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Aula 02

Português p/ IBGE - 2016 (Técnico em Informações Georgráficas e Estatísticas)

Professor: Fernando Pestana


L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02

AULA 02: Morfologia I

Salve, salve!!!

É como eu já disse e repito: o ostracismo me incomoda, a quietude


não nos leva a lugar algum e o movimento deve sempre nos impelir. E
como hoje estou poético, quero abrir minha AULA 02 com tudo em cima.
Para isso tenho de recorrer ao poeta para que, por meio de sua poesia, eu
diga o que vocês, eu, todos nós precisamos ouvir sobre nossa nobre
empreitada:

Teoria Geral dos Movimentos

A vida é movimento;
rápido ou lento
pacífico ou violento
- a vida é sempre movimento.

A vinda também é movimento


enquanto a ida já foi movimento...

O avião é movimento - se para, cai...


o pássaro também!
E a vida é gerada num movimento de vai e vem.

O movimento da embarcação
no mar aberto - movimento-ação:
o vento movimenta a vela em turbilhonamento
e a nave vai mar adentro.

O movimento dos neurônios


movendo os pensamentos
enquanto no céu as nuvens se movimentam sem firmeza, movimentando o
firmamento.
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O movimento gracioso da bailarina


- um movimento preciso e bem treinado.
O movimento flácido da gelatina
- movimento desleixado.

Dentro do espaço infinito


o movimento dos planetas
dos cometas e asteróides...
E expandindo seus limites
os movimentos aflitos dos espermatozóides.

Movimentos retilíneos
curvilíneos

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circulares uniformes
helicoidais e parabólicos.

Os movimentos furtivos nos labirintos.

Os movimentos discretos
os movimentos ostensivos e os movimentos indistintos...

Os movimentos afins
que se misturam.
E os movimentos heterogêneos
que misturam as ideias
porque não fazem sentido. Mas fazem movimento!

E se Deus de repente se cansasse de ficar jogando futebol e assim, amanhã


não mais chutasse a Terra em torno do Sol?

O movimento do ying e yang


do pró e do contra
do xispa e do empaca.
O movimento da roda...
o movimento da bola...
o movimento do desdobra...
o movimento do enrola...

Tudo, tudo é movimento!


Enquanto há vida.
Depois, não há mais saída
- só indo lá para ver...

Luís Magela

Não paremos nunca! E como temos um objetivo acertado, vamos!!!


Hoje falarei sobre uma boa parte relacionada à morfologia, que é a parte
da gramática que estuda a palavra — sua forma, sua estrutura, seus
processos de formação e suas classes. No entanto, apesar de aparentar
ser muita coisa a estudar, a Cesgranrio ignora muitíssimo o que você verá
hoje. As classes de palavras desta aula, por exemplo, são as que menos
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se trabalham nas provas do seu concurso, infelizmente, por isso não há


tantas questões assim para eu comentar. Ok? Minha dica: não perca
tempo com minúcias, estude conjunção (principalmente)! Do mais,
leia, mas sem neurose. Mova-se!

Estrutura e Processo de Formação de Palavras

Veremos primeiro a estrutura das palavras

As palavras são formadas por morfemas, unidades mínimas de


significação; trocando em miúdos, são as partes que compõem uma
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palavra. Os elementos estruturais (morfemas) são estes: radical, afixos,
desinências, vogal temática, tema e interfixos.

Ex.: govern-o, govern-a, des-govern-o, des-govern-a-do, govern-a-dor,


govern-a-dor-es, in-govern-á-vel, in-govern-a-bil-i-dade...

E aí, conseguiu achar todos os morfemas? É bom dizer que tais


palavras acima são cognatas, pois apresentam o mesmo radical,
pertencem à mesma “família” de palavras.

Classificação dos morfemas

1- Radical

É o morfema responsável pela significação principal de uma palavra,


permitindo a formação de novas palavras. No caso acima, o radical é
govern-.

2- Afixos

São morfemas ligados antes ou depois do radical capazes de modificar o


seu significado, formando palavras novas; subdividem-se em:

· Prefixos: são morfemas colocados antes do radical

Ex.: des-governo

· Sufixos: são morfemas colocados depois do radical

Ex.: governa-dor

3- Desinências

São morfemas que indicam as flexões das palavras variáveis


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(substantivos, adjetivos, numerais, pronomes e verbos); subdividem-se


em:

· Desinências nominais: indicam as flexões de número (plural (-s))


e de gênero (feminino (-o/-a)) dos nomes.

Ex.: governador (masculino/singular); governadoras (feminino/plural)

· Desinências verbais: indicam as flexões de tempo/modo (DMT) e


número/pessoa (DNP) dos verbos

Ex.: govern-á-va-mos

DMT: indica o modo e o tempo verbal; não há DMT em todos os tempos e modos.

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Tempo Modo Indicativo Modo Subjuntivo Formas Nominais


Presente (1ª conj.) --- e infinitivo
Presente (2ª e 3ª conj.) --- a r
Perfeito --- ---
Imperfeito (1ª conj.) va (ve) sse gerúndio
Imperfeito (2ª e 3ª conj.) a (e) sse ndo
Mais-que-perfeito ra (re) (átono) ---
Futuro do presente ra (re) (tôn.) --- particípio
Futuro do pretérito ria (rie) --- (a/ i)do*
Futuro do subjuntivo r

* Para alguns gramáticos, o a e o i do particípio são vogais temáticas; esta desinência de


particípio (do) pode mudar, dependendo do verbo.

DNP: indica o número e a pessoa do verbo, vem depois da DMT; não há DNP em todos
os tempos e modos; o modelo abaixo é só um padrão de conjugação.

Tempo Singular Plural


Presente indicativo 1ª p.: o / 2ª p.: s 1ª p.: mos / 2ª p.: is / 3ª p.: m
Pretérito perfeito do 1ª p.: i / 2ª p.: ste 1ª p.: mos / 2ª p.: stes / 3ª p.: ram
indicativo 3ª p.: u
Futuro do presente
do indicativo 1ª p.: i / 2ª p.: s 1ª p.: mos / 2ª p.: is / 3ª p.: o
Futuro do subjuntivo
e Infinitivo flexionado 2ª p.: es 1ª p.: mos / 2ª p.: des / 3ª p.: em
Imperativo afirmativo --- 1ª p.: mos / 2ª p.: i, de

Obs.: Os tempos que aqui não foram mencionados (pretérito imperfeito, mais-que-perfeito, futuro
do pretérito, presente do subjuntivo e pretérito imperfeito do subjuntivo) seguem um modelo
(paradigma) de desinências, que é: 2ª pessoa do singular: S, 1ª pessoa do plural: MOS, 2ª
pessoa do plural: IS e 3ª pessoa do plural: M. Falarei mais sobre o imperativo à frente.

4- Vogal temática (VT)

É o morfema que serve de elemento de ligação entre o radical e as


desinências. Veja algumas informações importantes sobre VT (nos nomes
e nos verbos):
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No caso dos nomes:

· O conjunto radical + VT recebe o nome de tema.

· -A, -E, -O, quando átonos finais, como mesa, base, livro, são
vogais temáticas nominais. É a essas VTs que se liga a
desinência indicadora de plural: livro-s, base-s, mesa-s. O -a só
será desinência de gênero se opuser masculino e feminino (gato/
gata).

· Nomes terminados em consoante ou em vogal tônica são


atemáticos, ou seja, não forma temas. Ex.: cor, raiz, cipó, tupi...
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· Os nomes terminados em -r, -z, ou -l apresentam VT apenas no
plural: cor/ cores, juiz/ juízes, mal/ males, sal/ sais...

No caso dos verbos:

· É uma vogal que vem após o radical, permitindo uma boa pronúncia
do verbo e indicando como vai ser o modelo (paradigma) das
conjugações (1ª conjugação: -A / 2ª conjugação: -E / 3ª
conjugação: -I).

Ex.: AMAR: Eu amei, tu amaste, ele amou, nós amamos...


(pretérito perfeito do indicativo)

COMER: Eu comera, tu comeras, ele comera, nós


comêramos... (pretérito mais-que-perfeito do indicativo)

PARTIR: Eu partirei, tu partirás, ele partirá, nós partiremos...


(futuro do presente do indicativo)

5- Vogal / consoante de ligação (interfixos)

É um morfema de origem geralmente eufônica, ou seja, facilita ou mesmo


possibilita a emissão vocal de determinadas palavras, proporcionando um
bom som.

Ex.: cafeteira, paulada, tecnocrata, pezinho, gasômetro, gaseificar,


pobretão...

Vejamos agora os processos de formação de palavras (os dois


primeiros são recorrentes em concursos públicos):

1- Derivação
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Consiste, basicamente, na modificação de determinada palavra primitiva


por meio do acréscimo de afixos; subdivide-se em:

· derivação prefixal ou prefixação: resulta do acréscimo de


prefixo à palavra primitiva.

Ex.: repor, dispor, compor, contrapor...

· derivação sufixal ou sufixação: resulta do acréscimo de sufixo à


palavra primitiva.

Ex.: unhada, alfabetização, bebedouro, desenvolvimento...

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· derivação parassintética ou parassíntese: ocorre quando a
palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e
sufixo à palavra primitiva, de tal forma que a palavra não existe só
com o prefixo, nem só com o sufixo.

Ex.: abençoar (de bênção), enfileirar (de fileira), amanhecer (de


manhã), descampado (de campo)...

Obs.: Não se deve confundir derivação parassintética com derivação prefixal e


sufixal. Palavras como infelizmente e deslealdade desdobram-se em: infeliz/
felizmente e desleal/ lealdade, o que não ocorre com palavras parassintéticas; veja:
empobrecer (existe empobre ou pobrecer? não! ... logo, se retirarmos um dos afixos,
não existirá a palavra em nossa língua.)

ð igual > desigual > igualdade > desigualdade

· derivação regressiva (regressão): ocorre quando se retira a


parte final de uma palavra primitiva (verbo indicando ação),
obtendo por essa redução uma palavra derivada (substantivo
abstrato indicando ação).

Ex.: buscar > busca, vender > venda, apelar > apelo, resgatar >
resgate...

· derivação imprópria (ou conversão): ocorre quando


determinada palavra, sem sofrer acréscimo ou supressão em sua
forma, muda de classe gramatical ou de classificação morfológica.

Ex.: os maus (adjetivo > substantivo), festa surpresa


(substantivo > adjetivo), a amada (particípio > substantivo), o
poder (infinitivo > substantivo), falar sério (adjetivo > advérbio),
os poréns, os nãos (palavras invariáveis > substantivos)...

Obs.: Alguns gramáticos, Manoel Pinto Ribeiro, por exemplo, informam que há
derivação imprópria se um substantivo próprio virar comum ou vice-versa (Pestana
(próprio) deriva de pestana (comum)). Neste caso, não houve mudança de classe
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gramatical, só uma mudança de classificação morfológica da palavra. Há conversão


também quando há mudança de substantivo concreto para abstrato ou mudança de
sentido quando há mudança de gênero.

2- Composição:

É a união de dois ou mais radicais; subdivide-se em:

· composição por justaposição: os radicais permanecem


absolutamente inalterados estrutural e foneticamente.

Ex.: segunda-feira, mestre-de-obras, girassol, passatempo,


vaivém, dezenove (dez+nove)...
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· composição por aglutinação: os radicais se fundem, geralmente


com a alteração estrutural e fonética de um deles.

Ex.: vinagre (vinho+acre), aguardente (água+ardente), planalto


(plano+alto), fidalgo (filho de algo), embora (em boa hora)...

Outros processos:

3- Onomatopeia

É a palavra que procura reproduzir aproximadamente certos sons.

Ex.: cacarejar, zumbir, cochichar, miar, [tique-taque, teço-teco, reco-


reco, pingue-pongue, blablablá, zunzunzum...] (essas também chamadas
de reduplicação)

4- Abreviação

É a redução de palavras até o limite permitido pela compreensão.

Ex.: moto (motocicleta), pneu (pneumático), foto (fotografia),


otorrinolaringologista (otorrino), neurose (neura), pornô (pornografia),
quilo (quilograma), Pest (Pestana)...

Obs.: Abreviatura é diferente de abreviação, pois consiste na redução da grafia de certas


palavras (p. ou pág. (página), Sr. (Senhor)...

5- Siglonimização

É o nome que se dá ao processo de formação de siglas. As siglas são


formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de
palavras que constitui um nome.

Ex.: FGTS, CPF, PIB, UFRJ, [UERJ, TAM, DETRAN (Detran)...] (palavras
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não lidas letra por letra, mas como palavras comuns, podem ser grafadas
com a primeira maiúscula e as outras minúsculas)

6- Hibridismo

É a formação de palavras com elementos de línguas diferentes.

Ex.: sociologia (latim e grego), automóvel (grego e latim), televisão


(grego e latim), burocracia (francês e grego), bananal (africano e latim),
sambódromo (africano e grego), goiabeira (tupi e português)...

Bônus!

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Alguns afixos e seus significados

Prefixos:

A-, an-: negação,falta (anormal, anarquia…)


Ab-: afastamento, separação, intensidade (absolver, abstrair, abuso…)
Ad-: aproximação, direção (advérbio, adjunto, admirar…)
Ambi-: dualidade, ao redor (ambigüidade,ambidestro, ambiente…)
Ante-: anterioridade (ante-sala, antebraço…)
Anti-: oposição (antipatia, antítese…)
Arqui-: superior (arquétipo, arcanjo…)
Auto-: próprio (autobiografia…)
Bis-: repetição (bisneto, biênio…)
Circum-: em volta de (circunferência, circunscrever…)
Cis-: posição aquém (cisplatino, cisandino…)
Com-: companhia (companheiro, coexistir…)
Contra-: oposição, inferioridade (contradizer, contra-mestre…)
De-: movimento (declive, deportar…)
Des-, dis-: negação, separação (desleal, desengano, deslocar, descascar, discriminar,
dissabor, discordar…)
Di-: duplicidade (ditongo, dissílabo…)
Dis-: dispnéia (dificuldade de respirar…)
Entre-, inter-: posição, reciprocidade (entremeado, entrelinha, entrelaçar…)
Extra-: de fora (estrangeiro, extraviar…)
Hiper-: excesso (hipérbole, hipertrofia…)
Hipo-: posição inferior (hipoglosso…)
In-, intra-: movimento para dentro, negação (intramuscular, indelicado, injetar…)
Per-, trans-: através (percorrer, perdoar, transmitir…)
Pre-: anterioridade (preconceito, prefácio…)
Pro-: para frente (progressão, procriar…)
Re-: repetição, intensidade (refazer, redobrar…)
Sin-: simultaneidade, reunião (sintonizar, sinfonia…)
Sub-: posição inferior (subsolo, submeter…)
Super-, sobre, supra-: superior (supercílio, sobrancelha…)
Trans-: extensão, além... (transatlântico, transbordar...) (...)

