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ANATOMIA PALPATÓRIA

MEMBRO SUPERIOR
ESTRUTURA DESCRIÇÃO & PROCEDIMENTO ESTRUTURAS ANEXAS
1. Apófise Mastoide Apófise de forma triangular localizada atrás e abaixo do pavilhão • Tendão terminal do músculo
auricular (orelha) esternocleidomastoideo
A palpação deste acidente ósseo é facilitada pela colocação da cabeça
em flexão lateral e rotação heterolateral.
2. Fúrcula do Esterno Acidente localizado na extremidade superior do esterno, junto às • Articulação esterno-clavicular
extremidades internas de ambas as clavículas • Traqueia
3. Apêndice Xifoide Vértice ósseo localizado na extremidade inferior do externo palpável na
linha média anterior do tronco a meia distância entre o fúrcula e o
umbigo.
4. Ângulo de Louis Elevação transversal na face anterior do esterno, na transição do • Fúrcula
manúbrio para o corpo do esterno, que é possível identificar deslizando • Espaços intercostais
os dedos a partir da fúrcula ao longo do eixo vertical do esterno.
5. Espaços intercostais Os intervalos entre as costelas, espaços intercostais, são palpáveis em • Esterno
(1º ao 5º) várias regiões da grelha costal. • Costelas
O primeiro espaço intercostal, entre a 1ª e 2ª costela é o de maior
dificuldade de identificação, dada a morfologia da 1ª costela e a sua
localização imediatamente abaixo da clavícula.
6. Músculo Músculo da região anterolateral do pescoço palpável em toda a sua • Artéria carótida primitiva
Esternocleidomastoideo extensão desde a origem no esterno até à inserção na apófise mastóide • Apófise mastóide
do temporal. • Fúrcula da esterno
É possível acompanhar o ventre muscular a meia distância entre a • Articulação esterno-clavicular
apófise mastóide do temporal e o esterno e clavícula, sempre que se
roda a cabeça para o lado contrário. O ECM esquerdo destaca-se
durante a rotação direita da cabeça e vice-versa.
7. Artéria carótida primitiva Procedimento idêntico ao utilizado na palpação do músculo • Músculo esternocleidomastoideo
esternocleidomastoideo. A meia distância entre a origem e inserção do • Laringe
ECM colocar os dedos indicador, médio e anelar no bordo interno do
músculo e pressinar até se sentir o pulso.
8. Laringe A porção da laringe que é possível sentir refere-se às cartilagens da
laringe, nomeadamente a cartilagem tiroideia.
9. Protuberância Occipital Saliência na região posterior da cabeça na transição com a coluna • Apófise mastóide do temporal
cervical. Com a cabeça em flexão, acompanhar a linha média do osso • Apófises espinhosas de C6 e C7
occipital desde o cimo da cabeça até à região cervical.
10. Apófise Espinhosa de Saliência óssea na linha média posterior na transição do pescoço para o • Protuberância occipital
C6 e C7 tronco. As apófises de C7 e T1 podem confundir-se no momento da
palpação. Com a cabeça em flexão deverá acompanhar-se o contorno
posterior e médio do pescoço do occipital em direcção à coluna. As
apófises espinhosas de C6 e C7 são as primeiras e mais proeminentes
saliências ósseas a destacar-se nesse percurso. Colocar um dedo em
cada apófise e realizar movimentos alternados de flexão e extensão da
cabeça. A apófise que se mover corresponde à de C6.
11. CLAVÍCULA A clavícula é um osso transversal localizado anteriormente junto à • Apófise coracoide
Bordo anterior região superior do tórax. Praticamente todas as porções do osso são • Acrómio
Face superior superficiais o que facilita a palpação nomeadamente dos bordos • Articulação acrómio-clavicular
Extremidades interna e anterior e posterior, assim como a face superior e as extremidades • Grande Peitoral
externa interna e externa. • Articulação esterno-clavicular
Colocando os dedos sobre a fúrcula do esterno ao deslizá-los em • Fúrcula do esterno
direcção ao acrómio é possível identificar imediatamente a extremidade • Músculo esternocleidomastoideo
interna. De seguida é possível acompanhar a face superior e a forma
curva do bordo anterior (concavidade seguida de convexidade), para
terminar na extremidade externa junto ao acrómio.
