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LISTA 2 - Prof.

Jason Gallas, IF–UFRGS 2 de Dezembro de 2004, às 13:08

Exercı́cios Resolvidos de Dinâmica Clássica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 9.2.3 O Momento Linear . . . . . . . 6

9 Sistemas de Partı́culas 2 9.2.4 Conservação do Momento Linear 7


9.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9.2.5 Sistemas de Massa Variável:
9.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . 2 Um Foguete . . . . . . . . . . . 8
9.2.1 O Centro de Massa . . . . . . . 2
9.2.2 A segunda lei de Newton para 9.2.6 Sistemas de Partı́culas: Varia-
um sistema de partı́culas . . . . 3 ções na Energia Cinética . . . . 9

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9 Sistemas de Partı́culas E 9-3 (9-3/6  )

(a) Quais são as coordenadas do centro de massa das três


partı́culas que aparecem na Fig. 9-22? (b) O que acon-
tece com o centro de massa quando a massa da partı́cula
9.1 Questões de cima aumenta gradualmente?
 @?BA AD% '" "1% @? % = )%
(a)ESejam
# #

'?FE
% G) % 3C  , 3C  e
Q 9-2
as coordenadas (em metros) das três
=C  A
Qual a localização do centro de massa da atmosfera da partı́culas cujas respectivas massas designamos por ,
# e E . Então a coordenada ? do centro de massa é
Terra?
 A ? A  ?  E ? E
? # #
 
A  #  E
"  '0: "7%DH1 "7%    "1%&I)> "1%
4 J 

( "  0: "  "
m
4
9.2 Problemas e Exercı́cios enquanto que a coordenada C é
A
A  E E
9.2.1 O Centro de Massa # # 
C C C
C 
A  #  E
E 9-1 (9-1/6  edição) "  I0( "1%DG)> "1%    "7%DH1 "7%
4 1  

: "  0( "  "
m
(a) A que distância o centro de massa do sistema Terra- 4
Lua se encontra do centro da Terra? (Use os valores
das massas da Terra e da Lua e da distância entre os (b) A medida que a massa da partı́cula de cima é au-
dois astros que aparecem no Apêndice C.) (b) Expresse mentada o centro de massa desloca-se em direção àquela
a resposta do item (a) como uma fração do raio da Terra. partı́cula. No limite, quando a partı́cula de cima for mui-
 to mais massiva que as outras, o centro de massa coin-
(a) Escolha a origem no centro da Terra. Então a
cidirá com a posição dela.
distância  do centro de massa do sistema Terra-Lua
é dada por
   E 9-12 K (9-9/6  )
 
   
Uma lata em forma de cilindro reto de massa L , al-
onde é a massa da Lua,  é a massa da Terra, a tura M e densidade uniforme está cheia de refrigerante
  é a separação média entre Terra e Lua. Tais valores (Fig. 9-30). A massa total do refrigerante é . Fazemos
encontram-se no Apêndice C. Em números temos, pequenos furos na base e na tampa da lata para drenar
 !"#$#&%&'(*)!"+% o conteúdo e medimos o valor de N , a distância verti-
 
 ," #$# .-  /10," #32 cal entre o centro de massa e a base da lata, para várias
situações. Qual é o valor de N para (a) a lata cheia e
  ,"5 

4 4 m (b) a lata vazia? (c) O que acontece? com N enquanto a
( 789" 5 lata está sendo esvaziada? (d) Se é a altura do lı́quido
(b) O raio da Terra é 6 
m, de modo que que resta
? em um determinado instante, determine o va-
temos lor de (em função de L , M e ) no momento em que
  !" 5 o centro de massa se encontra o mais próximo possı́vel
   4 4 ":*;(

: 8!" 5
da base da lata.
6

(a) Como a lata é uniforme seu centro de massa está
Observe que a fração entre as massas é localizado no seu centro geométrico, a uma distância
)
 -  /10<!"1#=2 0(1 ) - MO acima da sua base. O centro de massa do refri-

