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Mecatrônica Atual Ed.59 PDF
Mecatrônica Atual Ed.59 PDF
Diretor
Hélio Fittipaldi
industrial no Brasil
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Mecatrônica Atual é uma publicação da Artigos de nossos leitores, parceiros e especialistas do setor, serão bem-vindos em nossa revista. Vamos analisar
Editora Saber Ltda, ISSN 1676-0972. Redação, cada apresentação e determinar a sua aptidão para a publicação na Revista Mecatrônica Atual. Iremos trabalhar
administração, publicidade e correspondência: com afinco em cada etapa do processo de submissão para assegurar um fluxo de trabalho flexível e a melhor
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16
Os benefícios de arquiteturas
baseadas em objetos para SCADA
e Sistemas Supervisórios
30
Manutenção e Calibração de
Medidores de Vazão
42
Modelos de engenharia utilizados
em operações de plantas
16 46 Acionamento de máquinas
em corrente contínua
Editorial 03
Eventos 06
Notícias:
Elipse apresenta a versão 2.0 do EPM ........................................08
Robtec lança no Brasil a Máquina de Medição Óptica
mais avançada do Mundo .....................................................................08
Série de instrumentos de medição industrial LJ-V, da Keyence....09
Endress+Hauser reforça participação no mercado
de açúcar e etanol ..........................................................................10
A nova solução M-Bus, da HMS, permite aos usuários
otimizarem o consumo de energia ...........................................10
Okuma fornece centro de usinagem
para segmento ferroviário ............................................................11
Índice de Anunciantes: Nova Saber ......................... 29
Novo Sistema de Controle de EstabilidadeAutomotiva,daTRW ..12
HSM ............................... 05 Nova Saber ......................... 41
Invensys ............................... 07 Mouser ....................... Capa 02 Novo atuador IVAC da Norgren oferece aos
Metaltex ................................ 11 MDA 2013 ................... Capa 03 fabricantes de máquinas e usuários finais,
Feimafe 2013 ........................ 21 Festo ............................ Capa 04 redução expressiva de energia e custos operacionais.............13
4
literatura O livro é indicado para alunos e profissionais da área de Automação. O assunto é
desenvolvido, passo a passo, desde suas aplicações até a utilização mais elevada do
Controlador Lógico Programável (CLP) com variáveis analógicas.
Compara os conceitos com metodologias já conhecidas, diagrama de contatos,
álgebra de Boole etc. Cada capítulo apresenta teoria, exercícios resolvidos com
experimentos testados e exercícios propostos, seguindo uma linguagem comum a
todos os fabricantes de CLPs por meio da norma IEC 1131-3.
Na décima edição o livro foi totalmente reestruturado e atualizado, inclusive, no
que se refere à linguagem que passa a ser normalizada, eliminando a necessidade
de praticar neste ou naquele equipamento de fabricantes diferentes. Alguns capítu-
los foram reformulados a fim de enriquecer o conteúdo da obra, apresentando os
últimos lançamentos e simulação virtual de programação.
curso
Dezembro Janeiro
Automação Industrial com Redes Automação Pneumática - Projetos Tecnologia de Vácuo para Sistemas
de Comunicação em Ambiente de Circuitos Avançados Utilizando Handling
CoDeSys Métodos Sistemáticos Organizador: Festo
Organizador: Festo Organizador: Festo Data: 24
Data: 17 – 21 Data: 07 – 09 Horário: 08h30 às 17h30
Horário: 18h00 às 22h00 Horário: 13h30 às 17h30 e 08h30 às Duração: 1 dia / 8 horas
Duração: 20 horas 17h30 Investimento: R$ 480,00 / participante
Investimento: R$ 1.050,00 / participante Duração: 20 horas (no Estado de São Paulo) e R$ 500,00 /
(no Estado de São Paulo) e R$ 1.100,00 / Investimento: R$ 990,00 / participante participante (nos Demais Estados)
participante (nos demais Estados) (no Estado de São Paulo) e R$ 1030,00 / Local: Rua Giuseppe Crespi, 76
Local: Rua Giuseppe Crespi, 76 participante (nos demais Estados) Jd. Santa Emília - São Paulo - SP
Jd. Santa Emília - São Paulo - SP Local: Rua Giuseppe Crespi, 76 www.festo-didactic.com/br-pt
www.festo-didactic.com/br-pt Jd. Santa Emília - São Paulo - SP
www.festo-didactic.com/br-pt Automação com Controladores
Hidráulica Móbil Lógicos Programáveis
Organizador: Festo Técnicas de Detecção e Resolução Organizador: Festo
Data: 17 – 19 de Falhas em Sistemas Pneumáticos Data: 28 – 30
Horário: 13h30 às 17h30 e 08h30 às Organizador: Festo Horário: 13h30 às 17h30 e 08h30 às
17h30 Data: 14 – 16 17h30
Duração: 20 horas Horário: 13h30 às 17h30 e 08h30 às Duração: 20 horas
Investimento: R$ 1.125,00 / participante 17h30 Investimento: R$ 1.210,00 / participante
(no Estado de São Paulo) e R$ 1.175,00 / Duração: 20 horas (no Estado de São Paulo) e R$ 1.260,00 /
participante (nos demais Estados) Investimento: R$ 990,00 / participante participante (nos Demais Estados)
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//notícias
Elipse apresenta a versão 2.0 do EPM
Lançada no dia 14 de novembro, a nova versão
do Elipse Plant Manager possui um ambiente
integrado de análise com suporte a Python e
uma nova ferramenta gráfica
Com a crescente e contínua evolução tecnológica,
deu-se início à era da inclusão digital, onde a informação
é vista como o principal patrimônio de uma organização.
A grande quantidade de dados que precisa ser coletada,
armazenada e analisada passou a representar um enorme
desafio às equipes de manutenção, engenharia e tecnologia O Elipse Plant Manager chamou a atenção dos visitantes da ISA 2012.
da informação (TI) de uma planta industrial. Em decorrência
disso, as corporações começaram a dar mais ênfase a sistemas como o EPM permite manipular dados, com a possibilidade de
capazes de transformar os dados armazenados em informações exibi-los em gráficos através de um simples clique, assim como
úteis para a tomada de decisões mais assertivas. sua interação com a linguagem Python, chamaram a atenção
Atenta a esta nova realidade, que coloca o tratamento da dos visitantes presentes no Brazil Automation ISA 2012.
informação como ponto-chave para o sucesso, a Elipse Software Considerado um dos maiores encontros de instrumentação
apresenta a versão 2.0 do Elipse Plant Manager (EPM). Lançada no e automação da América Latina, o evento reuniu um total de
dia 14 de novembro, a nova versão possui um ambiente integrado 12,4 mil participantes e 84 expositores, entre os dias 6 e 8 de
com suporte a Python e uma ferramenta de análise de tendências novembro, em São Paulo.
com visualização de dados históricos e em tempo real. Com ela, o “Com poucos cliques, o software faz uma análise aprofundada
usuário pode armazenar resultados da avaliação de cálculos reali- de qualquer informação. As diferentes formas como consegue
zados pelo próprio EPM.Além destas novas funcionalidades, agora exibir os dados, com a possibilidade de dar um zoom e ampliar
também é possível pesquisar dados em um portal corporativo a escala das imagens é muito interessante”, disse João Luiz Ferri,
baseado no Sharepoint através dos novos webparts do software. do setor de manutenção da Braskem / Polo de Triunfo (RS).
Uma solução capaz de coletar e converter os dados em "Gostei muito do que vi. Creio que o EPM já esteja bem
informações, disponibilizando-as de maneira clara e organizada maduro para conquistar cada vez mais espaço no mercado”, afir-
através das suas ferramentas gráficas. A forma fácil e precisa mou Gabriel Domenech, gerente da parceira argentina Geding.
