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COMPUTADOR DE VOO
FACES DO COMPUTADOR DE VOO
FACE DE CÁLCULO (A)
FACE DO VENTO (B)
CONVERSÕES
MASSA
CAPACIDADE VOLUMÉTRICA
UNIDADES DE MEDIDA DE VELOCIDADE
UNIDADES DE MEDIDA DE DISTÂNCIA
TEMPERATURA
LONGITUDE
CÁLCULOS ENVOLVENDO REGRA DE TRÊS SIMPLES
VELOCIDADE, TEMPO E DISTÂNCIA
CONSUMO E GASTO DE COMBUSTÍVEL
RAZÃO , QUANTIDADE E TEMPO DE SUBIDA OU DESCIDA
CÁLCULOS DE VELOCIDADE
VELOCIDADE AERODINÂMICA
NÚMERO MACH
CÁLCULOS DE ALTITUDE
ALTITUDE DENSIDADE
ALTITUDE VERDADEIRA
CÁLCULOS DE VENTO
CÁLCULO DA PROA VERDADEIRA (PV) E VELOCIDADE NO SOLO (VS)
CÁLCULO DO RUMO VERDADEIRO (RV) E VELOCIDADE NO SOLO (VS)
CÁLCULO DA DIREÇÃO E VELOCIDADE DO VENTO
Capítulo 2
COMPUTADOR DE VOO
MASSA
Na conversão das unidades de medida de massa, será necessário converter o valor de
quilograma em libras ou vice-versa.
O cálculo é bem simples, basta ajustar a seta de libras (LBS), na escala exterior, sobre a
seta de quilogramas (KG), na escala inferior. Em seguida, e só fazer a conversão do valor
proposto. Veja o exemplo abaixo.
CAPACIDADE VOLUMÉTRICA
Na conversão das unidades de capacidade volumétrica, será necessário converter o
valor de litros (LITERS) em galões americanos (US GAL) ou galões imperiais (IMP GAL),
ou vice-versa. Essas medidas são muito utilizadas nos cálculos de combustível, onde
muitas vezes é solicitada tal conversão.
Ex. 90 litros equivalem a quantos US GAL e a quantos IMP GAL?
1 - ajustar a seta de LITERS, na escala externa, sobre o valor 90.
2 - sob a seta de US GAL (seta na escala externa), ler na escala interna o valor
correspondente em US GAL.
3 - sob a seta de IMP GAL (seta na escala externa), ler na escala interna o valor
correspondente em IMP GAL.
Resposta: 90 l = 23,80 US Gal e a 19,80 IMP Gal
O cálculo realizado para a conversão da capacidade volumétrica também pode ser
realizado de outra forma, veja:
TEMPERATURA
Para realizar a conversão das unidades de medida de temperatura, Celsius e
Fahrenheit, basta consultar a escala localizada na parte inferior da face A.
O processo é muito simples, não sendo necessário nenhum ajuste no computador de
voo. Basta localizar a temperatura desejada na escala, e encontrar a temperatura
correspondente em Celsius ou Fahrenheit.
LONGITUDE
A conversão de graus de longitude em tempo é facilmente realizada no computador de
voo. Devemos partir do princípio de que 15º de longitude equivalem a 60 minutos, ou 1
hora. Portanto, deveremos ajustar a seta horária (escala interna) sobre o valor 15 (escala
externa), e em seguida efetuar a conversão do valor requerido.
Ex. 100º de longitude equivalem a quanto tempo?
1 - ajustar a seta horária (escala interna) sob o valor 15 (escala externa).
2 - sob o valor 100 (escala externa), ler o valor correspondente em minutos (escala
interna).
Resposta: 100º de long = 400 min ou 6h e 40m
CÁLCULOS ENVOLVENDO REGRA DE TRÊS SIMPLES
Grande parte dos cálculos de navegação são facilmente resolvidos através da regra de
três simples. Para ganhar tempo e tornar os cálculos de navegação, que envolvem regra
de três, mais rápidos e fáceis, utiliza-se o computador de voo.
Os cálculos que analisaremos, que envolvem regra de três simples, são:
- velocidade, tempo e distância
- consumo e gasto de combustível
- razão de subida, quantidade de subida e tempo de subida
De um modo geral, na escala interna (móvel) serão inserido os dados relativos ao
tempo e hora, e na escala externa (fixa) serão inseridos os dados relativos a distância,
velocidade, consumo, razão de subida e descida, etc.
Para os cálculos de regra de três é preciso entender a lógica utilizada pelo computador,
para que você saiba inserir os dados de maneira adequada, a fim de obter a resposta
correta do seu problema.