Sufixos:

-ado: feito de, quantidade (laranjada, feijoada, rapaziada, boiada…)


-aria: quantidade, lugar onde se exerce a profissão (patelaria, livraria, carpintaria…)
-ário: profissão, lugar, quantidade (bibliotecário, vestiário, vocabulário…)
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-ável: qualidade (amável…)


-dade: qualidade ou estado (maldade, variedade, crueldade…)
-eiro: ofício, o que faz, origem, quantidade, qualidade (pedreiro, banqueiro, festeiro,
brasileiro, formigueiro, guerreiro…)
-ismo: relativo a (budismo, jornalismo, heroísmo…)
-mento: ação, lugar da ação, quantidade (vestimenta, atrevimento, acampamento…)
-or: qualidade, agente da ação, ofício (amargor, agressor, lutador…)

-mente: único sufixo adverbial

O que são Classes de Palavras?


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As designações “classes de palavras, ou classes gramaticais, ou
classes morfológicas, ou categorias gramaticais”, dizem respeito aos
grupos de palavras da língua portuguesa que mantêm traços e
propriedades comuns na forma, no sentido e na função dentro da frase.

Por exemplo, quando dizemos que sala, parede, chão, casa são
substantivos, só o fazemos porque notamos que tais palavras designam
ou nomeiam seres que pertencem à nossa realidade e que tais palavras
variam ou mudam de forma igualmente, por poderem ser pluralizadas.

Enfim, já existem mais de 350.000 palavras na nossa língua, a


maioria delas são encaixadas na classe ou grupo de palavras que servem
para designar ou nomear, os substantivos; mais de 10.000 palavras são
agrupadas entre os verbos, classe caracterizada por apresentar vocábulos
que indicam ação, estado, fenômeno natural, dentro de uma perspectiva
temporal... e por aí vai. As palavras se encaixam em classes conforme
suas características formais e semânticas.

O que nos importa mesmo é que há 10 classes gramaticais:

· Substantivo
· Adjetivo
· Artigo
· Numeral
· Pronome
· Verbo
· Advérbio
· Preposição
· Conjunção
· Interjeição

Dentre as que estão acima, existem as que normalmente variam de


forma (variáveis) e as que não variam (invariáveis).
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Variáveis Invariáveis
Substantivo Advérbio
Adjetivo Preposição
Artigo Conjunção
Numeral Interjeição
Pronome
Verbo

Falarei na aula de hoje sobre algumas. Nada contra as outras


classes, mas os concursos (principalmente o seu) adoram tratar de
Pronome, Verbo e Conjunção. Por ora, se eu fosse você, já iria me
adiantando para dar muito valor a esta classe, em especial: Conjunção.
Fica aqui minha dica! Depois não diga que eu não avisei. J

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Chega de papo. Mãos à obra, meu nobre!!!

Substantivo

Palavra que

· nomeia tudo o que existe ou o que imaginamos existir, dentro ou


fora do homem

· normalmente varia em gênero, número e grau

· geralmente vem acompanhada de determinante (artigo, pronome,


numeral e/ou adjetivo)

· se encontra no núcleo dos termos sintáticos

Ex.: A atitude daquelas alunas provocou grande comoção no


professor.

Note que a palavra ‘atitude’ 1) designa/nomeia uma ação praticada por


alguém, 2) pode variar de forma se a frase toda for pluralizada, 3) está
acompanhada de artigo (determinante) e 4) é núcleo do sujeito.
Percebeu?

Quando uma questão sobre substantivo aparecer em sua prova, provavelmente a banca
quererá saber se você consegue identificar um substantivo em detrimento de outras
classes gramaticais. Então fique atento ao seguinte:
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Ex.: Meu viver é invejado por muitas pessoas porque sou rico.

Podemos dizer que na frase acima o vocábulo ‘viver’ é um verbo? Sabemos que não,
pois ele está acompanhado de pronome (Meu viver), que é um determinante, ou seja,
determina que a palavra ‘viver’ é um substantivo. Note também que ‘viver’ é núcleo do
termo sintático conhecido como sujeito. Beleza? Tudo isso indica o quê? Que estamos
diante de um substantivo e ponto final!

Não posso deixar de falar em alguns aspectos desta classe gramatical, o


substantivo, pois como diz a propaganda: “Vai que...” Então, vamos lá!

Tipos de substantivo

Comum: representa todos os seres ex.: cidade, aluno, mulher...


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de uma espécie

Próprio: representa apenas um ser ex.: Paris, João, Estratégia... (com


de uma espécie (nomes de pessoas letra maiúscula)
e de lugares, normalmente)

Simples: apresenta apenas um ex.: samba, enredo, ponta, pé...


radical

Composto: apresenta mais de um ex.: samba-enredo, pontapé...


radical

Primitivo: não sofreu derivação ex.: flor, área, cadáver...


prefixal ou sufixal

Derivado: sofreu derivação ex.: florista, subárea, cadavérico...


prefixal ou sufixal

Coletivo: representa um conjunto ex.: Universidade, constelação...


de seres de uma espécie

Concreto: não indica ação, estado, ex.: Deus, fada, monstro, vampiro,
sentimento, qualidade ou cérebro, Diabo, chupa-cabra...
acontecimento

Abstrato: indica ação, estado, ex.: investimento, brancura, amor,


sentimento, qualidade ou fidelidade, beijo, jogo, futebol,
acontecimento soco...

Obs.: Um substantivo abstrato pode-se tornar concreto pelo contexto: A


plantação de cana foi destruída pelo fogo. (plantação aqui se trata do canavial,
logo é um ser concreto). Ok?
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Variação em gênero

O substantivo pode ou não mudar de forma, indicando o gênero


masculino ou feminino.

Uniforme

Apresenta apenas uma forma para representar ambos os sexos; o comum


de dois e o sobrecomum só se referem a pessoas.

Comum de dois

Representa ambos os sexos com determinantes diferentes: o/a ginasta,

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meu/minha dentista, atleta talentoso/talentosa...

Sobrecomum

Representa ambos os sexos com apenas um determinante: seu cônjuge,


aquela testemunha, duas crianças...

Epiceno

Refere-se a animais, insetos e espécies botânicas, diferenciando-as com


determinantes específicos: cobra macho/fêmea, barata macho/fêmea,
mamão macho/fêmea...

Biforme

Apresenta duas formas: uma para o masculino e outra para o feminino.

Por desinências ou sufixos

O gênero masculino é indicado pelas terminações: lobo/ loba, ator/atriz,


judeu/judia, poeta/poetisa, embaixador/ embaixador (ou embaixatriz)...

Por heteronímia

O gênero é indicado pela mudança de radical: homem/mulher, boi/vaca,


genro/nora, bode/cabra...

Gêneros comumente confundidos

a alface, o guaraná, a dengue, o champanha, a cólera, o eclipse, a


sentinela, a libido, a cala, o sósia, o ídolo, a grafite, o dó, o/a
personagem, o/a diabetes...

Mudança de gênero, mudança de significado


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a/o cabeça (parte do corpo/líder)


a/o grama (relva/unidade de medida)
a/o moral (ética, valor/autoestima, estado de espírito)
a/o rádio (estação/ objeto)
a/o caixa (objeto/profissão)
a/o capital (cidade/dinheiro)
a/o crisma (cerimônia religiosa/óleo sagrado)...

Variação em número

Simples
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A desinência -s, via de regra, indica o plural dos substantivos, mas veja
alguns casos particulares. Dependendo da terminação do substantivo, o
plural se dará de uma forma peculiar. Gente, eu sei que isso é chatinho,
mas devemos encarar isso como algo lindo, sublime... rs... será?... rs. Ah,
o hífen antes das terminações significa ‘terminado em’. Vamos lá!

· substantivos -al, -el, -ol, -ul (-is): canais, papéis, sóis, pauis...
mas: cônsul (cônsules), mal (males) e aval (avais ou avales)

· substantivos -il (-s (oxítona)/-eis (paroxítona)): funis, fósseis...;


cuidado com réptil e projétil, pois podem ser escritos e
pronunciados de maneira diferente (reptil e projetil); o plural deles
segue a regra: réptil > répteis; reptil > reptis...

· substantivos -ão (-s/-es/ões): cidadãos, alemães, profissões...


há muitas variações em palavras –ão; consulte uma gramática.

· substantivos -n (-s/-es): hífens, hífenes...

· substantivos -r, -s, -z (-es): hambúrgueres, meses,


gravidezes...

· substantivos -s (só o determinante indicará o plural): o/os atlas,


o/os ônibus...

· substantivos -x (só o determinante indicará o plural): as xérox, os


tórax...

· substantivos -(z)inho: papel > papéis > papeizinhos...

· substantivos sempre pluralizados: núpcias, fezes, cócegas,


óculos, víveres, pêsames...

· substantivos com plural metafônico (timbre aberto na penúltima


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sílaba): olho > olhos, forno > fornos, caroço > caroços, corno >
cornos... imagina chamar dois “chifrudos” de “Seus “córnos”...”;
ridículo, rs

· substantivos que mudam de significado quando variam: fogo


(elemento) > fogos (explosivos), costa (litoral) > costas (dorso),
sentimento (o que se sente) > sentimentos (pêsames)...

· substantivos siglonimizados: CDs, DVDs, ONGs... sem apóstrofo,


por favor, hein... o que eu já vi de gente escrevendo CD’S não está
no gibi, como dizia minha mãe...

Compostos

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Via de regra, só os substantivos, adjetivos e numerais variam nas formas


compostas, ok? Aqueles substantivos que apresentam mais de um
vocábulo ligado ou não por hífen seguem regras especiais; veja alguns
casos particulares (de acordo com a nova reforma ortográfica):

· os não separados por hífen seguem as regras dos simples:


girassol > girassóis, mandachuva > mandachuvas, vaivém >
vaivéns, malmequer > malmequeres...

· 2º substantivo delimitando o 1º indicando semelhança/finalidade


(é normal que só o 1º varie): peixes-espada(s), papéis-moeda(s),
homens-rã(s), bananas-maçã(s), pombos-correio(s)...; exceção
(sempre tem uma): couves-flores

· substantivo + preposição + substantivo (só o 1º varia): pés de


moleque, mulas sem cabeça, pais dos burros, pores do sol...; é
isso mesmo, pôr do sol é pluralizado SIM! E agora sem hífen, rs

· grã-, grão-, bel- são invariáveis (só o último termo varia): as grã-
duquesas, os grão-mestres, os bel-prazeres...

· substantivos indicando origem (só o 2º varia): nova-iorquinos,


afro-brasileiros, ítalo-americanos...

· verbos iguais ou palavras onomatopeicas (é normal que só o


2º varie): corre-corres, bem-te-vis, reco-recos...

· frases substantivadas (só o determinante indicará o plural): as


maria vai com as outras, os bumba meu boi, as leva e traz...

· ‘guarda’ + substantivo (só o 2º varia); ‘guarda’ + adjetivo


(ambos variam): guarda-chuvas, guarda-roupas...; guardas-
civis, guardas-noturnos... 60043761321

· casos especiais: alto-falantes, os arco-íris, os mapas-múndi, os


xeques-mates, os zés-ninguém, salve-rainhas, ave-marias, padre-
nossos ou padres-nossos...

Variação em grau

No caso sintético, sufixos marcam a intensificação dada ao substantivo;


no caso analítico, um adjetivo, normalmente, marca o grau.

Aumentativo
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casarão, canzarrão, festão, facalhão, copázio, balaço, ratazana, fedentina
(sintético)...

casa grande, cão enorme, festa monstro, rato gigante (analítico)...

Diminutivo

casinha/casebre, cãozinho/cãozito, película, homúnculo, ruela, riacho,


asterisco (sintético)...

casa pequena, cão minúsculo, opinião insignificante (analítico)...

Obs.: O grau pode exprimir desprezo, valor pejorativo, ironia, carinho,


afetividade dependendo do contexto: sabichão, padreco, carrão, gatinha,
queridinha...; alguns substantivos já perderam a ideia de grau: cartão, cartaz,
caixão, portão, pastilha, folhinha...

Adjetivo

Palavra que

· caracteriza, modifica, amplia o sentido de um substantivo,


pronome, numeral, qualquer palavra de valor substantivo ou até
uma oração.

· normalmente varia em gênero, número e grau.

· exerce duas funções sintáticas: adjunto adnominal (adjetivo com


valor restritivo) ou predicativo (adjetivo com valor opinativo)

Ex.: Rocha Lima e Celso Cunha eram excelentes.

Eles eram excelentes. 60043761321

Os dois eram excelentes.

Viver é excelente.

Acho excelente resolver exercícios de Português.

Perceba que, no último caso, excelente modifica a oração “resolver


exercícios de Português”. O que é excelente? “Resolver exercícios de
Português”. Todos os exemplos acima apresentam adjetivo com função de
predicativo, pois têm valor opinativo. Foi? Show!

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Quero ressaltar o seguinte: é comum nas provas de concurso a banca cobrar de você o
reconhecimento do adjetivo e do substantivo, ou o valor do adjetivo com a sua mudança
de posição. Vou falar disso com mais calma daqui a pouco, ao fim desta classe.

Tipos de adjetivo

Uniforme: apresenta apenas uma ex.: homem simples, mulher


forma para ambos os gêneros simples...

Biforme: apresenta uma forma ex.: homem esperto, mulher


para cada gênero esperta...

Simples: apresenta apenas um ex.: visão social, visão econômica...


radical

Composto: apresenta mais de um ex.: visão socioeconômica...


radical

Primitivo: não sofreu derivação ex.: pessoa boa...

Derivado: sofreu derivação ex.: pessoa bondosa...

Restritivo: acrescenta um sentido ex.: fogo azul...


não inerente ao ser

Explicativo: apresenta um sentido ex.: fogo quente...


inerente ao ser

Modalizador: apresenta uma ex.: material excelente, novela


opinião sobre o ser manipuladora...
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Gentílico: refere-se a continentes, ex.: capixaba, soteropolitano,


países, cidades, regiões, indicando carioca, brasileiro...
a origem

Locução adjetiva

Grupo de vocábulos com valor de adjetivo formado de preposição +


substantivo (ou advérbio, pronome, verbo, numeral), ligando-se a um
substantivo, pronome ou numeral.