Veja no Portal:
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Acoplamento por impedância comum. Como minimizar
seus efeitos em instalações industriais Hidráulica Industrial e Móbil - O braço forte da automação
A energia eletromagnética nas instalações pode interferir na ope- Neste artigo abordamos os princípios fundamentais da Hidráulica
ração de equipamentos eletrônicos. Controlar o ruído em sistemas e, especificamente, da Óleo-hidráulica. Como utilizar a transmissão
de automação é vital, porque ele pode se tornar um problema sério de energia através dos fluidos líquidos e quais os benefícios e cuidados
mesmo nos melhores instrumentos e hardware de aquisição de dados que se devem observar são os pontos aqui abordados. Considerada o
e atuação. Este artigo provê informações e dicas sobre a minimização braço forte da automação, a hidráulica industrial é um segmento tec-
do efeito de acoplamento por impedância. Veja o artigo em: http:// nológico fundamental nas mais diversas áreas industriais. Veja mais em:
www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/1031 http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/1023
O IVAC é um
atuador com
peso e espaço
otimizado, apro-
priado para uma
diversidade de
diâmetros, de 40
a 80 mm.
Novo atuador IVAC da Norgren menos paradas para manutenção e custos reduzidos. Enquanto
oferece aos fabricantes de máquinas isso, eliminando as tubulações de ar entre a válvula e atuador, o
que minimiza o volume “morto”, reduzimos o consumo de ar em
e usuários finais, redução expressiva até 50%, diminuição significativa no custo por mm de curso quando
de energia e custos operacionais comparado com sistemas pneumáticos convencionais. Para uma
máquina operando em 2 milhões de ciclos por ano, esse resultado
A Norgren, líder global em automação pneumática e em economia de energia é suficiente para pagar custo do produto
controle de fluidos, anunciou o lançamento de uma linha de em 1 ano. Em suma, o IVAC proporciona uma estética melhorada
atuadores inovadores e de alto desempenho, desenvolvidos da máquina. A aparência ajuda a passar uma imagem mais sofisticada
para reduzir significantemente o consumo de energia e da fábrica, e para os usuários, ela parece mais limpa e avançada.
custos operacionais para fabricantes de máquinas (OEM) e Um número de opcionais e variáveis estão disponíveis, incluindo
usuários finais em diversas aplicações. versão cleanline (limpa) para os cilindros industriais, que é mais
Os controles pneumáticos convencionais possuem uma fácil de lavar e ajuda os OEMs a atingirem os regulamentos de
combinação de válvulas e ilhas de válvulas, atuadores, controles higiene mais facilmente.
de fluxo e sensores juntamente com conexões e acessórios. Os fabricantes de máquinas podem se beneficiar dessa vantagem
Em aplicações típicas, mais de 13 componentes diferentes sem nenhuma mudança no design mecânico da máquina, uma vez
podem ser necessários para operar um atuador. Essa com- que o IVAC está em conformidade com ISO VDMA. Seu conector
plexidade apresenta algumas desvantagens e restrições de único M12 para entradas e saídas pode ser ligado por multipolo
desempenho. Através de uma colaboração muito próxima ou conectado diretamente a um sistema fieldbus, não importando
com os clientes e no intuito de fornecer uma solução que qual o protocolo que está sendo utilizado.
pudesse superar essas deficiências, a Norgren desenvolveu o O design de um atuador integrado é baseado no máximo de
IVAC (atuador com válvula de controle integrada) – uma única modularidade para permitir que todos os componentes sejam
unidade que combina a válvula, os controles de fluxo, amor- montados e desmontados facilmente. Os fatores essenciais do
tecimento e sensores em um pacote integrado de atuação. conceito de um IVAC modular incluem módulo de pilotos localizado
O IVAC é um atuador com peso e espaço otimizado, no cabeçote traseiro do atuador, integrado por uma interface pneu-
apropriado para uma diversidade de diâmetros, de 40 a 80 mática, sensores de posição, indicador de status e conexão elétrica.
mm, com válvula integrada e sensores magnéticos para o O IVAC já está gerando interesse considerável entre grandes
seu controle completo. Capaz de ser adaptado ou integrado clientes, engenheiros de desenvolvimento, gerentes de fábricas
a novos sistemas, cada unidade exige apenas uma conexão e responsáveis pela manutenção e principalmente em aplicações
pneumática e elétrica, eliminando a necessidade de ilha com onde a higiene não pode ser comprometida. Um exemplo de
múltiplas válvulas, componentes, tubos e acessórios. grande empresa que já está usufruindo Engineering Advantage
Essa plataforma integrada diminui custos para os usuários através do IVAC é o líder global no mercado de equipamentos
de várias formas. É fácil de instalar, manter e substituir uma para processamento – a KHS Kriftel, que já instalou as unidades
única unidade, instalação programada e não programada, do IVAC em sua nova linha de produção CombiKeg”.
Começa a reação do
setor de máquinas
no Brasil
A ABIMAQ fez um balanço de janeiro até outubro de
2012 e mostrou que neste mês houve um faturamento
bruto nominal de R$ 6,5 bilhões, o que representa um
aumento de 7 % sobre o mês anterior. Este resultado se
deveu ao aumento das exportações enquanto o mercado O consumo aparente, que representa
o consumo total de máquinas e equipa-
interno sofreu uma retração forte
mentos no mercado nacional, incluindo as
Hélio Fittipaldi produzidas aqui e as importadas, menos
as máquinas e equipamentos exportados,
L
fechou o acumulado de 2012 em R$ 94,3
bilhões, resultado 1,9% superior ao mesmo
período de 2011.
Luis Aubert, presidente da ABIMAQ, em Os importados representaram 61,1%
apresentação contundente mas otimista para deste valor, seguido das vendas internas
o ano de 2013, mostrou o que vem passando das empresas locais, que foram 23,6% e
o setor de máquinas no Brasil e a demora dos produtos importados incorporados à
do governo em tomar decisões para salvar produção de bens de capital, que somaram
o setor da desindustrialização. 15,3%, evidenciando a forte participação dos
Uma das coisas inéditas citadas por Aubert produtos importados no mercado doméstico.
foi a união dos empresários com os diversos O mercado interno de consumo de
sindicatos de trabalhadores nesta luta, para máquinas está aquecido, agora a produção
evitar também que a força de trabalho seja nacional é menor como podemos notar na
dizimada pelas demissões, dificultando uma figura 2 – Consumo Aparente Mensal. Vejam
retomada no futuro. o resultado do mês apresentado no gráfico
O resultado positivo mostrado neste desta figura, na coluna de outubro de 2012,
primeiro mês do último trimestre de 2012 onde a parte em azul é a receita líquida de
deveu-se ao crescimento das exportações, produção nacional (que nos últimos meses
pois, o mercado interno teve uma retração vem diminuindo sistematicamente) e em
de 18,2% em relação ao mês anterior e uma vermelho temos o aumento de participação
queda de 48,5% em comparação com o dos importados.
Balança Comercial
Em outubro de 2012, as exportações
alcançaram o total de US$ 1,3 bilhões,
apresentando uma forte alta em compara-
ção com o mês imediatamente anterior de
13,6%. Luis Aubert ressaltou: “As expor- F2. Consumo aparente mensal.
tações para a Europa aumentaram 20% e
a crise econômica lá, é muito acentuada. Quanto às importações, o resultado de otimistas para o próximo ano. Perdemos
Para os EUA aumentaram 30%. Vejam outubro com US$ 2,9 bilhões ficou 28,5% quase 10 mil empregos de alta qualidade e
que só com uma desvalorização do real acima do total alcançado em setembro de é difícil recuperá-los. Em dezembro de 2012
aumentamos nossas vendas lá. É sinal de 2012. Na comparação com outubro do e janeiro de 2013 deverão aumentar estes
que ainda somos competitivos em alguns ano anterior, essas variáveis, exportações e desempregos, mas o governo federal está
produtos e a Europa mesmo em condições importações, tiveram um resultado com alta fazendo esforços e o ministro Guido Mantega
muito adversas, comprou mais de nós, só de 11,2% e queda de 3,2% respectivamente. diz que a economia brasileira está intoxicada
com a diferença cambial e os impostos IPI, O déficit da balança comercial de janeiro por juros e rendimentos altos, prejudicando
ICM, etc, que não incidem nas exportações. a outubro de 2012 foi US$ 14,4 bilhões, os negócios. O ano da virada será 2013. Se
Esta é a hora também de refletirmos porque ficando 2,1% inferior ao resultado observado você está pagando juros escorchantes no
estamos crescendo só 1,5% neste ano, en- no mesmo período de 2011. seu banco, faça como eu e minha empresa:
quanto a África do Sul e a América Latina O presidente da ABIMAQ disse, ain- mude para o Banco do Brasil que tem as
estão crescendo mais”. da, que: “apesar de tudo, é para ficarmos menores taxas.” MA
Os benefícios de
arquiteturas baseadas
em objetos para
SCADA e Sistemas
Supervisórios
Com a agilidade de produção. Hoje, com arquiteturas nefícios operacionais. Neste artigo vamos
baseadas em objetos, os desenvolvimentos de aplicações discutir o que são arquiteturas baseadas em
objeto, como elas melhoraram o desenvolvi-
de supervisão SCADA oferecem até 80% de economia
mento de aplicações SCADA e HMI e como
no custo de engenharia ao longo de arquiteturas base- você pode calcular potenciais economias
adas em tag. de custos sobre os tradicionais sistemas
Autor: Steven D. Garbrecht baseados em tag.