Para cálculos envolvendo minutos (ex. razão de subida e descida) é preferível o uso do
índice 10, localizado na escala interna.
Exemplo 3: com uma velocidade de 95kt, uma aeronave percorre 170nm em quanto
tempo?
1 - ajustar a seta horária (escala interna) sob o valor 95 (escala externa).
2 - sob o valor 17 (escala externa), ler o valor correspondente ao tempo do percurso
(escala interna).
Resposta: 107minutos ou 1h47min
Exemplo 3: uma aeronave gasta 32 US Gal em 1h10min de vôo. Qual o consumo horário
desta aeronave?
1 - ajustar o valor 70 (equivalente a 70 minutos = 1h10min) na escala interna, sob o
valor 32 (equivalente a 32US Gal) na escala externa.
2 - sobre a seta horária (escala interna) ler o valor correspondente ao consumo horário
da aeronave (escala externa).
Resposta: 27,4 US Gal
Exemplo 1: uma aeronave sobe com uma razão de 500ft/min, em 12 minutos qual terá
sido o ganho de altitude?
1 - ajustar o índice 10 (escala interna), sob o valor 50 (escala externa).
2 - sobre o valor 12 (escala interna), ler o valor correspondente à altitude ganha (escala
externa)
Resposta: 6.000ft
Exemplo 2: uma aeronave deseja subir 6.000ft com uma razão de 800ft/min. Qual será o
tempo gasto durante esta subida?
1 - ajustar o índice 10 (escala interna) sob o valor 80 (escala externa).
2 - sob o valor 60 (escala externa), ler o valor correspondente ao tempo de subida
(escala interna)
Resposta: 7,5 minutos
VELOCIDADE AERODINÂMICA
É sabido que a velocidade aerodinâmica (VA ou TAS) da aeronave aumenta
aproximadamente 2% em relação à velocidade indicada (VI ou IAS) a cada 1.000ft.
Porém, a forma mais precisa de se calcular a VA é através do computador de voo, onde
será analisada a temperatura na altitude do voo.
O processo para a obtenção da VA é muito simples, veja:
- na janela indicada, ajuste a altitude pressão com a temperatura deste nível.
- na escala interna localizar o valor correspondente a VI da aeronave.
- na escala externa ler o valor correspondente a VA da aeronave.
Exemplo 1: uma aeronave voa com VI=90kt no FL050. Neste nível de voo a temperatura
é de 0ºC. Qual a VA desta aeronave?
NÚMERO MACH
O cálculo do número Mach para o curso de piloto privado é apenas para que o piloto
tenha conhecimento teórico sobre o assunto, pois terá pouca utilidade prática nos voos
visuais.
O número Mach é a velocidade aerodinâmica comparada à velocidade do som, então
quando dizemos que uma aeronave voa com Mach 0.74, por exemplo, indica que esta
velocidade equivale a 74% da velocidade do som.
O número Mach varia com a temperatura, logo, será esta a única informação que
iremos inserir na janela indicada com computador de vôo. Em seguida faremos a
comparação entre a VA e o número Mach da aeronave.
O processo para a obtenção do número Mach é o seguinte:
- na janela indicada, ajuste a temperatura do nível de voo.
- na escala externa localizar o valor correspondente a VA da aeronave.
- na escala interna ler o valor correspondente ao número Mach da aeronave.
Exemplo 1: uma aeronave voa no FL200 com VA=360kt. Neste nível de vôo a
temperatura é de -15ºC. Qual o número Mach desta aeronave?
1 - na janela indicada, ajustar o valor da temperatura (-15ºC) no nível de voo.
2- na escala externa, localizar o valor da VA (360kt). Na escala interna ler o valor do
número Mach correspondente (no caso 0.57).
Resposta: número Mach é 0.57
Em algumas questões poderá ser dado o número Mach da aeronave para que seja
calculado a VA, veja:
Exemplo 2: uma aeronave voa no FL100 com Mach 0.25. Sabendo que a temperatura
neste nível é de 10ºC, calcule a VA desta aeronave.
ALTITUDE DENSIDADE
A performance da aeronave e do motor está diretamente relacionada a densidade do ar.
A densidade do ar, por sua vez, varia com a altitude pressão e com a temperatura, dados
estes que serão utilizados pelo piloto no cálculo da altitude densidade.
A performance da aeronave e do motor está diretamente relacionada a densidade do ar.
A densidade do ar, por sua vez, varia com a altitude pressão e com a temperatura, dados
estes que serão utilizados pelo piloto no cálculo da altitude densidade.
