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Ouve atentamente a gravação de um conto, tira os apontamentos que consideres necessários e, de seguida,
responde às questões, dizendo se são verdadeiras (V), falsas (F) ou parcialmente falsas (PF).
1. Um homem pobre que tinha muitos filhos já tinha vergonha de convidar para compadre as pessoas conhecidas e
importantes.
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2. Apareceu então a Morte que se ofereceu para ser sua comadre.
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3. A Morte decidiu oferecer um dom ao homem.
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4. Aconselhou-o a fazer-se cirurgião, pois ela lhe indicaria, relativamente a cada caso, se o doente morreria ou se se
poderia salvar.
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5. Se a Morte estivesse à cabeceira da cama, o doente morreria; se estivesse aos pés, escaparia.
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6. Desse modo, o homem ganharia fama de adivinhar a morte das pessoas.
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7. O homem fez o que a Morte lhe aconselhou e, ainda que com dificuldades, lá foi levando a sua vida.
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8. Um dia foi chamado para curar um doente riquíssimo, mas a Morte tinha decidido que ele morreria.
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9. No entanto, o homem tratou tão bem o doente que ele se salvou.
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10. A Morte decidiu vingar-se.
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11. Disse ao homem que rezasse um padre-nosso para o poder levar consigo.
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12. Como ele se recusou, ela fingiu-se morta.
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13. Então, o homem rezou um padre-nosso pela comadre e, quando ele acabou, a Morte levantou-se e levou-o
consigo.
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Grupo II – Compreensão e Interpretação Textual
Contam em Penha Garcia que uma rapariga gostava muito de ir aos bailes, mas a mãe, que já tinha
uma certa idade, não era muito agradada de musicatas, pelo que evitava quanto podia. A rapariga insistia,
insistia, e a velha lá acabava por se deixar arrastar, praguejando entre dentes: “Tomara que te casasses
nem que fosse com o Diabo!” Era a única maneira que via de se livrar daquele aborrecimento. Ora, uma
vez, num baile, um rapaz muito bem-posto andou cheio de rodeios com a rapariga, não tardando a pedi-la
em casamento. A velha disse que sim, mas depois pôs-se a pensar quem seria o moço. Sempre bem
arranjado, delicado, mas ninguém o conhecia nem ele dizia donde era ou apresentava qualquer pessoa de
família. Pensou a mãe da rapariga que ele bem poderia ser o próprio Diabo! Como era uma pessoa
despachada, combinado que estava o casamento, ela disse à filha:
- Pelo sim, pelo não, quando te fores deitar, benzes o quarto todo com esta água benta. Se o teu
marido estranhar, diz-lhe que é cá um costume da terra. Já veremos o que acontece…
Nessa noite do casamento, entrou a rapariga para o quarto com o noivo e pôs-se a fazer como a
mãe disse. Ele é que nem teve tempo de perguntar o que quer que fosse, pois deu dois estouros e saiu
pelo buraco da fechadura. Só que a velha estava à coca atrás da porta e pusera a boca de um frasco de
vidro encostada ao buraco. Assim que viu o Diabo dentro do frasco, tapou-o! Depois pôs-se a caminho do
alto da serra e deixou lá o frasco.
Daí a dias, veio um soldado da tropa, que também era filho da mesma velha, e disse à mãe que
queria ir à serra ver o que havia por lá. A mãe preveniu-o que era uma coisa ruim dentro de um frasco que
só dizia: “Tirai-me daqui para fora, ai que farei, tirai-me daqui.” Mas o soldado não fez caso à mãe e foi.
Quando o rapaz chegou à serra, viu o frasco e ouviu: “Tira-me daqui, hei de fazer-te feliz.”
O soldado foi lá e perguntou: “Quem é que te meteu aí?”
- Foi a minha sogra. Tu deita-me fora que quando eu sair daqui vou meter-me em espírito no corpo
da princesa. Hão de lá ir muitos médicos mas não a conseguirão curar. Vais tu e mandas voltar a cabeça
para o lado dos pés, que eu saio logo e o rei dá-te a filha em casamento.
Assim trataram. O rei, vendo a filha doente, chamou os médicos: ou a salvavam ou ficavam sem
cabeça. Falharam todos. Chegou o soldado e o rei deu-lhe três dias. Mas o Diabo não queria sair, o que o
deixava nervoso.
De repente, de que se lembrou o soldado? De mandar tocar os sinos das igrejas todas. E foi tal o
escarcéu que o Diabo lhe perguntou o que era aquilo. Respondeu-lhe o soldado que era para chamar a
sogra do Diabo e sua mãe. Cheio de medo que ela o metesse outra vez no frasco, o Diabo saiu a correr do
espírito da princesa.
Então o soldado fez mais umas fitas e deu a princesa como curada. Como palavra de rei, naquela
altura, não voltava atrás, o soldado recebeu a princesa em casamento e houve festa rija. Foram muito
felizes, ao que dizem.
Viale Moutinho (rec.), Lendas de Portugal, Diário de Notícias, 2003
5. O Diabo, de início, cumpriu o que prometera ao rapaz, mas depois não queria abandonar o corpo da princesa.
5.1 A que expediente recorreu o rapaz para a curar?
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6. Tal como o conto popular, também a lenda pertence à literatura tradicional de transmissão oral, apresentando
marcas de oralidade.
6.1 Indica o significado das seguintes expressões:
a) “não fez caso à mãe”
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b) “estava à coca”
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2. Indica a classe e a subclasse de cada uma das palavras destacadas nestas frases.
Hoje foi o segundo debate sobre violência. A minha turma foi uma das selecionadas. Houve dois convidados,
mas achei a sessão desinteressante.
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“Ainda não lhes disse, mas eu adorava música. Quando estive em Baltimore, na terceira classe, fui para o
Conservatório e continuei a estudar e a tocar piano, o que tinha começado em Sintra. Aquele gosto ficou-me. (…)
Será do cérebro ou do coração que, por exemplo, saem aquelas músicas com que acordamos às vezes de manhã e
que tocam dentro de nós o dia todo?”
IV – Expressão Escrita
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