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Uni- ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PATOLOGIAS EM PAVIMENTO FLEXÍVEL NO SETOR CIDADE JARDIM: UM


ESTUDO DE CASO EM GOIÂNIA

PEDRO HENRIQUE CHAVES SILVA


FLAVIO BATISTA CARDOSO FILHO

GOIÂNIA
Novembro/2017
PEDRO HENRIQUE CHAVES SILVA
FLAVIO BATISTA CARDOSO FILHO

PATOLOGIAS EM PAVIMENTO FLEXÍVEL NO SETOR CIDADE JARDIM: UM


ESTUDO DE CASO EM GOIÂNIA

Projeto de Pesquisa apresentado ao Centro


Universitário de Goiás – Uni-
ANHANGUERA, sob orientação da
Professora Ms. Raquel Franco Bueno, como
requisito parcial para obtenção do título
bacharelado em Engenharia Civil.

GOIÂNIA
Novembro/2017
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar queremos agradecer a Deus, que até aqui nos


tem abençoado e nunca nos deixou abater perante as
dificuldades encontradas pelo caminho até aqui.
Às nossas famílias, que têm papel fundamental na nossa formação e
educação, fruto de muito esforço e trabalho.
À nossa orientadora Professora Ma. Raquel Franco Bueno, pela
orientação, paciência e incentivo na condução deste trabalho.
Aos nossos colegas da Uni- ANHANGUERA e amigos, que
sempre nos deram forças e nos apoiaram nos momentos difíceis
e que foram essenciais para a realização deste trabalho
LISTA DE ABREVIATURAS

AP – Afundamento Plástico
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
A – Afundamento
AC – Afundamento de Consolidação
D – Desgaste
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte
E - Escorregamento do Revestimento Betuminoso
EX - Exsudação de Asfalto
FI - Fissura
NBR - Norma Brasileira
O - Corrugação
P - Panela
PEMR – Programa Especial de Melhorias Rodoviarias
R – Remendo Mal Executado
TB - Trincamento em Bloco
TBd - Trincamento na Borda
TF - Trincamento por Fadiga
TJ - Trincamento por Propagação de Juntas
TL - Trincamento Longitudinal

TP - Trincamento Parabólico

TT - Trincamento Transversal
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Afundamento (A) ...................................................................................................... 13
Figura 2 – Corrugação (O) ....................................................................................................... 14
Figura 3 – Exsudação (EX) ...................................................................................................... 15
Figura 4 – Desgaste (D) ............................................................................................................ 15
Figura 5 – Panela (P) ................................................................................................................ 16
Figura 6 – Escorregamento (E) ................................................................................................. 16
Figura 7 – Remendo mal executado (R) ................................................................................... 17
Figura 8 – Trincas (T) ............................................................................................................... 17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 7
2 OBJETIVOS............................................................................................................................... 8
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 8
2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 8
3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 9
4 HIPÓTESE ...............................................................................................................................10
5 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................11
5.1. Conceituação de Pavimento ......................................................................................... 11
5.2. Caracterização do Pavimento ...................................................................................... 11
5.2.1 Pavimento rígido ......................................................................................................... 12
5.2.2 Pavimento flexível ....................................................................................................... 13
5.2.3 Pavimento semirrígido ................................................................................................ 13
5.3. Camadas do Pavimento ................................................................................................ 12
5.4. Patologias em Pavimentos Flexíveis ............................................................................ 13
5.4.1 Deformações de superfície .......................................................................................... 14
5.4.1.1 Afundamento (A) ......................................................................................................... 14
5.4.1.2 Corrugação (O) .......................................................................................................... 15
5.4.2 Defeitos de superfície ................................................................................................. 16
5.4.2.1 Exsudação de asfalto (EX) ......................................................................................... 16
5.4.2.2 Desgaste (D) ............................................................................................................... 16
5.4.3 Panela (P) ................................................................................................................... 17
5.4.4 Escorregamento do revestimento betuminoso (E) ...................................................... 17
5.4.5 Remendo mal executado (R) ....................................................................................... 17
5.4.6 Fendas ........................................................................................................................ 18
5.5. Manutenção do Pavimento ........................................................................................... 19
5.5.1 Conservação ................................................................................................................ 19
5.5.2 Remendos .................................................................................................................... 19
5.5.3 Recuperação superficial ............................................................................................. 19
5.5.4 Reforço estrutural ....................................................................................................... 20
5.5.5 Restauração ................................................................................................................ 20
5.5.6 Melhoramentos ........................................................................................................... 20
5.5.7 Ações emergenciais .................................................................................................... 20
5.5.8 Serviços eventuais ...................................................................................................... 20
6 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................21
7 CRONOGRAMA ....................................................................................................................22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 23
1 INTRODUÇÃO

O Brasil utiliza como principal alternativa de movimentação de cargas e pessoas o


transporte rodoviário, que contribui significativamente para o desenvolvimento
socioeconômico nacional. Tendo uma participação de mais de 61% na matriz de transporte de
cargas e de mais de 95% no transporte de passageiros, é também a principal responsável pela
integração de todo o sistema de transporte do país. (CNT,2007).

