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Eder Braz Velludo

Matrícula: 201608238751
Professor:Rodrigo Araujo da Silva Vartuli

RELATÓRIO DE EXPERIMENTO:
Movimento Pendular

Angra dos Reis


2017.2
Eder Braz Velludo
Matrícula: 201608238751
Professor:Rodrigo Araujo da Silva Vartuli

RELATÓRIO DE EXPERIMENTO:
Movimento Pendular

Relatório de experimento: Movimento Pendu-


lar, realizado no Laboratório de Física , no
dia 18/09/2017.

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CAMPUS ANGRA DOS REIS
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Angra dos Reis


2017.2
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

EQUIPAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO E RESULTADOS . . . . . . . . 9

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3

INTRODUÇÃO

O presente relatório, trata-se de um experimento realizado no Laboratório de Física


, no dia 18/09/2017. O objetivo deste experimento é comprovar, através da medição de
ciclos e cálculos realizados com fórmulas, o período em um Pêndulo Simples em Movimento
Harmônico Simples.
Para darmos início à um melhor entendimento sobre experimento apresentaremos
um pequeno resumo teórico como segue.

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU)


Em um um movimento circular, o deslocamento se dá em regiões circulares. O
deslocamento ocorre,quando um objeto se encontra a uma abertura de ângulo ϕ qualquer
em relação ao ponto denominado origem. Um deslocamento angular pode ser calculado
através da diferença entre a posição angular final e a posição angular inicial ∆ϕ = ϕ − ϕ0 .
Dai a velocidade angular média, é definida como a razão entre o deslocamento angular
pelo intervalo de tempo do movimento ωm = ∆ϕ t
. Sua unidade no Sistema Internacional
é rad/s (radianos / segundo). Conclui-se que a função horária de deslocamento em um
Movimento Circular Uniforme, se da por : ϕ = ϕ0 + ω · t. (SOFISICA, 2017a)

MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)


Trata-se de um movimento que se repete em intervalos regulares.

FREQUÊNCIA
A frequência f , é o número de oscilações completas do movimento em 1 segundo.
Sua unidade de medida é o Hertz, que é igual ao número de oscilações por segundo (Hz/s).

PERÍODO
Para saber quanto tempo leva-se para se ter um hertz, dividimos o tempo pelo
número de oscilações dai temos que s/Hz = 1s−1 . O período T é o tempo necessário para
que ocorra uma oscilação completa ou seja T = f1 .
Para descrever determinada posição em função do tempo, de uma partícula, em
um Movimento Harmônico Simples utiliza-se a equação:

x(t) = xm cos(ωt + ϕ)
4 INTRODUÇÃO

onde xm é a amplitude, que é o deslocamento máximo que ocorre à partícula, no movimento.


Este deslocamento se da em ±xm . (ωt+ϕ) é a fase do movimento no instante de tempo t. ϕ
é a constante de fase, que apresenta o deslocamento da partícula no instante t = 0. Nota-se
certa semelhança na função horária do MCU e MHS(ωt + ϕ), no MCU o deslocamento se
da através da posição angular no tempo, no MHS a posição se da através do cosseno da
posição angular em função do tempo(valor de x(t)). Um MHS “é a projeção do movimento
circular uniforme em um diâmetro da circunferência ao longo da qual acontece o movimento
circular.” (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012).A figura 1 apresenta uma comparação
entre MCU e MHS.

Figura 1 – Movimento Circular Uniforme

Fonte: (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012)

Porém ω como velocidade angular no MCU,e em MHS é chamado de frequência


angular. Em ambos os casos tratam-se de ângulos medidos em radianos. Como se trata de
um movimento cíclico, considerando ϕ = 0, logo para ocorrência de um ciclo completo
há um intervalo de tempo definido sua para ocorrência. Este intervalo é igual a T = f1 .
Com t = T ,tem-se ωt = ωT . Como se trata de ângulos medidos em radianos, em um ciclo
temos 2π logo temos ωT = 2π = ω = 2π T
então ω = 2π
1 = 2πf .
f

VELOCIDADE MHS
Como em uma função horária de movimento a derivada desta função é a velocidade.
No MHS e função horária é dada por x(t) = xm cos(ωt + ϕ), logo sua derivada é dada por:

dx(t) d
= [xm cos(ωt + ϕ)] = v(t) = −ωxm sin(ωt + ϕ)
dt dt

Como a amplitude do movimento se da em ±xm , a velocidade varia entre ±vm =


±ωxm . Quando x(t) = xm , v(t) = 0. Por outro lado quando x(t) = 0, v(t) = ωxm .
5