12. Acrómio Logo a seguir à extremidade externa da clavícula encontramos já na • Músculo Deltóide
omoplata uma saliência óssea de orientação horizontal na região • Clavícula
superior e lateral do ombro. É possível distinguir uma zona superior • Espinha da omoplata
plana e horizontal e um bordo anterior curvo lateral que se estende • Músculo Trapézio
desde a articulação acrómio-clavicular até à espinha da omoplata. • Articulação acrómio-clavicular
13. Articulação Acrómio- A interlinha articular da articulação acrómio-clavicular é palpável junto • Acrómio
clavicular às faces superiores do acrómio e da extremidade externa da clavícula. • Clavícula
Passar para depois de 12.
acrómio
14. Espinha da omoplata Saliência óssea de forma alongada e de orientação oblíqua na região • Músculo Trapézio
posterior do ombro. É possível acompanhar a espinha da omoplata • Músculo Deltóide
colocando os dedos sobre acrómio, fazendo-os deslizar em direcção à • Acrómio
coluna vertebral. • Bordo interno da omoplata
15. Bordo interno da Bordo da omoplata mais próximo da coluna vertebral (coluna torácica). • Ângulo inferior da omoplata
omoplata A palpação pode ser facilitada se o sujeito posicionar o braço em • Espinha da omoplata
extensão, rotação interna e adução, repousando o dorso da mão na
região lombar.
16. Ângulo inferior da Para identificar o ângulo inferior deverá acompanhar-se o bordo interno • Espinha da omoplata
omoplata da omoplata no seu percurso inferior. • Bordo interno da omoplata
A palpação é facilitada pela mesma colocação do braço utilizada na
identificação do bordo interno da omoplata.
17. Apófise Coracoide Saliência óssea de forma cónica localizada imediatamente abaixo da • Tendão da Curta Porção do Bicípete
metade eterna da clavícula e internamente ao acrómio e articulação Braquial
acrómio-clavicular.
Com o sujeito na posição de sentado e os membros superiores ao longo
do corpo, a palpação inicia-se colocando a palma da mão sobre o
ombro de tal modo que os dedos indicador e anelar identifiquem
respectivamente os limites interno e externo da metade externa da
clavícula. De seguida colocar o dedo médio sobre o bordo anterior da
clavícula, a meia distância do intervalo identificado pelos dedos
indicador e anelar. Deslizar o dedo médio na vertical até encontrar o
vértice da apófise coracoide, fazendo-se pressão para melhor identificar
os seus contornos.
Atenção que a pressão exagerada sobre a apófise coracoide é
desconfortável, podendo mesmo ser dolorosa.
18. Músculo Trapézio Músculo superficial da região posterior do tronco e pescoço que estende • Occipital
desde o occipital e vértebras cervicais e dorsais, onde tem origem, até • Apófise mastóide do temporal
à sua inserção na omoplata e clavícula. • Espinha da omoplata
A palpação é facilitada colocando o sujeito na posição de sentado os • Acrómio
membros superiores ao longo do corpo e solicitando aducção das • Clavícula
omoplatas e extensão da cabeça. Na face posterior do tronco e pescoço
é possível observar todo o contorno do músculo desde a origem até à
inserção.
A porção superior do trapézio apresenta-se saliente na região entre o
occipital e a clavícula, onde é possível palpar com facilidade o bordo
anterior do músculo.
A porção inferior do trapézio destaca-se da grelha costal se o sujeito
colocar a “mão atrás das costas” (palma da mão virada para trás) e
“relaxar o ombro”.
19. Músculo Grande Peitoral Músculo superficial da região anterior do toráx cujo ventre muscular se • Clavícula
destaca na acção contra resistência de adução, rotação interna e • Esterno
(ligeira) flexão do braço. • Fúrcula do Esterno
Ao privilegiar-se a componente de flexão do braço é possível fazer • Goteira bicipital
destacar a porção clavicular do músculo.
20. Músculo Grande dorsal Músculo superficial da região posterior do tronco que se estende desde • Grande redondo
a região da lombar até à goteira bicipital do úmero. O seu ventre
• Goteira bicipital
muscular forma em conjunto com o músculo grande redondo a parede
posterior da axila. O volume do ventre muscular torna-se
particularmente evidente aquando da acção de extensão e rotação
interna do braço, contra resistência, com o braço posicionado em ligeira
flexão.
21. Músculo Grande redondo Músculo da cintura escapular que se estende desde o ângulo inferior e • Grande redondo
bordo axilar da omoplata até à goteira bicipital do úmero. Forma em
• Goteira bicipital
conjunto com o músculo grande dorsal a parede posterior da axila. O
volume do ventre muscular torna-se particularmente evidente na
região da omoplata aquando da aducção do braço contra resistência.
22. Músculo Grande Dentado Músculo palpável predominantemente na região lateral do tórax, abaixo • Grelha costal
da axila. O músculo é identificável por digitações musculares que se • Espaços intercostais
destacam sobre a face externa das últimas costelas, na linha média • Omoplata
axilar. Estas digitações musculares salientam-se através da acção
contra resistência de abdução da omoplata com o braço a 90º de
flexão.
O observador deverá colocar-se de frente para o sujeito e suportando-
lhe o braço a cerca de 90º de flexão. O suporte do membro superior
pode ser feito através da colocação do antebraço do sujeito sobre o
ombro do observador.
