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ATUALIDADES P/ O CARGO DE TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCU


PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES

AULA 03 – INSERÇÃO DO BRASIL NO CENÁRIO INTERNACIONAL

Olá, meus queridos, como vão os estudos?

Hoje vamos ter um panorama bem amplo das relações do Brasil com o
mundo, tanto no processo de internacionalização da sua economia quanto na sua
inserção na nova ordem mundial. Que o Brasil vem despontando, nos últimos anos,
como um dos países mais promissores do mundo, não é segredo pra ninguém, já que
cansamos de ver nos telejornais notícias que nos dão esse indício, não é mesmo?

Muitos atribuíam o crescimento dessa importância à figura do ex-presidente


Lula, mas um forte indício de que o “poder” não estava diretamente ligado à figura e
sim à importância do Brasil no mundo foi o último ranking da revista Forbes.
Divulgado nos últimos dias do mês de agosto de 2011, o ranking apontou a atual
presidente, Dilma Rousseff, como a terceira mulher mais poderosa do mundo.

Ainda que alguns prefiram ignorar este dado, ele tem muito a nos indicar
sobre esse crescimento do poder do Brasil no mundo, não é mesmo? Isso, porque,
antes de ser eleita presidente, a senhora Dilma não estava nessa lista e agora, não
apenas pertence a essa lista, como a “encabeça”. Portanto, dirigir um país como o
Brasil foi o que lhe conferiu um poder diferenciado – dado a importância do país no
cenário mundial.

Todavia, apesar de termos uma vaga ideia dessa importância do Brasil no


mundo, será que nós sabemos como são suas relações com os demais países? Se
você foi um dos que respondeu “não”, não se incomode, pois poucas pessoas
compreendem esse assunto e a partir de hoje, você fará parte deste “seleto grupo”,
ok? ;)

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1 – O Brasil e a América

Bem, depois de termos estudado a globalização, ficou claro para todos nós
que atualmente vivemos num contexto bem diferente do período da Guerra Fria, não
é mesmo? Se antes tínhamos apenas dois pólos de poder no mundo (EUA e URSS),
hoje em dia, a existência de vários desses pólos é o elemento central do cenário
vivido.

Todavia, essa multipolarização não ocorre de forma tranquila, e sim


bastante conflituosa, já que os detentores do poder não desejam perdê-lo! Ainda
assim, no mundo globalizado, a desconcentração de poder não é uma escolha.
Inevitavelmente vão surgindo novos “competidores” - que possuem meios e
disposição - para contestar o papel de liderança das superpotências na condução dos
mais variados assuntos internacionais.

Em meio a tanta competição, torna-se comum a existência de


discordâncias sobre questões relevantes do cenário político e econômico
internacional. Em consequência disso, aumentam as tensões entre os principais
atores da política mundial, que se lançam em jogos de aliança envolvendo
pequenas e médias potências.

Esse contexto de busca por aliados favorece, significativamente, a


importância do Brasil no cenário internacional, uma vez que ele se destaca e se
fortalece econômica e institucionalmente ao constituir determinadas alianças.

Para analisar a inserção brasileira no contexto internacional, precisamos


levar em consideração seu “entorno estratégico” e suas ambições no ajuste das
nações.

Bem, nosso país está localizado na América do Sul, portanto, está distante
dos grandes focos de conflitos mundiais – Oriente Médio, Índia e Paquistão, Coréias,
África – e livre de armas nucleares. O conflito mais sério que permeia a nossa
realidade é o caso dos brasiguaios. Entretanto, ele vira “café pequeno” diante dos
outros conflitos espalhados pelo mundo.

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Além disso, o perfil político da América Latina mudou significativamente nos


últimos anos, colocando a região no fenômeno conhecido pelo nome de “onda
vermelha”. Caracterizado pela subida de vários líderes de esquerda ao poder, esse
fenômeno se iniciou com o presidente venezuelano Hugo Chávez, em 1998. A partir
dali, a escalada da esquerda não parou mais e foi entendida como uma reação ao
fracasso dos governos conservadores, já que a proposta “vermelha” sempre esteve
voltada aos problemas sociais e econômicos da América Latina.

Com um discurso totalmente anti-Bush, Hugo Chávez se transformou em


inspiração para outros presidentes latinos como Evo Morales, da Bolívia, Rafael
Correa, do Equador e o reeleito agora em 2012, Daniel Ortega, da Nicarágua! A onda
vermelha “contagiou” até mesmo governantes de partidos mais tradicionais como
Néstor Kirchner, ex-presidente argentino, falecido em 2010.

Em contraposição a esta realidade, os Estados Unidos também possuem


seus aliados na América Latina, donde se destacam o México e a Colômbia. Além
disso, os americanos se mostram bastante dispostos a se aproximar dos dirigentes
esquerdistas que possuem políticas econômicas de não-intervenção do Estado na
economia, como o Brasil e o Chile.

Durante a maior parte do século XX, a política externa brasileira se orientou


pelo eixo da diplomacia desenvolvimentista, coerente com o projeto de
industrialização nacional e com o modelo de substituição de importações. Isso lhe
permitiu um bom ambiente externo para que se desenvolvesse internamente.

Apesar disso, durante o regime militar, o projeto geopolítico brasileiro


estava voltado para garantir a sua supremacia militar sul-americana por meio da
aquisição de tecnologias de mísseis e enriquecimento de urânio, inclusive com fins
nucleares. Em nome da aquisição de toda a tecnologia nuclear, o Brasil, inclusive,
rejeitou em 1968 o Tratado de Não Proliferação (TNP), tornando-se signatário deste
tratado apenas na década de 90.

O fato é que com a redemocratização na América do Sul, na década de 80,


a situação se reconfigurou e o Brasil firmou-se como liderança regional construtiva,
devido ao tamanho de sua economia e metas de sua política externa.
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Se observarmos o mapa da América do Sul, fica fácil visualizar a dimensão


da superioridade territorial do Brasil com relação aos seus vizinhos, não é mesmo?
Essa superioridade acaba se estendendo também ao lado econômico, mas não
necessariamente ao social. Vejam
Veja a tabela:

PIB (nominal) de 2006 IDH de 2007

Argentina 212,702 0.866

Bolívia 10,828 0.729

Brasil 1.067,706 0.813

Chile 145,205 0.878

Colômbia 135,075 0.807

Equador 40,447 0.806

Guiana 0,870 0.729

Paraguai 8,773 0.761

Peru 110,789 0.806

Suriname 2,112 0.769

Uruguai 19,221 0.865

Venezuela 181,608 0.844

Essa tabela nos mostra que o PIB brasileiro é, expressivamente, o maior da


América do Sul, certo?
? Entretanto, isso não significa que tenhamos o melhor índice de
desenvolvimento humano, que ficou para o Chile.

