Segunda-Feira, 08de abril de 2013.

PROVA ORAL DE PROCESSO PENAL

PRIMEIRO CANDIDATO

Sorteio: Ponto 4 (JURISDIÇÃO)

1) Defina JURISDIÇÃO. Essa questão foi cobrada pelo Nicoliti e foi repetida VÁRIAS E VÁRIAS
vezes durante as provas!!!!! Creio que ele queria escutar algo relacionado a “VALORES
CONSTITUCIONAIS”, porque apenas dois candidatos fizeram alusão a tal expressão, e apenas
em relação a esses dois candidatos ele ficou satisfeito com as resposta e não seguiu fazendo
mais perguntas. Inclusive, quando uma das meninas que respondeu fazendo menção a
“VALORES CONSTITUCIONAIS”, o Nicoliti disse: “até quem enfim!”E após a prova dela, ele
comentou com os outros dois examinadores algo do tipo”como os candidatos se enrolam para
definir jurisdição. Enfatizo que essa pergunta foi feita VÁRIAS vezes por ele. Quando o
candidato respondia algo que ele parecia considerar insuficiente. Ele fazia perguntas do tipo:

CONCEITO DE JURISDIÇÃO => É a função através da qual o Estado-juiz dá

resposta às pretensões que lhe são apresentadas, dizendo o direito e dando
significado concreto e aplicação aos valores constitucionais. Tem 2

1.1) Existem conceitos relacionados a Carnelutti e outro que não escutei. E os conceitos
contemporâneos de Jurisdição? Perguntava ao candidato se ele já havia escutado falar da
Teoria do Conflito.

R: Na teoria do conflito jurisdição tem como finalidade a tutela dos direitos subjetivos
violados, ele critica pois pode haver processo sem conflito, o importante é haver pretensão!!

2) Pediu os atributos e características da Jurisdição.

características:
Substitutividade => o Estado substitui para dizer o Dto e executá-lo.
Inércia => depende de provocação. (o hábeas corpus é uma exceção a inércia,
pois o Dto a liberdade é de interesse de toda a sociedade)
Definitividade => a coisa julgada torna-se imutável.

3) Quais as cláusulas estão insertas na Cláusula de reserva de Jurisdição?

PRINCÍPIO DA RESERVA DE JURISDIÇÃO => A CF garante as liberdades
públicas “privacidade, liberdade, domicílio etc”, estas garantias não são
absolutas, entretanto só podem ser constrangidas mediante autorização de um
juiz competente. As intervenções reservadas aos juizes e somente estes (CPI,
Polícia, MP não podem) são:

Decretar a prisão (salvo em flagrante delito)

Quebra de sigilo de correspondência
Decretar buscas domiciliares.
Efetuar interceptações telefônicas
Quebra de segredo de justiça
Quebrar o sigilo telefônico de ligações pretéritas.
Quebra de sigilo bancário e financeiro
Quebra de sigilo fiscal
Decretação de medidas assecutórias “arresto, seqüestro, indisponibilidade”.
Interceptação e quebra de sigilo de email.

* As que estão em verde podem ser feitas pelas CPIs. Membros do MP

segundo o STF, também podem, mas é preciso que exista uma relevante
matéria de ordem pública neste caso.
Para o Nicolitti, em todas as situações em que há restrição dos direitos
constitucionais do cidadão deverá haver reserva de jurisdição, como na quebra
de sigilo telefônico, bancário, fiscal pela CPI e MP, assim só o juiz.

4) O processo poderia fazer parte do conceito de Jurisdição?

Processo é uma garantia fundamental, logo pode ser inserido!!

5) As CPI´s possuem poderes tais quais os dois juízes. Como fica o papel das CPI´s em relação a
essa reserva de jurisdição? Poderia a CPI realizar quebra do sigilo telefônico? Em relação à
quebra de sigilo, é pacífico que não pode quebrar? E o que diz o STF? E a Constituição?

6) Tema: Inquérito  Situação hipotética: Você como delegado...Nicoliti narrou uma história
de furto simples. Você lavra o auto. Que providência deve ser tomada após a lavratura do
auto? ESSA PERGUNTA fOI REPETIDA VÁRIAS E VÁRIAS VEZES!!!!!