Antes da aplicação da resistência, o sujeito deve ser instruído na acção
de abdução da omoplata. Para isso, posicionar as omoplatas em
adução, solicitando ao sujeito que “Junte as omoplatas atrás”. De
seguida pedir que os bordos internos da omoplata se afastem um do
outro (abdução), ao mesmo tempo que a mão se afasta anteriormente
do tronco, mantendo o braço a 90º de flexão e o cotovelo em extensão.
A acção bilateral facilita a aquisição desta acção da omoplata. A
aplicação da resistência à acção de abdução da omoplata dever ser
feita na mão e/ou antebraço do sujeito.
23. Troquino O troquino é a saliência óssea mais interna da epífise superior do • Troquiter
úmero que em conjunto com o troquiter ajuda a delimitar a goteira • Goteira bicipital
bicipital. Com o sujeito na posição de sentado e o cotovelo a 90º de
flexão, a palpação inicia-se colocando os dedos indicador, médio e
anelar numa linha horizontal imaginária situada imediatamente abaixo
do acrómio. A alternância dos movimentos de rotação interna e
externa faz passar sob os dedos o troquino e o troquiter. Entre as duas
saliências é possível identificar a goteira bicipital.
Nesta região a palpação deverá ser realizada de forma delicada dado
que a pressão sobre a goteira bicipital tende a ser dolorosa.
24. Troquiter O troquiter é a saliência óssea mais interna da epífise superior do • Troquino
úmero que em conjunto com o troquino ajuda a delimitar a goteira • Goteira bicipital
bicipital. Para a palpação utilizar os procedimentos descritos para o
troquino.
25. Goteira bicipital A goteira bicipital é um acidente ósseo localizado entre o troquiter e o • Troquino
troquino, totalmente preenchido pelo tendão da longa porção do • Troquiter
bicípete braquial. Os procedimentos de palpação são idênticos aos
utilizados na identificação do troquino e troquiter tendo em atenção
que a contracção do bicípete tende a esbater os contornos da goteira.
26. Músculo Bicípete braquial Músculo superficial da região anterior do braço. O seu ventre muscular • Troquino
destaca-se aquando da flexão do antebraço em supinação contra • Troquiter
resistência. O volume do ventre muscular tende igualmente a deslocar- • Apófise coracoide
se superiormente aquando dos movimentos de supinação do antebraço
realizados com o cotovelo em flexão (±90º).
O tendão de inserção na tuberosidade bicipital do rádio é palpável na
face anterior do cotovelo sendo particularmente evidente durante os
movimentos de flexão do cotovelo.
27. Músculo Tricípete braquial Músculo superficial da região posterior do braço, sendo particularmente • Olecrâneo
evidente o aumento de volume do seu ventre muscular aquando da
• Longa porção
extensão do cotovelo contra resistência.
• Vasto interno Nestas condições é possível identificar as três porções do músculo: a
longa porção que se estende desde a omoplata, o vasto interno
• Vasto externo particularmente evidente no terço inferior da face posterio-interna do
braço e o vasto externo no terço superior da face posterio-externa do
braço.
28. Artéria umeral A artéria umeral é possível de identificar na sua passagem na face • Bicípete braquial
interna da diáfise do úmero. A este nível a artéria passa na transição • Tricípete braquial
dos músculos anteriores (bicípete braquial e braquial anterior) e os
músculos posteriores (tricípite braquial). Assim, este local deverá ser
pressionado com os dedos indicador, médio e anelar, de forma a sentir
o pulso da artéria.
29. Olecrâneo O olecrâneo é a saliência óssea mais proeminente da região posterior • Epitróclea
do cotovelo. De fácil localização é possível identificar todos os seus • Epicôndilo
limites e contornos. • Tricípete braquial
30. Epitróclea A saliência óssea mais interna da região do cotovelo. • Epicôndilo
• Olecrâneo
• Nervo Cubital
31. Epicôndilo A saliência óssea mais externa da região do cotovelo, superficial e • Olecrâneo
palpável em praticamente toda a sua extensão. • Epitróclea
• Nervo Cubital
32. Nervo Cubital Cordão nervoso identificável na sua passagem no fundo do sulco • Epitróclea
existente entre a epitróclea e o olecrâneo. Para a maioria das pessoas a • Olecrâneo
palpação do nervo é desconfortável, chegando em alguns casos a ser
dolorosa, dado que a palpação exige que seja feito uma certa
compressão sobre o nervo contra o sulco ósseo.
A posição de flexão máxima do cotovelo facilita a palpação.
33. Cabeça do rádio A cabeça do rádio situa-se imediatamente abaixo do epicôndilo e da • Epicôndilo
interlinha articular da articulação úmero-radial. Esta interlinha palpa-se
melhor com o cotovelo em extensão. Durante os movimentos de
prono-supinação é possível sentir o movimento de rotação da cabeça
do rádio sobre o côndilo umeral.