No campo econômico, existem países co


com
m economia madura, como Brasil e
Argentina, enquanto outros são mais frágeis economicamente, como Bolívia e
Paraguai. Já no campo social, a América do Sul sofre, de forma generalizada, com o
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problema da desigualdade na distribuição de renda e com a concentração do poder


econômico nas mãos de uma minoria. Basta analisarmos, ainda que rapidamente a
tabela acima, para percebermos.

Como podemos constatar, o continente sul-americano é marcado por ampla


heterogeneidade política, social e econômica. Ao mesmo tempo em que há países com
o regime democrático consolidado, como o Brasil, há outros em que ainda persistem
regimes autoritários, que limitam a liberdade de imprensa e de opinião, como é o caso
da Venezuela.

A existência de todas essas heterogeneidades é um ponto que cria


complicações ao processo de integração na América do Sul. E por que essa integração
é tão valorizada?

Bem, uma vez que o território esteja integrado, isso significa que os
interesses estão compatíveis e, portanto, se reduziria a possibilidade de conflitos na
região. Embora a iniciativa de formação da UNASUL ressalte a intenção de congregar
todos os países da América do Sul sob um único bloco econômico, o que se vê na
prática é outra coisa.

Atualmente, há dois fortes blocos no continente: o MERCOSUL (formado por


Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela em processo de adesão) e a
Comunidade Andina (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru).

Considerando que, conforme afirma a Política de Defesa Nacional, a


segurança de um país é afetada pelo grau de instabilidade da região em que se
insere, é importante termos uma noção de como funcionam as relações políticas entre
os países sul-americanos. A seguir, comentarei situações relevantes nas relações
entre os países da região.

Bom, vamos observar o mapa para termos em mente a configuração da


região que será abordada nos próximos itens. Não se acanhem em voltar ao mapa

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quantas vezes precisar para lembrar “quem é vizinho de quem”, tá?

Países-membros da Comunidade Andina

Países-membros do MERCOSUL

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1.1– O Brasil e a Argentina

Como pudemos observar no mapa e na tabela sobre a América do Sul,


Brasil e Argentina não são apenas os dois maiores países da região. Eles também
possuem as duas maiores economias, não é mesmo? Mas o que isso influencia no
andamento da política e da economia sul-americana?

Bem, justamente por serem os maiores, é de suma importância que haja


um bom relacionamento entre eles para que seja possível a construção de uma
América Latina integrada e de um MERCOSUL fortalecido.

Só pra lembrar, pessoal, o MERCOSUL é, ao mesmo tempo, um mercado


comum e uma União Aduaneira , pois esta pode ser considerada como uma etapa na
qual os países adotam uma mesma tarifação para os produtos que serão
comercializados entre si, dizendo respeito, portanto, a economia. Enquanto o
Mercado comum diz respeito à circulação de pessoas e empresas, não tendo nada a
ver com tarifações! ;)

Vocês já ouviram falar, por exemplo, que brasileiros pra entrar na


Argentina não precisam de passaporte? Pois então, isso só ocorre devido a existência
desse Mercado Comum entre os países que nos permitem essa livre circulação entre
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Bem, mas, voltando as relações Brasil/Argentina...

Na medida em que o entendimento político entre os dois países torna-se


mais sólido, as questões que provocam atritos pontuais passam a ser resolvidas por
meio de mecanismos diplomáticos já consolidados. Assim, apesar de existirem
diferenças de entendimento sobre determinados temas, são usualmente marcadas
reuniões entre os presidentes, ministros ou autoridades dos dois governos para que se
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chegue a um acordo. O importante nesse sentido é que as diferenças entre esses


países passam a ser tratadas, via de regra, em um ambiente institucional de diálogo,
como já existe entre os dois países.

O resultado disso é que as relações comerciais entre Brasil e Argentina são


bastante aprofundadas, existindo, inclusive, projetos de cooperação nas áreas
econômicas e grande fluxo de investimento entre eles. Apesar do bom relacionamento
entre esses países, o contexto econômico mundial atual acabou favorecendo um
aumento das medidas protecionistas entre esses dois países.

No campo político, a diferença de posição mais visível que existe


entre Brasil e Argentina é com relação à reforma do Conselho de Segurança
da ONU.A Argentina não aceita que o Brasil se torne um membro permanente desse
órgão.

Todavia, no geral, as políticas adotadas, desde os anos noventa, apesar de


não serem idênticas, são muito parecidas. Essa similaridade é evidenciada por meio
da liberalização econômica e da desestatização de empresas nacionais. Essas medidas
acabaram levando a um quadro de grave fragilização das contas externas e
estrangulamento das finanças públicas no final da década de 90 e nos primeiros anos
do século XXI.

Especialmente no caso argentino, a moratória externa decretada em 2001 e


o crescimento da dívida interna ilustraram a sua fragilidade econômica com clareza
assustadora. No caso brasileiro, ainda existe uma forte convicção de que vivemos
uma situação “normal” o que não significa, de modo algum, que não estejamos
vulneráveis às crises externas, ok? Isso porque, quando existe crise ao nosso redor,
são criadas severas limitações econômicas dos países em crise com relação ao nosso
mercado, implicando em explícita perda de bons negócios. Vejamos algumas
questões!

1) (CESPE/TRT-17ª Região / 2009) Na Argentina, país vizinho e membro do


MERCOSUL, aplicou-se recentemente o expediente protecionista na compra
de produtos brasileiros, sob alegação fundamentada no atual contexto de
crise.
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COMENTÁRIOS

Em 2009, o governo da Argentina deu mais um passo na sua escalada


protecionista ao impor entraves à importação de 60 grupos de produtos do Mercosul,
entre têxteis, eletrodomésticos e móveis.

Essas restrições ocorreram em meio à crise mundial, o que derrubou o


comércio entre Brasil e Argentina em 45%, abrindo uma nova temporada de conflitos
comerciais entre os vizinhos. Portanto a questão está correta.

Gabarito: Certo

2) (FCC/Escriturário-Banco do Brasil/2011) Os exportadores brasileiros de


geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupa voltaram a enfrentar barreiras
no mercado (...). Conforme o “Estado” apurou, 35 caminhões estão parados
nos depósitos alfandegários à espera de autorização para circular no país.

(O Estado de S. Paulo, 13/05/2011, p. B3)

O texto acima destaca uma nova crise comercial provocada pelo


protecionismo comercial

(A) do Paraguai.

(B) da Venezuela.

(C) do Peru.

(D) da Bolívia.

(E) da Argentina.