Acho que o Nicoliti queria escutar como resposta que o delegado deveria arbitrar a fiança.
Quando os candidatos não respondiam fiança, ele ia fazendo perguntas ou comentários de
modo a levar o candidato a responder fiança. Após a resposta “fiança”, ele dizia que o
indiciado era pobre e não tinha como pagar a fiança. O que você faria? Os candidatos
respondiam pela aplicação analógica do art. 350, CPP. Aí o Nicoliti dizia que tal artigo faz
menção a algo relacionado a mudança de domicílio. Então, ele somava ao caso hipotético a
informação de que o indiciado era tão pobre, que era morador de rua, isto é, não tinha
domicílio. O que você faz?Sabe como “driblar” essa circunstância fática da falta de domicílio?

Essa questão foi repetida várias vezes, e durante uma das provas, ele fez um comentário do
tipo? “As pessoas esquecem que a liberdade é a regra, e a prisão é a exceção!”

SEGUNDO CACNDIDATO
PONTO 3 (GARANTIAS CONSTITUCIONAIS NO PROCESSO PENAL/PACTO DE SÃO JOSÉ DA
COSTA RICA E outros tratados internacionais)

1) Explique o tema do duplo grau de jurisdição diante desse cenário mencionado no ponto 3
(ESSA QUESTÃO ATINENTE AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO TAMBÉM FOI REPETIDA VÁRIAS
VEZES PELO NICOLITI)

PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO => Está inserido em nosso

ordenamento através do Pacto de São José da costa Rica (Art. 14, nº. 7 §5º). E
ele garante a pessoa declarada culpada o direito de recorrer a uma instância
superior. Dessa forma o direito ao duplo grau é para o Réu e não pode abarcar
o MP. Sendo assim o MP só pode recorrer em caso de nulidade ou para
modificar a aplicação da pena imposta.

2) Qual a consequência prática se pode extrair desse princípio relativamente à ordem jurídica
nacional?

3) Pode haver reanálise de matéria fática no duplo grau de jurisdição, ou só de direito?

4) Descreva o Inquérito policial.

NJ de procedimento administrativo, inquisitorial, informativo, sigiloso,

escrito, indisponível, dispensável, sistemático, oficioso, oficial. SIGILO
DO INQUÉRITO POLICIAL => o CPP garante o sigilo com vistas a elucidação
do fato e o interesse da sociedade, hoje a CF acrescenta que o sigilo deve ser
como premissa da garantia da dignidade da pessoa humana, o indiciado não
pode ser estigmatizado. O entendimento hoje nos tribunais é que impera o
sigilo interno parcial quanto ao advogado, ou seja, tem direito a acesso aos
documentos já produzidos, mas não aos que estão em andamento.

5) Em quantas partes se divide o Tribunal do Júri no julgamento?

2, a primeira, é o judicium acusationis, que vai da denúncia até a (pronúncia,

impronúncia, desclassificação ou absolvição sumária) ´o juízo de
admissibilidade de acusação, depois vem a segunda fase que é o conselho de
sentença.

6) O inquérito policial pode ser usado no plenário do Júri como argumento da acusação?

Não!! INQUÉRITO POLICIAL COMO BASE DA CONDENAÇÃO =>

Totalmente inconcebível tal prática, o IP está desvinculado do contraditório logo
nunca poderia sequer ser mencionado junto a outras provas presentes nos
autos. O IP tem como fim construir a opinio delicti do MP ele é
UNIDIRECIONAL, e não servir como meio para a condenação. Excluem-se
obviamente as provas técnicas não repetíveis.

INQUÉRITO POLICIAL NO JURI => Embora vigore o princípio da livre

convicção e da decisão sem fundamentação, o julgamento não está
dispensado do contraditório, logo o IP não pode servir de prova nos autos. O
melhor entendimento é de que uma vez pronunciado o Réu, deve o juiz
desentranhar o IP dos autos, mantendo-se tão somente as provas técnicas.