Tradução e adaptação: Thomaz Oliveira
C
Sistemas baseados em Tag
vs. Baseados em Objetos
• Integração de dispositivos;
• Fluxo de trabalho.
Para realizar plenamente os benefícios
de uma arquitetura baseada em objetos, um
sistema SCADA/HMI precisa incluir todas
estas funções ou capacidades em modelos
de objetos, incluindo gráficos.
Vantagens de desenvolvimento
de arquiteturas
baseadas em objetos
Profibus
Instalação Avançada
Parte 2
Veremos nesta segunda parte o aterramento da Rede
Profibus, e também abordaremos algumas vantagens
da RS485-IS
César Cassiolato
N
o campo é muito comum se ter problemas ou de potência. Deve-se preferencialmente
devidos à EMC (Emissão Eletromagnética) utilizar bandejamentos ou calhas metálicas,
e à diferença de potencial de terra, e estes observando as distâncias conforme indica
geram inconvenientes intermitências na a tabela 3 da primeira parte desta série de
comunicação que, normalmente, não são artigos, na Mecatrônica Atual 58.
fáceis de se detectar. Nunca se deve passar o cabo Profibus-
Quando se tem o sinal de comunicação -PA ao lado de linhas de alta potência, pois
PROFIBUS-DP e o cabeamento distribuído a indução é uma fonte de ruído e pode afetar
entre as diversas áreas, o recomendado é o sinal de comunicação.
• Com dupla proteção com certeza a Ao se aterrar o shield em dois pontos: está intimamente ligada à qualidade das
eficiência é maior. Existem cabos até • Não há proteção contra loops de terra; instalações. Sempre consulte as normas.
com mais de 3 proteções. Quanto • Danos aos equipamentos ativos pos- A blindagem contra campos magnéticos
mais fechada a malha, melhor é a sivelmente significativos quando a não é tão eficiente quanto é contra cam-
proteção; diferença de potencial de terra entre pos elétricos. A blindagem só é eficiente
• Pode utilizar de o shield (trança) e a ambos os extremos ultrapassar 1 quando estabelece um caminho de baixa
folha de maneiras distintas, aplicando- V(rms) (acima de 1 Vrms não é re- impedância para o terra e, além disso, uma
-os para baixas e altas frequências. comendado aterrar em dois pontos. blindagem flutuante não protege contra
No caso das baixas frequências pode-se Deve-se ter cuidado!); interferências. A malha de blindagem deve
aterrar o cabo em apenas uma das extre- • A resistência elétrica do aterramento ser conectada ao potencial de referência
midades e espera-se neste caso que nestas deve ser a mais baixa possível em (terra) do circuito que está sendo blindado.
frequências a blindagem apresente o mesmo ambos os extremos do segmento Aterrar a blindagem em mais de um ponto
potencial. Com isto teríamos uma maior para minimizar os loops de terra, pode ser problemático.
proteção em ruídos de baixas frequências. principalmente em baixas frequências; Em baixas frequências, os pares trança-
No caso das altas frequências, a blindagem • Minimizar comprimento da liga- dos absorvem a maior parte dos efeitos da
apresentará alta suscetibilidade ao ruído e ção blindagem-referência, pois este interferência eletromagnética. Já em altas
neste caso, recomenda-se que seja aterrada excesso de comprimento funciona frequências esses efeitos são absorvidos pela
nas duas extremidades (aqui alguns cuidados como uma bobina e pode facitar a blindagem do cabo.
devem ser tomados na prática por questões susceptibilidade a ruídos; Vale lembrar ainda que se um material
da equipotencialidade e mesmo segurança). • A melhor solução para blindagem não magnético envolve um condutor faz com
Com esta alternativa da dupla proteção, magnética é reduzir a área de loop. que a corrente deste condutor retorne por
protegeria a comunicação das baixas e altas Utiliza-se um par trançado ou o um outro caminho de tal modo que a área
frequências, sendo melhor na proteção a EMI. retorno de corrente pela blindagem; definida pelo trajeto desta corrente é menor
A eficácia da malha (trança) é geralmente • A efetividade da blindagem do cabo do que quando o condutor não é envolvido,
mais eficaz em baixas frequências, enquanto trançado aumenta com o número de então esta proteção será mais efetiva.
que a folha é mais eficaz em frequências voltas por cm. Sempre que possível, conecte as bandejas
mais altas. Em relação a inversores, que normal- de cabos ao sistema de linha equipotencial.
Cabos com shield em espiral precisam mente serão geradores de ruídos, um ponto O seu tempo de comissionamento, startup
ser avaliados, pois podem apresentar efei- importante é que a maioria dos inversores e seus resultados podem estar comprometidos
tos indutivos e serem ineficientes em altas possui frequência de comutação que pode com a qualidade dos serviços de instalações.
frequências. ir desde 1,0 kHz a 30 kHz. Além disso, Como cliente, contrate serviços de empresas
Quando se tem o aterramento da malha alguns fabricantes de inversores comentam que conheçam e dominam a tecnologia Pro-
em um só ponto (vide figura 5), a corrente que atendem as normas CE, mas que em fibus e que façam instalações profissionais e
não circulará pela malha e não cancelará instalações envolvendo inversores deve-se: de acordo com o padrão Profibus. MA
campos magnéticos. Quando se aterra em • Aterrar adequadamente e segundo
dois pontos tem dois caminhos da corrente, os seus manuais (shield aterrado
um para baixas e outro para altas frequências. nos dois extremos e as carcaças de O conteúdo deste artigo foi elaborado
Vale ainda lembrar que: motores aterradas são recomendações cuidadosamente. Entretanto, erros não
• Minimizar o comprimento do condu- de fabricantes); podem ser excluídos e assim nenhuma
tor que se estende fora da blindagem; • Potência de saída, fiação de controle responsabilidade poderá ser atribuída ao
• Garantir uma boa conexão do shield (E/S) e sinal devem ser de cabo blin- autor. Sugestões de melhorias podem ser
ao terra. dado, trançado com cobertura igual enviadas ao email cesarcass@smar.com.
Ocorre uma distribuição das correntes, ou superior a 75%, conduíte metálico br. Este artigo não substitui os padrões
em função das suas frequências, pois a cor- ou atenuação equivalente; IEC 61158 e IEC 61784 e nem os perfis
rente tende a seguir o caminho de menor • Todos os cabos blindados devem e guias técnicos do PROFIBUS. Em caso
impedância. Até alguns kHz: a reatância ter sua terminação num conector de discrepância ou dúvida, os padrões IEC
indutiva é desprezível e a corrente circulará blindado apropriado; 61158 e IEC 61784, perfis, guias técnicos e
pelo caminho de menor resistência. • Os cabos de controle e sinais devem manuais de fabricantes prevalecem.
Acima de kHz: há predominância da ficar afastados no mínimo 0,3 m fios
reatância indutiva e com isto a corrente de força/potência.
circulará pelo caminho de menor indutância.
César Cassiolato é Diretor de Marketing,
O caminho de menor impedância é Conclusão Qualidade e Engenharia de Projetos e
aquele cujo percurso de retorno é próximo Vimos neste artigo vários detalhes im- Serviços da Smar Equipamentos Ind. Ltda.,
ao percurso de ida, por apresentar maior portantes. Na próxima parte veremos mais Diretor Técnico do Centro de Competência
e Treinamento em Profibus e Engenheiro
capacitância distribuída e menor indutância detalhes de instalação. Vale a pena lembrar Certificado na Tecnologia Profibus e Instalações
distribuída. que o sucesso de toda rede de comunicação Profibus pela Universidade de Manchester.