O principal objetivo da pavimentação é garantir a trafegabilidade em qualquer época


do ano e condições climáticas, proporcionando aos usuários conforto ao rolamento e
segurança. Uma vez que o solo natural não é resistente o suficiente para suportar as cargas de
roda sem sofrer deformações significativas, é necessário que se faça a pavimentação da via,
que é construída sobre o subleito afim de suportar as cargas dos veículos de forma a distribuir
as solicitações às suas camadas e ao subleito. (BERNUCCI et al., 2008)

Segundo Vier et al. (2017) o pavimento é uma estrutura feita de diferentes camadas de
espessuras finitas, designado a receber esforços do clima e do trafego, porém nem sempre
resistem a esses esforços, ocorrendo diversas patologias, o que prejudica o tráfego e a
segurança dos usuários. Diversas são essas patologias, podendo surgir logo depois da
execução ou após o fim da vida útil do pavimento.

Ainda segundo Bernucci et al. (2008), do ponto de vista do usuário, o estado da


superfície do pavimento é o mais importante, uma vez que as patologias ou irregularidades
nessa superfície afetam seu conforto de trafegabilidade. Quando o conforto é afetado,
significa que o veículo também sofre mais intensamente as consequências desses defeitos.
Essas consequências promovem maiores custos operacionais, relacionados a maiores gastos
com manutenções dos veículos, tempo de viagem, consumo de combustível e de pneus, entre
outros prejuízos. Portanto, atender o conforto ao rolamento também significa economia nos
custos de transporte.

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2 OBJETIVOS

2.1.Objetivo Geral

Realizar um levantamento das principais patologias que ocorrem em pavimento


flexível nas principais vias coletoras e arteriais do setor Cidade Jardim na cidade de Goiânia -
GO, especificando suas principais causas e possíveis correções.

2.2.Objetivos Específicos

a) Realizar um levantamento fotográfico das principais patologias no setor Cidade


Jardim na cidade de Goiânia – GO;

b) Identificar e especificar cada tipo de patologia;

c) Citar as causas prováveis e as possíveis correções para as patologias encontradas;

d) Analisar os custos de manutenção dessas vias;

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3 JUSTIFICATIVA

Para com Santos (2008), obras de manutenção tem um custo muito elevado e devem
ser executadas no momento certo, podendo aumentar mais ainda este valor, se a gestão de
pavimentação não conseguir identificar as patologias corretamente e realizar as intervenções
no momento certo, sendo esta uma das questões que mais afligem profissionais da área de
pavimentação.

Segundo Peixoto; Silva (2012), vias públicas em péssimo estado de conservação têm
ocasionado transtornos aos cidadãos que sofrem com o desgaste do asfalto, buracos,
pedregulhos soltos, bueiros abertos e falta de sinalização que os alerte sobre esses problemas.
Além de estar atentos ao trânsito, que em muitas cidades brasileiras tem estado cada vez mais
caótico, motoristas e pedestres devem manter-se em estado de alerta quanto à estrutura física
da via na qual se locomovem.

Ainda segundo Peixoto; Silva (2012) manutenções das vias públicas deveria ser
assegurado pela administração pública, e que é financiado a partir dos impostos pagos pelo
cidadão, porém muitas vezes negligenciado. Quando o transtorno causado pela falta dessa
manutenção e sinalização ultrapassa a questão de apenas “estado de alerta” para o pedestre ou
motorista e evolui para acidente com prejuízos deste decorrente, cria-se uma situação onde
quem sofreu o dano material e/ou moral merece ressarcimento da parte responsável pela causa
desses.

De acordo com Souza (2004), a abordagem deste tema é oportuna, pois um grande
número de usuários está sendo castigados com ruas, avenidas e rodovias em todo o país com
pavimentos em péssimo estado após vários anos sem nenhum cuidado de conservação.