7) Há possibilidade de investigação por parte do MP ? ESSA PEREGUNTA FOI REPETIDA VÁRIAS

E VÁRIAS VEZES!!!!!

8) O que se entende por interpretação retrospectiva? (não seria prospectiva?)

Não podemos mais aceitar uma interpretação retrospectiva e sim uma

interpretação PROSPECTIVA que valoriza a vontade da Constituição, um
significado sempre atual, sempre arejado do sistema constitucional⇒ isso é o
que a doutrina denomina de MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL – é um
mecanismo de reforma informal da Carta Magna, que nada mais é do que o
processo hermenêutico de adaptação da CF conforme a realidade social de
cada “época” sem modificar o seu texto

9) A prisão temporária é constitucional?

É inconstitucional pois sua criação se deu por medida provisória, e não há

urgência no xecutivo tratar desse tema, logo inconstitucionalidade formal. Tem
que investigar para depois prender.

TERCEIRO CANDIDATO

Ponto 3

1) Qual é a natureza jurídica do Inquérito policial? E as características do Inquérito policial?

2) Qual é a diferença da postura do delegado na Ação penal Privada e na Ação penal Pública?

COMO DEVE PROCEDER O POLICIAL DIANTE DE UM FLAGRANTE DE

CRIME DE AÇÃO PENAL PRIVADA OU PÚBLICA CONDICIONADA ?
R: Deve efetuar a prisão captura fazendo cessar a conduta criminosa e
conduzi-los a presença da autoridade, entretanto esta só poderá instaurar IP
mediante a representação ou requerimento, à míngua destes, deve-se liberar o
ofensor e ofendido.

3) Inquérito Policial/MP na Ação penal pública. E no caso da ação penal privada? (Essa questão
não consegui pegar direito).

4) Inquérito Policial: dez dias réu preso; Nicoliti pega o código e pergunta: O MP tem que
oferecer denúncia em quantos dias? E quando o MP está obrigado a oferecer denúncia?

5) Nova ordem cautelar/Preso em flagrante/A Autoridade comunica ao juiz. O que o juiz tem
que fazer (pode/tem que fazer) quando recebe a comunicação da prisão?

6) O juiz decreta a prisão preventiva. Como ficam o delegado de polícia e o promotor nesta
situação?
7) Qual é o seu posicionamento em relação à ideia do MP poder investigar crimes? Essa
pergunta foi repetida VÁRIAS e VÁRIAS VEZES!!!! Às vezes o examinador perguntava qual era a
opinião pessoal do candidato, como o fez para este candidato.

PONTO 6 – Sujeitos Processuais

8) No processo penal existe a figura do assistente litisconsorcial? ESSA QUESTÃO TAMBÉM FOI
REPETIDA VÁRAS E VÁRIAS VEZES E QUASE NINGUÉM SABIA RESPONDER ISSO!!!

Sabe o que é Assistente Litisconsorcial? Qual é a diferença do Assistente Simples para o

Assistente Litisconsorcial?

9) No processo penal, haveria assistente simples?

NJ= intervenção de 3º, tem interesse jurídico de ver o réu absolvido

QUARTO CANDIDATO

PONTO 3

1) É possível arguir a suspeição do delegado de polícia?

Possível é, pois embora o CPP diga expressamente que não cabe suspeição
quanto ao delegado, essa situação fere os princípios da moralidade e da
impessoalidade.

2) O delegado preside a investigação criminal. A função de presidência da investigação criminal

pode ser exercida por outra autoridade que não seja o delegado de polícia?

E no âmbito das infrações penais militares?

3) Sabe o que é a figura do Assistente Litisconsorcial? REPETIU NOVAMENTE!!!! Perguntou ao

candidato se ele estuda Processo civil às vezes. No processo penal existe essa figura do
assistente litisconsorcial?