Ex.: homem sem coragem, amor com limites, jornal de ontem,


atitude de sempre, notícia de hoje, coisa sem pé nem cabeça,
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Chegaram os dois sem graça, eles são sem caráter, a casa dela,
máquina de lavar, a atitude das duas...

Atenção!

· A maioria das locuções adjetivas podem ser substituídas por


adjetivos correspondentes. Lembre-se: a maioria!

Ex.: homem sem coragem (medroso); amor com limites (limitado),


povo do Brasil (brasileiro); mas: muro de concreto (concretal?!)
Percebeu? Outras: livro do Pestana (pestanal?), noite do jogo
(jogal?), pessoa sem graça (desgraçada?)...

· Algumas locuções adjetivas são substituídas por adjetivos eruditos,


ou seja, os que possuem radicais geralmente de origem latina;
estarão subentendidas expressões, tais como: “referente a”,
“relativo a”, “semelhante a”, “próprio de”...

Ex.: cor ígnea (referente ao fogo), parte setentrional (relativo ao


norte), nariz aquilino (semelhante ao bico da águia), comportamento
pueril/ infantil (próprio de criança)... outros adjetivos eruditos:
ebúrneo (de marfim), argênteo (de prata), discente (relativo a aluno),
docente (relativo a professor), pluvial (relativo a chuva), fluvial
(relativo a rio), estival (de verão)...

· Não confunda locução adjetiva com locução adverbial:

Ex.: Vi uma menina em Minas Gerais. (lugar onde se viu, locução


adverbial) / Vi uma menina de Minas Gerais. (origem, procedência
(mineira), locução adjetiva)

· Pode haver locução adjetiva de oração.

Ex.: Vocês julgam sem importância estudar em PDF? Duvido! (a


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locução sem importância está ligada à oração ‘estudar em PDF’)

Variação de gênero e número

O adjetivo simples flexiona com o substantivo em gênero e número (veja


as regras de substantivo simples, pois elas se aplicam aos adjetivos). Por
outro lado, varia-se apenas o último elemento do adjetivo composto,
concordando com o termo de valor substantivo ao qual se refere, em
gênero e número.

Ex.: As clínicas médico-cirúrgicas estão milionárias. (‘cirúrgicas’


(adjetivo) concorda em gênero e número com ‘clínicas’ (substantivo))

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Observações:

· qualquer substantivo usado como adjetivo fica invariável: homens


monstro, vestidos laranja, ternos cinza, blusas creme...

· se o último elemento do composto for um substantivo, o adjetivo


fica invariável: blusas verde-garrafa, amarelo-ouro, marrom-
café... Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto
seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará
invariável: camisas blusa-claro, ternos cinza-escuro...

· surdo(a/s)-mudo(a/s) e pele(s)-vermelha(s) são exceções;


todos os elementos podem variar.

· são invariáveis sempre: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor,


ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-musgo, cor-de-rosa...
alguns gramáticos dizem que ‘infravermelho’ pode variar (o
Sacconi, por exemplo)

Variação de grau

Dizer que um adjetivo varia em grau significa dizer que, em algumas


construções, ele tem seu valor intensificado — normalmente por um
advérbio. Existem duas situações em que o adjetivo pode variar: em uma
estrutura de comparação ou de superlativação.

Comparativo

Compara-se uma qualidade, ou qualificação, entre dois seres ou duas


qualidade de um mesmo ser. Há três tipos, com construções peculiares a
elas:
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· de igualdade: Português é tão fácil quanto/como Matemática.

· de superioridade: Português é mais fácil (do) que Matemática.

· de inferioridade: Português é menos fácil (do) que Matemática.

Os adjetivos bom, mau/ruim, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor,


pior, maior e menor) no grau comparativo de superioridade; veja:
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Português é mais bom que Matemática (???!!!)

Português é melhor que Matemática. (Ah, agora sim! Bem melhor!... rs)

Porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se


usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por
exemplo:

Edmundo foi condenado de novo, mas ele é mais boa pessoa do que má.

Minha casa é mais grande que confortável.

Superlativo

Ocorre um engrandecimento da qualidade de um elemento; são dois os


tipos de superlativo de um adjetivo (absoluto e relativo):

Absoluto

· Analítico: o adjetivo é modificado por um advérbio

Ex.: João é muito inteligente, mas é muito pobre e muito humilde.

· Sintético: quando há o acréscimo de um sufixo (íssimo, érrimo,


ílimo)

Ex.: João é inteligentíssimo, mas é paupérrimo e humílimo.

Obs.: Os adjetivos bom, mau/ruim, grande e pequeno apresentam as


seguintes formas no grau superlativo absoluto sintético, respectivamente:
ótimo/boníssimo, péssimo/malíssimo, máximo/grandíssimo e
mínimo/pequeníssimo. Em vez dos superlativos mais formais seriíssimo e
precariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas seríssimo e
precaríssimo, sem o desagradável hiato i-í.

Relativo 60043761321

· de superioridade: enaltecimento da qualidade de um ser dentre


outros seres, através da construção “o mais”.

Ex.: João é o mais inteligente.

· de inferioridade: enaltecimento da qualidade de um ser dentre


outros seres, através da construção “o menos”.

Ex.: João é o menos inteligente.

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Obs.: Os adjetivos bom, mau/ruim, grande e pequeno apresentam as
seguintes formas no grau superlativo relativo de superioridade: o/a melhor,
o/a pior, o/a maior, o/a menor.

TABELA PARA OS ADJETIVOS BOM, MAU, GRANDE E PEQUENO

COMPARATIVO SUPERLATIVO
ADJETIVO DE Absoluto
SUPERIORIDADE sintético Relativo

Bom melhor Ótimo o/a melhor


Mau pior Péssimo o/a pior
grande maior Máximo o/a maior

pequeno menor Mínimo o/a menor

Formas Estilísticas de Grau

Há inúmeras outras maneiras de conseguir o superlativo absoluto dos


adjetivos:

· empregando-se prefixos que dão idéia de aumento: superlindo,


ultralinda...

· repetindo-se o adjetivo: Ela é linda, linda, linda...

· mediante comparação curta (símile): Ela é linda como uma


princesa...

· empregando-se certas expressões populares (idiomáticas): Ela é


linda de morrer... 60043761321

· usando-se o adjetivo com o sufixo aumentativo ou diminutivo:


lindão, lindona...

Informações importantíssimas!!!

Ø A anteposição ou posposição de alguns adjetivos aos substantivos pode


implicar mudança de significado:
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Ex.: Ele é um pobre homem. (coitado)

Ele é um homem pobre. (sem recursos)

Ele é um alto funcionário. (posição)

Ele é um funcionário alto. (comprimento)

Ø A mudança de posição do adjetivo em relação ao substantivo pode implicar


mudança de classe gramatical de ambos.

Ex.: O fumante italiano perdeu a vida. (adjetivo)

O italiano fumante perdeu a vida. (substantivo)

Não sou um autor defunto, mas um defunto autor


(adjetivo/substantivo)

Segundo Celso Cunha, quando houver um sintagma formado por palavras que
possam ser substantivo ou adjetivo, o substantivo é o da esquerda, e o adjetivo
é o da direita. Levemos em conta, entretanto, o contexto. Sempre.

Ø O adjetivo pode estar substantivado, ou seja, tornar-se um substantivo se


vier acompanhado de um determinante (artigo, por exemplo), ou tiver função
de nomeador: Ah! O azul do céu... Preta, eu te amo...

Artigo

É a palavra que antecede o substantivo e indica seu gênero e número,


determinando-o ou indeterminando-o.

Existem dois artigos:

· Definidos (individualiza, especifica, determina): o, os, a, as


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· Indefinidos (generaliza, indetermina): um, uns, uma, umas

Emprego dos artigos:

· Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior,


normalmente:

Ex.: Ambos os atletas são capazes de conquistar o título.

· Depois do pronome indefinido todos com substantivo expresso


(omitindo-se o substantivo, não se usa o artigo):

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Ex.: Todos os quatro filhos acompanharam o pai.

O pai veio e saiu com todos quatro.

· Com o pronome indefinido todo, este indicará inteireza/completude


(a omissão do artigo fará o todo indicar ‘qualquer’):

Ex.: Esta carteira é válida em todo o território nacional. (no território


inteiro)

Esta carteira é válida em todo território nacional. (esta carteira


seria ótima, nem precisaríamos de passaporte, porque ela vale em
qualquer território ora, ora (rs))

· Nunca aparece acompanhando o pronome relativo cujo:

Ex.: O homem cuja a persistência é grande logra êxito. (errado!)

O homem cuja persistência... (agora sim!)

· Diante de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo


(omite-se o artigo definido nas locuções com pronome possessivo: a
meu ver, em meu ver, a meu modo, a meus pés, em seu favor...):

Ex.: Encontrei (os) seus amigos no Shopping.

Em meu ver, estudar os empregos do artigo é válido.

· Diante de nome de pessoas, só se usa artigo para indicar


afetividade ou familiaridade:

Ex.: Mandei uma carta a Fernando Henrique, na época de presidente.

Falei com o João para chegar mais cedo em sala de aula.


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· Em construções superlativas, a posição do artigo pode facultar:

Ex.: Vou fazer as perguntas mais difíceis ou Vou fazer as mais difíceis
perguntas ou Vou fazer perguntas as mais difíceis.

· Para expressar a espécie inteira:

Ex.: O homem deve zelar pelo mundo senão acabará com ele.

· Só se usa artigo diante da palavra casa, se estiver especificada:

Ex.: Saí de casa há pouco. / Saí da casa da Maria há pouco.


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· Se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo, quando
estiver especificada (se for o planeta, usa-se com artigo):

Ex.: Finalmente os navegantes retornaram a terra, depois cada um foi


para a terra natal matar a saudade dos parentes.

Os astronautas chegaram à (a+a) Terra.

· Não aparece antes dos pronomes de tratamento, exceto senhor(a) e


senhorita:

Ex.: Vossa Excelência está adiantada para o julgamento.

A senhora pretende chegar a que horas?

· Diante da maioria dos nomes de lugar (topônimos), quando estiver


qualificado:

Ex.: Estive na grande São Paulo de Mário de Andrade.

Nota: Alguns nomes de lugar vêm acompanhados de artigo, e uma maneira de perceber isso é
criando uma frase como esta: Gosto muito da Bahia. Teste, por exemplo, o topônimo na mesma frase
anterior: Gosto muito do Cairo. Outros topônimos têm o uso do artigo facultativo: África, Ásia, Europa,
Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Recife...

· Não se deve combinar com preposição o artigo que faz parte do


nome de jornais, revistas, obras literárias...

Ex.: Li a notícia em O Estado de São Paulo.

· Normalmente torna palavras que não são substantivos em


substantivos:

Ex.: O brasileiro é, antes de tudo, um forte. (brasileiro é um adjetivo,


e virou substantivo) 60043761321

· O artigo indefinido revela quantidade aproximada, ênfase,


depreciação:

Ex.: Engordei uns dez quilos. / Estou com uma fome. / Ele é o
homem, eu sou só uma mulher.

Pelo amor de Deus!!! Não confunda o artigo A com o pronome demonstrativo, o


pronome oblíquo ou a preposição. Veja:

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O artigo A(S) vem antes de substantivo, às vezes vem antes de numeral também:

A Joana e a Maria chegaram. As duas são sempre muito animadas.

O pronome demonstrativo A(S) vem antes de pronome relativo ‘que’ e de


preposição ‘de’ (é possível substituir por ‘aquelas’):

As que estudam com afinco passam, já as da turma da bagunça não.

O pronome oblíquo A substitui um substantivo servindo de complemento de um


verbo:

A Juliana é bem talentosa, por isso eu a convidei para meu grupo.

A preposição A é exigida por um verbo ou nome, normalmente; muitas vezes inicia


locuções:

Assisti a ela em vários momentos, pois fizeram menção a que ela seria boa. E valeu
a pena, a despeito das críticas ferozes.

Numeral

Palavra variável em gênero e/ou número que dá ideia de quantidade


(cardinal: um, dois, três...); sequência (ordinal: primeiro, segundo,
terceiro...); multiplicação (multiplicativo: dobro, triplo...; divisão
(fracionário: metade, um terço, três quartos...).

Variação (ou Flexão)

Alguns são variáveis em gênero e número, outros apenas em gênero ou


apenas em número.

Gênero/ Número: primeiro(a/s)...


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Gênero: um(a), dois(as), ambos(as)...

Número: um terço (dois terço(s)), um quinto (três quinto(s))...

Principais usos dos numerais

· Na designação de séculos, papas e reis usam-se:

- de 1 a 10 – ordinais

Ex.: Século V (quinto), João Paulo II (segundo), Paulo VI (sexto)


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- de 11 em diante – cardinais

Ex.: Século XXI (vinte e um), Bento XVI (dezesseis)

Obs.: Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, lemos sempre como


ordinal: A empresa participou do XI Congresso de Informática. (décimo
primeiro)

Outra obs.: Em linguagem jurídica, usa-se o ordinal até nono, a partir do


dez usa-se cardinal.

Ex.: Artigo nono, parágrafo dez.

· Referindo-se ao primeiro dia do mês, prefere-se o numeral ordinal.

Ex.: Primeiro de maio é um dia importante para a classe operária.

· Nos endereços de casas e referências às páginas, usam-se os


cardinais.

Ex.: Leiam a página 22 (vinte e dois) do livro de História. / O número


da minha casa é 99 (noventa e nove).

· Também é usado no sentido figurado, não expressando exatidão


numérica.

Ex.: Já bati nessa tecla mil vezes. / Nossa professora é dez.

· Na leitura do cardinal, coloca-se a conjunção e entre as centenas e


dezenas e a unidade.

Ex.: R$ 6.069,523 = seis milhões, sessenta e nove mil, quinhentos e


vinte e três reais.
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· Na leitura do ordinal: inferior a 2.000º, lê-se normalmente como


ordinal.

Ex.: 1.856º = milésimo octingentésimo quinquagésimo sexto.

Obs.: Superior a 2.000º, lê-se o 1º como cardinal e os outros como


ordinais.

Ex.: 2.056º = dois milésimo quinquagésimo sexto


5.232º = cinco milésimo ducentésimo trigésimo segundo.

Mas se o número for redondo, lê-se como ordinais.

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Ex.: 10.000 = décimo milésimo
2.000 = segundo milésimo

· Milhão e milhares são palavras MASCULINAS!!!

Preposição

Palavra invariável que liga duas outras palavras entre si ou duas orações,
estabelecendo certas relações de sentido normalmente. A diferença entre
conjunção e preposição é que esta só subordina, não coordena.

Ex.: Eu fui à casa de Luís. (posse)

Sairemos com você amanhã. (companhia)

Estudo Português no Estratégia para passar fácil na prova!