Manutenção e
Calibração de
Medidores
de Vazão
M
A medição de vazão é crítica para o seu processo in-
dustrial? Uma indicação errônea implica em perdas e edidores de vazão são instrumentos que
medem diretamente ou indiretamente a
qualidade do produto final? Como saberemos se o me-
quantidade de fluido (volume ou massa)
didor precisa de manutenção? Estas e outras perguntas que passa por um determinado tempo. Os
serão respondidas de forma clara e objetiva para facili- medidores de vazão são utilizados para me-
dição de fluidos líquidos, pastosos e gasosos.
tar nas rotinas operacionais e tomadas de decisões de
Temos no mercado uma gama diversi-
engenheiros e técnicos de instrumentação e qualidade. ficada de medidores de vazão que utilizam
diversos princípios de funcionamento, como
Bruno Castellani os mostrados nas figuras 1.
saiba mais
Uma nova tecnologia para medição
de vazão
Mecatrônica Atual 22
Calibração de medidores de vazão
Mecatrônica Atual 25
Seleção de Medidores de Vazão
Mecatrônica Atual 26
F1. Medidores Magnéticos, Medidores tipo Vortex, Coriolis, Turbina, Ultrassônico e placa de
Medição de Vazão: a 3ª Grandeza Mais orifício por pressão diferencial.
Medida nos Processos Industriais
Mecatrônica Atual 50
Manutenção
A correta medição dos medidores de
vazão está diretamente ligada às condições
de instalação, condições do processo e uma
correta engenharia de aplicação. Qualquer
desgaste, contaminação, incrustação, insta-
lação incorreta e danos internos e externos,
provocará erros de medição. De fato, os me-
didores de vazão, ao longo do uso, sofrerão
desgastes, pois estão em contato direto com
o fluido do processo, mas estes desgastes
podem ser minimizados.
Imaginem um medidor fabricado há
10 anos que nunca foi retirado do processo
para inspeção. Será que o desgaste, incrus-
tação, etc, estão provocando algum erro de
medição? (figura 2)
Se partirmos para a análise a seguir, em
qual medidor você confiaria para instalação
em seu processo? (figuras 3 e 4) F3. Medidor em operação.
O comparativo mostra, com clareza,
a condição em que o medidor estava em
processo, medindo a vazão erroneamente.
Após intervenção e constatação do
problema, foi realizada a manutenção e
calibração do medidor para garantir uma
medição correta no mesmo ponto de aplicação.
O grande diferencial para manter um
medidor de vazão dentro das condições
operacionais por vários anos consiste na
realização das três ações básicas, abaixo:
• Manutenção preventiva - inspeção
periódica interna de incrustação e
desgaste interno dos componentes,
e realização de limpeza geral.
• Manutenção preditiva - monitoramen-
to e acompanhamento das medições
de vazão para verificação de tendência
de erro de medição (figura 5). F5. Gráfico de tendência de erro x desgaste do medidor.
• Calibração - verificação do erro admissível pelo fabricante, no momento Observando-se essa tabela, inicialmente
do medidor nas condições atuais, e da venda. o medidor com calibração de fábrica possuía
possível ajuste do fator de calibração A maneira mais confiável de sabermos o Fator de Calibração 1000 e um erro de
para o erro aceitável. qual erro de medição que o medidor apresen- medição de 0,5%. Este mesmo medidor em
Os medidores de vazão, na sua grande ta, é através da realização de calibração em operação por certo tempo e depois enviado
maioria, possuem um número de calibra- laboratório de vazão acreditado pelo Inmetro. para calibração, apresentou um erro de
ção, conhecido como Fator de Calibração A calibração é muito importante, pois medição de 1,2%, ou seja, o tempo de uso
(figura 6). Este número é encontrado após além de calibrar, é possível calcular um novo e o seu desgaste ocasionaram o aumento
diversos testes e a realização da calibração Fator de Calibração e compensar o desgaste do erro.
de fábrica do medidor. do medidor, retornando-o às condições de Após a recalibração e ajuste do fator
O fator de calibração é a garantia de erro admissível estipulado pelo fabricante. de calibração, o medidor retornou ao erro
que o erro de medição esteja dentro do erro Veja a tabela 1. admissível de fábrica. Figura 7.
Calibração
Comumente conhecida como aferição,
esta nomenclatura foi substituída pelo termo
Calibração, que significa a atividade de
comparação de valores medidos e incertezas
de medição entre um medidor-padrão e o
medidor a ser calibrado.
De acordo com o Vocabulário Interna-
cional de Metrologia, o termo Calibração
significa: “Operação que estabelece, sob
condições especificadas, numa primeira
etapa, a relação entre os valores e as incer-
tezas de medição, fornecidos pelos padrões
e as indicações correspondentes com as
incertezas associadas”.
Ou seja, comparando um medidor-padrão
e o medidor a ser calibrado, obtém-se um
erro de indicação, visualizado através da
F4. Medidor após manutenção. emissão de um certificado de calibração.
Na tabela 2, temos a explicação sim-
plificada da relação entre erro e correção,
baseada na comparação entre instrumentos
de Teste e Padrão.
E = Teste - Padrão
e
C = Padrão - Teste
onde:
E= Erro;
C= Correção
onde:
E1= Erro referente o mesmo ponto;
F6. Exemplo de número ou fator de calibração. E2 = Erro referente ao fundo de escala
Conclusão
Para um aumento da vida útil dos medi- F7. Laboratório de calibração Emerson acreditado pelo Inmetro.
dores de vazão e a garantia da confiabilidade
na medição do processo, é necessário uma
forte atuação em manutenção preventiva,
preditiva e suportada pela confiança me-
trológica, atrelada a Laboratórios de Vazão
confiáveis, idôneos e acreditados pelo Inmetro.
Desta forma, manteremos a confiança
no ponto de medição, histórico de manu-
tenção do medidor e erros apresentados
pelo medidor. MA
Gerenciamento de
Ativos e Autodiagnose:
Tecnologia para facilitar a vida do
usuário, reduzir custos operacionais
e de manutenção, além de contribuir
para a melhoria contínua de processos
industriais autossustentáveis
Neste artigo faremos uma abordagem do impacto dessas tecnologias
de manutenção e controle de plantas industriais, visando a obtenção
de processos de manufatura mais autossustentáveis.
N
César Cassiolato
Leandro Henrique Batista Torres
Nos últimos anos temos acompanhado que neste sentido, com o advento da tecnologia
os mercados de instrumentação e automação Filedbus(HART, Profibus, Foundation
vêm demandando equipamentos de campo Fieldbus), pode-se transformar preciosos
(transmissores de pressão e temperatura, bits e bytes em um relacionamento lucrativo
conversores, posicionadores, atuadores, e obter também um ganho qualitativo do
etc.) com alta performance, confiabilidade, sistema como um todo.
disponibilidade, recursividade, etc, com a A tecnologia Fieldbus é rica no for-
intenção de minimizar consumos, reduzir a necimento de informação, não somente
variabilidade dos processos, proporcionar a pertinente ao processo, mas em especial
redução de custos operacionais e de manu- dos equipamentos de campo. Desta forma,
tenção, assim como garantir a otimização e condições de autodiagnoses podem poupar
Autodiagnósticos em
Posicionadores
Veremos a seguir, na figura 2, os recursos
de autodiagnose disponíveis em um posicio-
nador fieldbus desenvolvido com tecnologia
aberta. Existem alguns parâmetros no bloco
transdutor do posicionador que podem ser
usados na manutenção preditiva e proativa.
Alguns deles podem ser lidos on-line
enquanto outros parâmetros exigem que o
processo pare, ou que o controle da planta
esteja configurado como manual. É possí-
vel detectar degradações no desempenho
comparando-se os parâmetros atuais com
os valores padrões e, então, agendar uma
manutenção preditiva e proativa.
Valve Totals
• STROKES: indica o número de vezes
que a válvula abre e fecha totalmente.
É o indício de que os batentes precisam
de reparos.
• REVERSALS: indica o número de
vezes que a válvula muda de direção
de acordo com o movimento. O
número de reversos é incrementado
quando a válvula muda de direção
e o número de movimentos excede a
zona morta. Já vimos anteriormente
sua importância.
