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Aula 05

Português p/ IBGE - 2016 (Técnico em Informações Georgráficas e Estatísticas)

Professor: Fernando Pestana


L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05

AULA 05: Pontuação

Salve, salve!!!

É isso aí, a aula de hoje é Pontuação! Tudo a ver com a aula


passada de Sintaxe. “Ahn?! O Pest enlouqueceu de vez... Desde quando
pontuação tem a ver com sintaxe, Pestana? Eu aprendi, desde criancinha,
que vírgula é uma pausa.” Meu nobre, calma. Vamos falar das duas
coisas, mas especialmente sobre vírgula, a pausa nem é tão importante
assim, mas a sintaxe... tudo a ver. Você vai descobrir ao longo do curso
se estou “viajando” ou não. Relax.

Vou dizer mais! A aula de hoje também tem uma relação muito
grande com a semântica e com o objetivo discursivo do falante. Você já
deve ter ouvido falar que ‘uma vírgula muda tudo’, não é?

Veja a Campanha dos 100 anos da ABI


(Associação Brasileira de Imprensa)

Vírgula, aquele sinal incômodo que às vezes sobra, às vezes falta, e


outras vezes muda o sentido do texto.
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A vírgula pode ser uma pausa... ou não.


Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.


23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.


Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.

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Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Este, juiz, é corrupto.
Este juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.


Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.


Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Isto serve para nos lembrar que vírgula não é problema de gramática,
mas de informação.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Lembre-se: a Pontuação, principalmente a vírgula, está ligada


diretamente ao seu conhecimento de análise sintática. Você precisará
reconhecer o sujeito, o verbo, os complementos e os adjuntos. Precisará
também dominar orações. Não está acreditando ainda? Fique atento!

Veja este link interessante (J) assim que puder:

http://www.mundogump.com.br/as-mais-incriveis-confusoes-causadas-pela-virgula/

Há muitas confusões causadas por esse sinalzinho, não é? Chega de


prosa…

A Vírgula
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Antes de mais nada, sobre vírgula (,), é bom reiterar que seu
conhecimento de sintaxe precisa estar ‘em dia” para que entenda o que
vou dizer agora. Ok?

Existe um livro do sensacional professor Celso Pedro Luft chamado


A Vírgula (é isso mesmo, são mais de 80 páginas só desse assunto).
Basear-me-ei principalmente nele para elucidar as questões pertinentes à
vírgula. Além disso, não posso deixar de consultar outros bons gramáticos
no assunto, como Bechara, Celso Cunha e Sacconi. Conto com a ajuda
também do virtuoso dicionário Michaelis. Você está em boas mãos, meu
nobre!
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Neste livro ele (Luft) diz que a vírgula não tem a ver com prosódia,
mas com sintaxe. Estou insistindo nisso porque logo no início ele diz que
algumas pessoas colocam vírgulas por causa de pausas feitas na fala. A
vírgula, na escrita, não necessariamente é uma pausa na fala, tampouco
é usada para pausar quando se lê um trecho virgulado.

Assim, vale dizer que o importante é, primeiro, saber em que


situações gerais não se usa a vírgula. Perceba que vou falar de sintaxe
agora (especificamente de sujeito, verbo, complemento e adjunto
adverbial (ordem direta)). Há algumas regras gerais que informam:

A vírgula não pode ser usada entre o Sujeito (S) e logo após seu
Verbo (V)

Todos os alunos do site Estratégia Concursos, entenderam a explicação.

Obs.:

1- Em orações substantivas com função de sujeito iniciadas por QUEM, a vírgula entre tal
oração e o verbo da principal é facultativa, segundo alguns autores: “Quem lê sabe
mais” ou “Quem lê, sabe mais”.

A vírgula não pode ser usada entre o Verbo (V) e logo após seu
complemento (C) (objeto direto, indireto (em forma de oração,
inclusive) e o predicativo do sujeito)

Os alunos entenderam, toda aquela explicação do professor sobre vírgula.

Os alunos precisam, de uma explicação detalhada sobre vírgula.

Os alunos entenderam, que precisam estudar bem a vírgula.

Os alunos precisam de, que os professores os ajudem.


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Os alunos ficaram, satisfeitos com a explicação.

Obs.:

1- Alguns verbos de ligação que se tornam intransitivos, quando vêm acompanhados de


adjunto adverbial de lugar, não são separados por vírgula deste adjunto: “Os alunos
ficaram, em casa” (errado) / “Os alunos ficaram em casa” (certo). Por motivo de ênfase,
pode-se colocar a vírgula.

2- Se o complemento vier deslocado da sua posição original, a vírgula deverá ser


colocada: “Toda aquela explicação do professor sobre vírgula, os alunos entenderam” /
“De uma explicação detalhada sobre vírgula, os alunos precisam” / “Satisfeitos com a
explicação, os alunos ficaram.”

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A vírgula é facultativa entre o complemento de um verbo (C) e
logo após um adjunto adverbial (ADV)

“Nossos alunos ficaram exercitando questões de vírgula, ontem à noite”


ou “Nossos alunos ficaram exercitando questões de vírgula ontem à
noite”.

Obs.:

1- Um advérbio só, como o não ou o nunca antes do verbo, jamais é separado por
vírgula: Eu não vou mais errar esta questão. / Nunca errarei esta questão.

2- Se o adjunto adverbial de curta extensão (normalmente uma ou duas palavras)


estiver deslocado em qualquer posição na frase, a vírgula será facultativa também: “De
fato estes alunos são mais interessados” ou “De fato, estes alunos são mais
interessados”. Celso Cunha diz que a vírgula é facultativa entre o adjunto adverbial
(mesmo não sendo de curta extensão) no início da oração e logo após o verbo: “Por
cima daquele prédio(,) formavam-se muitas nuvens”. Esta questão de curta ou longa
extensão às vezes é subjetiva.

A vírgula não pode ser usada entre o núcleo do sujeito (NS) e


algum complemento nominal (CN) ou adjunto adnominal (ADN)
ligado a ele

Todos os alunos, do site Estratégia Concursos entenderam a explicação.

A vírgula não pode ser usada entre o núcleo do objeto (NO) e


algum complemento nominal (CN) ou adjunto adnominal (ADN)
ligado a ele

Convidamos todos os alunos, do site Estratégia Concursos para a festa.

A vírgula não pode ser usada entre a locução verbal de voz


passiva (LVP) e o agente da passiva (AGP)

Todos os alunos foram convidados, pelo site Estratégia para a festa.


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Resumindo, na ordem direta, não se pode usar vírgula nestes casos


principais:

1) S, V
2) V, C
3) NS, CN ou NS, ADN
4) NO, CN ou NO, ADN
5) LVP, AGP

Normalmente as questões de concursos relativas à vírgula tratam


do que eu acabei de falar. As pontuações erradas acima são bizarrices de
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grande porte! Se aparecer isso na prova — atenção! — não titubeie,
acerte e seja feliz!