O processo para se calcular a altitude densidade no computador de voo é o seguinte:
- na janela indicada (a mesma utilizada para o cálculo da VA), inserir a altitude
pressão e a temperatura neste nível.
- na janela de altitude densidade (density altitude), ler o valor correspondente.
Exemplo 1: uma aeronave voa no FL200, e a temperatura neste nível é de -10ºC. Calcule
a altitude densidade.
ALTITUDE VERDADEIRA
A altitude verdadeira é a altitude atual da aeronave acima do nível médio do mar
(MSL). Esta altitude leva em consideração os erros de temperatura e pressão, e pode ser
calculada através do computador de voo. Na prática ela é pouco requerida em voo.
O processo para se calcular a altitude verdadeira no computador de voo, é o seguinte:
- na janela indicada, inserir a altitude pressão e a temperatura neste nível.
- na escala interna localizar a altitude indicada, corrigida para o QNH local.
- na escala externa ler o valor da altitude verdadeira correspondente.
Exemplo 1: uma aeronave voa no FL150, neste nível a temperatura é de -20ºC. A altitude
indicada, corrigida com o QNH local é de 14.000ft. Com base nestes dados calcule a
altitude verdadeira.
Com base nestes dados iremos calcular a proa verdadeira (PV), que será utilizada para
compensar os efeitos do vento e manter a aeronave na rota desejada, e a velocidade no
solo (VS), que será utilizada para os cálculos de tempo de voo, alcance, estimados, etc.
O processo para o cálculo da PV e VS na face B do computador de voo é composto por 6
etapas:
1 - inserir a direção do vento abaixo do True Index.
2 - marcar (com lápis ou caneta esferográfica) a velocidade do vento acima do
Grommet.
3 - inserir o RV abaixo do True Index.
4 - mover a régua para que o ponto marcado fique sobre a linha correspondente a VA
da aeronave.
5 - ler a VS na linha de velocidade abaixo do Grommet.
6 - ler a correção de deriva (CD) através do ângulo entre a linha central e a marca da
velocidade do vento.
Após obter a CD, basta verificar o lado em relação a linha central, na qual ela se
encontra, para que este valor seja somado ou subtraído ao RV para se obter a PV. Por
exemplo, se a correção de deriva está a direita da linha central, o valor da CD deverá ser
somado ao RV para se obter a PV. Se a correção de deriva está a esquerda da linha central,
o valor da CD deverá ser subtraído do RV para se obter a PV.
Lembre-se de apagar as marcar realizadas após o cálculo, para evitar futuros equívocos
nos cálculos.
Após analisarmos o processo para a obtenção da PV e VS, você deve estar um pouco
confuso a respeito deste cálculo. Portanto, vamos a parte prática, para que você veja que é
muito mais simples do que parece.
Exemplo 1: Dados: RV=155º Vento=040/40 VA=140kt. Com base nestas informações
calcular a PV e VS.
1 - inserir a direção do vento (040º) abaixo do True Index.
2 - marcar a velocidade do vento (40kt) acima do Grommet.
3 - inserir o RV (155º) abaixo do True Index.
4 - mover a régua para que o ponto marcado fique sobre a linha correspondente a VA
(140kt) da aeronave.
5 - ler a VS (152kt) na linha de velocidade abaixo do Grommet.
6 - ler a CD (-15º) através do ângulo entre a linha central e a marca da velocidade do
vento.
Resposta: PV = 140º (155º - 15º) e VS = 152kt.
Exemplo 2: Dados: RV=226º Vento=280/27 VA=94kt. Com base nestas informações
calcular a PV e VS.
1 - inserir a direção do vento (280º) abaixo do True Index.
2 - marcar a velocidade do vento (27kt) acima do Grommet.
3 - inserir o RV (226º) abaixo do True Index.
4 - mover a régua para que o ponto marcado fique sobre a linha correspondente a VA
(94kt) da aeronave.
5 - ler a VS (75kt) na linha de velocidade abaixo do Grommet.
6 - ler a CD (+13º) através do ângulo entre a linha central e a marca da velocidade do
vento.
Resposta: PV = 239º (226º + 13º) e VS = 75kt.
CÁLCULO DO RUMO VERDADEIRO (RV) E VELOCIDADE NO SOLO
(VS)
Neste segundo caso dispomos das seguintes informações: proa verdadeira (PV),
velocidade aerodinâmica (VA ou TAS) e direção e velocidade do vento. Com base nestes
dados calcularemos o rumo verdadeiro (RV) e a velocidade em relação ao solo (VS).
