Amado Batista

Separação

Já faz muitos anos que nos separamos

Mas só nós dois sabemos
O quanto nos amamos
Você não teve juízo
Na solidão me deixou
Mas já fiquei sabendo
Que quando me viu, chorou

Como posso me acostumar?

Te ver como novo amor
Sei que quando vai dormir, abraçando outro corpo
Em vão tentar esquecer
Nossos beijos, nossas bocas murmurando no silêncio
Isso é o que me faz sofrer

Acordei de madrugada
Pensativo a olhar
Nossas coisas desprezadas
Que você deixou de amar
Suas roupas tão bonitas
Que só me faz recordar
E o cheiro do seu perfume
Que ainda está no ar

Se um dia se arrepender
De tudo o que fez comigo
Volte, pois a casa é sua
Tens aqui paz e abrigo
Vou ficando por aqui
Por você a esperar
Quero sentir a alegria
Se um dia você voltar

Nem que as pessoas sejam contra

Nem que o mundo diga não
Vou tentando aproximar-me
Nem que seja ilusão
Depois de tanto tempo juntos
E tanto tempo separados
O inocente está pagando
Pelo que fizemos de errado

Acordei de madrugada
Pensativo ao olhar
Nossas coisas desprezadas
Que você deixou de amar
Suas roupas tão bonitas
Que só me faz recordar
E o cheiro do seu perfume
Que ainda está no ar

Acordei de madrugada
Pensativo ao olhar
Nossas coisas desprezadas
Que você deixou de amar
Suas roupas tão bonitas
Que só me faz recordar
E o cheiro do seu perfume
Que ainda está no ar

Mulher Danada
Amado Batista
Eu digo não, outra vez não
E ou lhe tirar da minha vida
Nunca mais quero te ver
Meu coração perde a razão
E uma força estranha
Me arrasta e me leva pra você

Então você me domina

E manda em mim
Suga minha boca
Me olhando assim
Outra vez me entrego
Na vontade louca
Sou um refém nos seus braços
Faz o que bem quer
Na prelibar é super-mulher
Outra vez me vence
Tiro a minha roupa

Lençóis amassados
Roupa pelo chão
Ela manda no meu coração
Que mulher danada
Eu não resistí
E outra vez com ela eu saí

Musa Inspiradora
Foi pensando em nosso amor
Que eu fiz esta canção
Foi olhando em teu olhar
Que me veio inspiração
Em você eu vejo a paz
Que eu preciso pra viver
E nem um mortal
Vai ter o poder
De te afastar de mim

Ninguém pode definir

O que é um coração
Nem tão pouco reprimir
Pois ele sempre tem razão
Se o tempo interferir
E fizer separação
Algo vai ficar
Pra nos machucar
Nos versos desta canção

Monotonia
Amado Batista
Onde está aquele amor
Que nasceu em nós
O que aconteceu com ele
Morreu de repente

Nossos beijos já não tem

O mesmo sabor
E o nosso amor acontece
Como um caso qualquer, tão de repente

Não sentimos mais prazer, e fingimos sentir

Quando o coração não quer, não adianta
Nossos pensamentos voam, buscam outras emoções
O tempo passa e nós dois, mergulhados nas mentiras, ilhados de solidão

É o fim
Desta nossa fantasia
Quero ter um novo dia
Sentir no peito o verdadeiro amor
Se em nós
Tudo é monotonia
Vamos tentar nos achar
Em outros corações

Casamento Forçado
Amado Batista

Me uni a alguém que eu não queria

Forçado pelas leis e a família
Me arrependo tanto, tanto do que fiz
Se houvesse outra vida eu queria

Pra poder viver de novo consciente

Ter a vida um pouco livre, independente
Escolher tudo, tudo o que eu quis
Ser um homem, ser maduro e ser feliz

Este casamento imundo

E sujo
Que acabou de vez
Este sentimento inútil
Não quero
Pra nenhum de vocês

Estou livre, a liberdade chegou

E aquele tempo de tortura terminou
E o sorriso amarelo que eu tinha
Ficou bonito e hoje está de outra cor

E lembrando aquela vida desgraçada

É que prefiro ficar mesmo assim sem nada
Eu não arrisco outra vida de casado
Melhor sozinho do que mal acompanhado

Este casamento imundo

E sujo
Que acabou de vez
Este sentimento inútil
Não quero
Pra nenhum de vocês
Hospício

Amado Batista

Nós precisamos entrar num acordo

Chega de brigar

Porque do jeito que as coisas vão indo

A vida não dá

Alguma coisa terá que ser feita

Para o bem de nós dois

Se não a gente ainda acaba num hospício

E nossos filhos vão depois

Se não a gente ainda acaba num hospício

E nossos filhos vão depois

A cada dia que passa eu me agarro

Naquela ilusão
De que um dia possamos sair

Dessa vida de cão

Vamos parar com esta guerra que aos poucos

está matando nós dois

Se não a gente ainda acaba num hospício

E nossos filhos vão depois

Se não a gente ainda acaba num hospício

E nossos filhos vão depois