9
4 HIPÓTESE

A melhor forma de prevenir o aparecimento das patologias é realizando um bom


projeto, tendo uma execução com boa técnica e com constante manutenção de conservação
preventiva e corretiva fundamentais para que o pavimento atinja a vida útil estimada.

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5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1.Conceituação de Pavimento

Pavimento, segundo Balbo (2007), é uma estrutura não perene, composta por camadas
sobrepostas de diferentes materiais compactados, adequada para atender ao tráfego estrutural
e operacionalmente, de forma durável e ao custo mínimo possível, considerando diferentes
horizontes para serviços de manutenção preventiva, corretiva e de reabilitação, obrigatórios.

A função essencial de um pavimento, de acordo com Branco (2011), é assegurar uma


superfície de rolamento que permita a circulação dos veículos com comodidade e segurança,
sob as ações do tráfego, e nas condições climáticas que ocorram.

Nesse sentido, de acordo com Balbo (2007), estruturalmente o pavimento deve receber
e transmitir esforços de maneira a aliviar pressões sobre as camadas inferiores, geralmente
menos resistentes. Todas as peças que compõe o pavimento devem trabalhar deformações
compatíveis com a sua natureza e capacidade portante, isto é, para que não ocorram processos
de ruptura ou danificação de forma prematura e inadvertida nos materiais que constituem as
camadas do pavimento.

5.2.Caracterização do Pavimento

Os pavimentos rodoviários são classificados em três tipos: rígidos, flexíveis e


semirrígidos.

5.2.1. Pavimento rígido

Segundo o DNIT (2006), pavimento rígido é aquele que o revestimento tem uma
rigidez elevada em relação as camadas inferiores e absorver praticamente todas as tensões
resultantes do carregamento aplicado. Exemplo: pavimento constituído por lajes de concreto
de cimento Portland.

Os pavimentos rígidos têm uma camada superior constituída por concreto, geralmente
de cimento Portland, seguida de uma à duas camadas inferiores também constituídas por
material granular estabilizado com ligante hidráulico e/ou apenas constituída por material
granular (BRANCO, 2011).

11
5.2.2. Pavimento flexível

De acordo com DNIT (2006), é aquele que todas as camadas sofrem deformação
elástica significativa sob o carregamento aplicado e a carga se distribui em parcelas
aproximadamente equivalentes entre as camadas. Exemplo: pavimento constituído por uma
base de brita.

Os pavimentos flexíveis apresentam as camadas superiores formadas por misturas


betuminosas, ou seja, por materiais estabilizados com ligantes hidrocarbonatos, geralmente o
betume asfáltico, seguido inferiormente de uma à duas camadas de material granular
(BRANCO, 2011).

5.2.3. Pavimento semirrígido

Pavimento Semirrígido, segundo o DNIT (2006), apresenta uma base cimentada por
algum aglutinante com propriedades cimentícias como, por exemplo, por uma camada de solo
cimento revestida por uma camada asfáltica.

Os pavimentos semirrígidos apresentam características comuns aos dois tipos de


pavimentos anteriores: com uma à duas camadas superiores de misturas betuminosas,
seguidas de uma camada de agregado estabilizado com ligante hidráulico, podendo ainda
dispor de uma camada granular na sub-base (BRANCO, 2011).

5.3.Camadas do Pavimento

Dentre os tipos de pavimentações citadas, será abordado neste trabalho a


pavimentação flexível.

Segundo Medina; Motta (2015), a norma brasileira de pavimentação, NBR 7207/82,


da ABNT, define as camadas do pavimento flexível como: subleito é a camada de fundação
do pavimento ou camada final da terraplenagem; sub-base é a camada de correção do subleito,
ou complementar à base, quando não for aconselhável o pavimento diretamente sobre o leito
realizado na terraplanagem; base é a camada designada a resistir e distribuir os esforços
provenientes dos veículos, a qual se constrói o revestimento; revestimento é a camada
destinada a receber diretamente as ações dos rolamentos dos veículos, a melhorar as
condições do rolamento quanto a comodidade e a segurança, resistir os esforços horizontais
que nele atuam prolongando a vida útil da superfície de rolamento.

12
É admissível, ainda, uma camada de reforço do subleito, localizada entre este e a sub-
base, com o intuito de melhorar o solo de fundação; também é designada a ser a camada final
de terraplanagem.