“Pestana, e se houver um termo ou uma oração intercalada entre o


sujeito e o verbo, ou entre o verbo e o complemento, ou entre o
complemento e o adjunto adverbial? Como fica a posição da vírgula?”
Bem, normalmente as vírgulas são colocadas entre termos que
interrompem a estrutura S V C A. Exemplo:

Sujeito , ... , Verbo + Complemento + Adjunto Adverbial

O professor do Estratégia, Fernando Pestana, ministra aulas de Português

Estamos diante de um aposto explicativo.

Sujeito + Verbo , ... , Complemento + Adjunto Adverbial

Eu estudei, Pestana, toda a aula ontem, ok?

Estamos diante de um vocativo.

Sujeito + Verbo + Complemento , ... , Adjunto Adverbial

O professor explicou Português, que é minha matéria preferida, ontem.

Estamos diante de uma oração subordinada adjetiva explicativa.

E se o adjunto adverbial estiver antes do sujeito, entre o sujeito e o


verbo ou entre o verbo e seu complemento, dependendo de sua extensão
(como já vimos na obs. 2 da página 4), a vírgula poderá ser usada
assim:

Adjunto adverbial, Sujeito + Verbo + Complemento


Sujeito, Adjunto Adverbial, Verbo + Complemento
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Sujeito + Verbo, Adjunto Adverbial, Complemento

Bem, se você compreender todas as informações anteriores, terá


“meio caminho andado”, pois tais questões são recorrentes na sua prova.

Há outras virgulações certamente. Vejamos as vírgulas que são


usadas dentro do período simples e dentro do período composto.

A Vírgula dentro do Período Simples

Alguns exemplos foram retirados do Manual de Redação da Presidência da


República.

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· separa termos de mesma função sintática; enumeração

Ex.: Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a


serem observadas na redação oficial.

Devemos observar a simplicidade, a clareza, a objetividade, a


concisão na redação oficial.

· separa aposto explicativo

Ex.: Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.

Obs.: Nós ocidentais somos capitalistas ou Nós, ocidentais, somos


capitalistas. (Vírgulas facultativas).

· separa vocativo

Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de votar.

· separa predicativos do sujeito deslocados

Ex.: Sereno e tranquilo, o condenado esperava sua morte.

O condenado, sereno e tranquilo, esperava sua morte.

Obs.: Por uma questão estética ou de clareza de pensamento, a pausa marcada pela
vírgula antes de um predicativo do sujeito em sua posição original, ou seja, após o
verbo, é conveniente: “Minha filha passou em um grande concurso, avessa a todas as
palavras derrotistas”.

· separa termos (objeto direto ou indireto, normalmente)


deslocados de sua posição normal na oração

Ex.: As explicações, o professor procurou lhes dar?


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Obs.: Se o objeto estiver no início da oração e vier depois um objeto pleonástico, a


vírgula pode não figurar: Aos amigos(,) ninguém lhes dá a devida atenção.

· separa termos repetidos

Ex.: Aquele aluno era esforçado, esforçado.

Ele estava cansado, cansado de dar dó.

· separa os adjuntos adverbiais (vírgula facultativa)

Ex.: A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.


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Os clientes serão atendidos, das oito às duas, pelo próprio
gerente.

· separa as expressões explicativas, retificativas, concessivas,


etc., como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com efeito,
data vênia, digo...”

Ex.: O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
ou seja, de fácil compreensão.

As Nações Unidas decidiram intervir no conflito, ou melhor,


iniciaram as tratativas de paz.

A Vírgula dentro do Período Composto

· marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complementos)

Ex.: O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os


particulares. (A vírgula indica a elipse do verbo regulamenta.)

Em 1994, Romário ganhou a Copa do Mundo; em 2002,


Ronaldo. (em 2002, Ronaldo ganhou a Copa do Mundo)

· separa orações coordenadas assindéticas

Ex.: Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as


ideias na cabeça...

· não separa as orações coordenadas sindéticas aditivas (se a


conjunção e ligar orações com sujeitos diferentes, a vírgula é
normalmente considerada obrigatória)
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Ex.: Muitos policiais estão envolvidos em corrupção e continuam a


se envolver cada vez mais.

Muitos policiais estão envolvidos em corrupção, e os políticos


não deixam para menos.
Obs.:

1- Neste último exemplo, alguns gramáticos, incluindo Bechara, dizem que a vírgula é
facultativa: “Muitos policiais estão envolvidos em corrupção(,) e os políticos não
deixam para menos”. Digo mais, se o ‘e’ ligar 1) orações com sujeitos diferentes ou 2)
uma oração com sujeito e uma oração sem sujeito, a vírgula é facultativa. Isso também
vale para a oração aditiva iniciada pelo ‘nem’.

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2- O e com valor adversativo (=mas) e conclusivo/consecutivo (=portanto) são
separados por vírgula, segundo muitos gramáticos: “Ele sempre chega atrasado, e
nunca leva bronca do patrão.” / “Ela foi prorrogada, e não anulada.” / Eles violaram a
lei, e foram presos.

3- Se tal conjunção vier repetida (polissíndeto), a vírgula é obrigatória: “Muitos policiais


estão envolvidos em corrupção, e tramas obscuras, e conluios, e todo tipo de intrigas
escusas”. Qualquer polissíndeto vem separado por vírgula: “João, ou Maria, ou Pedro,
ou José são personagens bíblicos.” A vírgula antes do e pode realçar o sentido da frase
que vem após ela: “Fiz, e faria de novo!”

4- Quando elementos que têm mesma função sintática aparecem unidos pelas
conjunções e, nem e ou, não se usa vírgulas, a não ser que as conjunções apareçam
repetidas: “Tenho muito cuidado com meus filhos e filhas” / “Ou você, ou sua esposa
deve comparecer à reunião de pais.”

5- Alguns gramáticos, em seus exemplos de oração coordenada sindética aditiva com


“não só... mas também”, separam por vírgula: “Não só trabalho de manhã e à tarde,
mas também estudo à noite.” Mas isso é controverso, logo podemos dizer que faculta.

6- A conjunção e pode vir entre vírgulas se as vírgulas forem usadas para outras
estruturas na oração: A casa, muito antiga, e, além dela, o edifício, moderníssimo,
formavam visível contraste. (as duas primeiras vírgulas são para o predicativo do sujeito
deslocado; a terceira e a quarta vírgula são usadas para a expressão intercalada; as
duas últimas separam o predicativo do sujeito)

· separa as orações coordenadas sindéticas adversativas

Ex.: O dono de uma empresa demitiu 60% dos empregados, mas


se arrependeu dias depois.

