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Amigos do Futuro: aprendendo com a natureza

1ª série

Diretora: Cladis L. Lermen


Coordenadora: Cláudia Cristina Dietrich
Professoras: Janaina Jerlane Coelho
Solange Marília da Silva

Justificativa

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“Aqueles que ouvem a melodia do futuro plantam árvores a cuja
sombra nunca se assentarão. Mas não importa. Eles se alegram
imaginando que as crianças amarrarão balanços nos seus
galhos...” (ALVES, 2007, p. 87).

Nos tempos atuais, diante de todos os problemas relacionados


com o meio ambiente, a educação e sensibilização ambiental são
fundamentais para a construção de uma consciência ecológica,
que nos torne “Amigos do Futuro”.

A perspectiva ambiental nos demonstra formas de perceber o


mundo, onde se evidenciam as inter-relações e a
interdependência dos seres vivos e de sua relação para a
manutenção da vida.

A população de nosso planeta aumenta a todo momento e


paralelamente a sua capacidade de intervir na natureza para
satisfação de necessidades e desejos. Surgem também tensões
e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos.

A cada nova geração de crianças, percebemos que a valorização


ao mundo natural, se agrava e é substituída pela crescente
urbanização e pela degradação do meio ambiente.

A urbanização afasta o indivíduo da natureza, produzindo uma


sensação de desligamento do natural, em troca do conforto e
comodidade.

Crianças e adolescentes de centros urbanos, frequentemente


desconhecem a origem dos alimentos e bens de consumo, não
estabelecendo nenhuma relação deles com o ambiente.
“Há crianças que nunca viram uma galinha de verdade, nunca
sentiram o cheiro de um pinheiro, nunca ouviram o canto do
pintassilgo e não tem prazer em brincar com a terra. Pensam
que terra é sujeira. Não sabem que terra é vida”. (ALVES, 1999).

É fundamental que as crianças tenham contato constante com a


natureza, despertando as suas emoções e sentidos. Sentir,
cheirar, olhar, ouvir e compreender a natureza como o resultado
de inúmeras relações, de causa e efeito, para as crianças é
maravilhoso.

Em 1975 a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a


Educação, a Ciência e a Cultura), logo após a Conferência de
Belgrado determinou as finalidades para uma educação
consciente com o meio
ambiente:

Formar uma população mundial consciente e


preocupada com o ambiente e com os problemas com
ele relacionados, uma população que tenha
conhecimento, competências, estado de espírito,
motivações e sentido de empenhamento que lhe
permitam trabalhar individualmente e coletivamente
para resolver os problemas atuais, e para impedir que
eles se repitam.

Através de jogos, brincadeiras, registros, músicas e entre


outros, necessitamos promover a aproximação e interação da
criança com a natureza, possibilitando a expansão de sua auto-
identidade, despertando o interesse pela natureza e os cuidados
que devemos ter com ela.

O autor Naess (1999) nos afirma que:


O contato direto com o ambiente (experiência)
desperta nas pessoas a percepção da degradação
ambiental e da posição do homem como ator principal
neste cenário (questionamento).
Essa reflexão inspira a mudança de atitudes no
cotidiano, resultando na conservação do ambiente.

"O crescente domínio e uso da linguagem, assim como a


capacidade de interação, possibilitam, que seu contato com o
mundo se amplie, sendo cada vez mais mediado por
representações e por significados construídos culturalmente."
(NAESS, 1999, p. 84).

Por que o homem destrói as riquezas naturais quando ele sabe


que o planeta se consome e que sem elas sua própria vida será
impossível? É nosso papel como cidadãos, demonstrar para as
crianças que temos que ser amigos do futuro, cuidando de nosso
meio ambiente, com o intuito de melhorar a nossa
qualidade de vida e a das próximas gerações.

O autor Soulé (1999), sintetiza seu pensamento a respeito da


conscientização ambiental, afirmando que:

Não conseguimos ensinar as pessoas o amor à vida


com argumentos econômicos e raciocínio lógico. A
conscientização depende de um sentimento de
comunhão com a natureza. Para amá-la, é preciso um
contato direto, um pé na trilha, a caminhada em
parques, o pôr-do-sol na praça. Não há argumentos
que substituem a experiência direta com o mundo
natural.

As atitudes são desencadeadas por sentimentos e


conhecimento, percebe-se a necessidade de estimular a
sensibilização em conjunto para que as crianças percebam a
importância da natureza para todo o planeta. E que elas
acreditem que a mudança depende de cada um de nós.

Partindo da concepção que a escola possui o papel de favorecer


na formação de cidadãos participativos, os autores Gadotti &
Gutierrez (1993) nos afirmam que,

a escola é importante motor de mudança, ela possui os


principais atributos para promover a organização e a
comunicação, colocando em prática novas
metodologias de educação comunitária que estimulem
hábitos e costumes domésticos e comunitários que
garantam o exercício da cidadania e a melhoria da
qualidade de vida.

O convívio escolar e a própria sala de aula são elementos


decisivos na aprendizagem de valores sócio-ambientais que irão
contribuir na conscientização das crianças e suas famílias,
priorizando uma vida melhor – um mundo melhor.