> 1<!" #3#
gerante está no seu centro geométrico, a uma distância
? )
O acima da base da lata.) Quando a lata está cheia tal
posição coincide com MPO . Portanto o centro de massa

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da lata e com o refrigerante que ela contém está a uma E 9-13 (9-10/6  )
distância 
 )%   )% Dois
"
patinadores, um com - kg de massa e o outro com

L MO MPO M 4 kg, estão de pé em um rinque de patinação "no gelo
NQ

)
L segurando uma vara de massa desprezı́vel com m de
comprimento. Partindo das extremidades da vara, os pa-
acima da base, sobre o eixo do cilindro.
tinadores se puxam ao longo da vara até se encontrarem.
"
(b) Consideramos ) agora a lata sozinha. O centro de
Qual a distância percorrida pelo patinador de 4 kg?
massa está em MPO acima da base, sobre o eixo do ci-

lindro. ? A falta de atrito com o gelo implica que efetivamente
(c) A medida que decresce o centro de massa do re- os patinadores e a vara formem um sistema mecanica-
frigerante
) na lata primeiramente diminui, depois cresce
mente isolado, i.e. sobre o qual não atuam forças exter-
até MPO novamente. nas. Portanto, a posição do centro de massa não pode
(d) Quando a superfı́cie
?
superior do refrigerante está a alterar-se quando ou um, ou o outro ou ambos patinado-
uma distância acima da base da lata a massa restante res puxarem a vara.
R do refrigerante na lata é R
@? OSM % , onde é 
? Suponha que o patinador de - kg encontre-se à esquer-
a massa quando a lata está cheia (
TM ). O centro? de) da e que o centro de massa seja escolhido
?
como
"
a origem
massa do refrigerante está apenas a uma distância O do sistema de coordenadas (i.e. 
), e que seja
?
da base da lata. Logo " a distância desde o centro de massa até o patinador de
 )%  R @? O 1 ) % 4 kg. Então temos
L MO
N
 R  - =" ? % 
Y ";?
L ? W W 4 "(
 )%  @? % ' ? )%  X
 -c "

L MO OSM O 4

 ?
L OSM  - H" ?U% "?
#  ? # Portanto, temos W
d4 , donde tiramos
LTM 

)( ?U% (1)  - "
 ? (*) 
LTM
" -
m
Encontramos a posição mais baixa do centro de massa
da lata com refrigerante igualando a zero a ? derivada de N Note que o fato dos patinadores terminarem em contato
?
em relação a e resolvendo em relação a . A derivada implica que basta um deles puxar a vara para que AM-
é dada por BOS se movam em relação ao gelo. Se ambos puxarem
V ) ?  #  ?U#% a vara, eles apenas chegam mais rápido à posição fi-
N LTM nal, sobre o centro de massa. Mas basta um deles puxar
V ?
)( ?Y% W ):  ?Y% #
LTMXW LTM a vara, que o outro será necessariamente arrastado em
#?F#  ) L M ? WZL M #  direção ao centro de massa, quer queira, quer não. Voce

)(  ?Y% # percebe isto?
LTM
#D?F#  ) ? # "
A solução de L M WZL M

E 9-14 (9-11/6  )
? [  ) ""
LTM ]\ 

Um velho Galaxy com uma massa
W 0" de 4 kg está via-
L_^ jando por uma estrada reta a km/h. Ele é seguido por
? "1" 1"
Usamos a solução positiva pois é? positivo. um Escort com uma massa de kg viajando a
Substituindo-se agora o valor de na Eq. (1) acima e km/h. Qual a velocidade do centro de massa dos dois
simplificando, encontramos finalmente que carros?