4) Qual é a relevância dos pactos internacionais no ordenamento jurídico brasileiro em relação

ao duplo grau de jurisdição? (Essa pergunta foi feita várias e várias vezes!) O candidato
respondeu algo relacionado à incorporação dos tratados internacionais sobre direitos
humanos como norma Supralegal e o Nicoliti perguntou se isso é pacífico na doutrina (parece
que há ressalvas doutrinárias em relação a esse status de norma supralegal  confiram
isso!Não peguei bem!)

Pergunta relacionada à anterior: E se o indivíduo que não tem foro por prerrogativa de função
é julgado por Tribunal Superior?
5) Como delegado, qual a força hermenêutica você atribuirá às decisões do STF? Nicoliti aduz
que os delegados devem agir de acordo com a Constituição, leis e a sua consciência. Qual é a
relação de força que você pensa atribuir às decisões dos Tribunais Superiores?

O Nicoliti foi fazendo perguntas ao examinado à medida que ele ia respondendo a pergunta
original:

1) Qual é a natureza jurídica da Súmula vinculante?

Natureza Jurídica
Considerando a estrutura de sua concepção, a natureza jurídica da súmula vinculante deveria consistir
em interpretação legislativa, todavia questiona-se se o seu caráter universal, abstrato e vinculante não
teria lhe atribuído a natureza de ato normativo.
A atividade judiciária decorre da interpretação da lei. Na hipótese de decisões reiteradas unânimes por
parte do órgão máximo do Poder Judiciário, em sentido uníssono, sobre determinada matéria
constitucional, dando origem a aprovação de enunciado de uma súmula vinculante, estar-se-á, em tese,
caracterizada a natureza interpretativa do instituto, o que impede a possibilidade de controle de
constitucionalidade pela via concentrada.
Entretanto, devido ao caráter abstrato, genérico e cogente, bem como em razão de a aprovação e edição
de súmula vinculante não depender de entendimento unânime, sustenta-se que o seu enunciado
tem natureza de ato normativo, propiciando a propositura de ação declaratória de inconstitucionalidade.

2) E em relação às decisões não vinculantes, o senhor se coloca como intérprete da

Constituição? Você interpretaria algo de acordo com a Constituição, mas em detrimento do
STF?

Sim excelência, vivemos a constituição, e todos somos portanto intérpretes

dessa constituição, mesmo que não se adote o pocicionamento de uma
sociedade aberta de interpretes é possível pois somos autoridades
administrativas. CONCRETISTA DA CONSTITUIÇÃO ABERTA DE PETER HABERLE
=>(MÉTODO APORÉTICO CONCRETISTA) DIZ QUE O CÍRCULO DE INTERPRETAÇÃO
DEVE SER ABERTO, SE TODA A SOCIEDADE É DESTINATÁRIA DA CONSTITUIÇÃO
TODA A SOCIEDADE DEVE INTERPRETÁ-LA. “TODO AQUELE QUE VIVE UMA
CONSTITUIÇÃO É O SEU LEGÍTIMO INTÉRPRETE”. POR ÓBIVIO QUE A CORTE
CONSTITUCIONAL É O INTÉRPRETE SUPREMO E DEFINITIVO, MAS TODA A SOCIEDADE
PARTICIPA DESTE PROCESSO COMO PRÉ-INTÉRPRETES. A DEMOCRACIA DEVE SER
LEVADA EM CONSIDERAÇÃO ANTES E DEPOIS DA NORMA PRONTA, OU SEJA, NA
CRIAÇÃO DA NORMA E EM SUA INTERPRETAÇÃO.

natureza jurídica da prova ?

Direito subjetivo, é uma dimensão do direito de defesa, é o instrumento ou meio

pelo qual as partes pretendem formar a convicção do julgador.

OBS.: ESSA QUESTÃO TAMBÉM FOI REPETIDA VÁRIAS VEZES PELO NICOLITI.
3) Quando o inquérito é dispensável?

Quando o MP tiver informações suficientes para prover a denúncia.

Quinto candidato (PONTO 3)

3) Esclareça novamente a característica atinente ao fato do Inquérito policial ser indisponível.

NJ DO ARQUIVAMENTO DO IP => decisão administrativa em que se

encerram as investigações, podendo, estas, serem retomadas com a simples
notícia de novas provas.