(finalidade)

NOTA: Muitos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios exigem preposição.

Ex.: Visamos ao bem-estar da família.

Tenho admiração por pessoas carismáticas.

Bebida alcoólica é impróprio para menores.

Paralelamente a tudo o que falei, a recepção foi boa.

Principais preposições

Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante,


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menos, salvo, segundo, visto...

Ex.: Há sinceridade entre mim e ti. (reciprocidade)

Todos concordam, menos tu. (exclusão)

- As preposições acidentais regem, geralmente, os pronomes pessoais do


caso reto.

- Há basicamente quatro casos de preposição expletiva “de”: antes de


conjunção comparativa “que” numa estrutura de comparativo de
superioridade/inferioridade, iniciando um aposto especificativo, antes de
uma oração subordinada predicativa e em algumas estruturas do tipo
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artigo + adjetivo substantivado + de + substantivo. Veja um exemplo de
cada:

Ele é mais feliz (do) que você. / O bairro (de) Copacabana é charmoso. /
A impressão é (de) que nada havia mudado. / Pobre (do) homem, sofre
tanto.

Locução prepositiva

É o conjunto de palavras terminadas em preposição.

Ex.: a fim de, além de, antes de, depois de, ao invés de, à custa de, em
via de, à volta com, defronte de, a par de, através de, perto de, diante
de, detrás de, ao encontro de, de encontro a, devido a... a/ em meu ver,
a/ com muito custo, em frente de/ a, junto a/ com/ de...

Ex.: Voltei logo devido à chuva. (causa)

O menino foi ao encontro da mãe. (direção/ união)

Obs.:

1- Há divergência gramatical nas locuções prepositivas “dentro de, perto de, longe de,
diante de”, pois Ulisses Infante, Pasquale Cipro Neto, Sacconi e Celso P. Luft entendem
que tais expressões, na verdade, são advérbios seguidos de preposição. Do ponto de
vista da vastíssima maioria dos gramáticos, porém, tais expressões são, de fato,
locuções prepositivas. Na parte de complemento nominal, o gramático Manoel Pinto
Ribeiro é mais taxativo ainda: “Em ‘Perto de casa’, não ocorre complemento nominal do
advérbio ‘perto’, pois ‘perto de’ é locução prepositiva que introduz um adjunto adverbial
de lugar. Entenda mais na parte de complemento nominal à frente.

2- É condenada pelos gramáticos as locuções prepositivas “frente a ou face a”. O único


gramático (conhecido por mim) que acha ser “inócua” tal doutrina gramatical é o
Cegalla.

Contração, Combinação e Crase


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A contração de uma preposição ocorre quando esta se junta com um


artigo ou pronome demonstrativo ou oblíquo e há perda fonética. A
combinação ocorre sem perda fonética. A crase ocorre quando a
preposição a se liga a um artigo feminino ou ao pronome demonstrativo
iniciado por A.

Ex.: Eu cursei o 2º grau no (em+o) ano 2000.

Deste (de+este) ano não passa.

Eu fui à (a+a) praia.

Eu vou àquele (a+a(quele) lugar sempre.

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Relacionais e Nocionais

As preposições relacionais são exigidas pelo verbo ou pelo nome. As


preposições nocionais normalmente não são exigidas por verbos e nomes,
marcando relações semânticas diversas (ver no quadro abaixo em ‘Valor
das várias relações’). Na diferença entre CN e ADN, precisamos perceber
se a preposição é relacional. Se for, CN; se for nocional, ADN.

Ex.: Assisti a um filme ontem. (quem assiste, assiste A algo) - relacional

Sou fiel a Deus. (quem é fiel, é fiel A alguém) – relacional

O carro do João quebrou. (valor de posse) – nocional

Viajei de carro. (valor de meio) – nocional

Valor das várias relações

A: causa, conformidade, destino (lugar).

Ex.: Eu voltei a pedido dos amigos./ Eu comi um bife à milanesa./ Eu fui


daqui a Salvador.

COM: causa, companhia, concessão, instrumento, matéria, modo,


oposição, referência, simultaneidade.

Ex.: Eu assustei-me com o trovão./ Eu saí com a garota./ Com mais de


80 anos, ainda projeta planos./ Eu abri a porta com a chave./ Eu fiz o
vinho com a uva certa./ Eu a trato com carinho./ Eu joguei com você e
ganhei./ Com sua irmã, tudo é diferente./ Hoje a mulher concorre com o
homem.
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CONTRA: oposição, direção, proximidade.

Ex.: Eu jogo contra você./ Eu a empurrei contra a outra./ Eu a apertei


contra o peito.

DE: assunto, causa, conteúdo, definição, dimensão, fim, instrumento


(meio), lugar, matéria, medida, modo, origem, posse, preço, qualidade,
semelhança (comparação), tempo.

Ex.: Eu falo de futebol./ Estou morto de fome./ Tomei uma xícara de


café./ Sou uma pessoa de coragem./ Estou em um prédio de dois
andares./ Tenho um carro de passeio./ Eu viajei de trem e briguei de
faca./ Vi de perto aquela cena./ Comprei um chapéu de palha./ Comprei
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uma régua de 30cm./ Fiquei de pé./ Comprei carne de vaca./ Estou
fascinado com o olhar de Maísa./ Comprei o caderno de um real./ Vendi
uma TV de segunda./ Ela tinha olhos de gata./ Sempre estudo de tarde.

DESDE: lugar, tempo.

Ex.: Eu dormi desde lá até cá./ Brahma, fabricada desde o século 19.

EM: estado (qualidade), fim, forma (semelhança), limitação, lugar, meio,


modo, preço, sucessão, tempo, transformação.

Ex.: Comprei uma TV em cores./ Estamos em greve./ Eu a pedi em


casamento./ Bebi água com as mãos em concha./ Nunca fui bom aluno
em Matemática./ Fiquei em casa./ Paguei em cheque as contas./ Escrevi o
poema em português./ Avaliei a casa em um milhão de reais./ Trabalho
de porta em porta./ No ano 2000, tinha 18 anos./ A mudança da água em
vinho foi o 1º milagre de Cristo.

ENTRE: lugar, meio social, reciprocidade.

Ex.: Estou entre os aprovados./ Sempre estou entre os ciganos./ Não há


problemas entre mim e ela.

PARA: conseqüência, fim, lugar, proporção, referência (opinião), tempo.

Ex.: Sou muito esperto para não cair nessa./ Nasci para trabalhar./ Vim
para ficar./ Estou para o português assim como vocês estão para a
enfermagem./ Para mim, ela está mentindo./ Tenho água para dois dias
apenas.

PERANTE: indica lugar, em frente a; não se usa perante a.

Ex.: Eu, perante o juiz e perante Deus, juro.


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POR: causa, conformidade, favor, lugar, medida, meio, modo, preço,


quantidade, substituição, tempo.

Ex.: Fui preso por vadiagem./ Fiz a cópia pelo original./ Morri por uma
causa./ Moro por aqui mesmo./ Comi por quilo./ Enviei a carta pelo
Correio./ Chamei-a por ordem alfabética./ Vendi o livro por dois reais./ O
FLU perdeu por 5 a 1 do FLA./ Comprei gato por lebre./ Estarei lá pelo
Natal.

SEM: indica ausência, condição ou concessão

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Ex.: Não se vive sem oxigênio. / Sem dinheiro, entrei no clube. / Sem
dinheiro, não entra no clube.

SOB: lugar, modo, tempo.

Ex.: Estou sob o viaduto./ Saí sob vaias./ Sob Lula, o país não progrediu
em quatro anos.

SOBRE: assunto, direção, lugar.

Ex.: Eu converso sobre política./ Voei sobre o adversário./ Flutuo sobre as


ondas.

TRÁS: indica posição.

Ex.: Ele ficou para trás, chegou por trás e ficou por trás de todos.

· Os verbos chegar, ir, voltar, levar, dar... não são usados com a preposição
em, quando indicam lugar. Chegar a casa; Ir ao supermercado; Voltar à
escola; Levar à praia...

· “Nos domingos vou à missa” (errado), pois é o a que indica repetição de um


fato. “Aos domingos vou à missa.

· Verbo ter/haver + de + infinitivo: Eu tenho de/ que viajar amanhã.


Privilegia-se a 1ª forma.

· “Somos em dez, Estamos em cinco, Fomos em quatro” (errados); a


preposição em entre os verbos ser, estar ou ir + numeral não é usada. Logo:
Somos dez em casa, Estamos cinco no carro...
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· Alguns gramáticos, como Sacconi, dizem que não se deve contrair preposição
com o termo seguinte se for sujeito (Está na hora de ele falar); já Bechara diz
que não há problema algum (Está na hora dele falar)... Polêmicas... rs

· As preposições POR/PARA/A/SEM/AO + verbo no infinitivo indicam,


respectivamente, CAUSA/FINALIDADE/CONDIÇÃO/CONCESSÃO OU
CONDIÇÃO/TEMPO: Por ser exato, o amor não cabe em si. / Para passar,
precisa estudar. / A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.
/ Sem estudar, não passará./ Sem estudar, passei. / Ao fazer os exercícios,
preocupei-me em acertar os mais fáceis.

Advérbio
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Palavra que

· não muda de forma em gênero e número, ou seja, é invariável;

· se liga ao verbo, adjetivo, outro advérbio ou uma oração inteira,


modificando o sentido deles.

· apresenta diversas circunstâncias ou valores semânticos (afirmação,


negação, modo, lugar, tempo, dúvida, intensidade, causa,
concessão, conformidade, finalidade, condição, meio, instrumento,
etc.)

Ex.: Ficaremos aqui. (modificou o verbo)

Você é muito bom. (modificou o adjetivo)

Eu cheguei bastante cedo. (modificou o advérbio)

Semestralmente fazemos concursos. (modificou a oração)

Ø Os advérbios terminados em –mente são derivados de adjetivos


femininos ou uniformes: sábia > sabiamente; sutil > sutilmente... É
bom dizer que o fato de um advérbio terminar em –mente não significa
dizer que é de modo. Pode ser de modo, afirmação, negação, dúvida,
intensidade ou tempo (veja, respectivamente): rapidamente,
indubitavelmente, absolutamente, possivelmente, extremamente,
concomitantemente, etc. O ‘absolutamente’ pode ser de afirmação
também, dependerá do contexto.

Ø Quando, como, onde e por que são, respectivamente, advérbios


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interrogativos de tempo, modo, lugar e causa. Podem aparecer nas


orações interrogativas diretas ou indiretas: Quando voltaremos? /
Ninguém soube me responder como voltaríamos.

Ø Demais modifica verbo ou adjetivo, de mais modifica nome: Comer


demais não faz bem. / Isto está seco demais. / Já ganhei dinheiro de
mais aqui.

Ø Importantíssimo!!! Alguns adjetivos podem se tornar advérbios de


modo, quando modificam verbos: Por favor, falem baixo! / Esta cerveja
desceu redondo. / Ela o olhou sério. / Não transcreva errado o texto.
Normalmente podemos usar o sufixo –mente depois destes advérbios
(redondamente, seriamente, erradamente). O numeral ‘primeiro’ pode se
tornar advérbio, segundo alguns gramáticos, como Sacconi: Ele chegou
primeiro aqui.

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Ø Aparecendo vários advérbios na frase terminados em –mente, prefere-


se, por concisão, que só o último receba o sufixo: O Brasil cresceu
econômica, política e administrativamente.

Ø Alguns advérbios são chamados de modalizadores, pois, basicamente,


exprimem estado emocional ou ponto de vista: Infelizmente, todos
morreram. / Lamentavelmente a seleção brasileira de futebol não
ganhará a Copa de 2014.

Alguns advérbios e suas circunstâncias

Por favor, meus alunos, fiquem atentos aos advérbios mais ‘estranhos’,
ou menos usuais (ou nunca usados), abaixo. Estão sublinhados. Ah! Não
é para sair decorando, ok? É só para terem uma ideia; a mais pura
verdade é que só o contexto determinará o valor semântico da maioria
dos advérbios.

Modo
Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de
caso pensado, de propósito, para esse fim), debalde (inutilmente),
depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente,
cuidadosamente e muitos outros terminados em –mente...

Lugar
abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures (em algum
lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aqui,
aquém, atrás, cá, acolá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe,
perto...

Tempo
afinal, agora, amanhã, amiúde (frequentemente), antes, ontem, breve,
cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje,
imediatamente, jamais, nunca, sempre, outrora, primeiramente, tarde,
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provisoriamente, sucessivamente, já, doravante...

Negação
não, tampouco (também não), sequer...

Afirmação
sim, certamente, decerto, certo...

Dúvida
acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá...

Intensidade
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assaz (bastante), bastante, demais, mais, menos, muito, quanto, quão,
quase, tanto, pouco...

Palavras e locuções denotativas

Abro aqui um adendo para dar voz ao mestre Bechara: “A Nomenclatura


Gramatical (NGB) põe os denotadores de inclusão, exclusão, situação,
retificação, designação, realce, etc. à parte, sem nome especial”.
Ampliando o assunto, Celso Cunha diz que tais palavras não se encaixam
em nenhuma classe gramatical, por isso os vocábulos abaixo são
chamados de “palavras denotativas”, o que explica o ‘à parte’ usado por
Bechara. Conheça-os:

· Designação: Eis.
Ex.: Eis-me aqui, envia-me!

· Exclusão: apenas, salvo, só, somente, exceto, exclusive, afora,


senão, menos...
Ex.: Tudo tem limite, exceto o meu amor por você.

· Inclusão: até, inclusive, mesmo, também, ademais...


Ex.: Até o chefe da seção notou minha inquietude.

· Explicação: isto é, ou melhor, por exemplo, a saber...


Ex.:Este é um fato comum, a saber: todo professor é humano.

· Realce (expletiva): cá, lá, é que, só, ainda, sobretudo...


Ex.: Eu é que sou mais eu./ Veja lá o que vai fazer!

· Retificação: aliás, ou melhor, ou antes, isto é...


Ex.: Faça silêncio, ou melhor, fale mais baixo.

· Situação: afinal, agora, então, mas...


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Ex.: Afinal, o que querem?

Só de curiosidade:

A palavra mesmo e seus quatro valores semânticos:

Concessão: Mesmo chovendo, viajamos.


Afirmação: A natureza está mesmo doente.
Inclusão: Mesmo quem não comprou, irá.
Precisão: Ela me beijou aqui mesmo.

Locução Adverbial

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É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio;


normalmente iniciadas por preposição. Algumas: ao vivo, dia a dia
(tempo), em casa (lugar), aos trancos e barrancos, cara a cara, às
pressas (modo), em hipótese alguma (negação), com a faca
(instrumento), de trem (meio), por R$20.000,00 (preço)...