5.4.Patologias em Pavimentos Flexíveis

Segundo Bernucci et al. (2008) as patologias são os danos ou deteriorações na


superfície dos pavimentos asfálticos e podem ser identificados a olho nu, assim como o
levantamento das patologias tem por finalidade avaliar o estado de conservação dos
pavimentos asfálticos e embasa o diagnóstico da situação funcional para subsidiar a definição
de uma solução tecnicamente adequada.

Segundo Silva (2008), quanto as patologias neste tipo de pavimento, temos 5:


deformações de Superfície (Corrugações e Afundamentos);

 Defeitos de Superfície (Exsudação de Asfalto e Desgastes);


 Panela;
 Escorregamento do Revestimento Betuminoso;
 Trincas e Fissuras (Fendas).

5.4.1 Deformações de Superfície

As Deformações de Superfície podem ser os Afundamentos e as Corrugações.

5.4.1.1 Afundamento (A)

O afundamento (Figura 1.) é uma deformação permanente caracterizada por depressão


da superfície do pavimento, acompanhada, ou não, de solevamento, podendo apresentar-se
sob a forma de afundamento plástico ou de consolidação (DNIT, 2003).

Figura 1. Afundamento (A)


Fonte Bernucci et al. (2008)
13
a) Afundamento Plástico (AP)

De acordo com o DNIT (2003) é causado pela fluência plástica de uma ou mais
camadas do pavimento ou do subleito, acompanhado de solevamento. Quando possui
extensão de até 6 m é denominado afundamento plástico local; quando sua extensão for
superior a 6 m e estiver localizado ao longo da trilha de roda é denominado afundamento
plástico da trilha de roda.

b) Afundamento de Consolidação (AC)

De acordo com o DNIT (2003) é causado pela consolidação diferencial de uma ou


mais camadas do pavimento ou subleito sem estar acompanhado de solevamento. Quando
possui extensão de até 6 m é denominado afundamento de consolidação local; se possuir
extensão superior a 6m e estiver localizado ao longo da trilha de roda é denominado
afundamento de consolidação da trilha de roda.

5.4.1.2 Corrugação (O)

As corrugações (figura 2.) são deformações transversais ao eixo da pista, geralmente


compensatórias, com depressões intercaladas de elevações. As ondulações também são
deformações transversais ao eixo da pista, geralmente subsequentes da consolidação
diferencial do subleito. Ambas são classificadas pela letra (O) na norma brasileira, apesar de
serem subsequentes de fenômenos diferentes (BERNUCCI et al., 2008).

Figura 2 – Corrugação (O)


Fonte Bernucci et al. (2008)
14
5.4.2 Defeitos de Superfície

5.4.2.1 Exsudação de Asfalto (EX)

A exsudação (figura 3.) é identificada pelo surgimento em abundância de ligante na


superfície do pavimento, como manchas escurecidas, resultante em geral do excesso do
mesmo na massa asfáltica (BERNUCCI et al., 2008).

Figura 3 – Exsudação (EX)


Fonte Bernucci et al. (2008)

5.4.2.2 Desgaste (D)

Desgaste (figura 4.) superficial é uma associação do tráfego com o intemperismo. No


limite poderemos ter uma superfície polida, comprometendo a segurança à derrapagem.
Arrancamento progressivo dos agregados é um estágio avançado do desgaste superficial.
(SILVA, 2008)

Figura 4 – Desgaste (D)


Fonte Bernucci et al. (2008)
15
5.4.3 Panela (P)

Panela (figura 5.) é uma cavidade ou buraco que se forma no revestimento e pode
atingir a base. Os buracos são evoluções das trincas, afundamentos ou desgastes. (SILVA,
2008)

Figura 5 – Panela (P)


Fonte Bernucci et al. (2008)

5.4.4 Escorregamento do Revestimento Betuminoso (E)

Escorregamento consiste no deslocamento do revestimento em relação à base, com o


aparecimento de trincas em forma de meia-lua. (SILVA, 2008)

Figura 6 – Escorregamento (E)


Fonte Bernucci et al. (2008)

5.4.5 Remendo Mal Executado (R)

Segundo Bernucci et al. (2008), o remendo é um tipo de defeito apesar de estar


relacionado a uma conservação da superfície e caracteriza-se pelo preenchimento de panelas
ou de qualquer outro orifício ou depressão com massa asfáltica.

16
Figura 7 – Remendo mal executado (R)
Fonte Bernucci et al. (2008)

5.4.6 Fendas

De acordo com Bernucci et al. (2008), as fendas são aberturas na superfície asfáltica e
podem ser classificadas como fissuras, quando a abertura é perceptível a olho nu apenas à
distância inferior à 1,50 m, ou como trincas (figura 8.), quando a abertura é superior à da
fissura.