COMENTÁRIOS

Resposta certa: letra E, Argentina. As disputas entre os dois países não é


acalorada apenas quando o assunto é futebol. Também no que se refere às relações

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comerciais, grandes são os impasses que enfrentam, como vimos nas explicações
acima, não é mesmo?!

No início de2011, a Argentina aumentou o número de produtos que não têm


licenças automáticas para entrar no país, o objetivo era proteger sua própria
indústria. No entanto, essa medida protecionista trouxe à tona grande
descontentamento dos exportadores brasileiros.

Só para entender melhor: a licença não automática é um mecanismo que


permite aos países regularem e dilatar em até 60 dias o prazo para autorizar a
entrada de produtos em seus mercados. Essa medida foi grandemente usada durante
o auge da crise mundial, trazendo graves problemas ao comércio internacional.

No caso em questão da relação Brasil-Argentina, a medida adotada pelos


argentinos afetou gravemente as exportações brasileiras e acabou levando o Brasil a
impor licenças não automáticas à importação de automóveis, atingindo em cheio os
exportadores argentinos.

A guerra comercial entre os dois países, como já foi dito, é histórica, passou
por um período de trégua depois de 2006, quando os governos dos dois países
assinaram acordos para equilibrar seus respectivos setores industriais. Mas, entrou
em ebulição novamente agora, com as medidas protecionistas acionadas pelos dois
lados, sem sinais de esmorecer.

Gabarito: E

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1.2 – Brasil e a Bolívia

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O governo de Evo Morales tinha como marca registrada uma retórica


nacionalista, que tem como ideia-força a defesa da soberania nacional. Seguindo essa
linha de pensamento, várias empresas foram estatizadas. Destaca-se entre elas a
controversa estatização de refinarias da Petrobrás localizadas em território
boliviano. A decisão de nacionalizar a exploração de hidrocarbonetos é algo que está
relacionado à pressão sofrida por movimentos populares que foram responsáveis pela
eleição de Evo Morales.

Apesar de esse episódio ter gerado um estremecimento nas relações entre


esses dois países, o governo boliviano estuda o desenvolvimento de projetos
conjuntos, aproveitando a experiência da Eletrobrás. Dentro da meta de dar
eletricidade a todos os bolivianos, o governo desse país entende como estratégica a
integração energética com o Brasil e não descarta, inclusive, a venda de energia
excedente para o mercado brasileiro.A Bolívia possui um potencial de produção
estimado em 40 gigawatts (GW), do qual apenas 1% está sendo utilizado atualmente,
levando o governo boliviano a desenvolver uma intensa série de projetos de centrais
hidrelétricas.

A essa altura vocês devem estar se perguntando, mas o que isso tem a ver
com o Brasil? Tem que parte dessas centrais está localizada próximo à fronteira com o
Brasil, fazendo deste país o seu mercado natural. Assim, as embaixadas dos dois
países já iniciaram conversações sobre a possibilidade de realização de projetos
conjuntos com a Eletrobrás. Isso porque é reconhecida pelo governo boliviano a
importância da experiência dessa empresa para o auxilio na reestruturação da
Empresa Nacional de Eletricidade da Bolívia(Ende).

Atualmente, o Brasil importa 24 milhões de metros cúbicos de gás natural


boliviano, o que corresponde a quase 50% de todo o gás produzido naquele país.
Esses dados nos permitem afirmar que a Bolívia é, portanto, fortemente dependente
da exportação de gás natural, que tem no Brasil seu principal mercado consumidor.
Isso porque, apesar de também fazer fronteira com a Argentina, este país é quase
auto-suficiente no suprimento de gás natural, ou seja, praticamente não precisa do
gás boliviano.

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Vocês devem estar lembrados, mesmo que vagamente, de uma crise entre
o Brasil e a Bolívia no ano de 2006, não é mesmo? Aquela crise ocorreu quando o
presidente decretou a nacionalização das empresas privatizadas e das companhias
que ganharam concessões para explorar blocos. Dentre essas empresas estava a
Petrobrás com, pelo menos, 35% de participação nos dois principais campos de gás
do país, San Alberto e San Antonio.

Essa nacionalização dos campos de petróleo e gás natural e das refinarias,


decretada pelo presidente Evo Morales, se transformou num marco na história política
do país. A Bolívia é o país mais pobre da América do Sul, apesar de suas ricas
reservas naturais, que estão estimadas em quase 1,5 trilhões de metros cúbicos de
gás.

Apesar disso, a medida foi temporariamente suspensa, já que um eventual


rompimento entre o Brasil e Bolívia, traria incontáveis prejuízos a esse país, que teria
como opções de grandes consumidores apenas o Chile e os EUA. Entretanto, ambas
as possibilidades apareciam como econômica e politicamente inviáveis para o país,
afinal, como seria levado o gás boliviano até os EUA? Uma coisa é construir um
gasoduto com o seu vizinho, outra é ter que levar esse gás pro lado oposto do
continente, não é mesmo?

Enfim, ao que tudo indica, a nacionalização do gás foi uma medida


encontrada pelo governo de aumentar sua participação na receita das empresas
estrangeiras que exploravam o produto de maneira pouco regulada no país. Assim, a
Petrobrás acabou aceitando as novas regras, que diminuíram, drasticamente, o lucro
das multinacionais.

O Brasil sentiu o baque da nacionalização porque era (e ainda é)


dependente do gás boliviano, mas, por outro lado, também somos a principal fonte de
riqueza da Bolívia, já que somos o principal comprador do combustível. Uma alta no
preço do gás e a ameaça de desabastecimento impulsionou o governo brasileiro a
buscar outras fontes de energia. Deste modo, após as descobertas do pré-sal, a
expectativa existente é de que as compras de gás boliviano, no futuro, sejam cada
vez menores, apesar de, atualmente, a situação já estar controlada.

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Outro ponto fundamental quando se pensa na relação entre Brasil e Bolívia


é o tamanho da fronteira existente entre esses dois países, que interfere tanto
positiva quanto negativamente. Um dos fatores positivos de termos fronteira tão
extensa com este país nós acabamos de ver, quando abordamos a questão da
energia. Entretanto, essa região é também considerada uma das mais importantes
portas de entrada de drogas para o Brasil, exigindo um trabalho permanente de
desarticulação do crime organizado.

Do mesmo modo, a exploração irregular de ouro é outro problema que


atinge a fronteira entre estes dois países. Por isso, militares da Bolívia patrulham rios
navegáveis na Amazônia boliviana e mobilizam homens na fronteira com o Brasil
numa tentativa de ajustar a exploração ilegal de ouro. É justamente por não haver
uma forte fiscalização dos Estados (Brasil e Bolívia) que as atividades ilegais de
mineiros bolivianos e brasileiros são tão comuns.