Ex.: Ele veio a pé, mas voltou a cavalo. (meio)

Ele faz entrega em domicílio. (lugar)

Ele estuda Letras às escondidas. (modo)

Ele chega em breve, este ano, obviamente. (tempo)

Ele, de jeito nenhum, age desonestamente. (negação)

Ele, com certeza, passará este ano. (afirmação)

Ele fala em excesso. (intensidade)

Ele estuda por necessidade. (causa)

Ele só fala sobre política. (assunto)

Ele sempre chega, apesar do trânsito. (concessão)

Ele viajou a negócios. (finalidade)

Na dúvida, não ultrapasse. (condição)

Caso queira conhecer expressões adverbiais latinas:


http://www.dicionariodelatim.com.br/searchController.do?hidArtigo=3C15
CD599BA947DD024F3A2DF3BEA5A4 60043761321

Graus dos advérbios

O advérbio é intensificado (grau) por outro advérbio, normalmente; o


comparativo e o superlativo são os graus do advérbio.

O comparativo pode ser de:

· Igualdade: Aquela menina escreve tão depressa quanto/como eu.

· Superioridade: Aquela menina escreve mais depressa (do) que eu.

· Inferioridade: Aquela menina escreve menos depressa (do) que eu.


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Obs.: Os advérbios ‘bem’ e ‘mal’, no grau comparativo de superioridade, ficam


‘melhor’ e ‘pior’: Aquela menina escreve melhor/pior do que eu.

O grau superlativo pode ser apenas absoluto (sintético ou analítico)

· Sintético (uso de sufixo -íssimo ou -issimamente):

Ex.: Ele estava muitíssimo bêbado. / Ele acordou


apressadissimamente.

· Analítico (uso de advérbio de intensidade modificando outro


advérbio):

Ex.: Eu fui muito bem nos exames. / Ela corre bem mal.

Obs.:

· Os advérbios ‘bem’ e ‘mal’, no grau superlativo absoluto sintético, viram


‘ótimo’ e ‘péssimo’:
Ex.: Eu fui ótimo nos exames. Ela corre péssimo.

· Mais bem e mais mal são formas que se usam, de acordo com Bechara,
antes de particípios ou adjetivos. Pode-se usar também ‘melhor’ ou ‘pior’,
de acordo com alguns gramáticos, como Sacconi.

Ex.: Esta casa é mais bem/melhor mobiliada que a outra. / Estes


alunos são mais mal/pior desenvolvidos que aqueles.

Formas estilísticas de grau dos advérbios

Existem certas formas criativas que fazem a gradação (grau) dos


advérbios. Veja: 60043761321

· A repetição da forma adverbial gera a forma superlativa.

Ex.: Volto já, já./ Chegaremos logo, logo.

· O prefixo (super e outros) ou o sufixo (aumentativo ou diminutivo)


fazem a forma superlativa.

Ex.: Ele fez super-rápido a prova. / Ele fez rapidão/rapidinho a


prova.

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Conjunção

Palavra que

· não muda de forma, portanto é invariável.

· liga orações ou termos de mesma função sintática na oração;


modernamente, liga períodos e parágrafos.

· explicita diversos nexos semânticos entre as partes do texto.

· é também chamada de conector, conectivo, elemento coesivo,


operador argumentativo...

Ex.: O Sol e a Lua são astros visíveis, mas são muito distantes da terra.

O primeiro conectivo liga termos (Sol/Lua) estabelecendo uma relação


semântica de adição, acréscimo, soma; já o segundo liga orações (‘O Sol
e a Lua são astros visíveis’/’são muito distantes da terra’) estabelecendo
uma relação de adversidade, contraste, oposição. Entenda que as
relações entre os termos e as orações normalmente existem sem que
haja uma conjunção explicitando tal relação; ao colocarmos o conector, a
relação fica mais clara, explícita. Veja um exemplo:

Ano passado estudei demais: consegui a valiosa classificação.

Note que no lugar dos dois-pontos poderíamos colocar um conectivo que


clarificasse a ideia de causa/efeito (ou fato/conclusão), certo? Veja se não
ficaria assim:

Ano passado estudei demais, logo consegui a valiosa classificação.

Dentro de coesão sequencial, já abordada por mim na AULA 00 (ainda se


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lembra dela?), falei muito sobre o que vem abaixo, entretanto preciso
relembrar-lhe que assuntos importantes nunca podem cair na indiferença,
portanto acompanhe (percebeu neste pequeno parágrafo as
conjunções?):

Locução conjuntiva

Grupo de vocábulos que desempenha o mesmo papel das conjunções.

Não obstante, no entanto, pois que, visto que, já que, ao passo que, para
que, logo que, assim que, a menos que, a fim de que, à medida que...
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Classificação das conjunções

Fiquem atentos às conjunções sublinhadas, pois elas não são usuais; por
este motivo a banca vai fazer questão de provocar sua sapiência. Sem
ironia! :)

Existem dois tipos de conjunção: coordenativas (ligam orações ou


termos sintaticamente independentes) e subordinativas (ligam orações
sintaticamente dependentes).

Coordenativas (5)

Aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

· Aditivas: exprimem ideia de soma, acréscimo, adição.

e, nem, tampouco; (não só/apenas/somente)... mas/como/senão


(também, ainda); (tanto)... quanto/como...

Ex.: Estudo e trabalho. / Não estudo nem trabalho. / Não só estudo


mas também trabalho. / Tanto estudo quanto trabalho.

Obs.: O e pode ter outros valores semânticos também (adversidade ou


consequência): A chuva foi intensa e a cidade ficou inundada. / Nós acordamos
cedo, e chegamos atrasados.

· Adversativas: indicam uma ideia de oposição, ressalva,


retificação, contraste, adversidade, quebra de expectativa,
compensação, restrição; elas realçam o conteúdo da oração que
introduzem.

mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não


obstante, só que...
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Ex.: Estudo, mas não trabalho. / Ela não trabalha em nada, não
obstante estuda bastante. / Ela sequer estuda, só que acaba
passando nos concursos. / Preços mais altos proporcionam aos
agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a
tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também impõem custos aos
consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento (ideia de
restrição/compensação).

· Alternativas: exprimem ideia de exclusão, alternância, inclusão


(pouco comum).

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ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, umas vezes...outras
vezes, talvez...talvez...

Ex.: Você estuda ou trabalha? / Ora ele estuda, ora ele trabalha. /
O estudo ou o trabalho dignificam o homem.

Obs.: Bechara diz que o ‘ou’ pode indicar uma retificação (correção do que foi
dito, equivalendo a ‘ou melhor’): O aluno, ou a aluna é bem estudiosa.

· Conclusivas: exprimem ideia de conclusão ou consequência.

logo, portanto, por isso, por conseguinte, então, assim, em vista


disso, sendo assim, pois (entre vírgulas e depois do verbo)...

Ex.: Você estudou; terá, pois, sua recompensa. / Ele não passou no
concurso dessa vez, por isso terá de conciliar o estudo com o
trabalho.

· Explicativas: exprimem ideia de explicação, motivo, razão.

porque, que, porquanto, pois (antes do verbo)...

Ex.: Estude, que valerá a pena. / Seu esforço não será em vão,
pois Deus ajuda quem cedo madruga.

Subordinativas (10)

Integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais,


conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

· Integrantes: introduzem orações subordinadas substantivas;


conectam uma oração incompleta a uma oração que, por sua vez,
vai completá-la; um antigo e válido ‘bizu’ nos diz que se
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conseguirmos substituir uma oração iniciada por QUE ou SE por


ISTO, tais conectivos serão conjunções subordinativas integrantes.

QUE e SE

Ex.: Não sei se devo estudar mais. (‘Não sei’ o quê? Isto: ‘se devo
estudar mais’) / Eu espero que você passe este ano, meu aluno!
(‘Eu espero’ o quê? Isto: ‘que você passe este ano’) / Percebe-se
que ela é uma boa aluna. (O que se percebe? Isto: ‘que ela é uma
boa aluna’)

· Causais: exprimem a causa, a razão de um efeito.


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porque, que, porquanto, pois, pois que, dado que, visto que, já que,
uma vez que, na medida em que, como (só no início da oração)...

Ex.: Como estudamos dia e noite, alcançamos o êxito. / Ele deixou


de estudar uma vez que teve de começar a trabalhar. / Na
medida em que não conseguiu resolver a prova, ficou bem
nervoso.

Obs.: Dado que e Posto que são normalmente locuções conjuntivas concessivas
(normalmente com verbo no subjuntivo): Dado que/Posto que tenha deixado
de estudar, nunca esqueci as explicações do Pestana. Modernamente, a
conjunção se tem ganhado ‘status’ de causal equivalendo a ‘já que’, ‘uma vez
que’: Se homens são imperfeitos, seus trabalhos nunca serão perfeitos.

· Comparativas: exprimem comparação, analogia.

(mais, menos, maior, menor, melhor, pior)... (do) que; (tal)... qual/
como; (tão, tanto)... como/quanto; como; assim como; como se;
feito...

Ex.: Estudo mais (do) que você. / Viva o dia como se fosse o
último. / O filho nasceu tal qual o pai.

Obs. Fique ligado no vocábulo ‘como’, pois ele pode ser aditivo, causal,
conformativo e comparativo, além de poder ser advérbio de modo e de
intensidade!

· Concessivas: exprimem contrariedade, ressalva, oposição a uma


ideia sem invalidá-la.

embora, malgrado, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem


que, posto que, nem que, apesar de que, por (mais, menos,
melhor, pior, maior, menor) que, sem que (= embora não)...

Ex.: Por pior que estejam seus estudos, não desista. /


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Conquanto eu trabalhe, nunca paro de estudar. / Nem que a vaca


tussa, vacilarei no dia da prova.

Obs.: ‘Se’ pode indicar concessão: Se você voltasse hoje, eu não saberia.

· Condicionais: exprimem condição, hipótese.

se, caso, contanto que, exceto se, salvo se, desde que (verbo no
subjuntivo), a menos que, a não ser que, sem que (= se não)...

Ex.: Se tu parares de estudar, precisarás trabalhar. / Desde que


você estude, obterá êxito. / Estude a não ser que pretenda
trabalhar.

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Obs.: A expressão coesiva sem que pode indicar uma relação de concessão
(oposição), condição ou modo:

Ex.: Saiu sem que se despedisse. (modo)


Sem que estudasse, passou. (concessão)
Sem que estude, dificilmente passará. (condição)

· Conformativas: exprimem acordo, maneira, conformidade.

conforme, consoante, segundo, como (= conforme)...

Ex.: Consoante falamos, dedique-se ao estudo. / Você enfim agiu


conforme nós acordamos. / Segundo havíamos combinado, você
inicia o curso amanhã.

· Consecutivas: exprimem resultado, efeito, consequência.

que (após tão, tanto, tamanho, tal — essas palavras podem vir
implícitas —, de sorte, de modo, de maneira, de tal forma)...;

Ex.: Estudei tanto que acabei tendo uma estafa. / Tal foi sua
postura antes da prova que conseguiu um bom resultado. / Não
gostava de estudar, mas queria me estabilizar na vida, de sorte
que comecei a estudar em PDF.

· Finais: exprimem objetivo, finalidade.

para que, a fim de que, porque (= para que); de modo que, de


forma que, de maneira que (= para que), com o
intuito/fito/escopo/propósito de que...

Ex.: Aluno, estude mais Português de modo que alcance um bom


nível de conhecimento. / Estou estudando para que melhore a
vida. / Trabalho de dia porque banque meus estudos à noite.
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· Proporcionais: exprimem proporção, simultaneidade,


concomitância.

à proporção que, à medida que (não confunda com ‘na medida em


que’), ao passo que, enquanto (segundo Celso Cunha), quanto
mais/menos/menor/maior/melhor...

Ex.: Quanto mais conheço os detalhes do Português, mas safo


fico. / A minha mente cresce à medida que eu a ‘alimento’. /
Quanto mais estudo Matemática, menos entendo. (inversamente
proporcional)
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Obs.: ‘à medida em que’ não é forma culta!!!

· Temporais: exprimem tempo.

quando, logo que, assim que, a primeira vez que, agora que, depois
que, antes que, sempre que, desde que (verbo no indicativo), até
que, assim que, enquanto, mal...

Ex.: Enquanto estudo, ocupo minha mente. / Desde que essas


explicações chegaram à minha vida, nunca mais fui o mesmo
estudante. / Mal entrei em sala, começaram os aplausos!

Em respeito à palavra QUE, abro aqui um “pequeno” adendo só para ela:

A palavra QUE pode pertencer a várias categorias gramaticais, exercendo as mais


diversas funções sintáticas. Veja abaixo quais são essas funções e classificações.
Agradecimentos ao antigo site ‘por tras das letras’.

Advérbio
Intensifica adjetivos e advérbios, atuando sintaticamente como adjunto adverbial de
intensidade. Tem valor aproximado ao das palavras quão e quanto.

Ex.: Que longe está meu sonho!


Os braços...; oh! Os braços! Que bem-feitos!

Substantivo
Como substantivo, tem o valor de qualquer coisa ou alguma coisa. Nesse caso, é
modificado por um artigo, pronome adjetivo ou numeral, tornando-se monossílabo
tônico (portanto, acentuado). Pode exercer qualquer função sintática substantiva.

Ex: Um tentador quê de mistério torna-a cativante.


"Meu bem querer 60043761321

Tem um quê de pecado..."( Djavan)

Também quando indicamos a décima sexta letra do nosso alfabeto usamos o


substantivo quê.
Ex: Mesmo tendo como símbolo kg, a palavra quilo deve ser escrita com quê.

Preposição
Equivale à preposição de ou para, geralmente ligando uma locução verbal com os
verbos auxiliares ter e haver. Na realidade, esse QUE é um pronome relativo que o
uso consagrou como substituto da preposição de.

Ex: Tem que combinar? (= de)


Amanhã, teremos pouco que fazer em nosso escritório. (= para)

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Interjeição
Como interjeição, a palavra QUE (exclamativo) também se torna tônica, devendo ser
acentuada. Exprime um sentimento, uma emoção, um estado interior e, equivale a
uma frase, não desempenhando função sintática em oração alguma.

Ex: Quê! Você por aqui!


Quê! Nunca você fará isso!

Partícula expletiva ou de realce


Neste caso, a retirada da palavra QUE não prejudica a estrutura sintática da oração.
Sua presença, nestes contextos, é um recurso expressivo, enfático.

Ex: Quase que ela desmaia!


