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COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS


ATIVIDADE COMPLEMENTAR
ANO LETIVO 2018 1º BIMESTRE
Série Turma (s) Turno
2º do Ensino Médio ABCDEFGHI MATUTINO
Professor: GUILHERME SIQUEIRA Disciplina: ARTE
Aluno (a): Nº da chamada:
Visto do Professor Nota da Atividade
Data: / / 2018

Escola de Civismo e Cidadania

O RENASCIMENTO

Toda essa lista deverá ser copiada no caderno de desenho somente a lápis , contando a
margem de 1cm. As imagens em anexo deverão ser coladas, e apresentadas ao
professor na próxima aula.

RENASCIMENTO: O QUE RENASCEU?


INTRODUÇÃO: historicamente, o Renascimento ocorreu na Europa entre 1300 e 1650. O termo "renascimento" não
se aplica apenas ao retorno do interesse pela cultura greco-romana porque esse interesse sempre existiu. Precisamos
investigar o que aconteceu na Europa antes desse período para entendê-lo. Até meados do século XIII, a Igreja possuía
poder e controle sobre as manifestações artísticas, pois praticamente tudo o que se produzia tinha o objetivo de catequizar
a grande maioria de analfabetos e "pagãos" (povos com crenças diferentes do cristianismo). Foi nesse período que
ocorreram as Cruzadas onde a Igreja promoveu uma expedição militar contra os muçulmanos, com objetivo de tomar
Jerusalém. Sabemos que as Cruzadas fracassaram, mas muito sangue fora derramado e muitos "fiéis" retornaram à Europa
desanimados e numa crise existencial em relação a Deus. Piorando a situação, a Europa foi infectada pela Peste Negra:
uma doença contagiosa transmitida pelos ratos e que deixava a pessoa muito enferma, levando à morte. Mais de 1/3 da
população daquele período foi dizimada pela Peste Negra. Não é à toa que esse período antes do renascimento é apelidado
de Idade das Trevas.
O QUE IMPULSIONOU O RENASCIMENTO? Com a expansão do comércio nos centros urbanos no final do séc.
XIII, principalmente em Florença, na Itália, uma classe burguesa passa a se desenvolver. A Igreja começa a perder seu
poder, ao mesmo tempo em que os burgueses (mecenas) patrocinavam os artistas de destaque. Uma rica família conhecida
como Médici deu uma enorme contribuição cultural à época, financiando as artes em geral. Na verdade, o que renasceu
foi o Humanismo, ou seja, a sociedade Deixou de ser teocêntrica (Deus como centro do universo) e tornou-
se antropocêntrica(homem como centro do universo). É nesse momento que a estética greco-romana passa a ser
rebuscada, juntamente com o pensamento racional e científico. No final do séc. XIV, Brunneleschi e Alberti retomam os
estudos dos gregos sobre a perspectiva e passam a aplicá-la tanto na arquitetura, quanto na pintura. A perspectiva trouxe
grande realismo à pintura, tornando o fundo da tela tridimensional.

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Della Francesca
MASACCIO (1401-28) "foi o primeiro pintor do século XV a conceber a pintura como imitação fiel do real, como
imitação das coisas tal como elas são". Na pintura da trindade à esquerda, notamos não apenas o realismo, mas também
uma tentativa de tornar o espaço na tela tridimensional. Sua pintura assemelha-se a uma escultura, quase podemos
adentrar nela.
DELLA FRANCESCA (1410-92), um exemplo do cientificismo matemático do Quatrocento, revela em suas obras
grande domínio da perspectiva e da geometria proporcional. Foi patrocinado pelo duque de Urbino, conforme o vemos na
pintura à direita.

Nascimento de Vênus
SANDRO BOTTICELLI (1445-1510) "foi considerado o artista que melhor se expressou, através do desenho, um ritmo
suave e gracioso para as figuras pintadas". Ele iniciou as pesquisas renascentistas aos temas da mitologia, pintando de
maneira graciosa e decorista o primeiro nu feminino deste período. Na imagem, temos Vênus empurrada pelos ventos até
a praia, onde é recebida Flora. Lourenço Médici é considerado o patrocinador dessa bela pintura.

A ALTA RENASCENÇA: no tópico anterior, percebemos que o domínio técnico do Renascimento não surgiu de
repente, mas foi um processo lento, dado em passos. O auge desse período ocorre com megastars como Leonardo da
Vinci, Michelângelo e Rafael, no final do séc. XV.

Mona Lisa

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Leda e o Cisne
DA VINCI (1452-1519) é universalmente admirado por seu intelecto, pois dominava vários campos do conhecimento. Foi
ele o autor do primeiro projeto de helicóptero que se conhece, além de ter sido o primeiro a estudar o funcionamento
interno do corpo humano. Na pintura, criou a técnica do Sfumato, onde o contorno dos personagens parecem desaparecer
como uma névoa. Todo o conhecimento renascentista de anatomia, perspectiva e composição está sintetizado nas
pinturas ao lado, especialmente na Mona Lisa (1503).

Criação de Adão

Davi
MICHELANGELO (1475-1564) era um grande escultor, tanto que considerava a escultura uma arte de libertar a beleza
da pedra. Sua obra "Davi" é muito admirada pela perfeição e beleza com que fora trabalhada. Claro que seu maior
trabalho foram os afrescos pintados na Capela Sistina, no Vaticano, de 1508-12. Em Criação de Adão, sua pintura mais
famosa, notamos que ele quebrou algumas regras de anatomia da época, ao representar os personagens bem anabolizados.
Seu estilo de pintura assemelha-se às suas esculturas: imponentes, mas com leveza e graça.