Politicamente, podemos dizer que o atual governo boliviano, embora tenha


o apoio de alguns setores da sociedade, também sofre de grande oposição interna.
Essa oposição vem principalmente dos governadores dos Departamentos (estados)
mais ricos do país que não reconhecem a Constituição de 2007, votada sem sua
participação. Em janeiro de 2009, diante de pressões oposicionistas, essa Constituição
foi alterada e aprovada em referendo pela população. Apesar disso, ainda hoje
persiste grande controvérsia política entre oposição e governistas na Bolívia.

Uma questão crucial na política externa boliviana é a ausência de


saída para o mar (Oceano Pacífico), o que dificulta sua logística de
transportes.

Esse assunto é tão importante que remonta a um grave problema


geopolítico da região! Entre os anos de 1879 e 1883, Bolívia e Peru se defrontaram
contra o Chile no conflito que ficou conhecido por Guerra do Pacífico, originada a
partir de uma controvérsia sobre a posse de parte do deserto do Atacama, rica em
recursos minerais. Tendo o Chile vencido a guerra, a Bolívia perdeu sua saída para o
mar, o que gera até hoje tensões geopolíticas. Ao ler a atual Constituição Boliviana,

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verifica-se que um dos objetivos nacionais daquele país é a recuperação do acesso ao


Pacífico. Querem ver como o tema já foi cobrado em provas de concursos?

(CESPE/ABIN / 2008)“A Bolívia radicalizou a tese da volubilidade do Estado


nacional até o início do século XXI, afastando-se ela mesma da média de
recomposição institucional dos demais países da América do Sul. Os fatos bolivianos
que assustam o brasileiro médio nesses dias e as preocupações naturais ante a
iminência do corte de suprimento de gás ou dos riscos de uma guerra civil na fronteira
porosa, seca e imensa que o Brasil compartilha com aquele país expõem as
dificuldades que permanecem para a formação de instituições do Estado moderno de
direito do outro lado da fronteira.”

José Flávio Sombra Saraiva. Duas nações e um Estado imperfeito. In: Correio
Braziliense, 13/9/2008, p. 23 (com adaptações).

Tomando o texto acima como referência inicial, julgue os itens, relativos à


instabilidade política na Bolívia, suas raízes históricas e seus
desdobramentos recentes, bem como suas consequências para o processo de
integração em curso na América do Sul.

3) A Bolívia, apesar de isolada no contexto sul-americano, vem buscando


desenvolver um sistema de alianças extracontinentais seguras com parceiros
internacionais confiáveis e apreciados por todas as lideranças políticas da
UNASUL.

COMENTÁRIOS

A política exterior boliviana tem como foco principal o regionalismo, de


forma que não podemos dizer que ela tem buscado desenvolver alianças
extracontinentais seguras. Dessa forma, a Bolívia não está isolada no contexto sul-
americano, participando de organizações internacionais regionais, como, por exemplo,
a UNASUL. Questão errada!

Gabarito: Errado

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4) A ausência de uma saída para o mar — a Bolívia localiza-se entre os Andes


e o mundo platino-brasileiro —, elites esgarçadas e uma economia em franca
retração são fatores que justificam o conjunto de dificuldades que a Bolívia
vem enfrentando desde 2003.

COMENTÁRIOS

Vamos examinar a questão por partes!

1) A Bolívia possui saída para o mar? Não, e essa é uma questão crucial da política
externa boliviana. Esse país perdeu para o Chile a saída para o mar após a Guerra do
Pacífico.

2) A Bolívia possui elites esgarçadas? Não, as elites bolivianas são bastante fortes,
tanto é que o governo de Evo Morales tem sofrido grande pressão interna dos
governadores dos Departamentos mais ricos do país.

3) A economia boliviana está em fraca retração? Não dá pra dizer isso hoje em dia.
Em 2009, a economia boliviana cresceu cerca de 3,7%. Já no primeiro semestre de
2010, cresceu por volta de 3,26%.

Por tudo o que comentei, a questão está errada.

Gabarito: Errado

5) A doutrina da não-intervenção, tradicional na formulação jurídica de


Estados novos e revivida na América do Sul, focada na manutenção das
soberanias políticas dos Estados nacionais, se traduz, na crise boliviana, no
alheamento dos Estados responsáveis pelo avanço de proposições voltadas
para o diálogo e no esforço de estabilidade do país mais central da América
do Sul.

COMENTÁRIOS

Essa é uma questão bastante complexa da prova de Oficial de Inteligência


2008, tendo sido anulada pela banca examinadora. A doutrina da não-intervenção é

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sim uma política dos Estados sul-americanos, que preferem, em respeito à soberania,
deixar os assuntos internos por conta de cada país.

Na crise boliviana, não dá para dizer, todavia, que houve alheamento dos
Estados sul-americanos “responsáveis pelo avanço de proposições voltadas para o
diálogo e no esforço de estabilidade do país mais central da América do Sul”. Isso
porque, à época, foi realizada, inclusive, reunião da UNASUL para tratar da crise
política boliviana.

Gabarito: Anulada

6) A dicotomia entre as elites economicamente poderosas do oriente


boliviano e o governo central dos Andes pauperizado, quase artificial e
inventada pelas próprias elites, não reflete plenamente a realidade boliviana,
com baixos níveis de cidadania em todo o território e com migrações internas
e intensas nos níveis de baixa escolaridade e elevada pobreza.

COMENTÁRIOS

Há uma dicotomia na Bolívia entre as elites poderosas dos Departamentos


mais ricos e o governo central dos Andes, o que é motivo da crise política naquele
país. Além disso, há baixos níveis de escolaridade e elevada pobreza no território
boliviano. Dessa forma, a questão está correta.

Apesar disso, gostaria de deixar registrado que o CESPE não mandou bem
na redação da questão ao dizer que: “com baixos níveis de cidadania em todo o
território e com migrações internas e intensas nos níveis de baixa escolaridade e
elevada pobreza.” Da maneira que está escrito, fica parecendo que quem migra são
os níveis de baixa escolaridade e a pobreza.

Gabarito: Certo

7) O Brasil, que tem demonstrado baixa capacidade de suprimento


energético interno, depende da Bolívia para abastecimento de todo o gás que
consome.

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COMENTÁRIOS

Apesar da maior parte do abastecimento de gás do Brasil ser proveniente


do gasoduto Bolívia-Brasil, nosso país apresenta boas reservas nas Bacias de Campos,
de Santos e do Espírito Santo.

Com a entrada em operação do Gasoduto Bolívia-Brasil em 1999, houve um


aumento expressivo na oferta nacional de gás natural, mas dizer que nosso país
depende da Bolívia para abastecimento de todo o gás que consome está errado.