Sejam e e f e a massa e a velocidade do Galaxy e
M`L b   
g
NP
a
\ 
W e f g a massa e velocidade do Escort. Então, con-
L forme a Eq. (9-19), a velocidade do centro de massa é
dada por
e f e  g f g
9.2.2 A segunda lei de Newton para um sistema de f  
e  g
partı́culas G) "1"1%&'0"7%  H "1"1%DI"7%
4 ;) 

) "1"  1""
km/h
4

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Note que as duas velocidades estão no mesmo sentido, verticalmente. A que distância do canhão o outro frag-
de modo que ambos termos no numerador tem o mesmo mento atinge o solo, supondo que o terreno seja plano e
sinal. As unidades usadas não são do Sistema Interna- a resistência do ar possa ser desprezada?
cional. 
Precisamos determinar as coordenadas do ponto de
explosão e a velocidade do fragmento que não cai reto
E 9-19 (9-18/6  ) para baixo. Tais dados são as condições iniciais para
01" um problema de movimento de projéteis, para determi-
Ricardo, de massa igual a kg, e Carmelita, que é mais nar onde o segundo fragmento aterrisa.
leve,
" estão passeando no Lago Titicaca em uma canoa de Consideremos primeiramente o movimento do projétil
kg. Quando a canoa está em repouso na água

calma, original, até o instante da explosão. Tomemos como ori-
eles trocam de lugares, que estão distantes m e posi- gem o ponto de disparo, com o eixo ? tomado horizontal
cionados simetricamente em relação ao centro da canoa. e o eixo vertical, positivo para cima. A componente
C
Durante a troca, Ricardo percebe que a canoa se move
" C da velocidade é dada por fl
m fSn$oWqp7r e é zero no
4 cm em relação a um tronco de árvore submerso e cal- instante de tempo rc
TfSnsoOp
 fSnSOtp % sen utn , onde fSn
cula a massa de Carmelita. Qual a massa de Carmelita? é a velocidade inicial e utn é o ângulo de disparo. As

Chamemos de LZh e L  as massas de Ricardo e Car- coordenadas do ponto mais alto são
melita. Suponhamos que o centro de massa do sistema ?

df nwv rx
yf { n zD|7} u n&~ r
formado pelas duas pessoas (suposto
?
mais perto de Ri-  H% #
cardo) esteja a uma distância do meio da canoa de f n

sen utn Dz |7} utn
comprimento i e massa . Neste caso p
I)"1%=#
? b ? b  " k " k t>*
i ?  i 
/( 0 sen Dz |1}
m
LZh a ) W
L  a )
e
A
Como não existe força externa, esta equação permane- #
ce igualmente válida após a troca de lugares, uma vez C
f n t
o 
r W # p7r
que as posições de ambos são simétricas em relação ao A #
f n #
meio do barco. A diferença é que o centro de massa do
# sen utn
sistema formado pelas duas pessoas mudou de lado no p
);? A I)"1%H#
barco, ou seja, sofreu uma variação de . Para deter- # " k -  
?
# /( 0 sen
m
minar o valor de , basta usar a observação relacionada
ao tronco de árvore submerso, que andou uma distância Já que nenhuma força horizontal atua no sistema, a com-
)S? " "(  ponente horizontal do momento é conservada. Uma vez

d4 cm
4 m que um dos fragmentos tem velocidade zero após a ex-
? ": ) plosão, o momento do outro fragmento tem que ser igual
Portanto, usando
na equação acima obtemos a
ao momento do projétil originalmente disparado.
massa de Carmelita:
A componente horizontal da velocidade do projétil ori-
 ) ?Y% ?
LZh ijO W W ginal é fSn zD|7} utn . Chamemos de L a massa do projétil
LZ
)  ? inicial e de €(n a velocidade do fragmento que se move
ijO
0":I ) "(*)% '1"1%DI"(*)% horizontalmente após a explosão. Assim sendo, temos
O W
 )  "(*)
W - 0 


kg L
O Lf n{zD|7} u n
) € n 
)
uma vez que a massa do fragmento em questão é LdO .
Isto significa que
E 9-20 (9-15/6  ) )
€ n
f n{zD|7} u n
Um projétil é disparado
);" por um canhão com uma "7velo-
k
cidade inicial de m/s. O ângulo do disparo é em ):I);"7% " k );" 

zD|7}
m/s
relação à horizontal. Quando chega ao ponto mais al-
to da trajetória, o projétil explode em dois fragmentos Agora considere
"
um projétil lançado horizontalmente
)"
no
de massas iguais (Fig. 9-33). Um dos fragmentos, cu- instante 9 r
com velocidade
@? %
de m/s
Ht>*
a partir do
-  1%
ja velocidade imediatamente após a explosão é zero, cai ponto com coordenadas n 3C n
 m. Sua