• TR AVEL (hodômetro): indica o
número equivalente de deslocamentos
totais. O hodômetro é incrementado
quando o número de mudanças
F2. Recursos de autodiagnósticos do Posicionador. excede o valor da zona morta. É
usado para indicar que o diafragma • TEMPERATURE OUT OF RAN- • DEVICE FAULT STATE SET:
precisa ser substituído e o atuador/ GE, alarme automático: temperatura indica que o equipamento está em
válvula revisados. fora da faixa operacional. condição de falha.
• SLOW VALVE MOVEMENT OR • DEV ICE NEEDS M A I N TE -
Valve Performance LOW AIR SUPPLY, alarme automá- NA NCE SOON: o diagnósti-
• CLOSING TIME: indica o tempo tico: movimento lento de válvula, ou co interno da configuração do
(em segundos) que a válvula leva para baixa pressão da fonte de ar. usuário ou a avaliação interna
ir de totalmente aberta a totalmente • MAGNET NOT DETECTED, do equipamento detectou que o
fechada. alarme automático: o ímã não foi equipamento precisará de manu-
• OPENING TIME: indica o tempo detectado. tenção em breve.
(em segundos) que a válvula leva para • BASE NOT TRIMMED, alarme • INPUT FAILURE/PROCESS VA-
ir de totalmente fechada a totalmente automático: a base não está ajustada. RIABLE HAS BAD STATUS: a
aberta. O campo em destaque indica a condição condição da variável de processo é
Estes tempos são usados para indicar um atual do diagnóstico. BAD.
problema com o atuador ou posicionador, • OUTPUT FAILURE: indica uma
rompimento do diafragma e problemas com Sensor Pressure falha na saída que pode ter sido
o sistema de ar, assim como agarramentos • SENSOR PRESSURE IN: indica a causada pelo módulo eletrônico ou
e stress mecânicos. leitura do sensor de pressão da entrada. mecânico.
• SENSOR PRESSURE OUT1: in- • MEMORY FAILURE: indica uma
Temperature dica a leitura do sensor de pressão falha eletrônica, dependendo do
• HIGHEST TEMPERATURE: in- da saída 1. processo de avaliação interna. Por
dica o maior valor da temperatura • SENSOR PRESSURE OUT2: in- exemplo, um checksum errado foi
medida pelo sensor de temperatura dica a leitura do sensor de pressão detectado na memória principal.
do posicionador. da saída 2. • LOST STATIC DATA: indica que
• LOWEST TEMPERATURE: in- o equipamento perdeu dados da
dica o menor valor da temperatura Sensor Pressure Status memória flash ou EEPROM.
medida pelo sensor de temperatura • SENSOR PRESSURE STATUS: • LOST NV DATA: indica que o
do posicionador. indica o estado do sensor de pressão equipamento perdeu dados da me-
• TEMPERATURE: indica o valor da da entrada. mória RAM.
temperatura medida pelo sensor de Com os sensores de pressão podemos • READBACK CHECK FAILED:
temperatura do posicionador. analisar as condições de posicionamento indica uma discrepância na leitura
Estes parâmetros poupam que o equipa- versus pressão de ar, criando condições de do valor de retorno, isto é, entre o
mento trabalhe fora dos limites industriais, identificação de agarramentos, stress e des- setpoint e a posição real da válvula.
alertando o usuário. gastes, determinando antecipadamente uma Pode ter sido causada por uma falha
parada não programada para manutenção do de hardware ou mesmo de emperra-
Advanced Status conjunto válvula/atuador ou sistema de ar. mento, ou falta de ar no atuador ou
Indica o estado do diagnóstico contí- posicionador.
nuo, incluindo as condições do módulo Status • DEVICE NEEDS MAINTENAN-
mecânico: Mostra o diagnóstico contínuo do estado CE NOW: o diagnóstico interno
• REVERSAL LIMIT EXCEEDED: do equipamento, incluindo a condição do da configuração do usuário ou a
este alarme indica o limite de reversos bloco funcional, do módulo eletrônico e avaliação interna do equipamento
configurado. do módulo mecânico. Todos os alarmes detectou que o equipamento precisa
• TRAVEL LIMIT EXCEEDED: este são automáticos, ou seja, o equipamento de manutenção.
alarme indica o limite do hodômetro irá notificar o usuário mesmo que o alarme • POWER UP: indica que o equi-
configurado. não tenha sido configurado. pamento finalizou o procedimento
• DEVIATION LIMIT EXCEEDED: • BLOCK CONFIGURATION ER- inicial de operação.
este alarme indica o limite do desvio ROR: indica erro nos componentes de • OUT-OF-SERVICE: indica que o
configurado. hardware e software associados ao bloco. bloco funcional está fora de serviço.
• MODULE PARAMETERS NOT • LINK CONFIGURATION ERROR: • GENERAL ERROR: um erro ocorreu
INITIALIZED, alarme automático: indica erro na configuração do link. e não pode ser classificado como um
parâmetros do módulo mecânico não • SIMULATE ACTIVE: indica que dos erros abaixo.
foram inicializados. o equipamento está no modo de • CALIBRATION ERROR: um erro
• MODULE NOT CONNECTED simulação. ocorreu durante a calibração do equi-
TO THE CIRCUIT, alarme auto- • LOCAL OVERRIDE: indica que pamento, ou um erro de calibração
mático: módulo mecânico não está o equipamento está sendo operado foi detectado durante a operação do
conectado ao circuito eletrônico. manualmente. equipamento.
• CONFIGURATION ERROR: um
erro ocorreu durante a configuração
do equipamento, ou um erro de
configuração foi detectado durante
a operação do equipamento.
• ELECTRONIC FAILURE: um
componente eletrônico falhou.
• MECHANICAL FAILURE: um
componente mecânico falhou.
• I/O FAILURE: uma falha de E/S
ocorreu.
• DATA INTEGRITY ERROR: indica
que dados armazenados no sistema
podem não ser mais válidos porque a
somatória dos dados feita na memória
RAM falhou ao ser comparada com
os dados da memória não volátil.
• SOFTWARE ERROR: o software
detectou um erro que pode ter sido
causado por um desvio para uma
rotina errada, uma interrupção, um
ponteiro perdido, etc.
• ALGORITHM ERROR: o algorit-
mo usado no bloco transdutor gerou
um erro. Por exemplo, pode ter sido
causado por excesso de dados.
Note que alguns diagnósticos são úteis
também para os fabricantes dos equipa-
mentos como uma maneira de identificar
itens com maior incidência de falhas e, com
isto, pode-se continuamente melhorar a
qualidade de componentes utilizados e a
confiabilidade dos equipamentos. Note ainda
pela figura 3 que vários recursos gráficos
ficam facilitados pelos autodiagnósticos,
F3. Assinatura da válvula. como por exemplo a assinatura da válvula.
Este gráfico mostra o comportamento da
posição em relação a pressão de saída. O
usuário pode analisar o comportamento de
resposta da válvula de acordo com a pressão
do ar. Por exemplo, ele pode salvar o gráfico
durante a instalação ou o comissionamento
e, depois, comparar o gráfico atual com o
que foi salvo anteriormente.
É possível verificar se será preciso mais
pressão para alcançar a mesma posição, e
neste caso pode significar que existe um
emperramento ou desgaste da válvula.
Figura 4.
