetivos: do conhecimento, podem se tornar um
os cristãos podem enaltecer o Deus da iniciar um evangelismo intelectu- obstáculo para receber tais pessoas.
criação por meio de várias disciplinas al entre pessoas de cultura elevada Para ajudar a corrigir este problema
acadêmicas. Os cristãos são chamados que não frequentam uma igreja; dar não é preciso simplesmente um grande
a enaltecer o Criador e a procurar evi- suporte, acompanhamento e assistên- investimento financeiro em progra-

DIÁLOGO 20•3 2008 27


mas exuberantes, mas, sim, permitir
a tais pessoas que tenham um espaço
na igreja. Elas querem contribuir com
algo de si para uma causa e, com
certeza, irão aonde lhes seja possível
ir. Criarão um pouco de agitação?
Sim. Cometerão erros ao longo do
caminho? Sim. Provocarão algumas
revoluções por serem contrárias à
organização e estão apenas esperando
que a geração dos mais velhos morra?
Não. Cada um dos bons estudiosos
sabe que nos apoiamos nos ombros dos
gigantes, e somente por nos apoiarmos
em tais ombros é que somos capazes
de ver mais claramente nosso caminho
para o futuro.
A próxima conferência será realiza-
da neste ano, de 4 a 8 de junho, no
Colégio Newbold, Bracknell, Reino
Unido. Inscrições de trabalhos para o
“Gloria Patri: As Responsabilidades Faculdade na Romênia sedia
da Erudição Cristã” podem ser feitas
no endereço eletrônico http://gloria-
patria2009.blogspot.com. O propósito
Congresso Internacional
da próxima conferência é discutir
caminhos pelos quais a visão mundial
cristã pode exercer impacto nas disci-
plinas. A conferência irá explorar: (1) Com o lema “Aquecendo”, o valor da natureza para os cristãos”.
a interação histórica do cristianismo 4º Congresso Internacional da A apresentação marcou o tom do
com a ciência e área de humanas; (2) Comissão de Apoio a Universitarios e congresso, e os convidados se concen-
métodos para gerar uma interação Profissionais Adventistas (Caupa) da traram na questão do aquecimento
positiva e diálogo entre cristianismo Divisão Euro-Africana foi realizado global. Como foi mencionado, a natu-
e disciplinas, e (3) os caminhos pelos no campus do Instituto Adventista reza ocupa uma parte muito especial
quais o diálogo e a pesquisa inter- Teológico, Cernica, próximo a no plano de Deus para a educação e
disciplinar com bases cristãs podem Bucareste, de 25 a 28 de setembro, para contribuir com o bom relacio-
de forma prática causar impacto nas em 2008. Estudantes universitários namento com Ele, sendo por isso tão
disciplinas. adventistas de todas as partes da importante respeitar e proteger o meio
Romênia e de outras localidades se ambiente.
reuniram para participar de três dias Se tivesse de escolher uma palavra
Karen K. Abrahamson é editora de confraternização que incluiuram para definir as atividades do segundo
administrativa da University Seminary estudos da Bíblia, apresentação de dia, “novo” seria a palavra. Novas
Studies na Universidade Andrews, em pesquisas sobre o aquecimento global palestras e workshops, novas ideias,
Berrien Springs, Michigan. É mem- e discussão sobre os desafios do com- amigos, viagens a pontos turísticos.
bro adjunto do corpo docente da promisso com a missão. A atividade mais especial do dia foi o
Faculdade Florida Hospital de Ciências O programa oficial começou com passeio em Bucareste. Um dia não é
da Saúde em Orlando, Flórida. E- música inspiradora e um relatório suficiente para conhecer uma cidade,
mail: karen@andrews.edu. Kathleen desafiador sobre aquecimento global portanto os organizadores do congres-
M. Demsky (M.L.S., Universidade de com videoclipes selecionados. Antonio so escolheram apenas dois dos mais
Indiana, Bloomington) é coordena- Cremades, ex-diretor da sede latina do famosos monumentos de Bucareste
dora da Faculdade de Arquitetura da Instituto de Pesquisa de Geociência e para despertar o desejo dos parti-
Universidade Andrews. atual diretor de Educação da União cipantes na próxima visita – à Vila
Espanhola, falou sobre o tema “O Museu e ao Palácio do Parlamento.

28 DIÁLOGO 20•3 2008


versidades públicas, escolas de ensino
médio e fundamental, bem como nas
cidades e vilarejos. Essa é realmente a
missão da Caupa. Os relatórios foram
todos sobre o aquecimento da vida
espiritual, com Jesus. O congresso
foi encerrado com uma música que
conquistou o coração dos estudantes
e os ajudou a expressar seu com-
promisso com a missão. A música,
escrita especialmente para essa oca-
sião, será incluída no novo hinário
do Ministério Jovem Adventista
Internacional.

Cristina Neagu é a autora deste artigo.


