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http://www.saberweb.com.br/dinheiro/padrao-ouro/
O padrão-ouro foi o sistema monetário vigorante desde o século XIX até a Primeira Guerra Mundial
e, basicamente, consistia na adoção, por parte das instituições financeiras de cada país que aderisse
ao arranjo, de um preço fixo de sua moeda em relação ao ouro. Desse modo, as autoridades
deveriam exigir dos bancos e demais instituições monetárias que negociassem seus passivos
respeitando esse preço fixo em relação ao ouro, como forma de estabilizar a economia.
Em termos internacionais, o padrão-ouro significou a adoção de um regime cambial fixo por parte
de praticamente todos os grandes países comerciais de sua época. Cada país se comprometeu em
fixar o valor de sua moeda em relação a uma quantidade específica de ouro, e a realizar políticas
monetárias, de compra e venda de ouro, de modo a preservar tal paridade definida.
Operando no regime de padrão-ouro, o banco central de cada país mantém grande parte de seus
ativos de reserva internacional sob a forma de ouro. As diferenças entre as reservas de ouro sob a
propriedade de cada país refletia, portanto, as suas necessidades comerciais. Pois, nesse padrão, os
fluxos de ouro financiavam os desequilíbrios nas balanças de pagamentos de cada país. Se um país
fosse deficitário em sua balança de pagamentos, isto é, se a soma de bens e serviços importados do
exterior fosse superior à soma de bens e serviços exportados ao mesmo, o país deveria corrigir o
déficit exportando ouro. Os países superavitários, por sua vez, tornavam-se importadores de ouro.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos países abandonou o padrão-ouro, principalmente
devido às expansões monetárias e fiscais realizadas por eles durante a guerra, as quais
desequilibraram enormemente o comércio internacional.
X – X – X –X -X
No período entre-guerras houve uma tentativa de retorno ao padrão ouro, mais precisamente na
segunda metade da década de 1920, embora não funcionando tão bem quanto no período que
antecedeu a Primeira Guerra Mundial. Com a perda da flexibilidade nos mercados de trabalho,
devido ao aumento da sindicalização, e também no de commodities, em função das intervenções dos
governos visando manter a competitividade de suas pautas de exportações, o padrão ouro restaurado
não conseguia absorver impactos com facilidade, sendo que o aumento das pressões sociais por
crescimento e emprego tornava nula a credibilidade do novo regime. O próprio capital financeiro,
que antes atuava como fator estabilizador, agora fugia em massa gerando fortes crises econômicas e
políticas, culminando em 1929 na Grande Depressão e no colapso definitivo do próprio padrão
ouro.
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Diferentemente de sua primeira fase, nas décadas de 20 e 30 do séc. XX os governos não hesitavam
em utilizar ativamente suas políticas monetárias com o intuito de atingir uma gama de objetivos
econômicos nacionais, tais como aumentar a produção e o nível de emprego, transformando em
“coisa obsoleta” a política do período 1870-1913 que visava defender inflexivelmente a estabilidade
das taxas de câmbio.
http://www.ocaixa.com.br/artigos/rodrigues2.htm