Manutenção em
Posicionadores e Válvulas
O estado dos posicionadores e das
válvulas deve ser periodicamente acompa-
nhado através dos diagnósticos, visando
F4. Desvio da Válvula. a manutenção preditiva e proativa. Este
acompanhamento periódico promove a estará baseado nas condições mínimas, É recomendado realizar os gráficos antes
redução dos custos de manutenção, uma médias e extremas do processo. Esta etapa e depois de uma manutenção, para registrar
vez que a manutenção passa a focalizar deve ser acompanhada por um engenheiro os estados do posicionador, da válvula e
somente os equipamentos que realmente de aplicação ou um técnico especializado. do atuador no banco de dados. A base de
necessitam de manutenção, possibilitando A grande vantagem da tecnologia dados será estudada posteriormente para
um melhor planejamento e menor tempo de digital é o tratamento das informações auxiliar na decisão do período de tempo
parada para a planta (downtime). Entende- qualitativas, não só dos valores de processo, necessário entre a realização de manuten-
-se por melhor planejamento, atividades aliado à monitoração on-line das condições ções, espaçando ao máximo o intervalo de
relacionadas com a aquisição de peças de operação de válvulas de controle e à tempo entre duas manutenções seguidas
de reposição, uma vez que em casos não análise on-line de curvas de desempenho e a parada do equipamento. Através dos
incomuns, podem chegar a um prazo de e desvios. diagnósticos, os responsáveis pela planta
entrega de dezenas de meses. A tecnologia de ponta utilizada no executam a manutenção proativa com
Com o processo configurado em manual posicionador permite executar poderosos base na informação em tempo real, antes
ou off-line, é possível monitorar e testar o algoritmos de diagnósticos internamente mesmo que o problema aconteça, sem ter
desempenho para avaliar a condição geral e oferecer recursos poderosos na análise que esperar por uma parada programada,
de operação dos posicionadores e válvulas. preditiva e proativa de problemas. evitando e reduzindo o tempo ocioso da
O serviço e a calibração dos posicionadores O posicionador possui recursos de planta. A manutenção proativa no posicio-
são executados com o objetivo de assegurar caracterização (tabelas; curvas QO (Quick nador é realizada configurando-se alguns
a precisão do controle e o melhor desem- Open) e EP (Equal Percentage), moni- alarmes, por exemplo, Reversal, Deviation e
penho possível das válvulas. toração da pressão de entrada e saída, Travel. Acompanhe nas figuras 5, 6, 7 e 8.
Estes procedimentos são executados monitoração da temperatura, controle de
normalmente durante as paradas do pro- milhagem, strokes, movimentos reversos, Quais são os novos paradigmas
cesso ou em modo Manual, não sendo sinais de entrada, setpoint, desvios, etc. É para o gerenciamento de ativos?
necessário retirar as válvulas do processo. possível realizar diagnósticos on-line com São os que tiram vantagens dos modernos
Os serviços recomendados pelo resultado segurança, sem interromper o processo. É recursos de rede e arquitetura de software,
das análises são relatados imediatamente possível configurar os limites de milhagem como interface OPC, Microsoft services,
após os testes, e todos os resultados po- (hodômetro), strokes, reversals e alertas em acesso via WEB, FDT/DTMs e onde estas
dem ser arquivados na base de dados da geral. Através destes recursos o usuário ferramentas oferecem ao usuário ampla
manutenção. Por exemplo, através destas pode acompanhar qualquer tendência a visibilidade da planta, a qualquer hora, em
análises é possível concluir que uma vál- defeitos , e evitar problemas no processo qualquer lugar, seja através de um PC, PDA
vula está emperrada ou que necessita de antecipadamente. As informações são co- ou telefone celular (WAP, SMS). Hoje é co-
engraxamento. letadas e armazenadas em históricos para mum encontrarmos ferramentas no mercado
Com a análise dos testes, é possível uma configuração específica, facilitando que utilizam o próprio WEB Browser como
criar uma referência de tempo entre as o planejamento e as ações de manutenção. plataforma para as interfaces gráficas com
calibrações ou entre a manutenção dos
posicionadores, dos atuadores e das válvu-
las. Nos posicionadores, os testes podem
indicar a necessidade de ajuste de ganho,
limpeza de restrições de ar, melhoria do
sistema de ar e ajuste de sintonia.
O critério de periodicidade e toda
sistemática de análise são fundamentais
nesta etapa de conhecimento das infor-
mações, para que a manutenção preditiva
possa aproveitar todas as informações
armazenadas.
Após a calibração, é necessário checar
a assinatura da válvula e avaliar a resposta
dinâmica. Caso o resultado não seja satis-
fatório, será preciso analisar as condições
válvula/atuador e atuador/ posicionador
para obter a melhor parametrização. Se as
válvulas de controle testadas continuam
apresentando problemas no controle, o
dimensionamento das válvulas também
deverá ser analisado. O dimensionamento F5. Vista Geral do Posicionador de Válvula.
Quais os benefícios do
gerenciamento de ativos?
Os benefícios são amplos, onde po-
demos citar:
• Redução dos tempos de parada
(downtime) e, consequentemente,
F6. Notificação das manutenções necessárias. redução de custos com a parada
planejada.
• A escolha do melhor momento de
parada para uma manutenção.
• A manutenção no equipamento
que realmente tenha um problema.
Hoje, mais de 60% das idas ao
campo não indicam que realmente
um equipamento tem problemas.
Com o gerenciamento economiza-
-se principalmente com as idas à
áreas perigosas que, por sua vez,
diminuem os custos financeiros e
humanos envolvidos em atividades
perigosas ou insalubres.
• Melhoria nos processos industriais,
garantindo-se o perfeito funciona-
mento e reduzindo-se a variabilidade
dos processos com a consequente
redução de matérias-primas, redução
de custos e aumento da qualidade
final dos produtos.
• Criação da ferramenta-base para
a implantação e manutenção de
processos produtivos sustentáveis.
Conclusão
As pessoas já têm recebido a mensagem
de que a sustentabilidade é importante. As
agências regulamentadoras vêm fazendo
o seu papel através de diretivas, padrões
e outros mecanismos, que não devem ser
relegados a um monte de papéis. Muito
pelo contrário, a adoção dessas normas e
padrões fortalecem a cadeia de valor de
todo um setor industrial. O desafio atual
é torná-la operacional e esse é o papel das
empresas fornecedoras de tecnologia de
F7. Lista dos eventos de diagnósticos e ações recomendadas. automação.
Isso se evidencia através deste artigo, um banco de dados único, que permitirá qualquer mau funcionamento de sua planta.
com o avanço dos equipamentos de a análise estatística das ocorrências no Neste sentido, deve ter tecnicamente faci-
campo aliado aos benefícios das tecno- chão de fábrica. lidades de gerações de dados estatísticos,
logias abertas no sentido de facilitar o Um sistema de manutenção deve ter levantamento de históricos, gerações de
dia a dia do usuário, disponibilizando recursos que permitam ao usuário identificar relatórios, e permitir fácil acesso de qual-
informações que podem ser usadas ou prognosticar facilmente e rapidamente quer lugar, mesmo fora da planta. MA
para prognosticar falhas e problemas,
além de proporcionar condições para
redução de custos operacionais e de
manutenção, assim como a redução de
insumos com a otimização contínua dos
processos e a redução da variabilidade
dos mesmos. Os autodiagnósticos são
os pontos-chave para a manutenção
preditiva e proativa.
É importante a adoção de soluções
abertas como HART, Foundation Fieldbus
e Profibus, onde os benefícios da tecnologia
digital são decisivos e garantem condições
de intercambiabilidade, interoperabilidade,
integração com sistemas convencionais e
futuras expansões, protegendo investi-
mentos, criando sistemas com ciclo de
vida maior. Em termos de ferramentas de
gerenciamento, as baseadas em Internet
são as mais indicadas, visto que garan-
tem a informação a qualquer hora e em
qualquer lugar, além de poder alimentar F8. Análise da distribuição de Ocorrências em Campo.
engenharia
modularização de software, inovações na
interface do usuário e potência de computação
estão abrindo cada vez mais oportunidades
de uso de modelos em operações.
utilizados em
Este potencial crescente torna ainda mais
crítica a reutilização dos mesmos modelos
para resolver problemas diferentes em todo
o ciclo de vida dos ativos e em diferentes
operações
níveis de granularidade em operações.
Afinal de contas, uma simulação que prevê
confiavelmente um aplicativo e uma situa-
ção específica torna-se muito mais valiosa
se pode ser aplicada a todas as tarefas que
de plantas
requerem a modelagem desta unidade ou
deste processo. Na verdade, a utilização
mais ampla destes modelos promete ter um
impacto profundo nos negócios. Em vista
disso, descreveremos aqui as tendências atuais
em reutilização dos modelos e os workflows
(fluxos de trabalho) integrados resultantes.
Em primeiro lugar, vamos apresentar o
Veja como obter maior eficiência e segurança cenário resumindo os desafios de negócio
que estão estimulando o uso da tecnologia
Rob Hockley e Ron Beck, de modelagem orientada ao ciclo de vida
Aspen Technology, Inc. completo da planta:
• A pressão da competição global
impõe a necessidade de acelerar a
engenharia, reduzir os custos de
capital e otimizar as operações. Isso
aumenta ainda mais o valor de se ter
um conjunto comum de modelos que
possa ser utilizado desde a síntese do
processo até as operações da planta e
a eliminação de gargalos.