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# )
coordenada C é dada por " C
C nW‚pr O , e quando (d) Como os sacos estão conectados pela corda, que pas-
ele aterrisa
)
temos C
. O ?tempo até a aterrisagem é sa pela roldana, suas acelerações tem a mesma magni-
rj
„ƒ C S
n 
O p e a coordenada do ponto de aterrisagem tude mas sentidos opostos. SeA Š é a aceleração de # ,
é então WcŠ é a aceleração de . A aceleração do centro
) de massa é
? ?  ?  \ C n A  %  # Š # W A

n €:n&r…
n €(n WcŠ 
p Š X
A  #
]Š A  #
):H -  7%
t†  )" \ -   Aplicando a segunda lei de Newton para cada saco te-

/( 0
m mos
A A
A que distância o projétil cairia se não tivesse havido saco leve ‹ pW!Œ‚
W Š 
# pW!Œ‚
# Š
explosão? saco pesado ‹

Subtraindo a primeira da segunda e rearranjando temos


# W A
E 9-21 (9-17/6  ) 
Š
A  # p
Dois sacos idênticos de açúcar são ligados por uma cor-
da de massa desprezı́vel que passa por " uma roldana sem Portanto, substituindo na equação para Š  , vemos que
atrito, de massa desprezı́vel, com - mm de diâmetro.  A %=#
# W
Os dois sacos estão no mesmo "nı́vel e cada um possui 
" Š 
 
A  # % #p
originalmente uma massa de - g. (a) Determine a  - )" 0"1%=#
posição horizontal do centro de massa do sistema. (b) W,4 '/( 01% "( "( #;
);"
 01" .- );"1% #
m/s
Suponha que g de açúcar são transferidos de um saco 4
para o outro, mas os sacos são mantidos nas posições
originais. Determine a nova posição horizontal do cen- A aceleração é para baixo.
tro de massa. (c) Os dois sacos são liberados. Em que
direção se move o centro de massa? (d) Qual é a sua E 9-22 (9-19/6  )
aceleração? )"
Um cachorro  de - kg está em um bote de kg que se

(a) Escolha o centro do sistema de coordenadas ?
co- encontra a m da
)> margem (que fica à esquerda na Fig. 9-
mo sendo o centro da roldana, com o eixo horizontal 34a). Ele anda 4 m no barco, em direção à margem, e
e para a direita e com o eixo C para baixo. O centro ? "
de depois pára. O atrito entre o bote e a água é desprezı́vel.
massa está a meio caminho entre os sacos, em
e A que distância da margem está o cachorro depois da
C ˆ

‡ , onde ‡ é a distância vertical desde o centro da caminhada? (Sugestão: Veja a Fig. 9-34b. O cachorro
roldana até qualquer um dos sacos. se move para a esquerda; o bote se desloca para a di-
)"
(b) Suponha g transferidas do saco da esquerda0" para reita; e o centro de massa do sistema cachorro+barco?
o saco da?YAdireita.) O saco da esquerda tem massa 4 g e Será que ele se move?)
- - )"  ?
está em
‰ W mm. O saco à direita tem massa
?  ) - ? Escolha o eixo como sendo horizontal, com a ori-
g e está em #
mm. A coordenada do centro gem na margem, e apontanto para a direita na Fig. 9-
?
de massa é então 34a. Seja Ž a massa do bote e ŽG sua coordenada ini- ?
Aw?YA  ?
? # # cial. Seja ‘ a massa do cachorro e ‘ sua coordenada
 