Obs.:

1- O mas nunca pode ser deslocado na oração, mas as outras conjunções adversativas
(porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante...), quando deslocadas
por qualquer parte da oração, são separadas por vírgula: “A maioria das pessoas julgam
indiscriminadamente; eu, porém, não o faço (eu não o faço, porém)”

2- Apesar de, em autores (de literatura) modernos, encontrarmos orações coordenadas


sindéticas adversativas iniciadas pelo mas sem que esteja antecedido de vírgula, a regra
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gramatical unânime diz que a vírgula é obrigatória. Veja isto:

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

ABL RESPONDE

Pergunta: Bem, desejo saber uma coisa: a vírgula antes da conjunção MAS iniciando
oração coordenada sindética adversativa é facultativa ou obrigatória? É assim: João foi,
mas não voltou? Pode ser assim: João foi mas não voltou? Aguardo ansioso!

Resposta: Prezado, a conjunção adversativa mas deve ser antecedida por vírgula.

Academia Brasileira de Letras - Todos os direitos reservados

3- Ressalto que entre dois termos (de valor adjetivo) da frase, a vírgula não é
obrigatória. Tal exemplo se vê apresentado por Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova
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Gramática do Português Contemporâneo: “Uma luz bruxuleante mas teimosa continuava
a brilhar nos seus olhos”.

· separa as orações coordenadas sindéticas alternativas (com


ou... ou, ora... ora, quer... quer)

Ex.: Ora ele procura resolver algumas situações com paciência, ora
decide fazer justamente o avesso.

· separa as orações coordenadas sindéticas conclusivas

Ex.: Os atores fizeram um grande espetáculo, por isso toda a


plateia os aplaudiu efusivamente.

Obs.: As conjunções coordenativas conclusivas, se deslocadas para qualquer parte da


oração, são separadas por vírgula sempre: “Os atores fizeram um grande espetáculo;
toda a plateia, portanto, os aplaudiu efusivamente (toda a plateia os aplaudiu
efusivamente, portanto).”

· separa as orações coordenadas sindéticas explicativas

Ex.: Devo buscar mais informações, pois a vida me exige isso.

Obs.: O pois deslocado (após o verbo) e entre vírgulas é conclusivo: “Esse assunto não
tem importância; devemos, pois, retirá-lo da pauta”.

· separa as orações subordinadas substantivas deslocadas


(facultativa)

Ex.: Que vocês estudam a Língua Portuguesa(,) todos já sabemos.

Obs.: As orações subordinadas substantivas apositivas podem ser separadas por vírgula:
“Dos alunos eu só quero isto, que eles estudem mais.”

· separa as orações subordinadas adjetivas explicativas


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Ex.: O homem, que é razoável, saberá evitar uma terceira guerra.

Obs.:

1- Esta frase significa que todo homem é razoável, e, por essa razão, saberá evitar uma
terceira guerra. Caso retirássemos as vírgulas, estaríamos afirmando que nem todos os
homens são razoáveis a ponto de saber evitar uma terceira guerra, mas somente
aqueles que são razoáveis saberão evitar uma terceira guerra.

2- As orações subordinadas adjetivas restritivas não são separadas por vírgula, mas
alguns gramáticos (como Bechara) dizem que uma vírgula pode vir no fim dessa oração,
principalmente quando os verbos das orações do período estão próximos: “O sol que
através das folhas se filtra(,) desenha no ar colunas amarelas de poeira.”

· separa as orações subordinadas adverbiais

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Ex.: Quando comprei o material, gostei muito.

Obs.: Quando ela vem depois da principal, a vírgula é facultativa para muitos
gramáticos: Gostei muito (,) quando comprei o material.

· orações intercaladas

Ex.: Você, apesar de ser melancólico, me diverte.

O mercado financeiro, creio eu, deve beneficiar os pobres.

· separa orações reduzidas de gerúndio, particípio ou infinitivo

Ex.: Chegando a carta, avise-me.

Terminada a palestra, rompeu com risos e aplausos.

Ele, antes de ser homem, foi uma criança.

Situações extras

· isola o nome do lugar nas datas

Ex.: Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.

· separa o paralelismo de provérbios

Ex.: Ladrão de tostão, ladrão de milhão.

Casa de ferreiro, espeto de pau.

· após a saudação em correspondência (social e comercial)

Ex.: Com muito amor,

Respeitosamente, (...)
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· a vírgula antes do etc. é controversa, mas a maioria dos gramáticos


sugere o seu uso

Ex.: Eu adquiri um livro, um cd, um computador(,) etc.

· depois do sim ou do não usados em respostas, segundo a maioria dos


gramáticos

Ex.: Sim, senhor! Não, senhor!

· facultativa quando uma conjunção inicia um período

Ex.: Você deve estudar. No entanto(,) não exagere.

· Antes de como abrindo uma enumeração, explicação ou exemplificação


(equivalendo a ‘por exemplo’)
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Ex.: O Rio de Janeiro sempre lançou excelentes jogadores, como (por exemplo)
Zico, Romário e Ronaldo.

Há mais o que dizer, amigos... Vamos nessa! E essa vírgula


anterior, antes de ‘amigos’? Pense! Por que seu uso? :)

O Ponto e vírgula

O ponto e vírgula (;) é usado para marcar uma pausa maior do que
a da vírgula. Seu objetivo é colaborar com a clareza do texto — pouco
usado hoje em dia, mas frequente nos concursos. Por isso fique esperto!

Não há mistérios; entenda quando se deve usar (percebeu que eu


usei um agora?). O ponto e vírgula serve para:

· separar orações coordenadas assindéticas, normalmente


entre trechos já separados por vírgula

Ex.: Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e


alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.

· separar vários itens de uma enumeração (frequente em leis)

Ex.: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na


escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
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IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;


(...)
(Constituição da República Federativa do Brasil)

· separar orações coordenadas cuja conjunção ‘implícita’ é


facilmente percebida

Ex.: Comeu muito na festa, exageradamente; não conseguiu ir à


aula de hoje. (= Comeu muito na festa, exageradamente, por
isso não conseguiu ir à aula hoje.)

· separar orações coordenadas adversativas e conclusivas com


conectivo deslocado (ou não)

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Ex.: Ficarei com ela; (porém) não posso, porém, pagá-la à vista.

Vencemos; fiquemos, pois, felizes com nossa conquista!

Os Dois-pontos

Os dois-pontos (:) marcam uma supressão de voz em frase ainda


não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado para:

· abrir uma citação (discurso direto)

Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um homem mais pelas


suas perguntas que pelas respostas.”