Gabarito: Errado

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1.3 – Brasil e a Venezuela

Situada ao norte da América do Sul, a Venezuela é um país repleto de


belezas e contrastes. Atualmente dirigida pelo presidente Hugo Chávez, ela possui
políticas bem peculiares e distintas do restante dos países sul-americanos. Chávez foi
um dos líderes de uma tentativa fracassada de golpe militar que,
surpreendentemente, conseguiu ascender à Presidência da República por meio do voto
popular.

Apesar de ser classificado como “ditador” por muitos setores e países, a


verdade é que nenhum governante atual obteve tantas vitórias eleitorais como
Chávez. Assim, mesmo enfrentando forte oposição da imprensa e da classe média
venezuelana, o amplo apoio dos setores populares e dos parlamentares ao presidente
legitima e fortifica, cada vez mais, o seu governo. Agora, com o anúncio de sua

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doença, o governo fica um pouco fragilizado já que Chávez não possui herdeiros
políticos. Todavia, deixa de existir no imaginário popular e no cenário internacional a
ideia de um país eternamente liderado por Chávez, não é mesmo?

Enfim, doenças a parte, o fato é que, mesmo existindo pontos de tensão


entre Brasil e Venezuela, podemos afirmar que as relações entre esses países são
bastante estreitas. Contudo, um dos pontos mais delicados diz respeito ao extremo
nacionalismo que acompanha a conduta antiamericanista de Chávez, influenciando
toda a sua política externa.

Essa conduta é a principal mola propulsora para todas as peculiaridades de


seu governo, como as especulações sobre suas relações secretas com grupos
guerrilheiros das FARC, a implementação de uma nova doutrina militar e compras de
armamentos.

De todos esses pontos citados, a compra de armamentos foi uma das


especulações que se materializou. Em 2008, uma aliança entre a Venezuela e a Rússia
fez do país latino o terceiro maior comprador da indústria de armamentos russa,
perdendo apenas para China e Índia.

A questão mais importante nessa história é: para quê a Venezuela quer


tantos armamentos? Estaria planejando invadir seus vizinhos?

Muita polêmica permeou (e ainda permeia!) esse assunto. Apesar disso, o


presidente Chávez alega que precisa estar preparado para defender a Venezuela e
seus recursos petrolíferos de um eventual ataque norte-americano. É claro que
Washington nega estar planejando qualquer ação deste tipo, ainda assim, a Venezuela
insiste na alegação de que esse é apenas o armamento necessário para a sua defesa
nacional.

Assim, o Exército venezuelano vem sendo reequipado com mísseis, tanques


e submarinos russos, para resistir a qualquer custo àquilo que classifica como
“imperialismo norte-americano na América Latina”.

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Desde outubro de 2009, a Venezuela vem batendo com ainda mais


insistência na tecla desse imperialismo. Isso porque os Estados Unidos e a Colômbia
assinaram um acordo para que militares americanos pudessem utilizar sete bases
colombianas para combater as FARC. Observe no mapa a situação geográfica da
fronteira onde se localizam as bases cedidas aos EUA.

Como podemos observar, a faixa fronteiriça entre esses dois países é


significativa, não é mesmo? Além disso, a Colômbia faz fronteira com outros países
muito importantes da América do Sul, como o Brasil. Por essas e outras que o
governo venezuelano entende que isso é, na verdade, uma estratégia norte-
americana para se dirigir contra os governos “revolucionários” da América Latina.

Desse modo, ao adquirir reforços nos armamentos militares, a Venezuela


acaba combatendo a hegemonia militar norte-americana na América do Sul e
incentivando a militarização nessa região. Assim, Argentina, Chile e até mesmo o
Brasil aumentaram em até 50% os gastos com material bélico e promoveram uma
reorganização das defesas de fronteira e costas.

Com a posse de Obama, a tensão entre Venezuela e EUA havia diminuído


consideravelmente, apesar da continuidade do discurso nacionalista e
antiamericanista de Hugo Chávez. Entretanto, uma nova tensão quase colocou em
“xeque” as estreitas relações comerciais desses dois países: o problema na Colômbia.

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A Venezuela envia, diariamente, aos Estados Unidos, 1,4 milhões de barris


de petróleo, o que corresponde a cerca de 15% do consumo total do mercado
estadunidense. Pois bem, diante da crise entre Colômbia e Venezuela, em que os EUA
se posicionariam ao lado daquele país, o presidente Hugo Chávez ameaçou cortar o
fornecimento de petróleo para os EUA, em caso de ataque por parte da Colômbia.

A ameaça é consequência da tensão crescente que levou ao rompimento


das relações diplomáticas entre os dois vizinhos e mais uma resposta de Chávez às
acusações feitas por Bogotá de que Caracas esconde guerrilheiros das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia.

Mas, afinal, o que está havendo entre Venezuela e Colômbia?

O ex-presidente da Colômbia, Uribe, acusou Chávez de permitir que 1.500


guerrilheiros habitem, pelo menos, 87 acampamentos rebeldes ao longo da fronteira
da Venezuela. Segundo Uribe, os rebeldes teriam ali total liberdade para planejar
ataques contra o governo colombiano.

Mapas de satélite, onde se vêem estruturas no meio do nada, e fotos de


rebeldes comendo tranquilamente foram exibidas pela Colômbia, durante uma sessão
extraordinária da Organização de Estados Americanos.

Por sua vez, o presidente da Venezuela rompeu relações diplomáticas com a


Colômbia, depois de quase cem anos, em consequência das acusações de Bogotá
levadas à Organização de Estados Americanos (OEA). Todavia, assim que o novo
presidente Juan Manuel Santos assumiu o poder na Colômbia, os laços
diplomáticos entre os dois países foram reatados.

Apesar de toda a crise, o país tenta ingressar no MERCOSUL e melhorar,


deste modo, sua relação econômica com a maior parte de seus vizinhos. Para que isso
ocorra, e a Venezuela passe a integrar o bloco falta, apenas, a aprovação paraguaia,
já que o Brasil, com o apoio do então presidente Lula, aprovou a adesão.

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8) (CESPE / ANTAQ / 2009)A crescente importância do Brasil e da Venezuela


no cenário sulamericano, inclusive no que se refere à mediação entre partes
em crises regionais, emana da modernização econômica, da tranqüilidade
política e da projeção internacional de que gozam os dois países, em igual
proporção e legitimidade internacional.

COMENTÁRIOS

Realmente, Brasil e Venezuela crescem cada vez mais sua importância no


cenário político sul-americano, o que é motivado, principalmente, pela força
econômica desses dois Estados. Todavia, está errado afirmar que os dois países
gozam, em iguais proporções de tranqüilidade política e projeção internacional. Em
primeiro lugar, porque a Venezuela não goza de tranqüilidade política, havendo forte
oposição interna ao governo Chávez. Em segundo lugar, porque a projeção e a
legitimidade internacional brasileira são muito superiores à da Venezuela, que se
caracteriza por possuir, ainda, um regime autoritário.