Acima: Dr. Roberto Bandenas, diretor de Educação da Divisão Euro-Africana, E-mail: avalansuta@yahoo.fr
apresenta palestra.
Esquerda: Visão parcial do público presente ao Congresso da Caupa, realizado no Visite http://amicus.euroafrica.org
Instituto Teológico Adventista, Cernica, próximo a Bucareste, Romênia. para assistir aos vídeos do seminário,
relatórios conclusivos ou baixar os
hinos do congresso e os relatórios
de ideias dos estudantes. www.
Em relação às palestras, discus- comemos e o aquecimento global? É euroafrica.org/index.cgi.
sões importantes sobre a questão do o aquecimento global um sinal dos
aquecimento global trouxeram duas tempos?
novas perspectivas sobre o assunto. Um congresso de estudantes é uma
Jacques Sauvagnat, diretor da Sede ocasião de interação. Este não foi
Europeia do Instituto de Pesquisa diferente. Após dois dias e meio de
em Geociência, falou que aguar- palestras, os participantes tiveram
dar por uma Nova Terra também a oportunidade de fazer perguntas,
inclui cuidar da que temos agora. apresentar seus pontos de vista e
Somos, com certeza, os mordomos compartilhar sua visão. O debate foi
da criação de Deus. Samuel Soret, interrompido pela visita surpresa do
professor associado e presidente do prefeito de Bucareste, Sorin Oprescu,
Departamento de Meio Ambiente e que expressou sua satisfação e aprecia-
Saúde Ocupacional da Universidade
de Loma Linda, desafiou a audiência
ção pelo campus e especialmente pelo
tema do congresso. A visita marcou o
Envie-nos o
com novas ideias e conselhos a res- dia, e foi noticiada pela imprensa. relatório de seu
peito de como colocar em prática as
teorias ecológicas. Como podemos
No domingo, o congresso ofereceu
uma palestra sobre consumo cons- grupo
praticar um evangelismo “verde”? E ciente. Como comprar eticamente?
Os líderes das associações de estudantes uni-
que tal uma igreja amiga da ecologia? Michael Pearson, professor de Ética e versitários adventistas são convidados a enviarem
O sábado foi uma festa de música, vice-presidente do Colégio Newbold, um breve relatório das atividades de seu grupo
adoração, confraternização, semi- falou sobre o consumo consciente e uma ou duas fotos digitais para publicação na
nários e workshops. Cindy Tutsch, para desafiar os estudantes a pensa- revista Diálogo. Inclua toda informação relevante
diretor associado do E. G. White rem um pouco mais antes de com- a respeito do grupo de estudantes, descreven-
Estate, e Hans Gerhardt, reitor da prar. do suas atividades principais, desafios, planos e
Universidade Friedensau, foram os Antes de cada reunião, os estu- também mencionando o nome, cargo e e-mail
principais palestrantes do dia. O dantes apresentaram relatórios sobre do autor do relatório. As informações deverão
que Ellen White tem a dizer sobre como as diferentes sedes da Caupa ser encaminhadas a Susana Schulz (schulzs@gc.
adventist.org). Obrigado!
ecologia? Qual a relação entre o que implementaram sua missão em uni-

DIÁLOGO 20•3 2008 29


Finis O sacrifício é apenas um dos lados Irmãos Matainaho
Continuação da p. 19 da moeda. O outro lado mostra todas Continuação da p. 17
as bênçãos que recebemos constan-
temente. Respeito, solidariedade,
feira. Foi o sábado mais agradável que amor e amizade estão num só pacote. para melhorar antídotos para a sua
tivemos. Deus resolveu tudo. Ficaríamos muito felizes em voltar a picada. Também estou envolvido com
viver e trabalhar nas terras distantes, a política de desenvolvimento para a
■ Que lição de vida vocês aprenderam? onde tivemos a oportunidade servir a medicina tradicional. O foco sobre
Humildade. Há tantas culturas dife- Deus. a biodiversidade para a saúde tem
rentes em nosso mundo e todas têm acrescentado enorme interesse para a
algo especial. Minha cultura não é conservação dos recursos e destacado
melhor porque me pertence ou porque Lorena Mayer tem Mestrado em claramente a necessidade de articular
tenha mais dinheiro. Minha cultura é Comunicação Internacional pela o global com questões comunitárias
apenas outra cultura. Aprendi que não Universidade de Southern Queensland, relacionadas à utilização e gestão do
devemos julgar outras culturas como Austrália. Escreve de Genebra Suiça e ambiente, incluindo o impacto das
boas ou ruins, mas devemos vê-las trabalha numa das unidades do sistema alterações climáticas.
como diferentes. de agências especializadas das Nações Algumas de nossas pesquisas
Unidas. E-mail: lorenmayer@hotmail. são financiadas pelo United States
■ Você pode servir a Deus no lugar onde com National Institutes of Health,
se encontra, com pessoas de sua própria National Cancer Institute, e OMS, e
cultura e valores, tendo parentes e ami- E-mail de Arturo Finis: estou envolvido em projetos multina-
gos por perto. Pesando os prós e os con- arturfinis@yahoo.com cionais de investigação farmacológicas.
tras de sua experiência, valeu o sacrifício Estou particularmente interessado na
de servir a Deus em terras tão distantes e compreensão do ambiente e dos bene-
diferentes da sua? fícios oferecidos pela biodiversidade,
sem exploração predatória. Creio que a
gestão do ambiente foi confiada a nós
pelo Criador.
Para apoiar a educação adventista,
sirvo no Conselho Universitário da