· abrir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou


uma oração subordinada substantiva apositiva

Ex.: Amanda tinha conseguido finalmente realizar seu maior


propósito: seduzir Pedro, que, por sua vez, amara duas
pessoas: Magda e Luana.

Em nosso meio há bons profissionais: professores, jornalistas,


médicos...

· abrir uma explicação após as expressões ‘por exemplo, isto


é, ou seja, a saber, como’, etc.

Ex.: Adquirimos várias aulas, a saber: a do Pestana, a do Heber, a


do Fabiano, etc.

· marcar uma pausa entre orações coordenadas (normalmente


a relação semântica entre elas é de oposição, explicação ou
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consequência)

Ex.: Ele já leu muitos livros: é um homem considerado culto.

Há certas pessoas muito generosas: visam a uma rápida


ascensão.

Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com cautela.

· marcar a invocação em correspondências

Ex.: Prezados senhores:


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Importante: só há letra maiúscula após os dois-pontos se a palavra for uma expressão
em que se exija a letra maiúscula, como topônimos, antropônimos, siglas, etc.; em
citações também a letra maiúscula pode vir após os dois-pontos; ainda é usada a letra
maiúscula após ‘nota:’ ou ‘obs.:’.

O Ponto

Emprega-se o ponto (.), basicamente, para indicar o fim de uma


frase declarativa de um período simples ou composto. Pode substituir a
vírgula quando o autor quer realçar, enfatizar o que vem após.

Ex.: Posso ouvir o vento assoprar com força. (,) Derrubando tudo!

Como não posso ser o vento, serei só o pensamento.

O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas: fev. =


fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia, etc. = et caetera.

O ponto do etc. também termina o período, logo não pode haver


isto: etc.. (absurdo também é usar etc. seguido de reticências, etc...).

Chama-se ponto parágrafo aquele que encerra um período e se


segue outro período em linha diferente, como é o caso do último ponto
depois do parêntese acima. Este último ponto agora (antes do ‘este’) é
chamado de continuativo, pois se segue outro período no mesmo
parágrafo. Ponto final é este que virá agora.

O Ponto de interrogação

O ponto de interrogação (?) marca uma entoação ascendente


(elevação da voz) com tom questionador. Usa-se nestes casos:
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· frase interrogativa direta

Ex.: O que você faria se só te restasse um dia?

· entre parênteses para indicar incerteza sobre o que se disse

Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho que havia


palavra melhor naquele contexto (?).

· junto de exclamação para denotar surpresa, admiração, etc.

Ex.: Você não conseguiu chegar ao local de prova?! (ou !?)

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· em interrogações retóricas (sentença que é uma


interrogação na forma, mas que expressa uma afirmação ou
gera uma reflexão com resposta subentendida)

Ex.: E o que tenho eu com isso?

Pessoas morrem de fome de 5 em 5 segundos no mundo.


Jogaremos comida fora à toa?

Hoje em dia, nos concursos, é muito recorrente questões sobre o objetivo


discursivo desse ponto, como estratégia argumentativa do autor do texto.
Um dos objetivos principais é provocar, aguçar a reflexão do leitor!

O Ponto de exclamação

O ponto de exclamação (!) é empregado para marcar o fim de


qualquer frase com entonação exclamativa. Tal ponto

· normalmente exprime admiração, surpresa, assombro,


indignação, ordem, etc.

Ex.: Coitada dessa menina! / Que linda mulher! / Saia daqui!

· vem após as interjeições usualmente

Ex.: Nossa! Deus do céu! Como não vimos isso antes? Oh! Isso é
fantástico!

· é usado para substituir as vírgulas em vocativos enfáticos

Ex.: Fernando José! onde estava até esta hora!?


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· é repetido (duas ou mais vezes) quando a intenção é marcar


uma ênfase, uma intensidade na voz, uma altissonância.

Ex.: Neymar driblou um, driblou dois, ficou de cara para o gol e...
perdeu!!! Inacreditável Futebol Clube!

O Travessão

O travessão (—) é um sinal bastante usado na narração, na


descrição, na dissertação e no diálogo, portanto, figura repetida em
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qualquer prova; é um instrumento eficaz em uma redação. Pode vir em
dupla se vier intercalado na frase. Veja seus usos:

· indica a mudança de interlocutor no diálogo (discurso direto)

Ex.: — Que gente é aquela, seu Alberto?


— São japoneses.
— Japoneses? E... é gente como nós?
— É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles
são amarelos.
— Mas então não são índios?
(Ferreira de Castro)

· coloca em relevo certos termos, expressões ou orações;


substitui nestes casos a vírgula ou os dois-pontos

Ex.: Maria José sempre muito generosa — sem ser artificial ou


piegas — a perdoou sem restrições. (oração adverbial modal)

Um grupo de turistas estrangeiros — todos muito ruidosos —


invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados.
(predicativo do sujeito)

Os alunos — amigos meus do site Estratégia Concursos — vão


passar este ano. (aposto explicativo)

Só não se inventou a máquina de fazer versos — já havia o


poeta parnasiano. (orações coordenadas assindéticas
(conectivo implícito))

A decisão do ministério foi a seguinte — que todos se unissem


contra o mosquito transmissor da dengue. (oração substantiva
apositiva)

O Brasil — que é o maior país da América do Sul — tem


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milhões de analfabetos. (oração adjetiva explicativa)

Meninos — pediu ela — vão lavar as mãos, que vamos jantar.


(oração intercalada)

Ela é linda — linda! (travessão usado como mero realce)

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A vírgula pode vir após um travessão se houver necessidade dela. Em outras
palavras, toda vez que vier uma questão trabalhando travessões intercalados e
vírgula após eles, por favor, faça o seguinte: ignore a existência dos travessões e do
que está dentro dele, ok? Se houver necessidade de vírgula, use-a após o último
travessão. Veja um exemplo:
Quando João a viu chorando — ele lamentou muito tal fato, pois a amava —,
não conseguiu conter seu próprio choro.

Se você ignorar os travessões e a oração interferente dentro deles, o período ficará


assim:
Quando João a viu chorando, não conseguiu conter seu próprio choro.

Esta vírgula aí está, pois a primeira oração é uma subordinada adverbial iniciando
período (sempre separada por vírgula, portanto). Tal regrinha vale também para os
parênteses, ou seja:
Quando João a viu chorando (ele lamentou muito tal fato, pois a amava),
não conseguiu conter seu próprio choro.

Veja outro exemplo, com vocativo: “Pestana — chamou o diretor —, precisamos


conversar.”

