Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
0
A p ro va do s R e p ro va do s
Qui-quadrado= 0.5557 Coeficiente de Contingência: 0.1315 p= 0.46
Fischer:
S in tese S iláb ic a (S S )
16 15 15 A literação (A )
14
14
12 12
12
12
10
10
Feminino 8
8 F e m in ino
Masculino
M a s cu lin o
6
6
4 4
3 3
2 2
0 0
0 0
A pro vados R ep rov ad os A p ro v a d o s R e p ro v a d os
Figura 1 - Distribuição dos resultados do teste de Síntese Silábica Figura 4 - Distribuição dos resultados do teste de Aliteração
M a nipulaçã o S ilábica (M S )
No teste seguinte as crianças deveriam separar
16
a palavra falada pelo aplicador nas suas sílabas com- 14
14
ponentes. Todas as crianças foram aprovadas neste
teste (Figura 5). 12
10
10
F em in in o
S e g m e n ta ç ã o S ilá b ic a (S g S ) 8
M as cu lino
16 6
15 15 5
14 4
12 2 1
10 0
F em in ino A prova do s R eprov ad os
8 M a sculin o Qui-quadrado= 3.33 Coeficiente de Contingência: 0.3162 p= 0.06
6 Fischer:p= 0.08
4
Figura 7 - Distribuição dos resultados do teste de Manipulação
Silábica
2
0 0
0
A p ro v a d o s R e p ro v a d o s
No teste de manipulação fonêmica, no qual a cri-
Figura 5 - Distribuição dos resultados do teste de Segmentação ança deveria adicionar e subtrair fonemas de pala-
Silábica vras, dizendo qual palavra a formada, apenas três cri-
anças passaram no teste, sendo duas do gênero fe-
minino. Não houve qualquer correlação entre o gêne-
No teste de Segmentação Fonêmica, as crian-
ro e passar no teste (Figura 8).
ças deveriam separar a palavra falada pelo aplicador
A maioria das crianças passou no teste de trans-
em seus fonemas componentes. Nenhuma das cri-
posição silábica (18), sendo 8 do gênero feminino
anças passou no teste (Figura 6).
(Figura 9). Também não houve correlação entre o gê-
nero e o teste de transposição silábica.
S e g m e n ta ç ã o F o n ê m ic a (S g F )
M a n ip u la ç ã o F o n ê m ic a (M F )
16 15 15 16
14
14 14 13
12 12
10 10
F em in ino Fem in in o
8 8
M a sculin o M a scu lino
6 6
4 4
2
2 2 1
0 0
0 0
A p ro v a d o s R e p ro v a d o s A p ro v a d o s R e p ro v a d o s
Figura 6 - Distribuição dos resultados do teste de Segmentação
Qui-quadrado= 0.3704 Coeficiente de Contingência: 0.1104 p= 0.54
Fonêmica Fischer: p=0.5
Todas as crianças foram reprovadas no teste de síntese fonênica, pois a consciência fonêmica é a
transposição fonêmica, no qual a criança deveria in- tarefa de maior complexidade porque é necessário
verter os fonemas de palavras dizendo qual a palavra que a criança compreenda que as palavras são for-
formada (Figura 10). madas por estruturas mínimas que podem ser seg-
mentadas, aglutinadas, subtraídas, acrescentadas e
Tra n sp os iç ã o F o n ê m ic a (T F )
recombinadas para posteriormente serem transcritas
16 15 15
foneticamente 1,11,12.
14 Para a aquisição da consciência fonêmica, sendo
12
as atividades desse conceito consideradas as mais
10
complexas, seria necessária a aquisição do código
Fe m inino
escrito do sistema alfabético 2,12. Em função da idade
8
M a sculino
das crianças ser entre 5 e 6 anos, as mesmas não
6
demonstraram domínio nesses níveis elevados de cons-
4
ciência fonológica e isso se refere ao fato de essas
2 crianças ainda não estarem alfabetizadas.