34. Apófise estiloide do rádio Saliência pontiaguda existente na porção externa da epífise distal do • Apófise estiloide do cúbito
rádio. Com o antebraço na posição descritiva anatómica, acompanhar • Escafóide
o bordo externo da diáfise do rádio no sentido próximo-distal. O
vértice da apófise estiloide do rádio destaca-se na região de transição
do antebraço com o punho.
35. Apófise estiloide do cúbito Saliência pontiaguda existente na porção interna e posterior da epífise • Apófise estiloide do cúbito
distal do rádio.
A apófise estiloide do cúbito corresponde à elevação que é possível
observar na metade inferior da face posterior e interna do antebraço.
36. Músculo Longo supinador O músculo longo supinador estende-se desde a epífise distal do úmero • Epicôndilo
(acima do epicôndilo) até à epífise distal do rádio (apófise estiloide). • Apófise estiloide do rádio
O ventre muscular é particularmente visível na região antero-externa • Cabeça do rádio
do antebraço, junto ao cotovelo. O volume do ventre muscular
aumenta aquando da acção contra-resistência de flexão do cotovelo
com o antebraço na posição neutra do antebraço.
37. Músculo Grande palmar O músculo grande palmar localiza-se na região anterior do antebraço, • Artéria radial
(tendão terminal) tendo origem no úmero (epitróclea) e inserção no 2º metacarpo. O seu
tendão terminal é particularmente visível ao nível da face anterior da
extremidade inferior do punho onde se desloca do lado de fora do
tendão do músculo pequeno palmar. Este tendão tende a destacar-se
no sentido anterior aquando dos movimentos de flexão da mão.
38. Artéria radial A artéria radial é palpável junto à apófise estiloide do rádio, • Apófise estiloide do rádio
externamente ao tendão terminal do músculo grande palmar, na sua • Grande palmar (tendão terminal)
passagem na face anterior da epífise distal do rádio.
O pulso da artéria é palpável exercendo pressão com os dedos
indicador, médio e anelar contra a face anterior da epífise distal do
rádio, alinhando os dedos com o tendão do músculo grande palmar.
39. Pisiforme O pisiforme é o 4º osso da fileira proximal dos ossos do carpo. Situa-se • Cubital anterior (tendão terminal)
anteriormente ao osso piramidal formando a saliência mais
proeminente da região antero-interna do carpo. Associado ao pisiforme
encontra-se o tendão terminal do músculo cubital anterior.
40. Músculo Cubital anterior O músculo cubital anterior localiza-se na região antero-interna do • Pisiforme
(tendão terminal) antebraço. O seu tendão terminal pode ser sentido junto à inserção no
pisiforme, nomeadamente aquando dos movimentos de flexão e
adução da mão, contra resistência.
41. Músculos da região tenar Conjunto de pequenos músculos cujos ventres musculares formam a
eminência tenar na região antero-externa da mão. Os movimentos do
polegar, nomeadamente a adução, tendem a fazer aumentar o volume
destes músculos.
42. Músculos das região Conjunto de pequenos músculos cujos ventres musculares formam a
hipotenar eminência hipotenar na região antero-interna da mão. Os movimentos
do 5º dedo, nomeadamente a adução, tendem a fazer aumentar o
volume destes músculos.
43. Escafóide O escafóide é o primeiro osso da fileira proximal dos ossos do carpo.
Pode ser sentido no fundo da “tabaqueira anatómica”, na face dorsal
do carpo. Abaixo e internamente à face dorsal da apófise estiloide do
rádio é possível sentir uma depressão delimitada pelos tendões
terminais dos músculos longo e curto abdutor do polegar, por um lado,
e longo extensor do polegar, por outro (“Tabaqueira Anatómica”). No
fundo dessa depressão é possível identificar o escafóide.
44. Contorno dos cinco ossos Na face dorsal da mão.
do metacarpo
45. Articulações metacarpo- Na face dorsal da mão.
falângicas
46. Articulações Na face dorsal dos dedos.
interfalângicas proximais
e distais
47. Tendões do músculo Na face dorsal da mão destacam-se quando se faz extensão da 1ª
extensor comum dos falange e flexão das outras falanges.
dedos
48. Tendão do músculo longo No lado externo da face dorsal da mão destaca-se quando se faz • Tendão do músculo longo abdutor do
extensor do polegar extensão desse dedo. polegar
49. Tendão do músculo longo No lado externo da face dorsal da mão, por fora em relação ao tendão • Tendão do músculo longo extensor do
abdutor do polegar do músculo longo extensor do polegar, destaca-se quando em polegar
extensão desse dedo se faz a flexão e extensão alternadas da 3ª
falange.

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