Os Parênteses

Os parênteses ( ), muito semelhantes aos travessões e às vírgulas,


são empregados para:

· colocar em relevo certos termos, expressões ou orações;


substitui nestes casos a vírgula ou os travessões

Ex.: Maria José, sempre muito generosa (sem ser artificial ou


piegas), perdoou-a sem restrições. — oração adverbial modal

Um grupo de turistas estrangeiros (todos muito ruidosos)


invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados. —
60043761321

predicativo do sujeito

Os alunos (amigos meus do site Estratégia Concursos) vão


passar este ano. — aposto explicativo

O Brasil (que é o maior país da América do Sul) tem milhões


de analfabetos. — oração adjetiva explicativa

Meninos (pediu ela) vão lavar as mãos, que vamos jantar. —


oração intercalada
L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
· incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de
publicação, página, etc.):

Ex.: Mattoso Câmara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos


da gramática e os registros dos dicionários são discutíveis:
consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o
que poderia, de preferência, ser posto de lado.

· indicar marcações cênicas numa peça de teatro

Ex.: Abelardo I — Que fim levou o americano?

João — Decerto caiu no copo de uísque!

Abelardo I — Vou salvá-lo. Até já! (sai pela direita)

Os colchetes ( [ ] ) fazem o mesmo papel dos parênteses, porém


são mais usados na Matemática.

As Aspas

As aspas (“ ”) duplas e simples (‘ ’), segundo o conceituado doutor em


Letras da UERJ José Carlos de Azeredo, são empregadas igualmente; as
simples, porém, são usadas comumente em citações fragmentadas ou
dentro de citações. Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo
frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:

· antes e depois de citações textuais

Ex.: Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em


uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessitam
para a comunicação cotidiana". (ou ‘o gramático...
60043761321

comunicação cotidiana’).

· para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos,


gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas

Ex.: O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação


de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.
(Veja)

Não me venham com problemática, que tenho


a “solucionática”. (Dadá Maravilha)

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L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que
desejava.

Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd” (Jornal Meia Hora)

Anderson Silva “passou o carro” no adversário.

· para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes


com objetivo irônico ou malicioso

Ex.: Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro.

Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!

Se ela fosse “minha”...

· quando se citam nomes de mídias, livros, etc.

Ex.: Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.

“Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.

Quanto à posição das aspas

Se o fim da citação, assinalado por ponto, ponto de interrogação ou ponto de


exclamação ou reticências coincidir com o término da frase, as aspas são colocadas
após esses pontos; não se usa após isso nenhum sinal de pontuação.

A torcida, aos 45 do segundo tempo, gritou na final entre Brasil e Espanha: “Gol!!!”

Sacconi já acha que é necessária a colocação de um ponto ao fim do período. Logo,


60043761321

a frase acima ficaria: A torcida, aos 45 do segundo tempo, gritou na final entre
Brasil e Espanha: “Gol!!!”.

Quando não fizerem parte da citação, o ponto de interrogação e o ponto de


exclamação deverão vir depois das aspas:

Conheces a famosa frase “Penso, logo existo”?

As Reticências

As reticências (...), também chamadas de pontos suspensivos, são


empregadas para:
L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05

· assinalar interrupção do pensamento

Ex.: — Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência


de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá... (Júlio Dinis)

Quer dizer, então, que você estava pensando que...

· indicar partes que são suprimidas de um texto (pode vir entre


parênteses ou colchetes)

Ex.: O primeiro e crucial problema de linguística geral que


Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem.
Encarava-a como um sistema de signos... (ou (...), ou [...])
Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma
ciência mais geral, a ciência dos signos...
(Mattoso Câmara Jr.)

· para sugerir o prolongamento da fala

Ex.:

60043761321

Saul Garber
Adaptado de FAOZA et al. (org.). Central de tiras.
São Paulo: Via Lettera, 2003.

Percebeu a fala “Mapa Astral...”? Vênus ia acelerado e a lua fez uma


pergunta, só que ele não parou para responder a nada, ele falou
correndo, logo a sua fala fica mais ou menos assim (prosodicamente
falando): “Mapa astraaaaaaaal”. Interessante, não?

· para indicar hesitação, suspense ou breve interrupção de


pensamento

Ex.: Eu não a beijava porque... porque... eu tinha vergonha!

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L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
· para realçar uma palavra ou expressão, normalmente com
malícia, ironia ou outro sentimento

Ex.: Ela é linda... você nem sabe como... (lê-se assim,


prosodicamente: “Ela é liiiiinda... você nem sabe como...”)

Questões com gabarito comentado

Como foi difícil encontrar questões recentes de pontuação...


isso prova que a Cesgranrio quase não se importa com esse
assunto... em comparação com outros, obviamente. Vou
compensar na próxima aula, pois a Cesgranrio adora
Concordância.

Algumas questões foram adaptadas e/ou reformatadas por


razões didáticas! Acrescentei algumas de outra banca semelhante.

CESGRANRIO – CHESF – ADMINISTRAÇÃO – 2012

1
“Hoje, informação é poder.”

No fragmento acima, a vírgula é empregada para separar o adjunto


adverbial de tempo deslocado.

Outro exemplo do texto em que a vírgula é utilizada com a mesma função


encontra-se em:

(A) “nomes e números em profusão, que nos chegam por jornais.”


(B) “O estado de nossas células cerebrais, as nossas emoções.”
(C) “Para quem, como eu, viaja bastante e tem de trabalhar em aviões ou
em hotéis.”
(D) “De repente eu me dava conta de como nossa existência é frágil, de
60043761321

como somos governados pelo acaso e pelo imprevisto.”


(E) “meu palpite é que, no dia do Juízo Final, cada um de nós vai inserir o
pen drive de sua vida no Grande Computador Celestial.”

CESGRANRIO – LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


2012

2
Em “Será árduo garimpar os números da família, amigos, contatos
profissionais.”, as vírgulas são utilizadas para

(A) isolar vocativo


L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
(B) assinalar inversão
(C) destacar conjunção
(D) marcar enumeração
(E) indicar elipse verbal

CESGRANRIO – DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFGO AÉREO –


2012

3
No Texto I, a(s) vírgula(s) está(ão) empregada(s) para isolar o vocativo
no seguinte trecho:

(A) “O encontro, no velho aeroporto,”


(B) “saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos”
(C) “Repousam lembranças, por nós embaladas”
(D) “‘Algo para beber, senhora?’”
(E) “evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de
paraquedas”

CESGRANRIO – TERMOBAHIA – TÉCNICO DE CONTABILIDADE JR.


– 2012

4
No Texto I, em “No fim do ano passado, a população mundial atingiu a
marca de sete bilhões de pessoas”, a vírgula foi utilizada para

(A) separar vocativo


(B) apontar enumeração
(C) intercalar conjunção
(D) marcar inversão
(E) indicar elipse
60043761321

CESGRANRIO – LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO I –


2013

5
Em “Mas alerta que esse prazer é efêmero e pode levar à frustração,
depressão, sensação de vazio.”, as vírgulas foram usadas para separar os
elementos de uma enumeração.