Vamos supor que a PV seja igual a 100º, e o RV seja igual a 110º. Como a PV é menor
que o RV, então ela estará a esquerda. Logo, a linha da proa, correspondente à diferença
angular entre PV e RV (-10º), estará a esquerda da linha central da régua. A figura ao lado
nos indica como deverá ser lida a linha da proa, no caso 10º à esquerda.
Após analisarmos o processo para a obtenção da direção e velocidade do vento, vamos
aos exemplos práticos sobre este cálculo.
Exemplo 1: Dados: PV=209º RV=219º VA=150kt VS=134kt. Com base nestas informações
calcular a direção e a velocidade do vento.
1 - inserir o RV (219º) abaixo do True Index.
2 - mover a régua para que o Grommet fique sobre a linha correspondente a VS
(134kt) da aeronave.
3 - calcular a diferença angular entre o RV (219º) e a PV (209º), e marcar o valor desta
diferença (10º), que corresponde a linha da proa. Como a PV é menor que o RV, a linha
da proa estará à esquerda da linha central da régua.
4 - marcar um ponto na interseção entre a linha da VA (150kt) da aeronave e a linha da
proa (10º à esquerda).
5 - girar a área circular para que o ponto marcado coincida com a linha central da
régua. O ponto deverá estar sempre acima do Grommet. O valor lido no True index
corresponde a direção do vento (155º).
6 - a diferença entre o ponto marcado e o Grommet corresponde a velocidade do vento
(30kt).
Resposta: vento 155/30
Exemplo 1: Dados: PV=270º RV=266º VA=180kt VS=202kt. Com base nestas informações
calcular a direção e a velocidade do vento.
1 - inserir o RV (266º) abaixo do True Index.
2 - mover a régua para que o Grommet fique sobre a linha correspondente a VS
(202kt) da aeronave.
3 - calcular a diferença angular entre o RV (266º) e a PV (270º), e marcar o valor desta
diferença (4º), que corresponde a linha da proa. Como a PV é maior que o RV, a linha
da proa estará a direita da linha central da régua.
4 - marcar um ponto na interseção entre a linha da VA (180kt) da aeronave e a linha da
proa (4º a direita).
5 - girar a área circular para que o ponto marcado coincida com a linha central da
régua. O valor lido no True index corresponde a direção do vento (055º).
6 - a diferença entre o ponto marcado e o Grommet corresponde a velocidade do vento
(25kt).
Resposta: vento 055/25
DENIS BIANCHINI
Denis Bianchini nasceu em São Paulo em julho de 1982. Iniciou sua carreira na aviação
no início de 2000 e desde então acumulou aproximadamente 8000 horas de voo.
Atualmente trabalha na Gol Linhas Aéreas como comandante do Boeing 737-700/800.
Paralelamente à aviação administra as empresas Bianch.com e a Editora Bianch.
EDITORA BIANCH
A Editora Bianch é uma empresa que foi criada com o objetivo de proporcionar
materiais de alta qualidade para o treinamento de pilotos. Após constatarmos uma
imensa lacuna no setor literário relacionado à aviação, mais especificamente na área de
treinamento, decidimos ingressar neste mercado, visando trazer aos pilotos um novo
conceito de treinamento e estudo da parte teórica que um piloto necessita.
Todo material editado pela Editora Bianch é cuidadosamente elaborado, utilizando
como referência importantes obras literárias publicadas nos Estados Unidos e Europa,
para que o aluno no Brasil possa estudar por um material rico em informações
atualizadas e de acordo com todo o conteúdo especificado pelo órgão que regula a
aviação civil brasileira, a ANAC.
A nossa principal preocupação ao iniciar o desenvolvimento destes livros era a
linguagem e a forma com que as informações seriam transmitidas ao leitor. Por ser um
tema muito técnico e específico, não queríamos publicar livros com uma leitura muito
carregada, sob pena de torná-los desinteressantes e cansativos ao leitor. Portanto, você
perceberá que a escrita é feita de uma forma simples e direta, como se o aluno estive-se
conversando com o professor. Buscamos também, sempre aliar os textos à gráficos e
figuras, pois acreditamos que isso tem um papel fundamental na absorção do conteúdo
que foi estudado.
Temos a certeza que o nosso trabalho irá proporcionar aos alunos e futuros
comandantes da aviação brasileira uma base sólida para que, ao iniciar a fase prática, ou
o voo propriamente dito, este aluno tenha o conhecimento necessário para empregar em
voo o que aqui foi aprendido.
Denis Bianchini
Editor-chefe
Outras publicações
Confira abaixo outras publicações da Editora Bianch. Todos estes livros e publicações
você poderá adquirir através do site www.bianch.com.br.
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