Principais Tendências
em Modelagem
O papel da modelagem de processos
está evoluindo de duas maneiras distintas:
1. No início, as ferramentas de mode-
lagem foram desenvolvidas para resolver
problemas específicos, tais como análise
de energia, projeto de trocador de calor,
análise dinâmica e estimativa de custo. Em
seguida, a indústria começou a criar ligações
entre essas ferramentas individuais para
que pudessem compartilhar informações F1. Os modelos de processos podem desempenhar um papel importante em todas as fases.
e dados. Então, com o desenvolvimento de
modelos de dados de processos e ferramentas A Fluor, que define esta integração como Workflow de engenharia conceitual/
modularizadas, estas ligações evoluíram “desenho otimizado para custo”, cita uma básica/detalhada
para um autêntico workflow integrado de série de benefícios[2], entre eles capacidade A engenharia básica integrada é mais uma
simulação de processos (figura 1). Esta abor- de focar em trade-offs de tecnologia/custo área onde os workflows evoluíram. O balanço
dagem integrada traz benefícios em termos antecipadamente, melhoria da qualidade de calor e de materiais e os fluxogramas de
de tempo, custo e qualidade. (O workflow das estimativas e maior conscientização do estudos de simulações são inseridos direta-
dinamizado também oferece vantagens para custo durante o desenho. mente no processo de engenharia básica, no
as empresas de engenharia, que enfrentam A BASF calcula que economiza 10% a qual diversas disciplinas definem o FEED
pressões crescentes para executar projetos 30% em custos de capital e até US$2 mi- e, em seguida, passam esta informação para
eficazmente com menos engenheiros.[1]) lhões/ano em energia com sua abordagem o desenho detalhado.
2. Os modelos de processos desenvolvidos de desenho i-TCM (intelligent Total Cost A Worley Parsons, ao unir simulação
originalmente para Front-End Engineering Minimization - Minimização de Custo de processo, engenharia básica e desenho
Design (FEED), agora, são usados em ope- Total inteligente), que envolve a execução detalhado, obtém um aumento estimado de
rações na planta. Os operadores se apoiam simultânea de simulação de processo, análise 25% na eficiência de engenharia e redução
cada vez mais em modelos para dar suporte de custo e modelagem de equipamento[3]. O de 50% no tempo de engenharia básica[5].
a decisões operacionais, otimizar processos objetivo é otimizar a capacidade, reduzir os
em tempo real e melhorar a precisão dos custos operacionais e desenvolver desenhos Migração de modelos de P&D/
sistemas de planejamento. melhores para plantas novas ou reformuladas. Engenharia para operações da planta
Vejamos alguns exemplos de como a Os modelos criados durante as fases de
modelagem integrada está agregando valor Workflows de desenho/operabilidade desenho e desenvolvimento de uma planta
atualmente. O uso de modelos dinâmicos para análise envolvem conhecimento e trabalho de en-
de segurança e operabilidade é outro avanço genharia substanciais. Os benefícios incluem
Simulação/processo de trabalho em ao mostrar se uma solução de simulação de aumento de produtividade da engenharia e
economia desenho é estável em condições dinâmicas redução de despesas de capital/custos do ciclo
A integração de análise econômica com reais. A meta é usar os mesmos modelos de de vida da planta. A reutilização dos mesmos
a atividade básica de desenvolvimento de operações da unidade para análise tanto modelos no ambiente operacional da planta
processo gera benefícios consideráveis. Os estacionária quanto dinâmica, evitando pode proporcionar ainda mais benefícios.
engenheiros de processos não precisam espe- ter que desenvolver os modelos novamente. Os modelos de processo adequados para
rar até que um pacote formal seja fornecido A Shell Chemicals adota esta abordagem uso em operações na planta abrangem desde
ao departamento de estimativa para que para modelar sistemas de reator e de alívio a simulação de estado estacionário off-line
tenham a compreensão exata dos trade-offs de modo a garantir que os sistemas de segu- até a eliminação de gargalos da análise e a
econômicos entre projetos alternativos. Os rança projetados possam conter quaisquer otimização de performance de processos em
custos do processo são calculados e otimi- reações não controladas (runaway reactions). tempo real em malha fechada. A tabela 1
zados simultaneamente ao desenvolvimento Esta utilização de modelagem dinâmica destaca os diferentes níveis de benefícios e o
conceitual do processo, permitindo que os aumenta a segurança e a confiabilidade das trabalho e o tempo de implantação. A figura
engenheiros entendam melhor o impacto operações e reduz custos operacionais por 2 mostra o workflow típico da transposição
econômico de suas decisões de projeto. meio da otimização das operações normais[4]. de modelos de desenho para operações.
Modelos em engenharia
Os modelos podem ser invocados de
downstream no processo de desenho, incluin- F2. Os novos usos de modelos de desenho em operações requerem um workflow modificado.
do desenho básico, partida e controle (sem
loop de volta para o grupo de modelagem).
A modelagem pode ser realizada na planta Principais Considerações
sem intervenção da engenharia de desenho.
Ao migrar os modelos de desenho fluxo de utilidades incluído. Em
“Backbone” comum de dados de para operações, preste especial classificação, ambos os lados do
engenharia atenção aos seguintes aspectos: trocador de calor são incluídos e
Um banco de dados do ciclo de vida • Número de componentes quí- simulados com área e coeficiente
incorpora modelos de operações da uni- micos. Os modelos de desenho de transferência de calor:
dade, dados de processos, equipamento e talvez contenham mais do que um • As eficiências da coluna de desti-
instrumentação e informações de controle modelo de processo necessita. lação talvez tenham que ser com-
para facilitar a otimização do ciclo de vida. Um número menor de compo- binadas com dados da planta ou
nentes irá acelerar as simulações. modelos de estágios de equilíbrio
Usufrua Benefícios Reais • A topologia do modelo está atu- convertidos para modelos base-
Os modelos de engenharia de processos alizada? A planta mudou desde ados em transferência de massa.
criados durante o desenho conceitual são que o modelo de desenho foi • A planta ainda pode operar com
cada vez mais aplicados downstream no desenvolvido? algum equipamento desligado?
processo de desenho e nas operações, gra- • Quais são as faixas válidas para Em caso afirmativo, o modelo
ças aos avanços que tornam esses modelos o modelo de processo? Em que terá que dar conta disso.
analíticos utilizáveis por outras disciplinas taxa de rendimento (throughput)? • Quais são os principais resulta-
e pela equipe de funcionários da planta. O • O modelo precisa dar conta de dos que o modelo deve calcular?
resultado é uma economia mensurável de diferentes grades de produtos? Se • Quais itens de equipamento
dinheiro, energia, tempo e pessoal. assim for, talvez você necessite de podem ser excluídos do modelo
O futuro trabalho dos inovadores de modelos alternativos. de desenho? Quais deles não são
software conduzirá à modularização dos • É preciso levar em conta mudan- necessários para os cálculos on-
modelos de operações da unidade e maior ças na atividade catalítica? -line específicos?
facilidade de uso e integração de processos • Quais inputs em modelos podem • Algum item de equipamento adi-
de trabalho. Modelos rigorosos estão des- ser corrigidos, quais serão feitos cional tem que ser incluído? Por
tinados a se tornarem ferramentas ainda manualmente e quais virão de exemplo, às vezes dutos longos,
mais valiosas e mais amplamente utilizadas sistemas de dados em tempo real? válvulas e bombas ficam fora dos
na operação e na otimização de instalações Alguns modelos de equipamento modelos de desenho.
de processos. MA podem requerer uma mudança • Até que ponto o modelo de
de desenho para “classificação” desenho é robusto? Ele é capaz
ROB HOCKLEY é consultor sênior da Aspen (“rating”). Em desenho, por exem- de lidar com as diferentes vál-
Technology, Inc. em Warrington, Reino Unido. plo, o trocador de calor é especi- vulas de entrada existentes no
rob.hockley@aspentech.com
ficado por condições de saída sem modelo da planta?
RON BECK é gerente de marketing da Aspen
Technologies em Burlington, Massachusetts
ron.beck@aspentech.com
Acionamento
de Máquinas
em Corrente
Contínua
Neste artigo trataremos das principais arquiteturas dos inversores de frequência vetoriais. Não é
conversores CC, bem como dos quadrantes de operação raro encontrarmos equipamentos que fun-
cionam com esta filosofia equipados com
e das equações fundamentais. componentes de processamento complexos,
Alexandre Capelli tais como DSPs e microprocessadores de
32 bits.