Isso também acontece em:

(A) “De acordo com os pesquisadores americanos, as pessoas mais


consumistas não estão tão preocupadas com o objeto em si que estão
comprando ou planejando comprar.”

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L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
(B) “Os cientistas chamam esse sentimento de economia da ansiedade,
que é muito explorada em várias campanhas publicitárias.”
(C) “Dentre todos os desafios ambientais que enfrentamos hoje, e eles
são muitos, dois se destacam: o crescimento da população e o consumo.”
(D) “Quanto mais gente na terra e mais gente consumindo, mais aumenta
a pressão sobre o aquecimento global, a poluição dos rios, a destruição
das florestas, a pesca descontrolada.”
(E) “Se continuarmos medindo o volume da alegria pelo tamanho do
carrinho de compras, temos poucas chances de chegar a algum lugar.”

CESGRANRIO – BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2013

6
Em que período a vírgula pode ser retirada, mantendo-se o sentido e a
obediência à norma-padrão?

(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino.


(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes?
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara para o
evento.
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramento do
desportista.
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, natação e
canoagem.

CESGRANRIO – IBGE – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO –


2014

7
De acordo com as regras de pontuação da Língua Portuguesa, um dos
empregos da vírgula é a separação de uma expressão ou oração adverbial
antecipada. 60043761321

O trecho do Texto I que exemplifica esse tipo de uso é

(A) “Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o que é


essencial para si.”
(B) “Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de
crédito, móveis”
(C) “quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de
tempo?”
(D) “Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar.”
(E) “Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas
vezes acabamos reféns”
L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
CONSULPLAN – PREF. JAÚ/SP – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
– 2012

8
“Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com
eles.” No trecho anterior, os dois pontos (:) foram utilizados para

(A) finalizar frase declarativa.


(B) realizar questionamento.
(C) dar uma explicação, um esclarecimento.
(D) marcar neologismo.
(E) denotar espanto.

CONSULPLAN – TSE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012

9
Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro em
troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque no sistema
da corrupção o valor da honestidade, que garantiria ao sujeito a sua
autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro. (L. 33 37)

Assinale a alternativa que apresente pontuação para o trecho anterior


igualmente correta.

(A) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar – mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque – no
sistema da corrupção –, o valor da honestidade, que garantiria ao sujeito
a sua autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(B) Se a conduta de praxe seria não, apenas, aceitar, mas exigir dinheiro,
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque no
sistema da corrupção, o valor da honestidade, que garantiria – ao sujeito
– a sua autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(C) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque, no
60043761321

sistema da corrupção, o valor da honestidade – que garantiria ao sujeito a


sua autonomia –, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(D) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar – mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever –, é porque, no
sistema da corrupção, o valor da honestidade – que garantiria ao sujeito a
sua autonomia – foi substituído pela vantagem do dinheiro.

CONSULPLAN – PREF. NOVA IGUAÇU/RJ – ASSISTENTE SOCIAL III


– 2012

10

Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 33


L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
O uso de dois pontos (:) no trecho “O que de certa forma até facilita as
coisas: não se trata de entregar tudo de bom no mundo para eles, mas
apenas de fazer com que eles entreguem ao mundo o melhor em tudo.”
indica

(A) anúncio de um aposto.


(B) inserção de uma enumeração.
(C) explicação da ideia anterior.
(D) pausa maior que a da vírgula.
(E) inserção de uma citação direta.

CONSULPLAN – TRE/MG – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2013

11
Sobre o uso das vírgulas no trecho “A democracia, regime em que a
maioria escolhe os governantes, é também o regime da igualdade...”, é
correto afirmar, mantendo-se a correção de acordo com a norma culta,
que a

(A) substituição da vírgula após “governantes” pelo ponto preserva o


valor semântico e a coerência do período.
(B) inserção do sinal de dois pontos após o termo “democracia” permite a
retirada das vírgulas de todo o período.
(C) retirada da explicação “regime em que a maioria escolhe os
governantes” permite a manutenção da vírgula após o termo
“democracia”.
(D) retirada das vírgulas manteria a coerência textual, enfatizando a
explicação “regime em que a maioria escolhe os governantes”.
(E) substituição pelo duplo travessão manteria a coerência textual
delimitando a explicação “regime em que a maioria escolhe os
governantes”.

CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JR. – 2014


60043761321

12
No seguinte trecho do texto, a vírgula pode ser retirada mantendo-se o
sentido e assegurando-se a norma-padrão:

(A) “cercados de tamareiras, palmeiras” (cercados de tamareiras,


palmeiras e outras árvores de diferentes tipos)
(B) “gramado, uma dezena de galinhas d’angola” (Um casal de pavões se
pavoneava pelo gramado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no
chão, passarinhos iam e vinham)
(C) “o que era, não me chamara a atenção” (enquanto eu não soube o
que era, não me chamara a atenção)
L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
(D) “fotos delas, e postei no Facebook” (Fiz dezenas de fotos delas, e
postei no Facebook, onde causaram sensação)
(E) “Luísa Cortesão, velha amiga portuguesa” (Alguns, como Luísa
Cortesão, velha amiga portuguesa que acompanho desde os tempos do
Fotolog, têm posição radicalmente formada a seu respeito: odeiam)

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADVOGADO JR. – 2015

13
O emprego de duas vírgulas tem, entre outras, a função de isolar
expressões que detalham uma informação anterior, como em “o principal
traço característico do debate público sobre desenvolvimento, seja em
nível local ou global, neste alvorecer do século XXI”. As vírgulas foram
utilizadas com a mesma função em:

(A) “definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que


expressa a essência da presente transformação tecnológica”
(B) “seguem uma lógica técnica e, portanto, neutra e estão fora da
interferência de fatores sociais e políticos”
(C) “fatores sociais preexistentes como a criatividade, o espírito
empreendedor, as condições da pesquisa científica afetam o avanço
tecnológico”
(D) “identificar o papel que essas novas tecnologias podem desempenhar
no processo de desenvolvimento educacional e, isso posto, resolver como
utilizá-las”
(E) “aceleração do processo em direção à educação para todos, ao longo
da vida, com qualidade e garantia de diversidade”

GABARITO COMENTADO

CESGRANRIO – CHESF – ADMINISTRAÇÃO – 2012


60043761321

1
“Hoje, informação é poder.”

No fragmento acima, a vírgula é empregada para separar o adjunto


adverbial de tempo deslocado.

Outro exemplo do texto em que a vírgula é utilizada com a mesma função


encontra-se em:

(A) “nomes e números em profusão, que nos chegam por jornais.”


(B) “O estado de nossas células cerebrais, as nossas emoções.”

Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 33


L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
(C) “Para quem, como eu, viaja bastante e tem de trabalhar em aviões ou
em hotéis.”
(D) “De repente eu me dava conta de como nossa existência é frágil, de
como somos governados pelo acaso e pelo imprevisto.”
(E) “meu palpite é que, no dia do Juízo Final, cada um de nós vai inserir o
pen drive de sua vida no Grande Computador Celestial.”

(A) Separa uma oração adjetiva explicativa.


(B) Separa um aposto explicativo.
(C) Separa uma expressão intercalada
(D) Separa estruturas coordenadas de mesma função sintática.
(E) Separa um adjunto adverbial intercalado.

GABARITO: E.

CESGRANRIO – LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


2012

2
Em “Será árduo garimpar os números da família, amigos, contatos
profissionais.”, as vírgulas são utilizadas para

(A) isolar vocativo


(B) assinalar inversão
(C) destacar conjunção
(D) marcar enumeração
(E) indicar elipse verbal

Separa termos enumerados de mesma função: “Será árduo garimpar 1)


os números da família, 2) amigos, 3) contatos profissionais”.

GABARITO: D.
60043761321

CESGRANRIO – DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFGO AÉREO –


2012

3
No Texto I, a(s) vírgula(s) está(ão) empregada(s) para isolar o vocativo
no seguinte trecho:

(A) “O encontro, no velho aeroporto,”


(B) “saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos”
(C) “Repousam lembranças, por nós embaladas”
(D) “‘Algo para beber, senhora?’”
(E) “evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de
paraquedas”
L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05

O vocativo é um termo que remete a uma segunda pessoa do discurso, a


pessoa com quem se fala. É uma invocação ou um chamamento. Isso só
ocorre em “‘Algo para beber, senhora?’”

GABARITO: D.

CESGRANRIO – TERMOBAHIA – TÉCNICO DE CONTABILIDADE JR.


– 2012

4
No Texto I, em “No fim do ano passado, a população mundial atingiu a
marca de sete bilhões de pessoas”, a vírgula foi utilizada para

(A) separar vocativo


(B) apontar enumeração
(C) intercalar conjunção
(D) marcar inversão
(E) indicar elipse

Observe que o termo antes da vírgula é um adjunto adverbial de tempo


deslocado/invertido, por isso a vírgula foi usada.

GABARITO: D.

CESGRANRIO – LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO I –


2013

5
Em “Mas alerta que esse prazer é efêmero e pode levar à frustração,
depressão, sensação de vazio.”, as vírgulas foram usadas para separar os
elementos de uma enumeração. 60043761321

Isso também acontece em:

(A) “De acordo com os pesquisadores americanos, as pessoas mais


consumistas não estão tão preocupadas com o objeto em si que estão
comprando ou planejando comprar.”
(B) “Os cientistas chamam esse sentimento de economia da ansiedade,
que é muito explorada em várias campanhas publicitárias.”
(C) “Dentre todos os desafios ambientais que enfrentamos hoje, e eles
são muitos, dois se destacam: o crescimento da população e o consumo.”
(D) “Quanto mais gente na terra e mais gente consumindo, mais aumenta
a pressão sobre o aquecimento global, a poluição dos rios, a destruição
das florestas, a pesca descontrolada.”

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L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
(E) “Se continuarmos medindo o volume da alegria pelo tamanho do
carrinho de compras, temos poucas chances de chegar a algum lugar.”

A única enumeração se encontra na letra D: “... mais aumenta 1) a


pressão sobre o aquecimento global, 2) a poluição dos rios, 3) a
destruição das florestas, 4) a pesca descontrolada.”

GABARITO: D.

CESGRANRIO – BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2013

6
Em que período a vírgula pode ser retirada, mantendo-se o sentido e a
obediência à norma-padrão?

(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino.


(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes?
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara para o
evento.
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramento do
desportista.
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, natação e
canoagem.

(A) A vírgula é obrigatória porque separa uma oração subordinada


adverbial deslocada.

(B) Separa um vocativo, logo é obrigatória.

(C) Separa uma oração adjetiva explicativa, logo a vírgula é obrigatória.

(D) Separa um adjunto adverbial de curta extensão, de modo que a


vírgula é facultativa. 60043761321

(E) A vírgula separa termos numa enumeração, caso obrigatório!

GABARITO: D.

CESGRANRIO – IBGE – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO –


2014

7
De acordo com as regras de pontuação da Língua Portuguesa, um dos
empregos da vírgula é a separação de uma expressão ou oração adverbial
antecipada.
L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
O trecho do Texto I que exemplifica esse tipo de uso é

(A) “Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o que é


essencial para si.”
(B) “Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de
crédito, móveis”
(C) “quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de
tempo?”
(D) “Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar.”
(E) “Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas
vezes acabamos reféns”

A única oração adverbial deslocada é esta: “Se dinheiro não for um


empecilho”. A vírgula é obrigatória.

GABARITO: D.

CONSULPLAN – PREF. JAÚ/SP – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE


– 2012

8
“Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com
eles.” No trecho anterior, os dois pontos (:) foram utilizados para

(A) finalizar frase declarativa.


(B) realizar questionamento.
(C) dar uma explicação, um esclarecimento.
(D) marcar neologismo.
(E) denotar espanto.

Os dois-pontos servem para introduzir uma explicação, tanto isso é


verdade que muitas vezes podemos omitir uma conjunção explicativa e
colocar os dois-pontos em seu lugar. Veja com a conjunção: “Não gosto
60043761321

de ver bicho sofrendo, porque sempre curti animais, fui criada com eles”.
O sentido é o mesmo, pois a relação entre as orações separadas por dois-
pontos é a mesma.

GABARITO: C.

CONSULPLAN – TSE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012

9
Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro em
troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque no sistema

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L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
da corrupção o valor da honestidade, que garantiria ao sujeito a sua
autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro. (L. 33 37)

Assinale a alternativa que apresente pontuação para o trecho anterior


igualmente correta.

(A) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar – mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque – no
sistema da corrupção –, o valor da honestidade, que garantiria ao sujeito
a sua autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(B) Se a conduta de praxe seria não, apenas, aceitar, mas exigir dinheiro,
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque no
sistema da corrupção, o valor da honestidade, que garantiria – ao sujeito
– a sua autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(C) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque, no
sistema da corrupção, o valor da honestidade – que garantiria ao sujeito a
sua autonomia –, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(D) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar – mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever –, é porque, no
sistema da corrupção, o valor da honestidade – que garantiria ao sujeito a
sua autonomia – foi substituído pela vantagem do dinheiro.