NOVAS PROVAS => Tem NJ de condição da ação, pois nas verdade se trata
da justa causa, que antes não se tinha. Novas provas não são
necessariamente aquelas que só passaram a existir após o arquivamento do
IP, mas sim que não constavam do IP. Para a denúncia deve-se ter prova
substancialmente nova, ou seja, aquelas que modificam a conclusão sobre a
autoria e materialidade, não basta prova formalmente nova, que não traz
modificação na autoria e materialidade, pois esta não constitui justa causa.

SEXTO CANDIDATO

OBS.: A PARTIR DE AGORA SÓ VOU COLOCAR AS QUESTÕES QUE AINDA NÃO FORAM
PERGUNTADAS; NÃO FAREI MAIS MENÇÃO ÀS REPETIDAS.

Ponto 5

1) Há possibilidade de instrução ou não do Inquérito policial por parte do delegado de polícia?

2) Esse juízo do delegado deve estar sujeito a controle. E a fundamentação da representação

da prisão? Eu vejo fundamentação do tipo “preenchidos os requisitos do fumus boni iuris...” O
que você considera como fundamento verdadeiro para uma fundamentação da representação
da prisão?

É o fumus comissi delicti.

4) O senhor como delegado de polícia se considera intérprete da Constituição? Mesmo se o

STF tiver dado interpretação diversa, você pode dar uma interpretação administrativa
diferente do STF? Tirando o âmbito da Súmula Vinculante, você poderia decidir de forma
contrária ao STF?
INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
QUESTÃO: EDITADA UMA LEI, PODE O AGENTE DO EXECUTIVO SE NEGAR A CUMPRI-
LA ALEGANDO EVIDENTE INCONSTITUCIONALIDADE ? R: 2 CORRENTES, A 1ª)
ENTENDE QUE NÃO PODERIA POIS TODA LEI TEM PRESUNÇÃO DE
CONSTITUCIONALIDADE E SE O GOVERNADOR ESTÁ INSATISFEITO PODE ENTRAR
COM ADIN, ETC. A 2ª) BARROSO, ENTENDE QUE SIM DESDE QUE EVIDENTE A
INCONSTITUCIONALIDADE E POR DOIS ARGUMENTOS:

EM UMA SOCIEDADE ABERTA, OUTROS AGENTES TEM O PODER DE ZELAR PELO

TEXTO CONSTITUCIONAL, ALÉM DISSO, E SE FOSSE UM PREFEITO EM RELAÇÃO A
UMA LEI FEDERAL, ESTE NÃO TERIA LEGITIMIDADE PARA PROPOR ADIN.

O TEXTO DO ART. 102 §2º, DIZ, ENTRE OUTRAS COISAS, QUE A DECISÃO DO STF, EM
ADC, TEM EFEITO VINCULANTE INCLUSIVE CONTRA A ADM PÚBLICA. ORA POR UMA
INTERPRETAÇÃO A CONTRÁRIO SENSO VÊ-SE CLARAMENTE QUE A CF PREVÊ A
HIPÓTESE DE AGENTE DA ADM RECUSAR O CUMPRIMENTO DE LEI POR ENTENDER
INCONSTITUCIONAL.

5) No nosso sistema se adotou a teoria do Inevitable Discovery (Descobrimento Inevitável)? O

NICOLITT PERGUNTOU ISSO VÁRIAS E VÁRIAS VEZES!!!!!

NÃO ADMITE SÓ ADMITE A FONTE INDEPENDENTE POIS PARTE DE UMA INSVESTIGAÇÃO

REAL (PRÉVIA OU CONTEMPORÂNEA) E NÃO HIPOTÉTICA, QUE LEVA A MESMA PROVA QUE
FORA OBTIDA ILICITAMENTE. NA DESCOBERTA INEVITÁVEL, HOUVE CLARA VIOLAÇÃO A
DIREITO INDIVIDUAL E ISSO NÃO PODE SER APAGADO PELA POSSIBILIDADE HIPOTÉTICA DE
DESCOBERTA RREGULAR DA PROVA.