ACELERAÇÃO MHS
Já a aceleração é a derivada segunda em uma função horária de movimento, desta
forma é a derivada da velocidade e é dada por :

dv(t) d
a(t) = = [−ωxm sin(ωt + ϕ)] = a(t) = −ω 2 xm cos(ωt + ϕ)
dt dt
.
Analogamente à velocidade a aceleração varia entre os limites ±am = ±ω 2 xm .“No
MHS, a aceleração é proporcional ao negativo do deslocamento e as duas grandezas estão
relacionadas pelo quadrado da frequência angular.” (HALLIDAY; RESNICK; WALKER,
2012). Combinando a(t) com x(t) temos a equação : a(t) = −ω 2 (xm cos(ωt+ϕ)) = −ω 2 x(t).
A força que deve agir em uma partícula para que ela adquira aceleração em um
MHS , pode ser expressa como F = m · a, como a = −ω 2 x, F = −(mω 2 )x . Como m e ω 2
são constantes em MHS, pode-se substituir por k = mω 2 , então F = −k · x. Por definição
“MHS é o movimento executado por uma partícula sujeita a uma força proporcional ao
deslocamento da partícula
q
e de sinal oposto”(HALLIDAY;
q
RESNICK; WALKER, 2012).Se
q
k = mω , então ω = m . Como ω = T , então T = m e T = 2π · m
2 k 2π 2π k
k
.

PÊNDULO SIMPLES
Considera-se um pêndulo simples, “ em uma massa presa a um fio flexível e inex-
tensível por uma de suas extremidades e livre por outra"(SOFISICA, 2017b), representado
conforme figura 2.

Figura 2 – Pêndulo Simples

Fonte: (SOFISICA, 2017b)

Já na figura 3, que apresenta as forças que agem sobre um pendulo simples, observa-
se que a componente da força P~ , P · cos θ, se anula com a força de tensão do fio T~ , assim,
verifica-se que o movimento cíclico, ocorre devido a componente P · sin θ , componente P~ .
6 INTRODUÇÃO

O ângulo θ, é medido radianos. Radianos são medidos através da divisão do arco formado
pelo ângulo e seu raio. Se o arco for dado por x e o raio por l logo θ = xl . Substituindo
na componente resultante de P~ , p · sin θ, tem-se F = P · sin xl . Em ângulos pequenos
(θ ≥ π8 )de deslocamento, é possível calcular o período do pêndulo, T , pois o seno deste
ângulo é aproximadamente iguai a ele. Logo F = P · sin xl = F = Pl·x . Como P = m · g
então F = m·g·x
l
. Considerando m, g e l como constantes, k = m·g
l
.Com F = k · x, podemos
descrever um pêndulo simples, para pequenas oscilações, descreve um MHS.
q
m m·g
Em um MHS o período é T = 2π · k
. Como k = l
,então em um pêndulo
q
l
simples o período é T = 2π · g

Figura 3 – Pêndulo Simples

Fonte: (SOFISICA, 2017b)


7

EQUIPAMENTO

O equipamento utilizado para o experimento trata-se de um conjunto para es-


tudo da vantagem mecânica, equilíbrio para uma esfera apoiada, pêndulo simples e suas
leis, lei de Hooke, constante elástica, força restauradora, terceira lei de Newton, asso-
ciações de molas helicoidais, trabalho e energia mecânica, princípio da conservação da
energia mecânica, MHS, determinação dinâmica da constante elástica, empuxo, princípio
de Arquimedes, influência da densidade no empuxo, densidade de um sólido através do
empuxo, alcance num lançamento horizontal e velocidade final de um projétil num lan-
çamento horizontal.(CIDEPE, 2017) A figura 4 apresenta foto do fabricante referente ao
equipamento.
O equipamento e composto por:

• Régua;

• Tripé;

• Suporte;

• Haste de suporte;

• Pêndulo com massa 50g;

• Cabo comprimento variável;

• Cronometro ( Telefone Celular).


8 EQUIPAMENTO

Figura 4 – Equipamento estudos Pêndulo simples

Fonte: (CIDEPE, 2017)


9

DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO E
RESULTADOS

O experimento trata-se da determinação de Períodos T , em um pendulo simples. A


montagem do equipamento, se deu conforme exposto na figura 5.

Figura 5 – Pêndulo Simples

Fonte: Autor

Conforme Legenda:

• 1 Cabo comprimento variável;

• 2 Régua;

• 3 Haste de suporte;

• 4 suporte;

• 5 Tripé;

• 6 Pêndulo com massa 50g;


10 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO E RESULTADOS

O experimento consistiu na realização de 3 baterias com 5 testes, medindo 3


períodos T , através de um cronometro. Com uma régua foi medido o comprimento da
corda l,presa a um objeto de massa 50g. Após a medição da corda, foi realizada a elevação
do peso preso à corda a um certo ângulo θ. No mesmo momento de acionamento de um
cronometro, o peso foi largado, assim realizando um MHS. Após a contagem de 3 períodos,
o cronometro foi parado e o tempo para execução destes 3 períodos foi anotado. O mesmo
procedimento foi repetido por 5 vezes, com os comprimentos de corda em : 30 cm , 20 cm
e 10 cm. Assim obtivemos os dados conforme exposto na Tabela 1