A  # inicial. A coordenada inicial do centro de massa é então
 0"1%& ) - %   - )"1%D  ) - %
?{’ ”“ Ž ? ŽG  ‘ ? ‘  
4 W  " 

);" .- ;
) "
mm  
Ž  ‘
4
) V
A coordenada C ainda é ‡ . O centro de massa está a Agora o cachorro caminha uma distância para a es-
mm do saco mais leve, ao longo da linha que une os dois querda do bote. ? Ž• Como a diferença entre a coordenada ?
corpos. final
V
do bote
? Ž• ?e ‘–a• coordenada
V
final do cachorro ‘–• é
(c) Quando soltos, o saco mais pesado move-se para bai- , ou seja W
, a coordenada final do centro
xo e o saco mais leve move-se para cima, de modo que de massa pode também ser escrita como
o centro de massa, que deve permanecer mais perto do ? ’ •“ Ž ? Ž •  ‘ ? ‘–•
saco mais pesado, move-se para baixo. 
Ž  ‘

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Ž ? ‘–•  Ž V  ‘ ? ‘–•  Poderı́amos também deixar a resposta em km/h:



‘ f ‘ H""7%D=*)%
Ž  ‘ ) 
f

0"
4 km/h
Como nenhuma força horizontal externa atua no siste-
ma bote-cachorro, a velocidade do centro de massa não Perceba a importância de fornecer as unidades ao dar
pode mudar. Como o bote e o cachorro estavam inicial- sua resposta. Este último valor não está no SI, claro.
mente em repouso, a velocidade do centro de massa é
zero. O centro de massa permance na mesma ? posição E 9-25 (9-20/6  )
e, portanto, as duas expressões acima para  devem 0(
ser iguais. Isto significa que Com que velocidade deve viajar um Volkswagen de
kg (a) para
); ter
" o mesmo momento linear que um Ca-
? ’ J“ ? ’ •“ 

 

  dillac de - kg viajando a km/h e (b) para ter a
Ž ? ŽG  ‘ ? ‘ Ž ? ‘–•  Ž V  ‘ ? ‘–• 

mesma energia cinética?

?
Isolando-se –‘ • obtemos (a) O momento será o mesmo se 9™ f ™
 f  ,
donde tiramos que
? ‘–• Ž ? ŽG  ‘ ? ‘  W Ž V ); - "
 H1%

Ž  ‘ -  / 
f ™
™ f 
0(
km/h
I);"7%DI1%   - %&'7% G);"7%DI)( %
W 4  "10 

);" q-
‚4 m )
(b) Desconsiderando o fator # O , igualdade
# de energia
? ? cinática implica termos 9™ f ™
 f  , ou seja,
Observe que usamos ŽI
‘ . É estritamente ne-
 ); - "
cessário fazer-se isto? Se não for, qual a vantagem de \ =7% );0: 01 
se faze-lo?... f ™
\
™
 f;Z
0(
km/h
Além de uma escolha conveniente dos pontos de re-
ferência, perceba que um? passo ? crucialV neste exercı́cio
foi estabelecer o fato que Ž• W ‘–•
. E 9-26 ( — na 6  )
Qual o momento"( //1linear
š )>de um
 /7< !"elétron
1+ viajando a uma
9.2.3 O Momento Linear velocidade de (
m/s)?

Como a velocidade do elétron não é de š modo algum
E 9-23 ( — na 6  ) pequena comparada com a velocidade da luz, faz-se
necessário aqui usar a equação relativistica para o mo-
Qual
: "1"" o momento linear de 00 um automóvel que pesa mento linear, conforme dada pela Eq. 9-24:
N e está viajando a km/h?
 ˜ f
A “moral” deste problema é cuidar com as unidades
›
empregadas: Wœw‘ 
E 
1""" 010," sE A
˜
f
11)0( I/(Jž,">Ÿ &% I)( /<,"+&%
/( 0 1""
kg m/s 

'": /1/1% #
ƒ W
na direção do movimento.
A
1 /:t8," ŸU# 

kg   m/s
E 9-24 (9-21/6  )
0" Sem o fator relativı́stico terı́amos achado
Suponha que sua massa é de kg. Com que veloci- EwA
dade teria que correr para ter o mesmo momento linear ˜U¡ I/(J¢!" Ÿ %DG)> /7," + %
"1" 1 )

que um automóvel de kg viajando a km/h?