0 0
0 Acreditamos que a avaliação da consciência
A p ro v a d o s R e p ro v a d o s
fonológica é muito importante para detectar precoce-
Figura 10 - Distribuição dos resultados do teste de Transposição mente déficits fonológicos e prever o sucesso do pro-
Fonêmica cesso de aquisição de leitura e escrita. Também apon-
tam diretrizes para a educação fornecendo subsídios
seguros para orientação de pais e professores em
geral.
■ DISCUSSÃO A possibilidade de exploração de tais aspectos
com maior profundidade reside na ampliação da
Ressaltamos os sub-testes de síntese silábica e amostra estudada.
segmentação silábica, nos quais ambos os gêneros
alcançam 100% de acerto. A habilidade em análise ■ CONCLUSÃO
silábica surge entre os quatro e cinco anos de idade.
Alguns autores relatam que o sub-teste de síntese A partir dos resultados obtidos, conclui-se que não
silábica seria o de mais fácil execução, sendo o pri- há diferença significativa em habilidade de consciên-
meiro a ser adquirido por ser composto por silabas, cia fonológica das meninas em relação aos meninos.
já que a silaba é considerada como a menor unidade Porém, deve ser levado em consideração o teste
natural de segmentação da fala 6. de manipulação silábica, no qual, as meninas tiveram
Os menores escores foram nos sub-testes de um melhor desempenho considerado significativo.
ABSTRACT
Purpose: to compare children of both male and female gender to confirm the hypothesis of a better
ability performance of phonological awareness in girls. Methods: a Test of Phonological Awareness
(PCF) that was proposed by Capovilla and Capovilla was applied to 30 children, 15 boys and 15 girls,
ranging between five and six years old. Results: with the analysis of the results, the hipothesis was not
confirmed. Conclusion: there were no significant differences between boys and girls.
KEYWORDS: Language development; Child development; Education; Learning; Child; Male; Female
4. Salles JF, Mota HB, Cechella C, Parente MAMP. 9. Valett ER. Fatores neuropsicológicos críticos. In:
Desenvolvimento da consciência fonológica de Vallet ER. Dislexia: uma abordagem
crianças de primeira e segunda séries. Pró-fono. neuropsicológica para a educação de crianças
1999; 11(2):68-76. com graves desordens de leitura. São Paulo:
5. Rego LLB, Buarque LL. Consciência sintática, Manole; 1990. p.11-7.
consciência fonológica e aquisição de regras or- 10. Sabbatini R. Existem diferenças cerebrais entre
tográficas. Psicol Reflex Crit. 1997;10(2):199- homens e as mulheres? Rev Cerebro Mente [pe-
217. riódico na Internet]. 2000 Out/Dez [citado 2001
6. Capovilla AGS, Capovilla FC. Efeitos do treino Set 11]; 3(11) [cerca de 3p.]. Disponível em:
de consciência fonológica em crianças com bai- http//www.epub.org.br/cm/n11/mente/eisntein/
xo nível sócio-econômico. Psicol Reflex Crit. cerebro-homens-p.
2000;13(1):7-24. 11. Shaywitz BA, Shaywitz SE, Pugh KR, Constable
7. Capovilla AGS, Capovilla FC. Problemas de lei- RT, Skudlarski P, Fullbright RK, et al. Sex
tura e escrita: como identificar, prevenir e reme- differences in the functional organization of the brain
diar numa abordagem fônica. São Paulo: for language. Nature. 1995;373(6515):607-9.
Memnon; 2000. Commented on Nature. 1995;373(6515):561-2.
8. Capellini SA, Ciasca SM. Avaliação da consci- 12. Morales MV, Mota HB, Keske-Soares M.
ência fonológica em crianças com distúrbio es- Habilidades em consciência fonológica em
pecífico de leitura e escrita e distúrbio de apren- crianças com desvios fonológicos. J Bras
dizagem. Temas Desenvolv. 2000;8(48):17-23. Fonoaudiol. 2002;3(10):72-5.