Tabela 1 – Dados coletados durante o experimento.


l(m) 0,30 0,20 0,10
q q q
l l l
No . 3T (s) T (s) 2π g ∆T 3T (s) T (s) 2π g ∆T 3T (s) T (s) 2π g ∆T

1 3,044 1,015 1,099 0,084 2,44 0,813 0,897 0,084 1,79 0,597 0,634 0,038
2 3,229 1,076 1,099 0,022 2,13 0,71 0,897 0,187 1,8 0,6 0,634 0,034
3 3,265 1,088 1,099 0,01 2,63 0,877 0,897 0,02 1,92 0,64 0,634 -0,006
4 3,373 1,124 1,099 -0,026 2,67 0,89 0,897 0,007 1,79 0,597 0,634 0,038
5 3,293 1,098 1,099 0,001 2,51 0,837 0,897 0,06 1,79 0,597 0,634 0,038
X̄ 3,241 1,08 1,099 0,019 2,476 0,825 0,897 0,072 1,818 0,606 0,634 0,028

Nota: (s) - Segundos; (m) - metro; g = 9, 81m/s2

Fonte: Produzido pelo autor.

Na tabela 1, em N o , observamos os 5 testes realizados, com l(m) iguais a 0,30, 0,20


e 0,10 metros. Como as medições foram realizadas em 3 períodos T ,( 3T (s)), na coluna
T (s), dividimos 3T (s), por 3. Calculamos o período de cada tamanho l(m) e utilizamos
gravidade igual a 9, 81m/s2 , obtendo o período calculado. Em ∆T , calculamos a diferença
entre o valor medido e o valor calculado. No rodapé da tabela 1, em X̄, obtivemos a média
de cada coluna.

Tabela 2 – Dados calculados a partir do experimento.


rP
5
|xi −X̄|2
q
l 1
l(m) X̄T (s) 2π g DP = i=1
5 f= T (Hz)

0,3 1,08 1,099 0,043 0,91


0,2 0,825 0,898 0,162 1,114
0,1 0,606 0,635 0,064 1,576

Nota: (s) - Segundos; (m) - metro; g = 9, 81m/s2 ; (Hz) - Hertz

Fonte: Produzido pelo autor.

Como observa-se calculando através da média X̄ dos valores da tabela 1, obtivemos


os dados conforme apresentado na tabela 2. Avaliamos os valores de períodos médios
obtidos através das médias dos períodos, presentes na tabela 1. Calculados e desvios
11

rP
5
|x −X̄|2
i
padrões DP = i=1
5
a partir dos 5 testes, realizando o somatório das diferenças
entre o período medido(T (s)), pelo período médio (X̄) .
Com os dados analisados percebe-se que ao diminuir l, mantendo constante a
gravidade g, o período diminui ou seja, o pêndulo leva um menor tempo para realizar
um ciclo. Avaliamos também que nesta situação, a frequência f aumenta, ou seja maior
velocidade no movimento do pêndulo.A figura 6, apresenta um gráfico onde é possível
verificar uma relação inversa entre o período e a frequência.

Figura 6 – Gráfico Período T (s) e Frequência f (Hz).


13

CONCLUSÃO

Neste trabalho foi possível entender o funcionamento de um Movimento Harmônico


simples - MHS. Verificamos suas relações com Movimento Circular Uniforme - MCU.
Através do entendimento de Frequência e Período, foi possível entender a aceleração e
velocidade em MHS. Entendemos o funcionamento de um Pêndulo Simples e como este,
em determinadas circunstancias, é parecido com um MHS. Realizamos medições manuais
de períodos do pêndulo em laboratório e realizamos cálculos que comprovam os períodos.
Obtivemos desvios padrões entre 0,1 e 0,06 , que podem ser justificados pelos reflexos
humanos no momento de realizar os cálculos cronometrados. Não verificamos desvios
significativos, comprovando assim, através de medições e cálculos, os Períodos em um
Movimento Harmônico Simples. Avaliamos também, que ao diminuir o tamanho da corda
em um pendulo, seu período diminui, ou seja um menor tempo é necessário para um
pêndulo realizar um ciclo. Avaliamos também que em consequência a frequência aumenta,
justificando a relação inversa entre período T e frequência f .
15

REFERÊNCIAS

CIDEPE. Conjunto mecânica com largador eletromagnético. 2017. Dis-


ponível em: <http://www.cidepe.com.br/index.php/br/produtos-interna/
conjunto-mecanica-com-largador-eletromagnetico-2625>. Citado 2 vezes nas
páginas 7 e 8.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física, volume II :


Gravitação, Ondas e Termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 87-114 p. Citado 2
vezes nas páginas 4 e 5.

SOFISICA. Movimento Circular. 2017. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/


conteudos/Mecanica/Cinematica/mc.php>. Citado na página 3.

SOFISICA. Pêndulo Simples. 2017. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/


conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php>. Citado 2 vezes nas páginas 5 e 6.

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