 )(*;" - !" ŸY#3#
Chamando de ‘ e f ‘ a massa e a velocidade do car-
kg   m/s 
8 '"( //7% # %
ro, e de e f a “sua” massa e velocidade temos, graças
ou seja, um valor
O ƒ W vezes menor:
à conservação do momento linear,
E ˜
 ˜F¡ 
‘ f ‘ H"1"1%D=*)8!" %
( 7 
f

I0"7%D'1"1"1%
m/s

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9.2.4 Conservação do Momento Linear velocidade final (após o homem haver pulado fora). Seja
¤ a massa do homem. Sua velocidade inicial é a mes-
ma do carrinho e sua velocidade final é zero. Portanto a
E 9-33 (9-27/6  ) conservação do momento nos fornece
""  ¤  ‘ %
Um homem de kg, de pé em uma superfı́cie
"(†S" de atrito f
‘ f ‘ 
desprezı́vel, dá um chute em uma pedra de : /1kg, " fa-
zendo com que ela adquira uma velocidade de m/s. de onde tiramos a velocidade final do carrinho:
Qual a velocidade do homem depois do chute?  ¤  ‘ %
f
 f ‘
‘
Como nenhuma força com componente horizontal atua G)> 1%D -c /7%
(† 
no sistema homem-pedra, o momento total é conserva-
1/
m/s
do. Como tanto o homem como a pedra estão em repou- :* )>  
so no inı́cio, o momento total é zero antes bem como A velocidade da carrinho aumenta por W
4 4
depois do chute, ou seja m/s. Para reduzir sua velocidade o homem faz com que
o carrinho puxe-o para trás, de modo que o carrinho seja
Q£ f £  ¤ f ¤
"
 impulsionada para a frente, aumentando sua velocidade.

onde o subı́ndice ˜ refere-se à pedra e o subı́ndice N


refere-se ao homem. Desta expressão vemos que E 9-38 (9-33/6  )
Q£ f £ '":*;"1%&'( /"7% O último estágio de um foguete está viajando com uma
S1""
f ¤
‰W ¤
W "1" velocidade de m/s. Este último estágio é feito de
"( "1)7 duas partes presas por uma trava:
)/" um tanque de com-

W m/s  bustı́vel com uma massa de kg" e uma cápsula de
instrumentos com uma massa de - kg. Quando a tra-
onde o sinal negativo indica que o homem move-se no va é acionada, uma mola comprimida faz com que as
sentido oposto ao da pedra. Note que o sentido da pedra duas
foi implicitamente tomado como positivo. Note ainda /:" partes se separem com uma velocidade relativa de
m/s. (a) Qual a velocidade das duas partes depois
que a razão das massas coincide com a razão dos pesos. que elas se separam? Suponha que todas as velocida-
des têm a mesma direção. (b) Calcule a energia cinética
E 9-36 (9-29/6  ) total das duas partes antes e depois de se separarem e
 explique a diferença (se houver).
Um homem /
de - )(kg

está viajando em um carrinho, cuja 
massa é kg, a m/s. Ele salta para fora do carrinho (a) Suponha que nenhuma força externa atue no site-
de modo a ficar com velocidade horizontal zero. Qual a ma composto pelas duas partes no último estágio. O mo-
variação resultante na velocidade do carrinho? NOTA: mento total do sistema é conservado. Seja ¥ a massa
na 4  edição do livro esqueceram de fornecer a massa do do tanque e ‘ a massa da cápsula. Inicialmente ambas
carrinho, no enunciado do exercı́cio. Além disto, tradu- estão viajando com a mesma velocidade f . Após a trava
ziram chart como sendo “carroça”, termo que também ser acionada, ¥ tem uma velocidade f ¥ enquanto que
‘ tem uma velocidade f ‘ . Conservação do momento
aparece nas edições mais antigas do livro. O enuncia-
do da 6  edição está correta. Dificilmente uma carroça fornece-nos
poderia ter METADE da massa do passageiro, não é mes-  ¥  ‘ % ¦ ¥ f ¥  ‘ f ‘ 
f