Logo, a questão está errada.

Gabarito: Errado

9) (CESPE/ANTAQ / 2009)Na atualidade, os países latino-americanos que


melhor se relacionam com os EUA são Cuba e Venezuela.

COMENTÁRIOS

Essa questão está errada, pois os maiores aliados dos Estados Unidos na
América Latina são o México e a Colômbia. Aos dois países citados na questão
compete o papel de principais “inimigos”.

Gabarito: Errado

10) (CESPE/INMETRO / 2009) Na atualidade, governos como os da


Venezuela, Bolívia e Equador defendem posições políticas assemelhadas,
algumas delas claramente convergentes, e tendem a prestar apoio e
solidariedade ao regime cubano.

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COMENTÁRIOS

Um dos pontos principais entre os presidentes dos países citados na


questão é o fato de adotarem uma retórica nacionalista e de defesa da soberania
nacional. Muitas vezes, eles chegaram, inclusive, a retomar o controle de empresas
estratégicas nas áreas de energia e telefonia, entre várias outras. Portanto,a questão
esta correta!

Gabarito: Certo

___X___

1.4- Brasil e Colômbia

A aproximação do Brasil com a Venezuela causou certo distanciamento em


relação à Colômbia, sobretudo em consequência da aliança militar que este país
acordou com os EUA.

Assim, podemos afirmar, categoricamente, que dentre os presidentes sul-


americanos, o colombiano Álvaro Uribe (ex-presidente da Colômbia) era o maior
aliado dos EUA. Além disso, Uribe foi o líder mais popular na história da Colômbia por
sua política de repressão contra rebeldes traficantes de drogas. As cidades e rodovias
colombianas se tornaram mais seguras desde que Uribe assumiu a Presidência em
2002, estimulando um aumento significativo na confiança de investidores.

Entretanto, todos esses “benefícios” do governo Uribe só foram possíveis


graças à ajuda dos EUA, que possuem um acordo de cooperação com a Colômbia.
Como já vimos antes, esse acordo permite a instalação de bases militares norte-

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americanos em território colombiano, ou seja, acaba ampliando a participação militar


dos EUA na América do Sul, o que é visto com desconfiança até mesmo dentro da
Colômbia.

Segundo muitos especialistas, os reais objetivos dessa “guerra às drogas”


são geoestratégicos, geopolíticos e econômicos. Entretanto, o argumento
utilizado é sempre o de combater o narcotráfico, entendido como a atividade que
financia a atuação da guerrilha colombiana, intitulada FARC.

A possibilidade de instalação de bases militares norte-americanas na


Colômbia e as FARC têm sido um dos grandes pontos de tensão na América do Sul,
principalmente em relação ao Equador e à Venezuela.

Em 2008, o exército colombiano matou, em território equatoriano, o


segundo dirigente mais importante das FARC à época. Essa incidente causou uma
crise político-diplomática entre Equador e Colômbia, motivada pela violação à
integridade territorial equatoriana.

É, pessoal, como vocês já perceberam, sempre que vamos estudar conflitos


a coisa se complica, não é mesmo? Isso ocorre porque não há como darmos uma
explicação única e objetiva sobre os acontecimentos, os quais geralmente envolvem
questões políticas, econômicas e estratégicas.

Justamente baseado nessas questões que o conflito entre Venezuela e


Colômbia foi levado para ser intermediado por diferentes instituições internacionais: a
OEA e a UNASUL. O conflito estava de tal modo cristalizado que os países não
conseguiam chegar sequer a um consenso sobre qual instituição possuía mais
legitimidade para solucionar a controvérsia.

Assim, enquanto de um lado a Colômbia levava todas as “provas” que dizia


possuir contra a Venezuela à OEA, a Venezuela, por sua vez, se utilizava da UNASUL.

Pra não ficar um argumento solto e podermos entender o porquê de cada


país levar a pendência para ser resolvida em um fórum diferente, vejamos a tabela:

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OEA UNASUL
Organização Organização dos Estados União de Nações Sul-
Americanos Americanas
Obter “uma ordem de paz e Tem como objetivo principal
de justiça, para promover a integração sul-americana
sua solidariedade, intensificar
sua colaboração e defender
Objetivos sua soberania, sua
integridade territorial e sua
independência”
MERCOSUL, a Comunidade
35 Nações independentes do Andina de Nações (CAN),
Membros continente americano Chile, Guiana, Suriname e
Venezuela
Principal país Estados Unidos Brasil
atuante

Creio que a essa altura, a grande pulga atrás da orelha de todos é o porquê
da preferência da Colômbia pela OEA e a da Venezuela pela UNASUL, não é mesmo?

Pois bem, se observarmos com atenção a ultima linha da tabelinha, a


charada está descoberta! Os principais países com voz dentro de cada organização é o
que influencia os países a confiar mais em uma ou outra organização.Assim, com o
discurso venezuelano, anti-americanista, dificilmente o presidente Hugo Chávez
aceitaria a mediação de uma organização “liderada” pelos EUA. Por sua vez a
Colômbia, principal parceira norte-americana aqui na América do Sul, confere mais
credibilidade à OEA do que à UNASUL. Vejamos questões que trataram do assunto em
questão!

11) (CESPE / ABIN/2008) O Brasil considera oficialmente como terroristas


os grupos guerrilheiros das FARC, na Bolívia.

COMENTÁRIOS

Em primeiro lugar, as FARC não tem como base territorial a Bolívia, não é
pessoal? Por isso só, a questão já estaria errada!

Entretanto, além disso, o Brasil não considera as FARC uma organização


terrorista e sim um movimento guerrilheiro, sobretudo pela sua estrutura, área de

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atuação e histórico próprios. Isso não significa, todavia, que o Brasil não sofra críticas
mundo afora por esse posicionamento.

Especialmente em ano eleitoral, esse posicionamento (ou falta de


posicionamento) do governo vem sendo trazido à tona pelos mais diferentes tipos de
mídias – tornando ainda mais importante compreendermos a que todas as acusações
se referem. O fato é que, até hoje, o Brasil não entende as Farc como uma
organização terrorista e sim como um movimento revolucionário armado, que luta por
suas causas.

No que diz respeito à estrutura, as guerrilhas se constituem na forma de


milícias organizadas, com hierarquia e cadeia de comando. Já as organizações
terroristas são empregadas, atualmente, na forma de células descentralizadas e
independentes, sob a direção de um comando central.