Então qual que é a verdade?

Obs: Pode aparecer acompanhado do verbo ser, formando a locução é que.


Ex: Mas é que lá passava bonde.

Pronome relativo
O pronome relativo refere-se a um termo (por isso mesmo chamado de
antecedente), substantivo ou pronome, ao mesmo tempo que serve de conectivo
subordinado entre orações. Geralmente, o pronome relativo introduz uma oração
subordinada adjetiva, nela desempenhando uma função substantiva. Neste caso,
pode ser substituído por qual, o qual, a qual, os quais, as quais.

Ex: João amava Teresa que amava Raimundo.


Às pessoas que eu detesto diga sempre que eu detesto.

Pronome Interrogativo
Quando equivale a "que coisa".
Ex: Que caiu?
A fantasia era feita de quê?

Pronome Indefinido
Quando, funcionando com adjunto adnominal, acompanha um substantivo.
Ex: Que tempo estranho, ora faz frio, ora faz calor.
Que vista linda há aqui!

A conjunção QUE: o QUE pode ser conjunção coordenativa ou subordinativa.


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Conjunção coordenativa Como conjunção coordenativa, a palavra QUE liga


orações coordenadas, ou seja, orações sintaticamente equivalentes.

Explicativa
A oração coordenada explicativa aponta a razão de se ter feito a declaração contida
em outra oração coordenada. Quando introduz esse tipo de oração, o QUE tem valor
próximo ao da conjunção pois.

Ex: Mantenhamo-no unidos, que a união faz a força.


Deixe, que os outros pegam.

Conjunção subordinativa A conjunção QUE é subordinativa quando introduz


orações subordinadas substantivas e adverbiais. Essas orações são subordinadas
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porque desempenham, respectivamente, funções substantivas e adverbiais em
outras orações (chamadas principais).

Integrante
O QUE é conjunção subordinativa integrante quando introduz oração subordinada
substantiva.

Ex: "E ao lerem os meus versos pensem que eu sou qualquer coisa natural."(
Alberto Caeiro)
Parecia-me que as paredes tinham vulto.

Causal
Introduz as orações adverbiais causais, possuindo valor próximo a porque.

Ex: Fugimos todos, que a maré não estava pra peixe.


Não esperaria mais, que elas podiam voar.

Final
Introduz orações subordinadas adverbiais finais, equivalendo a para que, a fim de
que.

Ex: "...Dizei (para) que eu saiba." (João Cabral de Melo Neto)


Todos lhe fizeram sinal que se calasse.

Consecutiva
Introduz as orações subordinadas adverbiais consecutivas, depois de tão, tanto,
tamanho, tal.

Ex: A minha sensação de prazer foi tal que venceu a de espanto.


"Apertados no balanço
Margarida e Serafim
Se beijam com tanto ardor
Que acabam ficando assim." (Millôr Fernandes)

Comparativa
Introduz orações subordinadas adverbiais comparativas.

Ex: Eu sou maior que os vermes e todos os animais.


As poltronas eram muito mais frágeis que o divã.
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Concessiva
Introduz orações subordinada adverbial concessiva, equivalente a embora.

Ex: Que nos tirem o direito ao voto, continuaremos lutando.


Estude, menino, um pouco que seja!

Interjeição

Palavra invariável que exprime determinados estados emocionais,


sensações ou estados de espírito; ou até mesmo servem como
expressões expressivas sem que se tenha de usar estruturas mais

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complexas. As interjeições podem ser classificadas de acordo com a
expressividade ou sentimento que traduzem. O ponto de exclamação é
característica inerente das interjeições. Estou para ver um concurso que
trabalha questões de interjeição... logo... mas vá lá...

Seguem alguns exemplos:

Aplauso, louvação: bis!, bem!, bravo!, viva!, fiufiu!, hup!, hurra!,


isso!, muito bem!, parabéns!

Afugentamento: arreda!, fora!, passa!, sai!, roda!, rua!, toca!, xô!,


xô pra lá!

Advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!

Alegria: oba!, eba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom!, iupi!

Apelo, invocação: alô!, olá!, ó!

Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!

Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!

Aprovação: bravo!, bis!, viva!, muito bem!

Admiração, surpresa: ah!, chi!, xi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!,
caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa!

Agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!

Aprovação, concordância: ok!

Chamamento, invocação: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!, olá!,


ei!, eh!, ô! 60043761321

Desculpa: perdão!

Desejo: oh!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!, oxalá!

Despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!

Dor ou prazer: ai!, ui! nossa!

Dúvida: hum! Hem! Hã!

Desapontamento, desprezo: puxa!, aff!


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Espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!,
opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barbaridade!, meu Deus!, menino
Jesus!, Jesus!

Estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!,


upa!

Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!

Medo: credo!, cruzes! uh!, ui!, socorro!

Ordem: silêncio!, alto!, basta!, chega!, quietos!, rua!

Saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!, alô!, oi!

Saudade: ah!, oh!

Silêncio, ordem: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado), psit!

Suspensão: alto!, alto lá!

Terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!,


barbaridade!

A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto


em que ela aparece. Quando a interjeição é expressada com mais de um
vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. Ora Bolas!, Cruz
Credo!, Poxa vida!, Valha-me Deus!, Se Deus Quiser!, Macacos Me
Mordam!, Jesus Cristo!...

A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como


uma estrutura à parte. Não desempenha função sintática. Ah, é
importante dizer também que muitas onomatopeias são interjeições:
Bum! Pou! Pluft!... 60043761321

Questões da CESGRANRIO

Boa resolução para você! Algumas questões foram adaptadas por


uma melhor didática. Não encontrei questões de estrutura e processo de
formação de palavras, por isso peguei de outra banca. Fique de olho nos
padrões, ou seja, nas questões recorrentes! Vamos nessa!

CESGRANRIO – PETROBRAS - ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR –


2012

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L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02
Considere o emprego da palavra com e o sentido assumido por ela na
sentença abaixo.
“Pensa-se logo num palhaço para fazer rir meninos de dez anos e
meninões de quarenta com suas piruetas e suas infantilidades.” (l. 38-41)

A palavra está usada com o mesmo sentido em:


(A) Concordo com o autor que o circo encanta a todos.
(B) A criança foi ao circo com a professora e os colegas.
(C) A programação do circo varia de acordo com a cidade.
(D) O trapezista entretém o público com seus difíceis saltos.
(E) A bailarina com cabelos dourados se apresenta sobre um cavalo.

2
As seguintes orações “Não ri nem sequer sorri.” (l. 43-44) e “Não faz uma
pirueta.” (l. 44) podem ser reescritas em um único período, sem alteração
de sentido em:
(A) Não ri nem sequer sorri, mas não faz uma pirueta.
(B) Embora não ria nem sequer sorria, não faz uma pirueta.
(C) Não ri nem sequer sorri, e não faz uma pirueta.
(D) Caso não ria nem sequer sorria, não faz uma pirueta.
(E) Não ri nem sequer sorri, porém não faz uma pirueta.

CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE CONTABILIDADE


JÚNIOR – 2012

3
A respeito da formação do plural dos substantivos compostos, quando os
termos componentes se ligam por hífen, podem ser flexionados os dois
termos ou apenas um deles.
O substantivo composto que NÃO apresenta flexão de número como
matéria-prima, contido no Texto II, é
(A) água-benta
(B) batalha-naval 60043761321

(C) bate-bola
(D) batata-doce
(E) obra-prima

CESGRANRIO – FINEP - ANALISTA JURÍDICA – 2011

4
A formação do plural da palavra cartão-postal é a mesma que ocorre em
(A) abaixo-assinado
(B) alto-falante
(C) porta-voz
(D) cavalo-vapor
(E) guarda-civil
L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02

CESGRANRIO – BNDES – ENGENHEIRO – 2011

5
“O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.” (L. 10-11)

Na linha argumentativa do texto, a oração “que a gente banaliza o olhar”


em relação à oração “de tanto ver” encerra uma
(A) causa
(B) consequência
(C) conformidade
(D) condição
(E) concessão

6
“...e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência.” (l. 22-
23)
“isso existe às pampas.” (l. 37)

Quais as locuções destacadas que encerram, respectivamente, as


mesmas circunstâncias das destacadas nos trechos transcritos acima?
(A) Aos poucos, ele ia percebendo que não precisava mais dela. / Nada
em volta causava mais surpresa.
(B) Saiu às pressas porque tinha um compromisso. / De vez em
quando, é preciso repensar as estratégias.
(C) Vá em frente que você encontrará o que procura. / De modo algum
aceitarei a proposta feita pelo meu superior.
(D) Em breve, estarei terminando de escrever minha biografia. /
Trabalhou em excesso para apresentar seu projeto final.
(E) A notícia chegou de súbito causando, assim, um grande impacto. /
Hoje em dia, as pessoas pensam mais nelas próprias.

7 60043761321

A conjunção/locução conjuntiva entre parênteses que NÃO expressa a


mesma relação de sentido da conjunção/locução conjuntiva destacada é:
(A) “assim como não estamos aqui,” (l. 5-6) – (bem como)
(B) “...quando procuramos estar com alguém,” (l. 8) – (sempre que)
(C) “...porque gostamos,” (l. 9-10) – (ao passo que)
(D) “...para que elas venham até você.” (l. 25) – (a fim de que)
(E) “mas quem estava procurando por você!” (l. 27-28) – (porém)

CESGRANRIO – SUAPE – ENGENHEIRO DE MANUTENÇÃO PLENO –


2011

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L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02
“a turista Tânia Mara Scavello disse ter se surpreendido, já na portaria,
ao ver a placa indicativa de aceitação de cartões de crédito.” (L. 2-
4)
No trecho transcrito acima, a oração destacada, apesar de não apresentar
conectivo, liga-se à primeira com determinada relação de sentido.

Essa relação de sentido é caracterizada por uma ideia de


(A) conformidade
(B) tempo
(C) concessão
(D) finalidade
(E) proporção

CESGRANRIO – SEEC/RN – PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA


– 2011

9
Quanto à formação do plural de substantivos compostos, algumas normas
devem ser observadas.
O grupo de palavras compostas que seguem a mesma regra de flexão de
número de lugares-comuns é
(A) obra-prima, navio-petroleiro, água-marinha
(B) amor-próprio, vice-presidente, beija-flor
(C) salário-mínimo, cartão-postal, sempre-viva
(D) segunda-feira, bate-boca, tenente-coronel
(E) vitória-régia, amor-perfeito, abaixo-assinado

10
A articulação lógica entre as ideias expressada pelo emprego de
conectivos em um texto é um fator de coerência.
No trecho do Texto II “No trabalho, em que a comunicação pode custar
dinheiro ou mesmo o sucesso profissional, um e-mail deve ser redigido
com toda a atenção para não dar margem a mal-entendidos.” (l. 14-17),
o termo em destaque introduz, em relação à parte inicial, a ideia de
60043761321

(A) alternância
(B) comparação
(C) conclusão
(D) contraste
(E) proporção

11
Um dos aspectos responsáveis por garantir a coerência textual é a relação
lógica que se estabelece entre as ideias. Essa relação pode ser explicitada
por conectores ou estar implícita na sequência textual. No trecho a seguir,
estabelece-se uma relação lógica implícita entre os dois períodos.
L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02
Na prática, não há garantia de que aprender uma dada quantidade de
técnicas de escrita nos faça escrever melhor. Escrever, como ler, só será
efetivamente um hábito qualificado se feito com prazer. (l. 17-21, Texto
III)

Essa relação lógica entre os dois períodos pode ser expressa por
(A) embora
(B) por conseguinte
(C) à medida que
(D) a fim de que
(E) sempre que

12
A relação lógica estabelecida entre as ideias do Texto IV, por meio da
palavra ou da expressão destacada, está exemplificada corretamente em:
(A) conclusão: “[...] algo que a humanidade vem fazendo há milhares de
anos, desde que precisou sobreviver e viver melhor em ambientes
diversos [...]” (l. 4-6)
(B) temporalidade: “A Era do Virtual é um caminho para essa perspectiva
múltipla, e a mobilidade é um meio para o alcance da liberdade de
expressão [...]” (l. 16-19)
(C) comparação: “Tal comportamento independe do que pensamos estar
certo ou errado, pois este binômio não é mais aplicável com uma solução
razoável.” (l. 27-29)
(D) causalidade: “[...] ampliando o espectro de conhecimentos dos alunos
- uma vez que as instituições físicas, apenas mundo real, não serão mais
capazes de fazer.” (l. 33-36)
(E) condição: “[...] os conteúdos não são mais simplesmente
empacotados do professor para os alunos; mas são conteúdos que
permitem a produção de parcelas enormes de contribuições pelo
estudante.” (l. 46-49)

CESGRANRIO – CITEPE – SUPERVISOR DE PRODUÇÃO TÊXTIL –


60043761321

2011

13
Em “Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o
imperador.”, o elemento destacado é um conector de
(A) inclusão
(B) oposição
(C) comparação
(D) explicação
(E) retificação

14

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L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02
Em “mas a qualidade mais importante da seda é exatamente a imagem
de nobreza...”, a conjunção destacada pode ser substituída, sem alterar o
sentido do trecho, por
(A) porquanto
(B) então
(C) todavia
(D) enquanto
(E) pois

15
A passagem transcrita do texto na qual o que tem a mesma classe
gramatical do destacado em “... que ela foi descoberta por uma
imperatriz chinesa,” é:
(A) “que tomava uma xícara de chá sob uma amoreira,”
(B) “...que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.”
(C) “...que o homem já utilizou para a fabricação de fios e tecidos.”
(D) “...que conhecemos na natureza...”
(E) “...que ela traz consigo desde a época de sua descoberta.”

16
O adjetivo destacado em “...fino manto...”, se deslocado para depois do
substantivo “manto”, sofre alteração de sentido, o que NÃO ocorre em:
(A) Passamos por negras situações naquela época.
(B) Aquele profissional é um pobre homem.
(C) Ela era uma simples pessoa.
(D) Recebi uma única oferta de trabalho.
(E) Tornou-se, quando adulto, um grande homem.

CESGRANRIO – ELETROBRAS – ADMINISTRADOR – 2010

17
Em qual dos períodos abaixo temos uma relação causal?
(A) “E, como o vampiro, o insone também é uma espécie de imortal.”
(B) “como em todo sistema, nesse também há alguns pontos críticos.”
60043761321

(C) “Quando me perguntam como é que pode, faço cara de fenômeno...”