mo?
NOTA: na 4  edição do livro brasileiro [bem como em Após a trava ser solta, a cápsula (que tem menos massa)
algumas da edições anteriores],
1/ erroneamente não apa-
 viaja com maior velocidade e podemos escrever
rece a massa do carrinho ( kg) no enunciado. Na 
¥¨
edição a massa aparece. Todas as edições originais do f ‘
§f f Rs©ª 
livro (em inglês) fornecem a massa do carrinho.
 onde f Rs©ª é a velocidade relativa. Substituindo esta ex-
O momento linear total do sistema homem-carrinho pressão na equação da conservação do momento obte-
é conservado pois não atuam forças externas com com- mos
ponentes horizontais no sistema. Chamemos de ‘ a  ¥B ‘ % ¥ ¥B ‘ ‘  š Rs©ª
massa do carrinho, f a sua velocidade inicial, e f ‘ sua f¦
f f f 

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de modo que partı́cula mais pesada. Os dois outros momentos são re-A
 ¥  ‘ %  presentados por vetores P­ apontando num ângulo u
f W ‘ f R$©–ª e u # no quarto quadrante, de mo-
f ‘
¥Y ‘
no primeiro
A 
quadrante
/1"1k
do que u #
u
(condição do problema).
¥ Como a componente vertical do momento deve conser-

fW Rs©ª var-se, temos com as convenções acima, que
B
¥  ‘ f
f sen u A W f sen u #
"

S"1" - " I/("7% );/" 

W );/1"  - "
m/s onde f é a velocidade dos pedaços menores. Portan-
A
toA devemos/1"1necessariamente ter que u ®

u # e, como
 k A k
A velocidade final da cápsula é u u #
, temos que u ?
‚u #
§4 - .
);/"  /(" 01)""  Conservação da componente do momento produz

f ‘
df ¥ f Rs©ª

m/s  ) AS
€
f zD|7} u
(b) A energia cinética total antes da soltura da trava é
A Consequentemente, a velocidade € do pedaço maior é
« 
#
 ¥Y ‘ % f #

#E A E# '1"1% - k
A A €T
f zD|7} u
z&|1} 4
4 m/s 
#
I)/"  - "7%DG;"1"1% # 1 )7ž!" n 
?


J
no sentido negativo do eixo . O ângulo entre o vetor
A energia cinética total após a soltura da trava é velocidade do pedaço maior e qualquer um dos pedaços
A A menores é
« • # #

# ¥ f ¥  # ‘ f ‘ 0" k - k  - k 
A A W!4

I)/"1%&G);/"7% #  H - "7%D'07);"1"1% #

# #
A
1 )7 - ," n 

J 9.2.5 Sistemas de Massa Variável: Um Foguete

A energia cinética total aumentou levemente. Isto deve-


se à conversão da energia potencial elástica armazenada E 9-48 (9-41/6  )
na trava (mola comprimida) em energia cinética das par- "/1"
tes do foguete. Uma sonda espacial de " kg, viajando para Júpiter
-
com uma velocidade 0de
" m/s em relação ao Sol, acio-
na o) motor,
 ejetando kg de gases com uma velocidade
E 9-39 (9-39/6  ) de - m/s em relação à sonda. Supondo que os gases
Uma caldeira explode, partindo-se em três pedaços. são ejetados no sentido oposto ao do movimento inicial
Dois pedaços, de massas iguais, são arremessados em da sonda, qual a sua velocidade final?
trajetórias perpendiculares
" entre si, com a mesma velo-  Ignore a força gravitacional de Júpiter e use a Eq. (9-
cidade de m/s. O terceiro pedaço tem uma massa 47) do livro texto. Se f  é a velocidade inicial, L  é a
três vezes a de um dos outros pedaços. Qual o módulo, massa inicial, f • é velocidade final, L • é a massa final,
direção e sentido de sua velocidade logo após a ex- e ¯ é a velocidade do gás de exaustão, então
plosão?
 