Quanto à área de atuação, as guerrilhas atuam, normalmente, contra alvos


militares e dentro do país no qual vislumbram mudanças na ordem interna. Os
terroristas, por sua vez, têm preferência pelo ataque à população civil, já que assim
causaram maior impacto psicológico na sociedade. Além disso, sua ação é mais
abrangente, podendo ter alcance internacional.

Por fim, o histórico das guerrilhas remonta a movimentos esquerdistas


revolucionários. Embora o Brasil não considere as FARC uma organização terrorista,
ela é assim considerada por vários países, como EUA, Colômbia e União Européia. Por
tudo o que eu disse, a questão está errada.

Gabarito: Errado

12) (CESPE / SNJ / 2005)Os indiscutíveis êxitos obtidos pelo Plano


Colômbia, idealizado e financiado pelos Estados Unidos da América (EUA),
explicam a sensível redução da entrada e do consumo de drogas ilícitas no
território norte-americano.

COMENTÁRIOS

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O Plano Colômbia representa um apoio dado pelo governo dos EUA ao


governo colombiano, que tem como objetivo combater o tráfico de drogas na região.
Ao mesmo tempo, busca desestabilizar o grupo paramilitar conhecido por FARC.

Oficialmente, os EUA, na condição de principal mercado consumidor das


drogas colombianas, busca reduzir a entrada e o consumo de drogas ilícitas em seu
território. Todavia, segundo especialistas, isso é apenas um pretexto para aumentar a
sua presença militar na região. Quanto a isso, ressalte-se que a Amazônia colombiana
é fonte de grande biodiversidade e riqueza mineral.

O combate contra as FARC é assunto que também preocupa os interesses


brasileiros. Como a região amazônica se caracteriza pela incipiente presença estatal e
falta de vivificação das fronteiras, é possível que esses grupos guerrilheiros ingressem
no lado de cá da fronteira. Alguns incidentes envolvendo as FARC já ocorreram no
território nacional, inclusive com mortes de soldados brasileiros.

Mas, voltando à questão, será que o Plano Colômbia tem obtido êxito? E
será que houve redução da entrada e do consumo de drogas ilícitas no território
norte-americano?

O Plano Colômbia não tem obtido resultados satisfatórios no combate às


drogas. Isso porque os EUA têm direcionado suas ações para destruição das
plantações ilegais de coca, mas não conseguiram eliminar a distribuição e
comercialização das drogas. Logo, a questão está errada.

Gabarito: Errado

___X___

1.5 – Brasil e o Paraguai

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A influência do Brasil sobre o Paraguai consolidou-se desde a década de 60,


quando um convênio criou a zona franca no porto de Paranaguá, para o comercio
exterior paraguaio. Na mesma época, foram construídas uma BR e a Ponte da
Amizade para unir, por asfalto, os dois países. Apesar disso, a relação entre eles
possui dois pontos que poderiam ser apontados como tensão: o caso dos
brasiguaios e a usina hidrelétrica de Itaipu.

Calminha, pessoal, não se assustem se nunca tiverem ouvido falar desse


caso dos brasiguaios, pois é uma prática comum da imprensa nacional falar muito
mais dos conflitos externos do que dos internos. Portanto, não se sinta culpado se não
souber o que é este conflito, ok?

Uma visão um pouco mais otimista pra explicar a pouca abordagem e


difusão desse assunto seria pensarmos que, apesar de ser um conflito étnico, já que
os brasileiros enfrentam a xenofobia dos paraguaios, suas implicações são menos
violentas do que as de outros conflitos. Assim, com tanta violência gerada em outros
países, nosso conflito étnico adquire uma visibilidade menor.

Ao refletirmos sobre as relações entre brasileiros e paraguaios, quase que


imediatamente pensamos em interesses econômicos em harmonia, sacoleiras,
eletrônicos, enfim, comércio a todo vapor, não é? Entretanto, apesar desse lado “boa
praça” das relações entre estes dois países, existe uma séria tensão entre alguns
grupos componentes destas etnias.

Nas décadas de 1960 e 1970, essa região já havia sido cenário de um


intenso fluxo migratório brasileiro. Há alguns anos, milhares de famílias brasileiras
voltaram a cruzar a fronteira para se estabelecer no Paraguai, atraídas pela promessa
de terra e oportunidade. Essa região passou a ser entendida por algumas famílias
como única alternativa ou forma de sobrevivência.

Assim, essas pessoas se instalaram na fronteira entre os dois países,


principalmente no leste do território paraguaio, que é uma zona de expansão do
cultivo da soja, principal produto de exportação deste país. Entretanto, as
organizações camponesas paraguaias garantem que muitos desses produtores

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ocupam terras de forma ilegal e defendem que eles deveriam ser despejados dali,
seguindo a reforma agrária do governo paraguaio.

Ocorre que a presença desses novos habitantes resultou num significativo


surto de crescimento econômico para a região e foi aí que o conflito teve seu
estopim.O que poderia ser visto como um fator positivo se transformou em discórdia.

Todo o desenvolvimento dos brasileiros em terras paraguaias provocou um


forte sentimento nacionalista e até xenófobo dos paraguaios, os quais se sentiram
ameaçados econômica e socialmente pelos vizinhos.

A esses brasileiros que ali habitavam foi dado o nome de "brasiguaios", já


que eram brasileiros, mas se estabeleceram em áreas pertencentes ao Paraguai. Tudo
bem, essas áreas faziam fronteira com o Brasil, mas, além de pertenceram ao
Paraguai, são historicamente cobiçadas devido à indiscutível fertilidade da terra.

Bem, amigos, creio que de agora em diante, quando pensarmos em


conflitos étnicos, sempre nos lembraremos da existência deste aqui, bem pertinho da
gente, não é mesmo? Então o que exatamente precisamos guardar?

Primeiro, que este conflito se desenvolve no território paraguaio entre os


nativos dali e os brasileiros que lá habitam, conhecidos pelo nome de brasiguaios.

Depois,que essa convivência nunca foi muito pacífica, entretanto, tem se


tornado cada dia mais violenta e com motivações em questões fundiárias e
preconceito étnico contra os brasiguaios.

Pode parecer estranho para muitos pensar em preconceito étnico contra


brasileiros, entretanto essa uma realidade e teremos que aprender a compreendê-la.

A questão dos brasiguaios, como quase tudo que estudamos ou


estudaremos em atualidades, não é homogênea. Como assim? Falar desse
acontecimento significa discorrer sobre dois países diferentes, dois povos de origens
diversas e, sobretudo, duas culturas distintas, portanto, certamente haverá, no
mínimo, duas versões desse conflito, não é mesmo?

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Pois bem, na imprensa brasileira os brasiguaios costumam ser entendidos


como trabalhadores brasileiros pobres que viveram um período no Paraguai e depois
voltaram ao Brasil em busca de melhores condições de vida.Já na imprensa
paraguaia, a imagem disseminada sobre este grupo é de empresários agrícolas,
plantadores de soja, que destroem o meio ambiente, expulsam o camponês paraguaio
do meio rural e acabam com a soberania nacional.