Objetivos gerais

• Instigar o conhecimento das crianças sobre o meio


ambiente em sua totalidade, tanto em seus aspectos
naturais como nos criados pelo homem, tecnológicos e
sociais.
• Propiciar a pesquisa das principais questões ambientais,
do ponto de vista local, regional e internacional, de modo
que as crianças descubram os sintomas e as causas dos
reais problemas ambientais.
• Instigar o valor e na necessidade da cooperação local,
nacional e internacional para prevenir e resolver os
problemas ambientais de nosso planeta.
Objetivos específicos

• Destacar a complexidade dos problemas ambientais e a


necessidade de desenvolver o senso crítico e as
habilidades necessárias para resolver problemas.
• Comparar a vida das pessoas em diferentes regiões de
nossa cidade: zona rural e zona urbana, percebendo como
é a relação com o meio ambiente de cada uma delas,
utilizando os mapas como recurso didático.
• Transmitir as crianças conceitos e valores sobre meio
ambiente, biodiversidade e a importância de conviver no
ecossistema em harmonia.
• Estimular a sensibilização em conjunto para que as
crianças percebam a importância da natureza para todo o
planeta.
• Proporcionar vivências com a natureza para as crianças
desenvolvam seus sentidos, emoções e sentidos.
• Incentivar práticas cotidianas que contribuam com a
preservação do meio ambiente.

Conteúdos

Conceituais

• Estudo sobre a importância da preservação do meio


ambiente.
• Reconhecimento dos diferentes tipos de sintomas e as
causas dos reais problemas ambientais, do ponto de vista
local, regional e internacional.
• Conhecimento da localização dos países no mapa.
• Associação de países e suas características sociais e
culturais.
• Aprendizado de adivinhas, poesias e histórias em
quadrinhos sobre o tema abordado.

Procedimentais
• Pesquisa sobre as preservação do meio ambiente.
• Explorar o mapa do mundo com o intuito de identificar os
países.
• Construção de trabalhos diferentes com materiais de
textura diversificadas.
• Ampliação da identificação dos fonemas e sílabas através
de exercícios de consciência fonológica.
• Representação com detalhes de objetos, pessoas e cenário.
• Montagem de uma exposição com os trabalhos realizados.

Atitudinais

• Incitar a criatividade como fonte do reaproveitamento de


materiais, realizando construções com materiais diversos.
• Valorizar a contribuição das pessoas com o meio ambiente
para a melhoria da nossa qualidade de vida e das próximas
gerações.
• Valorização das atitudes presentes em nosso cotidiano que
podem auxiliar na preservação do meio ambiente.
• Reaproveitamento de materiais.
• Responsabilidade social e cultural.
• Convivência em grupo.

Desenvolvimento

• Pesquisa sobre a preservação do meio ambiente,


abordando causas e efeitos na vida da humanidade em
nosso planeta Terra.
• Explorar uma poesia sobre o planeta Terra e conversar
sobre as diferentes culturas de cada população diante da
preservação ambiental.
• Construir o ambiente da zona rural e urbana, observando
como cada um estabelece vínculo com a preservação do
meio ambiente.
• Explorar o tema natureza através de poesias e ilustrações
sobre o seu significado.
• Instigar as crianças através do questionamento: “O que
você faz para preservar a natureza?”.
• Explorar o tema “Lixo: de onde vem, para onde vai?",
acerca do percurso do lixo: Aterro, incineração, separação,
reciclagem.
• Propor através de oficinas o tema “Separar para reciclar".
• Realizar uma enquete para os pais responderem: A sua
família separa o lixo na sua casa?. Após construir um
gráfico.
• Conhecer a política dos 3R’s: reduzir, reaproveitar e
reciclar.
• Confeccionar papel reciclado.
• Explorar o tema "Vamos reciclar a matéria orgânica".
• Compreender a realização da matéria orgânica partindo de
um minhocário.
• Propor para as crianças o contato com a horta da escola.
• Confeccionar uma mini horta com garrafa pet.
• Explorar a confecção de tintas com pigmentos naturais.
• Confeccionar bolsas permanentes para supermercado.
• Assistir ao filme “Happy Fet”, pois aborda as questões do
aquecimento global que ameaçam pingüins da Antartida.
• Conversar sobre o efeito estufa e o aumento da
temperatura no nosso planeta.
• Confeccionar o Livro “Amigos do futuro: aprendendo com a
natureza”.
• Utilizar músicas, parlendas, rimas, dramatizações, poesias
e adivinhas com o intuito de estimular a linguagem oral e
expressiva das crianças.
• Utilizar dobraduras, aquarela, tinta, lápis de cor,
canetinha, recorte e colagem com o intuito de estimular a
autonomia, criatividade e a coordenação motora fina.

Avaliação

As crianças serão avaliadas durante todo o projeto através de


atividades coletivas e individuais realizadas conforme a
descoberta de detalhes de cada novidade trazida ou
apresentada. Como fechamento deste projeto faremos uma
exposição, na qual estarão presentes o livro do projeto e
diversos trabalhos de artes visuais que serão confeccionados
durante o semestre.

Referências bibliográficas

ALVES, Rubem. O amor que acende a lua. Campinas, São Paulo:


Papirus: Speculum, 1999.

____________. Perguntaram-me se acredito em Deus. São Paulo:


Planeta do Brasil, 2007.

GADOTTI, M. GUTIERREZ. Educação comunitária e economia


popular.São Paulo: Cortez, 1993.

NAESS, A. In: BARBOSA, Mariana. De bem com a natureza.


Revista Superinteressante, São Paulo: 1999.

SOULÉ, M. In: ALVES, Liana Camargo de Almeida. Um mundo por


conhecer e preservar: os caminhos da terra. São Paulo, 1999.

UNESCO. Conferência de Belgrado (1975). Disponível em:


http://ambienteemrisco.blogspot.com/. Acesso no dia 25/02/09.

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