Na letra D, não há erro de pontuação. Os travessões separam uma oração


coordenada para realçá-la. A vírgula após o segundo travessão serve para
separar a oração subordinada adverbial deslocada, antes do primeiro
travessão. As vírgulas separam o adjunto adverbial deslocado. Por fim, os
dois últimos travessões separam uma oração subordinada adjetiva
explicativa.

Confronte as demais com a opção certa e verá seus erros:

(A) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar – mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque – (este
60043761321

travessão deveria estar antes da primeira vírgula e no lugar dele deveria


vir uma vírgula) no sistema da corrupção – (nada justifica o uso deste
travessão), o valor da honestidade, que garantiria ao sujeito a sua
autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(B) Se a conduta de praxe seria não, apenas, (nada justifica estas
vírgulas anteriores) aceitar, mas exigir dinheiro, em troca de uma ação
qualquer na contramão do dever, é porque (faltou uma vírgula aqui para
separar o adjunto adverbial deslocado) no sistema da corrupção, o valor
da honestidade, que garantiria – ao sujeito – (uso errado de travessões,
pois não se separa verbo de seu complemento por pontuação) a sua
autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
(C) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque, no
L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
sistema da corrupção, o valor da honestidade – que garantiria ao sujeito a
sua autonomia –, (esta vírgula está errada, pois separa o sujeito (o valor
da honestidade) do verbo (foi substituído)) foi substituído pela vantagem
do dinheiro.

GABARITO: D.

CONSULPLAN – PREF. NOVA IGUAÇU/RJ – ASSISTENTE SOCIAL III


– 2012

10
O uso de dois pontos (:) no trecho “O que de certa forma até facilita as
coisas: não se trata de entregar tudo de bom no mundo para eles, mas
apenas de fazer com que eles entreguem ao mundo o melhor em tudo.”
indica

(A) anúncio de um aposto.


(B) inserção de uma enumeração.
(C) explicação da ideia anterior.
(D) pausa maior que a da vírgula.
(E) inserção de uma citação direta.

Serve para introduzir uma explicação do que foi dito antes (O que de
certa forma até facilita as coisas). É possível colocar um “porque” no lugar
dos dois-pontos, pois a relação entre as orações separadas por ele é de
explicação.

GABARITO: C.

CONSULPLAN – TRE/MG – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2013

11
Sobre o uso das vírgulas no trecho “A democracia, regime em que a
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maioria escolhe os governantes, é também o regime da igualdade...”, é


correto afirmar, mantendo-se a correção de acordo com a norma culta,
que a

(A) substituição da vírgula após “governantes” pelo ponto preserva o


valor semântico e a coerência do período.
(B) inserção do sinal de dois pontos após o termo “democracia” permite a
retirada das vírgulas de todo o período.
(C) retirada da explicação “regime em que a maioria escolhe os
governantes” permite a manutenção da vírgula após o termo
“democracia”.
(D) retirada das vírgulas manteria a coerência textual, enfatizando a
explicação “regime em que a maioria escolhe os governantes”.

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Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 05
(E) substituição pelo duplo travessão manteria a coerência textual
delimitando a explicação “regime em que a maioria escolhe os
governantes”.

Observe que o que está entre vírgulas (regime em que a maioria escolhe
os governantes) é um aposto explicativo de “democracia”.

Todo aposto explicativo, quando vem no meio da frase, deve ser separado
somente por vírgulas, travessões ou parênteses.

Portanto, a frase poderia ser reformulada apenas de três maneiras:

1) “A democracia, regime em que a maioria escolhe os governantes, é


também o regime da igualdade...”
2) “A democracia — regime em que a maioria escolhe os governantes — é
também o regime da igualdade...”
3) “A democracia (regime em que a maioria escolhe os governantes) é
também o regime da igualdade...”

GABARITO: E.

CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JR. – 2014

12
No seguinte trecho do texto, a vírgula pode ser retirada mantendo-se o
sentido e assegurando-se a norma-padrão:

(A) “cercados de tamareiras, palmeiras” (cercados de tamareiras,


palmeiras e outras árvores de diferentes tipos)
(B) “gramado, uma dezena de galinhas d’angola” (Um casal de pavões se
pavoneava pelo gramado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no
chão, passarinhos iam e vinham)
(C) “o que era, não me chamara a atenção” (enquanto eu não soube o
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que era, não me chamara a atenção)


(D) “fotos delas, e postei no Facebook” (Fiz dezenas de fotos delas, e
postei no Facebook, onde causaram sensação)
(E) “Luísa Cortesão, velha amiga portuguesa” (Alguns, como Luísa
Cortesão, velha amiga portuguesa que acompanho desde os tempos do
Fotolog, têm posição radicalmente formada a seu respeito: odeiam)

(A) A vírgula é obrigatória, separa termos coordenados de mesma função


sintática.

(B) A vírgula é obrigatória, separa orações coordenadas.

(C) A vírgula é obrigatória, separa uma oração subordinada adverbial


deslocada.
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Prof. Fernando Pestana Aula 05

(D) A vírgula antes do “e” é totalmente desnecessária, a não ser que a


intenção do autor tenha sido dar relevo à oração iniciada pelo “e”, de
modo que a colocou entre vírgulas (poderiam ser travessões ou
parênteses).

(E) A vírgula inicia a separação de um aposto explicativo.

GABARITO: D.

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADVOGADO JR. – 2015

13
O emprego de duas vírgulas tem, entre outras, a função de isolar
expressões que detalham uma informação anterior, como em “o principal
traço característico do debate público sobre desenvolvimento, seja em
nível local ou global, neste alvorecer do século XXI”. As vírgulas foram
utilizadas com a mesma função em:

(A) “definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que


expressa a essência da presente transformação tecnológica”
(B) “seguem uma lógica técnica e, portanto, neutra e estão fora da
interferência de fatores sociais e políticos”
(C) “fatores sociais preexistentes como a criatividade, o espírito
empreendedor, as condições da pesquisa científica afetam o avanço
tecnológico”
(D) “identificar o papel que essas novas tecnologias podem desempenhar
no processo de desenvolvimento educacional e, isso posto, resolver como
utilizá-las”
(E) “aceleração do processo em direção à educação para todos, ao longo
da vida, com qualidade e garantia de diversidade”

(A) O termo “o da tecnologia da informação” é um aposto explicativo, ou


seja, explica um termo anterior, a saber: “um novo paradigma”. Portanto,
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de acordo com o enunciado, esta é a opção correta.


(B) Separa uma conjunção deslocada.
(C) Separa termos enumerados.
(D) Separa uma expressão intercalada conclusiva.
(E) Separa um adjunto adverbial de tempo intercalado.

GABARITO: A.
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Por favor, perseverem, sejam firmes e fortes, pois vale a peleja!!!

Pestana
fernandopest@yahoo.com.br

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