Assinatura
gratuita para
a biblioteca de
sua faculdade ou
universidade!
Deseja ver a Diálogo disponível na biblio-
teca de sua faculdade ou universidade, de
modo que seus amigos não adventistas
possam ter acesso à revista? Procure o biblio-
tecário e sugira que solicite uma assinatura
gratuita, usando papel timbrado da instituição.
Cuidaremos do resto! As cartas devem ser
endereçadas a: Dialogue Editor-in-Chief; 12501
Old Columbia Pike; Silver Spring, MD 20904-
6600; EUA.

30 DIÁLOGO 20•3 2008


Universidade Adventista do Pacífico.
Sou também ativo na minha igreja
dades adventistas em todo o mundo
estava aumentando os programas de
Diálogo on-line
local. Recentemente, tenho escrito pós-graduação por si mesmas, para Agora você pode ler on-line os melhores
sobre o tema da Criação, e como os manter um corpo docente qualificado artigos e entrevistas das edições passadas da
princípios de sucesso são ilustrados e ajudar a satisfazer as necessidades Diálogo.
pelo dia da Criação. Mas gostaria de do seu próprio país. Em instituições Visite nosso website:
encontrar um caminho para estar que oferecem um curso de mestrado é
ainda mais envolvido com a educação necessário que os professores estejam http://dialogue.adventist.org
adventista. preparados com o grau de doutorado.
É difícil para faculdades adventistas
de muitos países iniciar programas
Lisa M. Beardsley (Ph.D, Universidade de doutorado. A LLUSN oferece um
do Havaí em Manoa) é editora-chefe Ph.D em Enfermagem, mas, atualmen-
da Diálogo e diretora-associada de te, é necessário que os alunos que vêm
Educação da Associação Geral dos ao campus principal, por um período
Adventistas do Sétimo Dia, Silver de quatro a cinco anos, estudem em
Spring, Maryland, EUA. E-mail: menos tempo e prossigam com as fun-
BeardsleyL@gc.adventist.org ções docentes em seu país de origem.
Além disso, são necessárias bolsas de
Fifaia T. Matainaho (Ph.D, Universidade estudo. Este é o próximo desafio mis-
Vanderbilt, EUA). E-mails: fifaia@pau. sionário a conquistar. Um desafio que
ac.pg, fifaia@yahoo.com Deus vai resolver a Sua maneira, em
Seu próprio tempo, um passo de cada
Teatulohi K. Matainaho (Ph. vez. Tudo que Ele precisa é de instru-
D, Universidade de Queensland, mentos humanos que procurem fazer a
Brisbane, Austrália). E-mail: Lohi. Sua vontade e seguir o Seu caminho.
Matainaho@upng.ac.pg Nessa busca, encontrei a minha
alegria. De uma menina adolescente,
chocada pela morte prematura do
pai e atormentada por um futuro que
Momento de Deus parecia obscuro e incerto, me tornei
Continuação da p. 27 uma pessoa que tem visto a vida em
toda a sua tragédia e triunfo, incerteza
e plenitude de alegria. O caminho foi
com quase 50 estudantes de 24 países. pavimentado e preparado por Aquele
A maioria veio de instituições adventis- que disse “Eu sou o caminho, a verda-
tas, e alguns admitidos foram de países de e a vida”.
onde a Igreja esteve presente, mas não Tudo o que precisei fazer foi colocar
estava mais. Oito estudantes eram pro- meus sonhos, esperanças e minha vida
venientes da China. Metade do total do nEle. Deus nunca falha.
grupo assistiu às aulas na Tailândia; a
outra metade, na Argentina e na África
do Sul. A instrução era a mesma que na Patricia S. Jones é Ph.D pela
LLUSN. Um rico intercâmbio cultural Universidade Vanderbilt. É professora
entre alunos e professores reforçou a de Enfermagem e diretora do Instituto
experiência educacional de todos. Por Internacional de Enfermagem na
meio do modelo dos valores cristãos e Universidade de Loma Linda, Califórnia.
da integração da fé e da aprendizagem, Também é diretora-associada do
os alunos observaram o cristianismo Ministério da Saúde na Conferência
em ação. Geral dos Adventistas do Sétimo Dia,
Descobrimos que os programas Silver Spring, Maryland, EUA. E-mail:
de mestrado não eram suficientes. jonesp@llu.edu
Um número crescente de universi-

DIÁLOGO 20•3 2008 31


ÍNDICE lar la ansiedad (Pereyra e Mussi),” 19:2 (2007),
p. 22.
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Vols. 16-20 (2004-2008)


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