A
O próprio software de controle vetorial
é bastante “elaborado”, e possui funções
matemáticas sofisticadas, o que exige uma
credito que a primeira dúvida dos leitores, alta velocidade de processamento, tanto em
familiarizados com a eletrônica da Auto- malha aberta como fechada.
mação Industrial, ao se depararem com o Se um inversor escalar não corresponder
título desta matéria será “Acionamentos de às suas necessidades, e um vetorial seria um
Máquinas CC! Eles já não estão obsoletos?” “preciosismo caro”, um pequeno conversor
De fato, a partir do início da década de CC talvez seja uma alternativa.
1990 o uso de acionamentos em corrente
contínua (também chamados de conversores Princípios Fundamentais das
de corrente contínua) vem caindo vertigi- Máquinas de Corrente Contínua
nosamente. Hoje, com o desenvolvimento A figura 1 mostra um diagrama repre-
dos inversores de frequência em corrente sentativo de um motor CC.
alternada do tipo vetorial, podemos dizer Podemos resumir seu funcionamento
que a aplicação da corrente contínua está através de duas equações fundamentais,
restrita a casos muito particulares. sendo uma relativa à força contraeletromatriz
a energia gasta na frenagem de volta à rede da polaridade da tensão de armadura, uma tensão disponível nos terminais de saída é
é denominada “regeneração”. vez que o diodo impede a formação de tensões a própria tensão de armadura (Eg).
Geralmente, o controle dos conversores negativas aplicadas na saída para a carga. O valor médio da tensão terminal em
CC é feito por PWM, com uma frequência A corrente de armadura, por sua vez, condução contínua é:
de chaveamento cujo período seja muito pode comportar-se de duas formas: condução
menor do que a constante de tempo elétrica contínua, e descontínua (figura 9).
da carga. Esta técnica reduz a ondulação na No modo de condução contínua, a corrente Já o valor médio em condução descon-
corrente, e, portanto, o torque. de armadura não chega a zero dentro de cada tínua é:
ciclo de chaveamento, o que significa que há
Conversor Classe A corrente circulando através do diodo durante
Na figura 8 temos o diagrama de um con- todo o tempo e que o transistor está em “off” Onde: δ = ciclo de trabalho.
versor capaz de operar somente no quadrante (desligado), ou seja, tensão terminal nula.
I. Como a carga é puramente indutiva, o uso No modo de condução descontínua, a Conversor Classe B
do diodo “free-wheeling” é indispensável. corrente chega a zero, fazendo com que o Conforme já dito anteriormente, o conver-
Podemos notar que a corrente na carga diodo deixe de conduzir. sor Classe B opera somente no IV quadrante,
pode circular apenas em um único sentido, Como não há corrente, não temos queda ou seja: frenagem avante. Nesta situação, a
bem como não há possibilidade de inversão de tensão sobre Ra e La, de modo que a velocidade mantém seu sentido (assim como
Eg), porém, o torque (Ia) se inverte. Através
Quadrante Torque, velocidade Sentido de rotação Variação de velocidade da figura 10 podemos notar que o diodo e o
I >0 Avante Acelera transistor trocaram de posição, havendo uma
II >0 À ré Freia inversão da corrente de armadura e da fonte.
III <0 À ré Acelera Para que seja possível à corrente retornar
IV <0 Avante Freia para a fonte (regeneração), é necessário que a
T1. Resumo da atuação do Conversor CC nos quatro quadrantes. tensão média no terminal de saída tenha um
valor maior do que a tensão da fonte (Eg > E).
Isso ocorre, por exemplo, quando con-
trolamos a velocidade através do enfraqueci-
mento do campo. Ao frear o motor, eleva-se
a corrente de campo, aumentando Eg, e
possibilitando a transferência de energia da
máquina para a fonte.
Neste caso também podemos ter a ope-
ração em modo contínuo ou descontínuo
(figura 11).
Durante a condução do transistor, há
um acúmulo de energia na “indutância” da
armadura. Assim que este componente é
desligado, a continuidade da corrente por La
F4. Máquina (motor) funcionando no F6. Máquina (motor) funcionando no leva à condução do diodo. Essa técnica faz
quadrante I. quadrante II.
com que a energia acumulada na indutância
seja entregue à fonte. Quanto maior o ciclo
de trabalho, tanto maior será a corrente.
O valor médio da tensão terminal em
modo contínuo é:
Conversor Classe C
Este tipo de conversor pode operar nos
quadrantes I e IV, ou seja, podemos acelerar
ou frear a máquina, porém, sem alterar seu
sentido de rotação (figura 12).
Os componentes T3, D3, e Rd formam
o circuito de frenagem dinâmica.
No primeiro quadrante T1 está em con-
dução; T2 e T3 estão em corte. A corrente,
portanto, circula por T1, D3 e D2 (intervalo F9. Formas de onda do conversor Classe A.
de circulação).
No IV quadrante T1 está desligado, Podemos entender melhor o ciclo de mais comum. Neste caso, o comando é feito
enquanto T2 e T3 estão ligados. O intervalo trabalho crítico do conversor classe D para simultaneamente a dois pares de transistores
de circulação ocorre através de D1 e T3. diferentes relações entre a constante de T1/T4, ou T2/T3.
Para realizar a frenagem dinâmica tempo elétrica e o período de chaveamento, Quando o acionamento trabalha nos
(também conhecida como dissipativa) basta observando a figura 15. quadrantes I e II, temos: T1/T4 ligados, e
estabelecer a seguinte condição: A figura 16 nos mostra a curva caracte- T2/T3 desligados.
T1 = desligado; rística desse conversor para diferentes tensões As equações e curvas características são
T2 = ligado; de armadura, supondo a queda de tensão as mesmas do conversor classe D.
T3 = quando comandado, desliga, e a nas bobinas desprezível, isto é, o valor de Uma outra possibilidade é executarmos o
corrente contínua circula por Rd, onde há tensão terminal sendo igual à tensão Eg. comando separadamente. Embora com um
dissipação de energia. circuito de controle mais complexo, podemos
Conversor Classe E alterar o comportamento e a forma de onda da
Conversor Classe D Este conversor é o mais versátil em termos
Essa topologia não permite frenagem, de operação. Ele pode operar nos quatro
porém, é ideal para aplicações onde há ne- quadrantes (sentido horário, anti-horário,
cessidade de uma rápida extinção da corrente acelerando ou freando).
após o período de alimentação. Conforme podemos observar na figura
O acionamento de motor de passo é um 17, temos quatro transistores. Há três filo-
clássico exemplo de utilização do conversor sofias de controle para o conversor classe E:
classe D. Através da figura 13, podemos comando simultâneo, comando separado,
notar que, uma vez T1 e T4 acionados simul- e deslocamento de fase.
taneamente, teremos uma tensão positiva O comando simultâneo é o mais simples
nos terminais do motor. Entretanto, ao de ser implementado, e, por essa razão, o F10. Conversor Classe B.
desligarmos os transistores, teremos uma
rápida inversão de polaridade, “gerada” pela
condução dos diodos D2 e D3.
Essa inversão não tem energia suficiente
para causar uma frenagem, mas ela apressa a
extinção da corrente através de uma tensão
negativa.
A figura 14 exibe os modos contínuo
e descontínuo de operação.
O ciclo de trabalho neste conversor é
crítico e, geralmente, é superior a 50%.
A tensão média em modo contínuo pode
ser expressa por:
Conclusão
Os conversores CC para motores de
corrente contínua podem representar uma
solução econômica para processos da au-
tomação industrial, principalmente os da
manufatura.
Caso o desenvolvedor utilize estes recursos F16. Curva característica estática do conversor Classe D.
juntamente com microcontroladores, por
exemplo, todo um sistema de controle de
movimento pode ser implementado facilmente.
O software deverá ser bem simples, uma
vez que a arquitetura mais complexa possui
apenas quatro variáveis de comando. Além disso,
bastam alguns optoacopladores para fazermos
uma interface entre comando e potência.
Bem, a partir de agora depende da
criatividade de cada um. MA F17. Conversor Classe E.