Figura 8 – Trincas (T)


Fonte Bernucci et al. (2008)

5.4.6.1 Fissuras (FI)

São fendas capilares existentes no revestimento, posicionadas longitudinais,


transversais ou obliquamente ao eixo da via, perceptível somente a olho nu apenas à uma
distância inferior a 1,50 m. As fissuras ainda não causam problemas funcionais ao
revestimento, não sendo assim consideradas quanto à gravidade nos métodos atuais de
avaliação das condições de superfície. (DNIT, 2003)

17
5.4.6.2 Trincas (T)

a) Trincamento por Fadiga – Tipo Couro de Jacaré (TF)

Trincamento por fadiga é um conjunto de trincas interligadas sem direções


preferenciais, sendo que o maior lado é menor que 30 cm, podendo ocorrer principalmente
nas trilhas de roda ou por toda a área de tráfego. Este tipo de trincamento caracteriza o fim da
vida útil do pavimento. (DOMINGUES, 1993)

b) Trincamento Transversal (TT)

São trincas perpendiculares ao eixo do pavimento e podem ocorrer em qualquer


porção da superfície do pavimento. São curtas quando sua extensão for menor que 1 m, caso
contrário, são consideradas longas. (DOMINGUES, 1993)

c) Trincamento Longitudinal (TL)

É um conjunto de trincas paralelas à linha central do pavimento podendo ocorrer entre


duas faixas de execução do revestimento. São curtas quando sua extensão for menor que 1 m,
caso contrário, são consideradas longas. (DOMINGUES, 1993)

d) Trincamento em Bloco (TB)

Trincamento em bloco é um conjunto de trincas transversais e longitudinais que divide


a superfície do asfalto em peças retangulares com lados aproximadamente de 30 cm à 3 m e
ocorrem sobre grandes áreas do pavimento. (DOMINGUES, 1993)

e) Trincamento por Propagação de Juntas (TJ)

Conjunto de trincas longitudinais e/ou transversais que aparecem na superfície do


pavimento, refletindo as juntas das bases rígidas subjacentes à camada de revestimento
asfáltico principalmente nas lajes de concreto, paralelepípedos, etc. (DOMINGUES, 1993)

f) Trincamento na Borda (TBd)

Trincamento na borda é a ruptura da borda do pavimento ou da junção onde sofreu


alargamento, caracteriza-se por uma trinca retilínea ou por uma área trincada que ocorre

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próximo da junção entre a prista e o acostamento ou o alargamento. O trincamento na borda
pode ser acompanhado por desintegração ou desagregação. (DOMINGUES, 1993)

g) Trincamento Parabólico (TP)

São trincas em forma de meia lua, ou quarto crescente podendo ocorrer ao longo de
qualquer porção da superfície do pavimento, geralmente apresentando nas trilhas de roda.
(DOMINGUES, 1993)

5.5.Manutenção do Pavimento

5.5.1. Conservação

Segundo o DNIT (2006), é um conjunto de operações destinado a manter


características técnicas e operacionais do pavimento, até que se tornem antieconômicas e de
acordo com sua concepção original tem -se:

a) Conservação Preventiva Periódica

Conjunto de operações de conservação realizadas periodicamente para evitar o


objetivo de evitar o surgimento ou agravamento de defeitos.

b) Conservação Corretiva Rotineira

É o conjunto de operações de conservação realizadas com o objetivo de reparar ou


sanar defeitos, de acordo com uma programação com base em mesma técnica para eliminação
de imperfeições existentes.

5.5.2. Remendos

Remendos são operações destinadas a corrigir manifestações de ruínas especificas, que


ocorrem no revestimento betuminoso e em alguns casos extremos, atingindo frações da
camada de base (DNIT, 2006).

5.5.3. Recuperação Superficial

Conjunto de operações designadas a corrigir falhas superficiais, com fissuração,


desagregação, polimento das asperezas, desgaste, exsudação e também pequenas deficiências
da geometria transversal do pavimento. Trata-se de recapeamentos com espessuras de no
máximo 2.5 cm, não apresentando efeito estrutural próprio. (DNIT, 2006)
19
5.5.4. Reforço Estrutural

São um conjunto operações destinadas a aumentar a capacidade estrutural do


pavimento. Este objetivo é alcançado normalmente pela sobreposição de uma ou mais
camadas, que responderão pela correção de degradações e deformações existentes. (DNIT,
2006)

5.5.5. Restauração

Conjunto de operações para restabelecer o funcionamento perfeito do pavimento.