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Triunfo de Galatéia

RAFAEL SANZIO (1483-1520) "é considerado o pintor que melhor desenvolveu, na


renascença, os ideais clássico de beleza: harmonia e regularidade de formas e cores". "enquanto os outros dois [da Vinci e
Michelangelo] eram reverenciados, Rafael era adorado." Galatéia demonstra bem como suas obras possuem harmonia e
ordem, onde percebemos a ninfa do mar fugindo de Polifemo, o ciclope apaixonado, numa carruagem puxada por
golfinhos. O tritão que captura uma ninfa, assim como os archotes, fazem referência à situação de Galatéia.

RENASCIMENTO PELA EUROPA: claro que o Renascimento não se limitou à Itália, pois também chegou à
Holanda, França, Espanha, Alemanha e Inglaterra. Conheceremos apenas alguns artistas que se destacaram por sua
genialidade e sensibilidade.

Adão e Eva

DÜRER (1471-1528), chamado de "Leonardo do Norte" é considerado o primeiro artista alemão renascentista. Para esse
artista, a arte era a representação fiel da realidade, ou da natureza. Bastante detalhista e perfeccionista, ele dominava a
técnica da gravura. Em Adão e Eva, vemos uma harmonia sugestiva no ardim do Eden, pois o gato espreita o rato,
enquanto um bode, símbolo do diabo, passeia atrás das árvores. aos pés do bode há uma lebre, símbolo de esperteza e uma
referência à serpente que entrega o fruto nas mãos de Eva. O Jogo de símbolos comprova o intelecto desse grande artista
germano.

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Paraíso, terra e purgatório


HIERONYMUS BOSCH (1450-1516). A Divina Comédia, obra de Dante Alighieri (1265-1321), influenciou não apenas
as crenças da época, mas também as representações artísticas. Bosch, pintor holandês, retratou o inferno na terra baseado
nas descrições de Dante. Suas pinturas são surreais, onde vemos, ao lado, demônios torturando ou devorando os homens,
enquanto os santos flutuam, como se avisassem que esse será o destino dos pecadores . Esse estilo de pintura, separado
em três momentos, chama-se tríptico.

Bodas de Arnolfini

VAN EYCK (1390-1441), holandes inventor da tinta a óleo, "era tão idolatrado por esta descoberta que seu braço direito
foi preservado como relíquia sagrada". Ele tinha habilidade para retratar a natureza realisticamente, em detalhes
minuciosos. Foi um dos primeiros a dominar a nova arte de pintar retratos, conforme o notamos imagem ao lado, onde
retratou o casal Arnolfini. A perfeição e riqueza de detalhes é impressionante! o jogo de luz e sombra é vibrante! Vale
destacar que os artistas dos países baixos, como Van Eyck, competiam em talento com os artistas italianos devido ao seu
grande domínio da pintura.

História da Arquitetura Renascentista


É comum atribuir o momento de gênese da arquitetura do Renascimento à construção da cúpula da Catedral de Santa
Maria del Fiore em Florença, por Brunelleschi. Tal episódio não representa apenas uma mera mudança no
perfil estilístico que predominava no cenário arquitetônico florentino, mas demonstra a ruptura que o Renascimento viria
a representar na própria forma de produzir a arquitetura, abrindo caminho para não só a redescoberta do Classicismo,
como para a promoção da tratadística.[1 Leonardo Benevolo afirma que Brunelleschni estabelece um novo método de
trabalho ao, entre outras coisas, separar o projetista do construtor.
O fato de a importância de Brunelleschi manifestar-se de forma mais importante no campo do fazer arquiteônico que no
do estilo torna-se mais clara quando, observando-se o conjunto de sua obra, percebe-se que ele, mesmo que desejasse
seguir a canonização clássica, produzia ainda uma arquitetura não completamente comprometida com as regras clássicas,
fato decorrente principalmente de não ter conhecimento profundo das normas clássicas, que conhecia mais pela
experiência que pela prática. Entretanto, é ele quem inicia uma tradição de arquitetos que não mais está ligada
às corporações de ofícios e cujos profissionais irão cada vez mais (mesmo que, efetivamente, pouco durante o
Renascimento) afirmar-se como intelectuais afastados da construção propriamente dita. Alguns[nota 1] críticos que analisam
esse fenômeno sob a óptica marxistaidentificam, aí, o momento em que a futura burguesia toma das classes populares o
domínio dos meios de produção (que deixa de ser o poder de "construir" e passa a ser o poder de "desenhar"),

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possibilitando um processo de exploração do Proletariado pelo Capital que tornar-se-á evidente após a Revolução
Industrial.
A cúpula da Santa Maria del Fiore

Em destaque, a cúpula da Santa Maria del Fiore.


Santa Maria del Fiore foi uma catedral executada em estilo tardo-românico cuja construção consumiu diversas gerações
(foi iniciada por Arnolfo di Cambio em 1296 e interrompida com sua morte em 1302, retomada por Francesco Talenti em
1337 estendendo-se até as primeiras décadas do século XV. Quando da morte de Brunelleschi, em 1446, ainda não estava
concluída).[3] Não foi "projetada": seu desenho e sua execução ocorreram de forma paralela. Ainda que existisse um plano
geral para sua forma e sua distribuição interna, os detalhes construtivos, segundo a prática construtiva medieval, foram
sendo resolvidos à medida que eram feitos, no próprio local. Previa-se, portanto, a existência de uma cúpula sobre um
determinado ponto da igreja, mas o projeto da cúpula não estava definido de antemão. Quando chegou o momento de
erigi-la, os artesãos florentinos depararam-se com um vão de mais de quarenta metros, impossível de ser vencido através
das técnicas construtivas tradicionais.

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