(D) “Como faço a sesta todo dia, estou bem,”
(E) “Quem puder, faça como eu,”

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – 2010

18
Em “Não minta para você, essa é a forma mais rápida de se perder.”,
relacionando a 2ª oração com a 1ª, o conectivo que NÃO poderia
introduzir a 2ª oração, por provocar alteração do sentido inicial, é
(A) porquanto.
(B) que.
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Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02
(C) pois.
(D) logo.
(E) porque.

19
O termo destacado expressa uma circunstância de causa em
(A) “entretanto, pelas inseguranças, medos e raivas,”
(B) “...que impactam pelo resto da vida,”
(C) “No direito e na medicina isso é mais complexo,”
(D) “pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo.”
(E) “...e, com absoluta certeza,”

20
A opção cuja classe da palavra destacada difere da das demais é
(A) “O futuro é construído a cada instante da vida,”
(B) “Perguntas a que também quero responder,”
(C) “... os erros inerentes a minha condição,”
(D) “retirando a morte,”
(E) “pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo.”

CESGRANRIO – IBGE – ANÁLISE AGRÍCOLA – 2010

Fragmento de texto

O veneno é um furo na teoria da evolução. De acordo com o


darwinismo clássico os bichos desenvolvem, por seleção natural, as
características que garantem a sua sobrevivência. Adquirem seus
mecanismos de defesa e ataque num longo processo em que o acaso tem
papel importante: a arma ou o disfarce que o salva dos seus predadores
ou facilita o assédio a suas presas é reproduzido na sua descendência, ou
na descendência dos que sobrevivem, e lentamente incorporado à
espécie.
60043761321

(...)

O veneno sugere que existe, sim, o mal-intencionado nato. O ruim


desde o princípio. E o que vale para serpentes vale para o ser humano.
Sem querer entrar na velha discussão sobre o valor relativo da genética e
da cultura na formação da personalidade, o fato é que não dá para evitar
a constatação de que há pessoas venenosas, naturalmente venenosas,
assim como há pessoas desafinadas.

(...)

O que explica não apenas o crime patológico como as pequenas


vilanias que nos cercam. A pura maldade inerente a tanto que se vê, ouve
ou lê por aí.

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L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02

(...)

21
“Nenhum bicho venenoso pode alegar que a luta pela vida o fez assim.
Que ele foi ficando venenoso com o tempo, que só descobriu que sua
picada era tóxica por acidente, que nunca pensou etc.”

No trecho acima, o cronista faz uso do termo “que”, repetidamente.

A passagem na qual o termo “que” apresenta a mesma classificação


gramatical daquela desempenhada no trecho destacado é

(A) “as características que garantem a sua sobrevivência”.


(B) “a arma ou o disfarce que o salva dos seus predadores”.
(C) “E o que vale para serpentes vale para o ser humano”.
(D) “o fato é que não dá para evitar a constatação”.
(E) “A pura maldade inerente a tanto que se vê”.

CONSULPLAN – PREF. VILA RICA/MT – AUXILIAR


ADMINISTRATIVO – 2012

22
Assinale a alternativa em que todas as palavras foram formadas pelo
processo de derivação.
A) especialmente / lua
B) impossibilitado / terra
C) pré-requisito / desequilíbrio
D) climático / irrelevante
E) marinhos / ciclos

CONSULPLAN – PREF. NOVA IGUAÇU/RJ – AGENTE


ADMINISTRATIVO III – 2012
60043761321

23
No trecho “num abrir e fechar de olhos”, pode-se afirmar que na palavra
em destaque ocorreu um processo de derivação
A) sufixal.
B) prefixal.
C) imprópria.
D) regressiva.
E) parassintética.

CONSULPLAN – PREF. BARRA VELHA/SC – AGENTE


ADMINISTRATIVO – 2012
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24
Os termos Ibama (4º§) e ararinha (2º§) são formados,
respectivamente, pelos processos de
A) siglonimização e derivação sufixal.
B) derivação regressiva e onomatopeia.
C) derivação prefixal e abreviação.
D) derivação parassintética e derivação imprópria.
E) composição por justaposição e hibridismo.

CESGRANRIO – IBGE – SUPERVISOR DE PESQUISAS GERAL – 2014

25
A relação lógica entre as partes de um texto pode eventualmente ser
articulada com o auxílio de uma conjunção. A sequência destacada no
trecho abaixo poderia ser introduzida por uma conjunção, de modo a
manter a mesma relação de sentido com a frase que a antecede.

“Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio


ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal
que aponta que o comércio ambulante é visto como política
compensatória”

Essa conjunção é

(A) se
(B) pois
(C) logo
(D) porém
(E) quando

26
A palavra que é classificada gramaticalmente como conjunção no trecho
60043761321

apresentado em:
(A) “entendendo de que maneira ela se relaciona com a economia formal”
(B) “a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa
atividade é uma alternativa”
(C) “Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção
permanente”
(D) “um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma
legalizada,”
(E) “mas somente os que não confrontem a lógica de reprodução do
capital”

27
No trecho “deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê
da falta de planejamento e vulnerável à corrupção e à violência.”, o

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Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
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segmento introduzido pela expressão destacada expressa uma
circunstância de

(A) modo
(B) dúvida
(C) finalidade
(D) proporção
(E) consequência

CESGRANRIO – BB – ESCRITURÁRIO – 2015

28
No trecho “Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prático de
direitos e deveres para lojistas e consumidores, a publicação destaca os
principais pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC)” (. 10-13),
são palavras de classes gramaticais diferentes

(A) vendas e compras


(B) prático e principais
(C) publicação e pontos
(D) direitos e lojistas
(E) deveres e destaca

Gabarito Comentado das Questões

CESGRANRIO – PETROBRAS - ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR –


2012

1
Considere o emprego da palavra com e o sentido assumido por ela na
sentença abaixo.
“Pensa-se logo num palhaço para fazer rir meninos de dez anos e
60043761321

meninões de quarenta com suas piruetas e suas infantilidades.” (l. 38-41)

A palavra está usada com o mesmo sentido em:


(A) Concordo com o autor que o circo encanta a todos.
(B) A criança foi ao circo com a professora e os colegas.
(C) A programação do circo varia de acordo com a cidade.
(D) O trapezista entretém o público com seus difíceis saltos.
(E) A bailarina com cabelos dourados se apresenta sobre um cavalo.

Na letra A, o ‘com’ é uma preposição exigida pelo verbo concordar, por


isso dizemos que o valor da preposição é relacional, ou seja, apenas liga
verbos e nomes a seus complementos.
L ngua Portuguesa
Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
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Na letra B, o ‘com’ já tem um valor nocional, pois apresenta, no contexto,
um conteúdo semântico, o qual, no caso, é de companhia.

Na letra C, temos não uma preposição, mas uma locução prepositiva, que
é um grupo de vocábulos terminado em preposição: ‘de acordo com’. Tal
locução indica conformidade.

Na letra D, o ‘com’ indica modo, como no enunciado.

Na letra E, o ‘com’ dá ideia de restrição, especificação, ou seja, não é


qualquer bailarina, mas a de cabelos dourados.

Aqui entre nós, os concursos gostam, uma vez ou outra, de trabalhar


preposição da maneira como ocorreu aqui. Fica ligado!

GABARITO: D.

2
As seguintes orações “Não ri nem sequer sorri.” (l. 43-44) e “Não faz uma
pirueta.” (l. 44) podem ser reescritas em um único período, sem alteração
de sentido em:
(A) Não ri nem sequer sorri, mas não faz uma pirueta.
(B) Embora não ria nem sequer sorria, não faz uma pirueta.
(C) Não ri nem sequer sorri, e não faz uma pirueta.
(D) Caso não ria nem sequer sorria, não faz uma pirueta.
(E) Não ri nem sequer sorri, porém não faz uma pirueta.

As duas frases mantêm uma relação de adição de acontecimentos, logo,


para se unirem tais orações em um só período, precisaríamos usar um
conectivo (normalmente conjunção) de valor aditivo. Por isso a
reescritura correta é esta: “Não ri nem sequer sorri, e não faz uma
pirueta”.

GABARITO: C. 60043761321

CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE CONTABILIDADE


JÚNIOR – 2012

3
A respeito da formação do plural dos substantivos compostos, quando os
termos componentes se ligam por hífen, podem ser flexionados os dois
termos ou apenas um deles.
O substantivo composto que NÃO apresenta flexão de número como
matéria-prima, contido no Texto II, é
(A) água-benta
(B) batalha-naval
(C) bate-bola

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Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
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(D) batata-doce
(E) obra-prima

O substantivo composto ‘matéria-prima’ é formado por substantivo +


adjetivo, logo ambas as palavras pluralizam: matérias-primas. Já ‘bate-
bola’ é formado por verbo + substantivo, logo só o substantivo varia:
bate-bolas.

GABARITO: C.

CESGRANRIO – FINEP - ANALISTA JURÍDICA – 2011

4
A formação do plural da palavra cartão-postal é a mesma que ocorre em
(A) abaixo-assinado
(B) alto-falante
(C) porta-voz
(D) cavalo-vapor
(E) guarda-civil

Em ‘cartão-postal’, temos substantivo + adjetivo, logo ambos variam:


cartões-postais. O mesmo ocorre com guarda-civil (guardas-civis).

GABARITO: E.

CESGRANRIO – BNDES – ENGENHEIRO – 2011

5
“O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.” (L. 10-11)

Na linha argumentativa do texto, a oração “que a gente banaliza o olhar”


em relação à oração “de tanto ver” encerra uma
60043761321

(A) causa
(B) consequência
(C) conformidade
(D) condição
(E) concessão

A gente banaliza o olhar (consequência) por quê? De tanto ver (causa).


Ou seja, a gente banaliza o olhar porque vê muito. Existe uma relação de
causa e consequência entre essas orações.

GABARITO: B.

6
L ngua Portuguesa
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Prof. Fernando Pestana Aula 02
“...e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência.” (l. 22-
23)
“isso existe às pampas.” (l. 37)

Quais as locuções destacadas que encerram, respectivamente, as


mesmas circunstâncias das destacadas nos trechos transcritos acima?
(A) Aos poucos, ele ia percebendo que não precisava mais dela. / Nada
em volta causava mais surpresa.
(B) Saiu às pressas porque tinha um compromisso. / De vez em
quando, é preciso repensar as estratégias.
(C) Vá em frente que você encontrará o que procura. / De modo algum
aceitarei a proposta feita pelo meu superior.
(D) Em breve, estarei terminando de escrever minha biografia. /
Trabalhou em excesso para apresentar seu projeto final.
(E) A notícia chegou de súbito causando, assim, um grande impacto. /
Hoje em dia, as pessoas pensam mais nelas próprias.

As locuções adverbiais ‘às vezes’ e ‘em breve’ exprimem ideia de tempo;


já ‘às pampas’ e ‘em excesso’ exprimem ideia de intensidade.

GABARITO: D.

7
A conjunção/locução conjuntiva entre parênteses que NÃO expressa a
mesma relação de sentido da conjunção/locução conjuntiva destacada é:
(A) “assim como não estamos aqui,” (l. 5-6) – (bem como)
(B) “...quando procuramos estar com alguém,” (l. 8) – (sempre que)
(C) “...porque gostamos,” (l. 9-10) – (ao passo que)
(D) “...para que elas venham até você.” (l. 25) – (a fim de que)
(E) “mas quem estava procurando por você!” (l. 27-28) – (porém)

A conjunção ‘porque’ é causal, explicativa ou final, depende do contexto,


mas nunca é proporcional como ‘ao passo que’.
60043761321

GABARITO: C.

CESGRANRIO – SUAPE – ENGENHEIRO DE MANUTENÇÃO PLENO –


2011

8
“a turista Tânia Mara Scavello disse ter se surpreendido, já na portaria,
ao ver a placa indicativa de aceitação de cartões de crédito.” (L. 2-
4)
No trecho transcrito acima, a oração destacada, apesar de não apresentar
conectivo, liga-se à primeira com determinada relação de sentido.

Essa relação de sentido é caracterizada por uma ideia de

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Prof. Fernando Pestana Aula 02
(A) conformidade
(B) tempo
(C) concessão
(D) finalidade
(E) proporção

Normalmente os verbos no infinitivo das orações reduzidas de infinitivo


antecedidas pela contração AO têm valor temporal. Para desenvolver a
oração, basta colocar a conjunção ‘quando’ no lugar de ‘ao’ e conjugar o
verbo de acordo com o contexto: “a turista Tânia Mara Scavello disse ter
se surpreendido, já na portaria, quando viu a placa indicativa de
aceitação de cartões de crédito”.

GABARITO: B.

CESGRANRIO – SEEC/RN – PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA


– 2011

9
Quanto à formação do plural de substantivos compostos, algumas normas
devem ser observadas.
O grupo de palavras compostas que seguem a mesma regra de flexão de
número de lugares-comuns é
(A) obra-prima, navio-petroleiro, água-marinha
(B) amor-próprio, vice-presidente, beija-flor
(C) salário-mínimo, cartão-postal, sempre-viva
(D) segunda-feira, bate-boca, tenente-coronel
(E) vitória-régia, amor-perfeito, abaixo-assinado

Assim como ‘lugares-comuns’ é pluralizado por ser formado de


substantivo + adjetivo, todos os substantivos compostos da letra A
também o são: obras-primas, navios-petroleiros, águas-marinhas.
60043761321

GABARITO: A.

10
A articulação lógica entre as ideias expressada pelo emprego de
conectivos em um texto é um fator de coerência.
No trecho do Texto II “No trabalho, em que a comunicação pode custar
dinheiro ou mesmo o sucesso profissional, um e-mail deve ser redigido
com toda a atenção para não dar margem a mal-entendidos.” (l. 14-17),
o termo em destaque introduz, em relação à parte inicial, a ideia de
(A) alternância
(B) comparação
(C) conclusão
(D) contraste
(E) proporção
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Prof. Fernando Pestana Aula 02

Questão nível Tele Tubbies! J

Raciocina: se ou é uma conjunção ALTERNATIVA, o que ela vai indicar?


Putz...! Sem comentários!

GABARITO: A.

11
Um dos aspectos responsáveis por garantir a coerência textual é a relação
lógica que se estabelece entre as ideias. Essa relação pode ser explicitada
por conectores ou estar implícita na sequência textual. No trecho a seguir,
estabelece-se uma relação lógica implícita entre os dois períodos.