6) O Sr. vislumbra a atuação do assistente da defesa no processo penal?

Demais Perguntas

PONTO 4

Perguntas relacionadas ao conceito de Jurisdição:

1) Qual é a atividade típica dos magistrados?

Prestar jurisdição !!! através de atos ordinatórios, sentença e decisão

interlocutória. atipicamente tem os poderes administrativos (arquivar IP) e de
polícia (disciplinar os atos processuais)

2) O que significa iuris dictum?

3) Quais são os atributos da atividade jurisdicional?

Vitaliciedade, inamovabilidade e irredutibilidade nos vencimentos

4) Inquérito Policial: Qual é o regramento sobre o desarquivamento do inquérito?

5) Violência doméstica/Lei Maria da Penha/Possibilidade de prisão preventiva: Você Como
delegada, chega uma mulher vítima de violência doméstica (lesão corporal leve), a senhora
lavra o auto de flagrante. Qual a outra medida que a senhora toma? Nicolitt adverte que a
pergunta é sobre a possibilidade de prisão!

6) Crime imputado a pena de 3 anos, é possível a prisão?

Sim, em flagrante se não paga a fiança! Ou preventiva por descumprimento de

medidas cautelares.

7) O que diz o inciso III do art. 313? Ele leu para a candidata.

PONTO 4

8) Conhece outra teoria sobre as funções da jurisdição? Teoria do Conflito?

9) Quais são as características da Jurisdição?

10) Qual é a diferença entre Emendatio libeli e Mutatio libeli?

EMENDATIO LIBELI => Ocorre determinado fato ex: (subtração mediante

violência) e é capitulado erroneamente como furto, o juiz verifica o erro e tipifica
como roubo.

 O fato precede a definição jurídica, ele não muda.

 Não viola o princípio da correlação pois a pessoa se defende de fatos
e não do tipo penal.
 Ocorre no momento da sentença.
 Para o Nicolitt, ela é possível, mas deve ocorrer o quanto antes e não
no momento da sentença, pois a capitulação errônea de um crime
cria situações não só de ordem processual (competência,
procedimento, prisão, liberdade etc.) como situações de ordem
material (agravamento da pena). Sendo assim, a emendatio
necessariamente deve passar pelo contraditório.

MUTATIO LIBELI => Diferentemente, aqui durante a instrução surge

informação que mudam os fatos levando a uma nova capitulação de elementar
ou circunstância do tipo penal.
 O juiz não pode aditar e também não pode provocar o aditamento,
remetendo os autos ao MP, muito menos remetendo ao PGJ na
forma d Art. 28 CPP.
 A Lei dispõe que se o MP não aditar o juiz aplica o Art. 28, mas isso
é inconstitucional, como exposto acima.

 Não há problema na rejeição do aditamento ou não comprovação

das elementares se os crimes da denúncia original e do aditamento
guardam compatibilidade ex: furto e roubo, se não aditar ou não
provar a violência, resta a possibilidade de condenação pelo furto.
  Entretanto se forem crimes incompatíveis ex: denúncia original furto
e os fatos são de receptação, se o MP não adita a denúncia, o juiz só
pode absolvê-lo por falta correlação. Para aqueles que entendem
que se aplica o Art. 28, se o PGJ não adita e insistir no furto o juiz
deve-se dar como suspeito, pois já indicou juízo quanto aos fatos
entendendo ser caso de receptação. Por fim, se assim não o fizer,
deverá absolver o réu pelo princípio da correlação.

 Quanto ao recurso, é cabível o recurso em sentido estrito, pois a

taxatividade deste é no espírito e não em sua literalidade. Não tem
efeito suspensivo em decorrência do disposto no §5 do Art. 384 “não
recebido o aditamento, o processo prosseguirá”.