Realiza-se pela substituição e/ou reconfecção de uma ou mais camadas existentes, que se
complementam por outras que deverão conferir ao pavimento o aporte de capacidade
estrutural necessário de um bem deteriorado ou avariado e restabelecer suas características
originais. (DNIT, 2006)

5.5.6. Melhoramentos

É o conjunto de operações que acrescentam ao pavimento características novas, ou que


modificam as características existentes. (DNIT, 2006)

5.5.7. Ações Emergenciais

São ações a serem empreendidas em caráter excepcional e que caracterize uma


emergência, com finalidades de eliminar o risco real ou potencial à vida humana ou ao
patrimônio público, ou então, de restabelecer as condições mínimas necessárias ao fluxo de
tráfego, interrompida ou na iminência de interromper, devido sinais de ruina e/ou colapso
repentino. (DNIT, 2006)

5.5.8. Serviços Eventuais

É o conjunto de operações não previstas que podem ser eventualmente necessárias,


decorrentes do surgimento de defeitos no intervalo compreendido entre elaboração e
implementação do PEMR, envolvem em geral a definição de matérias, mão de obra e horas
máquinas diversas (DNIT, 2006).

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6 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a elaboração deste projeto, será realizado um estudo de caso no Setor Cidade
Jardim, em Goiânia – GO, analisando as patologias encontradas e identificadas nas principais
vias coletoras e arteriais do bairro. Neste intuito, será realizado um levantamento fotográfico
de campo das patologias existentes, em seguida será analisado, reconhecido e descrito cada
defeito, apontando suas prováveis causas e possíveis correções, através do estudo de livros,
artigos acadêmicos e científicos, periódicos, etc.

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7 CRONOGRAMA

Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.
Atividade
2017 2017 2017 2017 2017 2018 2018 2018 2018 2018 2018
Elaboração do
X X
pré-projeto
Referencial
X X X X X X X X X
teórico
Defesa do
projeto de X
pesquisa
Coleta de
X X X
dados
Analise dos
X X X
dados
Defesa do
X
Artigo
Redação e
submissão do
X
artigo à
publicação

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALBO, J. T., Pavimentação Asfáltica: materiais, projeto e restauração. Oficina de texto,


2007.
BERNUCCI, L. B., MOTTA, L. M. G., CERATTI, J. A. P., SOARES, J. B., Pavimentação
Asfáltica – Formação Básica para Engenheiros, Rio de Janeiro, PETROBRÁS: ABEDA,
2008.
BRANCO, F., PEREIRA, P., SANTOS, L. P., Pavimentos Rodoviários. São Paulo,
Almedina, 2006.
CNT – Confederação Nacional dos Transportes. Pesquisa Rodoviária, 2007.
DNIT 005/2003 – TER: Defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-rígidos: Terminologia.
Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.
DNIT., Manual de pavimentação. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de
Infra-Estrutura de Transportes, 2006.
DOMINGUES, F. A. A., MID – manual para identificação de defeitos de revestimentos
asfálticos de pavimentos. São Paulo, s.n., 1993.
MEDINA, J., MOTTA, L. M. G., Mecânica dos Pavimentos. 3. ed., Rio de Janeiro,
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PEIXOTO, L. S., SILVA, A. C. Q., - Acidentes decorrentes de vias públicas urbanas
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SANTOS, D. A. P., Avaliação da superfície de pavimentos flexíveis através do


levantamento visual contínuo -procedimento DNIT 008/2003 PRO: estudo de caso da BR-
324 no trecho entre amélia rodrigues e feira de Santana – BA. 2008. 81p. Tese (Graduação em
Engenharia Civil) - Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS, Feira de Santana, BA.
SILVA, P. F. A., Manual de patologia e manutenção de pavimentos. 2. ed., São Paulo,
PINI, 2008.
SOUZA, M.J. Patologias em pavimentos flexíveis. 2004. 63p. Tese (Graduação em
Engenharia Civil)- Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo.
VIER, L. C.; SILVA, J. M.; ROGOSKI, E. R.; ROSSI, C.T.; HUPPES, F. A. H.; BOCK, A.
L. Estudo de patologias em pavimentos flexíveis – estudo de caso. 20ª RPU – Reunião De
Pavimentação Urbana, Florianópolis, n. 396, 14p., jun. 2017.

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