Na prática, não há garantia de que aprender uma dada quantidade de


técnicas de escrita nos faça escrever melhor. Escrever, como ler, só será
efetivamente um hábito qualificado se feito com prazer. (l. 17-21, Texto
III)

Essa relação lógica entre os dois períodos pode ser expressa por
(A) embora
(B) por conseguinte
(C) à medida que
(D) a fim de que
(E) sempre que

A relação entre o primeiro e o segundo período é de causa e efeito (ou


fato seguido de conclusão). Por isso a única locução conjuntiva possível é
‘por conseguinte’, que equivale a “portanto, assim, por isso, então, dessa
forma, logo...” Veja:

Na prática, não há garantia de que aprender uma dada quantidade de


técnicas de escrita nos faça escrever melhor, por conseguinte escrever,
como ler, só será efetivamente um hábito qualificado se feito com prazer.
60043761321

GABARITO: B.

12
A relação lógica estabelecida entre as ideias do Texto IV, por meio da
palavra ou da expressão destacada, está exemplificada corretamente em:
(A) conclusão: “[...] algo que a humanidade vem fazendo há milhares de
anos, desde que precisou sobreviver e viver melhor em ambientes
diversos [...]” (l. 4-6)
(B) temporalidade: “A Era do Virtual é um caminho para essa perspectiva
múltipla, e a mobilidade é um meio para o alcance da liberdade de
expressão [...]” (l. 16-19)

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(C) comparação: “Tal comportamento independe do que pensamos estar
certo ou errado, pois este binômio não é mais aplicável com uma solução
razoável.” (l. 27-29)
(D) causalidade: “[...] ampliando o espectro de conhecimentos dos alunos
- uma vez que as instituições físicas, apenas mundo real, não serão mais
capazes de fazer.” (l. 33-36)
(E) condição: “[...] os conteúdos não são mais simplesmente
empacotados do professor para os alunos; mas são conteúdos que
permitem a produção de parcelas enormes de contribuições pelo
estudante.” (l. 46-49)

Mera decoreba! Se você tivesse gravado as conjunções e preposições (e


seus valores semânticos), não erraria mesmo! Por isso fica a dica: grave
as conjunções!!! Se não fizer isso, menos uma questão na prova, beleza?
“Claro que não, Pestana, eu vou decorar!”

Espero que sim!

GABARITO: D.

CESGRANRIO – CITEPE – SUPERVISOR DE PRODUÇÃO TÊXTIL –


2011

13
Em “Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda para o
imperador.”, o elemento destacado é um conector de
(A) inclusão
(B) oposição
(C) comparação
(D) explicação
(E) retificação

O ainda equivale a inclusive. Veja: “Diz inclusive a lenda que a


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imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador”.

GABARITO: A.

14
Em “mas a qualidade mais importante da seda é exatamente a imagem
de nobreza...”, a conjunção destacada pode ser substituída, sem alterar o
sentido do trecho, por
(A) porquanto
(B) então
(C) todavia
(D) enquanto
(E) pois
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Novamente, se você dominar conjunções... ba-ta-ta! J

Meu nobre, relembrando, as conjunções adversativas são estas: mas,


porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, só que...

GABARITO: C.

15
A passagem transcrita do texto na qual o que tem a mesma classe
gramatical do destacado em “... que ela foi descoberta por uma
imperatriz chinesa,” é:
(A) “que tomava uma xícara de chá sob uma amoreira,”
(B) “...que a imperatriz fez um fino manto de seda para o imperador.”
(C) “...que o homem já utilizou para a fabricação de fios e tecidos.”
(D) “...que conhecemos na natureza...”
(E) “...que ela traz consigo desde a época de sua descoberta.”

O ‘que’ do trecho do enunciado é uma conjunção integrante, pois liga uma


oração principal a uma subordinada. Pode ser substituída a oração
iniciada por ‘que’ por ISSO (lembra-se desse bizuzinho?). Isso vale para o
trecho da opção B.

GABARITO: B.

16
O adjetivo destacado em “...fino manto...”, se deslocado para depois do
substantivo “manto”, sofre alteração de sentido, o que NÃO ocorre em:
(A) Passamos por negras situações naquela época.
(B) Aquele profissional é um pobre homem.
(C) Ela era uma simples pessoa.
(D) Recebi uma única oferta de trabalho.
(E) Tornou-se, quando adulto, um grande homem.

O adjetivo negras, independente da posição, significa difíceis, negativas,


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ruins. Veja as demais:

B: pobre homem (coitado); homem pobre (sem dinheiro)


C: simples pessoa (mera, desimportante); pessoa simples (humilde)
D: única oferta (apenas uma); oferta única (singular, importante)
E: grande homem (virtuoso, importante); homem grande (fisicamente
grande)

GABARITO: A.

CESGRANRIO – ELETROBRAS – ADMINISTRADOR – 2010

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Em qual dos períodos abaixo temos uma relação causal?
(A) “E, como o vampiro, o insone também é uma espécie de imortal.”
(B) “como em todo sistema, nesse também há alguns pontos críticos.”
(C) “Quando me perguntam como é que pode, faço cara de fenômeno...”
(D) “Como faço a sesta todo dia, estou bem,”
(E) “Quem puder, faça como eu,”

Você já está mais do que escaldado que conjunção é um assunto que não
pode deixar de ser estudado. Mais uma vez...

Quando a conjunção ‘como’ inicia a frase, tendo valor causal (visto que, já
que, uma vez que...), fica difícil errar uma questão, não é? Veja:

“Já que faço a sesta todo dia, estou bem” ou “Eu estou bem porque faço a
sesta todo dia”.

Foi?

GABARITO: D.

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – 2010

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Em “Não minta para você, essa é a forma mais rápida de se perder.”,
relacionando a 2ª oração com a 1ª, o conectivo que NÃO poderia
introduzir a 2ª oração, por provocar alteração do sentido inicial, é
(A) porquanto.
(B) que.
(C) pois.
(D) logo.
(E) porque.

Se você dominasse conjunções, marcaria sem pestanejar a letra D, pois


‘logo’ é a única conjunção dentre as opções que não indica explicação. Ela
60043761321

indica conclusão.

GABARITO: D.

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O termo destacado expressa uma circunstância de causa em
(A) “entretanto, pelas inseguranças, medos e raivas,”
(B) “...que impactam pelo resto da vida,”
(C) “No direito e na medicina isso é mais complexo,”
(D) “pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo.”
(E) “...e, com absoluta certeza,”
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Apesar de estar fora de contexto, era perfeitamente possível marcar a
letra A, pois as demais expressam outras circunstâncias:

B: tempo
C: lugar (virtual)
D: tempo
E: afirmação

GABARITO: A.

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A opção cuja classe da palavra destacada difere da das demais é
(A) “O futuro é construído a cada instante da vida,”
(B) “Perguntas a que também quero responder,”
(C) “... os erros inerentes a minha condição,”
(D) “retirando a morte,”
(E) “pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo.”

Todas são preposições, exceto na D, pois vem antes de um substantivo,


determinando-o. É um artigo definido. Cuidado com este vocábulo (a),
pois pode ter várias classificações; dependerá do contexto. Veja:

Pelo amor de Deus!!! Não confunda o artigo A com o pronome demonstrativo, o


pronome oblíquo ou a preposição. Veja:

O artigo A(S) vem antes de substantivo, às vezes vem antes de numeral também:

A Joana e a Maria chegaram. As duas são sempre muito animadas.

O pronome demonstrativo A(S) vem antes de pronome relativo ‘que’ e de preposição


‘de’ (é possível substituir por ‘aquelas’):
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As que estudam com afinco passam, já as da turma da bagunça não.

O pronome oblíquo A substitui um substantivo servindo de complemento de um verbo:

A Juliana é bem talentosa, por isso eu a convidei para meu grupo.

A preposição A é exigida por um verbo ou nome, normalmente; muitas vezes inicia


locuções:

Assisti a ela em vários momentos, pois fizeram menção a que ela seria boa. E valeu a
pena, a despeito das críticas ferozes.

GABARITO: D.

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CESGRANRIO – IBGE – ANÁLISE AGRÍCOLA – 2010

Fragmento de texto

O veneno é um furo na teoria da evolução. De acordo com o


darwinismo clássico os bichos desenvolvem, por seleção natural, as
características que garantem a sua sobrevivência. Adquirem seus
mecanismos de defesa e ataque num longo processo em que o acaso tem
papel importante: a arma ou o disfarce que o salva dos seus predadores
ou facilita o assédio a suas presas é reproduzido na sua descendência, ou
na descendência dos que sobrevivem, e lentamente incorporado à
espécie.

(...)

O veneno sugere que existe, sim, o mal-intencionado nato. O ruim


desde o princípio. E o que vale para serpentes vale para o ser humano.
Sem querer entrar na velha discussão sobre o valor relativo da genética e
da cultura na formação da personalidade, o fato é que não dá para evitar
a constatação de que há pessoas venenosas, naturalmente venenosas,
assim como há pessoas desafinadas.

(...)

O que explica não apenas o crime patológico como as pequenas


vilanias que nos cercam. A pura maldade inerente a tanto que se vê, ouve
ou lê por aí.

(...)

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“Nenhum bicho venenoso pode alegar que a luta pela vida o fez assim.
Que ele foi ficando venenoso com o tempo, que só descobriu que sua
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picada era tóxica por acidente, que nunca pensou etc.”

No trecho acima, o cronista faz uso do termo “que”, repetidamente.

A passagem na qual o termo “que” apresenta a mesma classificação


gramatical daquela desempenhada no trecho destacado é

(A) “as características que garantem a sua sobrevivência”.


(B) “a arma ou o disfarce que o salva dos seus predadores”.
(C) “E o que vale para serpentes vale para o ser humano”.
(D) “o fato é que não dá para evitar a constatação”.
(E) “A pura maldade inerente a tanto que se vê”.

Nem precisou recorrer ao texto, não é? Afinal, veja:


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“o fato é ISSO (que não dá para evitar a constatação)”

Este que é conjunção integrante, pelo mesmo motivo que o ‘que’ do texto
do enunciado.

GABARITO: D.

CONSULPLAN – PREF. VILA RICA/MT – AUXILIAR


ADMINISTRATIVO – 2012

22
Assinale a alternativa em que todas as palavras foram formadas pelo
processo de derivação.
A) especialmente / lua
B) impossibilitado / terra
C) pré-requisito / desequilíbrio
D) climático / irrelevante
E) marinhos / ciclos

As palavras da letra C apresentam prefixo, logo sofreram derivação


prefixal: pré-requisito e desequilíbrio.

GABARITO: C

CONSULPLAN – PREF. NOVA IGUAÇU/RJ – AGENTE


ADMINISTRATIVO III – 2012

23
No trecho “num abrir e fechar de olhos”, pode-se afirmar que na palavra
em destaque ocorreu um processo de derivação
A) sufixal. 60043761321

B) prefixal.
C) imprópria.
D) regressiva.
E) parassintética.

A palavra abrir é normalmente um verbo, mas, devido ao uso do artigo


antes dela, tornou-se um substantivo. Caso clássico de derivação
imprópria.

GABARITO: C

CONSULPLAN – PREF. BARRA VELHA/SC – AGENTE


ADMINISTRATIVO – 2012

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24
Os termos Ibama e ararinha são formados, respectivamente, pelos
processos de
A) siglonimização e derivação sufixal.
B) derivação regressiva e onomatopeia.
C) derivação prefixal e abreviação.
D) derivação parassintética e derivação imprópria.
E) composição por justaposição e hibridismo.

Ibama é sigla de “Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos


Naturais Renováveis”. Já ararinha apresenta um sufixo diminutivo (arara
+ inha), logo sofreu derivação sufixal.

GABARITO: A

CESGRANRIO – IBGE – SUPERVISOR DE PESQUISAS GERAL – 2014

25
A relação lógica entre as partes de um texto pode eventualmente ser
articulada com o auxílio de uma conjunção. A sequência destacada no
trecho abaixo poderia ser introduzida por uma conjunção, de modo a
manter a mesma relação de sentido com a frase que a antecede.

“Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio


ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal
que aponta que o comércio ambulante é visto como política
compensatória”

Essa conjunção é

(A) se
(B) pois
(C) logo 60043761321

(D) porém
(E) quando

A relação entre os períodos é de explicação, logo o trecho poderia ser


corretamente reescrito assim:

“Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio


ambulante nas grandes cidades é emblemática, pois trata-se de um sinal
que aponta que o comércio ambulante é visto como política
compensatória”

As demais conjunções costumam indicar: (A) condição, (C) conclusão, (D)


adversidade, (E) tempo.
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GABARITO: B.

26
A palavra que é classificada gramaticalmente como conjunção no trecho
apresentado em:
(A) “entendendo de que maneira ela se relaciona com a economia formal”
(B) “a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa
atividade é uma alternativa”
(C) “Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção
permanente”
(D) “um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma
legalizada,”
(E) “mas somente os que não confrontem a lógica de reprodução do
capital”

(A) Pronome interrogativo: substitua o “que” por “qual” e note que se


pode fazer uma pergunta direta (de qual maneira ela se relaciona com a
economia formal?)

(B) Conjunção integrante: note que a oração iniciada pelo “que” pode ser
substituída por ISSO (a realidade... mostra ISSO).

Nas demais opções, o “que” é um pronome relativo, pois retoma os


seguintes termos anteriores, respectivamente: “políticas”, “pessoas”,
“os”.

GABARITO: B.

27
No trecho “deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê
da falta de planejamento e vulnerável à corrupção e à violência.”, o
segmento introduzido pela expressão destacada expressa uma
circunstância de
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(A) modo
(B) dúvida
(C) finalidade
(D) proporção
(E) consequência

A expressão destacada é uma locução prepositiva que introduz uma


expressão que indica modo. Note: “deixando um grande contingente de
trabalhadores COMO, DE QUE MODO?” Resposta: “à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência”.

GABARITO: A.

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Teoria e Quest es comentadas da CESGRANRIO
Prof. Fernando Pestana Aula 02
CESGRANRIO – BB – ESCRITURÁRIO – 2015

28
No trecho “Batizada de Boas Vendas, Boas Compras! – Guia prático de
direitos e deveres para lojistas e consumidores, a publicação destaca os
principais pontos do Código de Defesa do Consumidor (CDC)” (. 10-13),
são palavras de classes gramaticais diferentes

(A) vendas e compras


(B) prático e principais
(C) publicação e pontos
(D) direitos e lojistas
(E) deveres e destaca

(A) Substantivos, pois designam algo.


(B) Adjetivos, pois caracterizam algo.
(C) Substantivos, pois designam algo.
(D) Substantivos, pois designam algo.
(E) Deveres é um substantivo, pois designa algo. Destaca é um verbo na
3ª pessoa do singular do presente do indicativo.

GABARITO: E.

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E aí? Curtiu? Não deixe a peteca cair não, hein! Disposição sempre!

Qualquer dúvida, envie um e-mail: fernandopest@yahoo.com.br.

Fui!!!!! J

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