 L
 f •
df  ¯±°”²
L •
Suponha que não haja força externa atuando, de modo
que o momento linear do sistema de três peças seja con-
"1/" "1/"
servado. Como o momentum antes da explosão era zero, Neste problema temos L 
kg e L •
W
01"  ":"

ele também o é após a explosão. Isto significa que o ve-
kg. Portanto
tor velocidade dos três pedaços estão todos num mesmo  "1/"

" -³ ) -  b "10 
plano. f •
°”² a  ":"
m/s
Escolha um sistema de coordenadas XY, com o eixo ver-
tical sendo o eixo C , positivo para cima. A partir da
origem deste diagrama,

desenhe na direção negativa do
eixo X o vetor P¬ , correspondente ao momento da E 9-49 (9-43/6  )

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E
)> "0," 
Um foguete em repouso no espaço, em uma região em
m/s
que)(a força gravitacional é 0(desprezı́vel,
8"´ 8"´
tem uma massa
de -1- kg, da qual kg são combustı́vel.
0"
O consumo de combustı́vel do motor é de (4 *)1 kg/s e a
E 9-56 (9-47/6  )
velocidade de escapamento) dos " gases é de km/s. O
motor é acionado durante - s. (a) Determine o em- Duas longas barcaças estão viajando na mesma direção
puxo do foguete. (b) Qual é a massa do foguete depois e no mesmo sentido" em águas tranqüilas; uma com
que o motor é desligado? (c) Qual é a velocidade final uma)" velocidade de km/h, a outro com velocidade
do foguete? de km/h. Quando estão passando uma pela outra,

(a) Como se ve no texto logo abaixo da Eq. 9-46, o operários jogam ""1" carvão da mais lenta para a mais rápida,
empuxo do foguete é dado por µ‰
d6¶¯ , onde 6 é a taxa à razão de kg por minuto; veja a Fig. 9-38. Qual
de consumo de combustı́vel e ¯ é a velocidade0do a força adicional que deve ser fornecida pelos motores
" gas das duas barcaças para que continuem a viajar com as
E
exaustado.
(*)1!No" presente problema temos 6·
4 kg e
mesmas velocidades? Suponha que a transferência de
¯
m/s, de modo que
E carvão se dá perpendicularmente à direção de movimen-
 0"7%D': )7," %  - !" 5 
µ‰
]6¶¯P
4
N to da barcaça mais lenta e que a força de atrito entre as
embarcações e a água não depende do seu peso.
(b) A massa do combustı́vel ejetado é dada por 
L ‘ k  Ž
‚6¢¸<r , onde ¸<r é o intervalo de tempo da quei-
ma de combustı́vel. Portanto
 0"7%DI) - "7% *);"!" ´  9.2.6 Sistemas de Partı́culas: Variações na Energia
L ‘k  Ž
4
kg Cinética
A massa do foguete após a queima é
•
dL  W¹L ‘k  Ž I)> -- *);"7%j," ´
L
W E 9-60 (9-55/6  )

  - ," ´ Uma mulher de -1- kg se agacha e depois salta para cima


kg

na vertical.
" Na posição agachada, seu centro de massa
(c) Como a velocidade inicial é zero, a velocidade final está 4 cm acima do piso; quando/1" seus pés deixam o
é dada por chão, o centro de massa está t);" cm acima do piso; no
ponto mais alto do salto, está cm acima do piso. (a)
L 
f •
¯±°”² Qual a força média exercida sobre a mulher pelo piso,
L • enquanto há contato entre ambos? (b) Qual a velocida-
E )( -1- ,"´
I(*)1!" % b de máxima atingida pela mulher?

°”² a 1  - ," ´


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