QUESTÃO: NO CASO DE AÇÃO PENAL PÚBLICA QUE DIANTE DA

INSTRUÇÃO PASSA A RECLAMAR INICIATIVA PRIVADA É POSSÍVEL A
MUTATIO ? (denúncia de furto e depois verifica-se crime de dano) E SE É
POSSÍVEL QUEM DEVE FAZÊ-LA ? R: Entende a banca que a alteração
substancial da acusação só poderá ser feita pelo ofendido ou seu
representante, no prazo decadencial de 6 meses, o MP não poderá fazê-lo. Em
sentido contrário, Pacelli, entende que o prazo de 6 meses, correrá da
intimação do ofendido para exercer o direito de ação.

OBS: se a ação é privada e os fatos indicam que é pública o MP deverá aditar

na forma do 384 CPP.

O juiz pode mudar essa classificação jurídica a qualquer momento?

Quanto à Emendatio libeli, o juiz pode dar uma nova definição?  PERGUNTOU SOBRE TAIS
INSTITUTOS MAIS DE UMA VEZ!

1) O juiz abre vista para o MP aditar. O juiz deve fazer isso? Não viola o sistema acusatório?

Tem que ser voluntária pelo órgão de acusação!!!

3) No processo penal é possível a citação por hora certa? É compatível com a Constituição?

4) Porque não seria compatível com o processo penal?

PONTO 3

8) Princípios que regem a persecução penal: O que você acha da imprensa atuar junto com a
polícia quando esta vai cumprir o mandado de busca e apreensão, diante dos princípios
constitucionais da liberdade de imprensa, por exemplo?

9) O advogado de defesa pode acompanhar as diligências em curso? (Nicolitt falou da súmula

vinculante 14, STF)
Acesso a Provas Documentadas em Procedimento Investigatório por
Órgão com Competência de Polícia Judiciária - Direito de Defesa
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.

10) A candidata tinha falado que a imprensa poderia acompanhar a diligência. Nicolitt
perguntou: Então a defesa não pode e a imprensa pode? O juiz quando autoriza que a polícia
entre na casa de alguém, se autoriza que a imprensa o faça também? Se a imprensa liga para
você (como delegada) pedindo para filmar uma diligência, você deixaria?  ESSA QUESTÃO
FOI PERGUNTADA VÁRIAS VEZES!!!

11) Quando uma coisa apreendida pode ser restituída? O CPP regula a restituição de coisas
apreendidas? Como o delegado faz essa restituição?

12) Você já ouviu falar de termo de apreensão? E em termo de entrega?

15) O fato do Inquérito policial ser escrito, significa que se deve reduzir a termo os atos? O
delegado poderia fazer registro dos seus atos por outro meio, por exemplo, recurso áudio
visual?  NICOLITT PERGUNTOU ISSO VÁRIAS VEZES!!!

18) A Senhora vislumbra alguma hipótese em que se poderia falar assistência de defesa. Tem
alguma hipótese?

20) O que é dignidade da pessoa humana? PERGUNTOU ISSO VÁRIAS VEZES!!!!!!

21) Surgiu uma nova lei prevendo a identificação criminal por DNA. O que você acha da
identificação criminal por DNA?

é iconstitucional

24) Nova redação ao artigo 155, CPP (Reforma): Você pode me apontar algum problema nesse
dispositivo?

25) Qual é o interesse do assistente de acusação no processo penal?

27) Qual é a natureza jurídica da fiança arbitrada pelo delegado de polícia?

Garantia real

30) Nulidade no inquérito se projeta para o processo? Pediu um exemplo.

VÍCIOS DO INQUÉRITO POLICIAL => As meras irregularidades não

comprometem o IP tão pouco o processo, embora uma irregularidade no APF
leve ao relaxamento da prisão. Agora, algumas nulidades que afetem a justa
causa invalidam inclusive o processo, pois o princípio da proibição de provas
ilícitas não permite que uma justa causa maculada possa servir de supedâneo
para um processo ilegal.

31) Existe no processo penal a ideia de verdade real?

VERDADE REAL => não existe, o juiz não pode gozar de poderes instrutórios
ou inquisitivos.

32) Leia o art. 156, CPP. O que o Senhor acha desse dispositivo? Esse artigo é ou não é
inconstitucional?

33) Violência doméstica familiar: Um travesti poderia ser tutelado pela Lei Maria da Penha? E
duas mulheres lésbicas?