A construção dessas imagens polarizadas entre brasiguaios ricos e


exploradores ou campesinos pobres e oprimidos só vem evidenciar ainda mais
que essa tensão contemporânea não se detém apenas a uma disputa econômica, e
sim a uma disputa étnica.

Portanto, as tensões reveladas, teoricamente, pela posse da terra próxima


ao limite internacional com o Brasil, na verdade, assumem contornos complexos. É
justamente essa complexidade que faz esse tema merecedor de nossa atenção, já que
este conflito pode ser entendido como étnico.

É, amigos, ao mesmo tempo em que a presença dos "brasiguaios" resultou


num inegável crescimento econômico para a região, ela também acendeu sentimentos
nacionalistas e xenófobos dos paraguaios para com este grupo. Um dos argumentos
utilizados pela população do Paraguai é a preocupação com o enfraquecimento de sua
identidade nacional na região fronteiriça.

Toda essa tensão é justificada pelo fato dos estrangeiros manterem sua
própria língua, usarem sua própria moeda, hastearam sua própria bandeira e
também possuírem as terras mais produtivas. Além disso, outras duas queixas são
fontes de atrito recorrentes feita por eles.

A primeira é que não desejam que seus filhos cresçam tendo o português
como segunda língua, ao invés do guarani. A segunda é a questão racial, uma vez que
a maioria dos brasiguaios tem olhos azuis e pele clara e os paraguaios são de origem
indígena. Assim, a diferença existente entre a pele clara e feições europeias dos
brasiguaios parece incomodar a maior parte dos paraguaios, os quais possuem origem
hispano-guarani.

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Apesar deste conflito não apresentar conotações tão violentas como vemos
quando se trata de outros territórios ou religiões, a intolerância parece crescente. Um
exemplo disso é a transmissão de rádio em guarani exortando camponeses sem terra
a atacarem os brasileiros, incendiar suas casas ou mesmo invadir suas lojas –
acarretando que a imprensa do Brasil falasse inclusive em limpeza étnica.

Na carona de todo esse desrespeito e intolerância, os brasiguaios reclamam


da discriminação, inclusive contra seus filhos nas escolas locais, e da intimidação que
sofriam por parte das autoridades policiais e mesmo da imigração.

Por outro lado, além da questão de conflito étnico, também devemos


lembrar dos conflitos que envolvem a hidrelétrica Itaipu. A construção dessa
hidrelétrica teve como objetivo, além de aproveitar o alto potencial hidrelétrico da
área, pôr fim a um desentendimento histórico entre esses dois países. Se durante
muito tempo a posse da região do Salto de Sete Quedas era motivo de disputa, hoje
ela está coberta pelo lago da usina que serve aos dois países.

O Tratado de Itaipu estabelece que cada um dos contratantes – Brasil e


Paraguai – teria direito a 50% da energia produzida na usina. Como o Paraguai,
consome somente cerca de 5% do que é produzido pela usina, o restante fica
disponível para ser vendido ao Brasil, que fica, por sua vez, com 95% da energia.

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Todavia, pelo tratado de Itaipu, o Paraguai estaria obrigado a vender a


preço de custo toda a energia própria que não possa consumir, ou seja, mais de 90%
da geração total da hidroelétrica.

Esse ponto do tratado não deixava ao Paraguai a possibilidade de vender


sua energia excedente a terceiros países. Além disso, o acordo estabelece uma ínfima
“compensação pela cessão do direito de compra”, que não guarda nenhuma relação
com os preços de mercado. Assim, mesmo que o preço da energia esteja subindo,
devido à grande demanda, os valores somente se reajustam de acordo com a inflação
dos EUA.

Em 2009, houve uma renegociação nos termos do Tratado de Itaipu, por


meio da qual os presidentes chegaram ao acordo de que o Brasil deveria pagar um
preço mais justo pela energia vendida pelo Paraguai. Além disso, o Paraguai poderia
vender energia diretamente no mercado brasileiro, sem intermediação da Eletrobrás.
Outra reivindicação paraguaia foi a de poder vender a energia de Itaipu a terceiros
países, o que, segundo a declaração assinada pelos presidentes, será possível a partir
de 2023.

Em maio de 2011 o Senado aprovou a triplicação do valor pago pelo Brasil


ao Paraguai pela energia de Itaipu.

13) (CESPE / PF / 2009) Segundo o acordo, o Paraguai pode vender parte da


energia gerada por Itaipu diretamente no mercado de energia brasileiro.

COMENTÁRIOS

Essa questão esta correta, pois, como vimos acima, o acordo permite que o
Paraguai venda parte da energia gerada pela usina Itaipu e que não utiliza
internamente para o Brasil.

Gabarito: Certo

14) (FCC / Analista Legislativo / 2008)Um dos principais itens da plataforma


eleitoral de Fernando Lugo, ex-bispo católico eleito presidente da República
do Paraguai em abril de 2008, foi a revisão do Tratado de Itaipu, celebrado
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com o Brasil em 26 de abril de 1973.Entre outras cláusulas, o tratado prevê


que:

a) o Paraguai não receberá a compensação financeira dos royalties, pois seu território
não foi atingido pela construção da barragem.

b) a venda da energia produzida a partir do aproveitamento hidrelétrico referido no


tratado deve ser feita a preço de custo para países não signatários.

c) os signatários devem adquirir, conjunta ou separadamente, o total da energia


produzida a partir do aproveitamento hidrelétrico referido no tratado.

d) os limites territoriais estabelecidos entre os dois países podem ser revistos em


função da implantação de instalações destinadas à produção de energia elétrica e
obras auxiliares.

e) os países signatários têm o direito de vender a energia por eles não utilizada para
terceiros países.

COMENTÁRIOS

A letra A está errada. Tanto o Brasil como o Paraguai recebem royalties da


Itaipu Binacional em razão da exploração dos recursos hidrelétricos.

A letra B está errada. O Tratado de Itaipu não permite que o Paraguai


venda energia a terceiros países, o que é uma reivindicação do governo daquele país.

A letra C está correta. A energia produzida na usina hidrelétrica de Itaipu é


dividida meio-a-meio entre Paraguai e Brasil (50% para cada um). Dos 50% a que
tem direito o Paraguai, esse país somente consome 5%; os outros 45% são vendidos
ao Brasil. Pelos termos do tratado vigentes na data da prova, a energia de Itaipu não
pode ser vendida a terceiros países. Vimos que depois de 2023 isso mudará, certo?

A letra D está errada. Segundo o art.7º do Tratado de Itaipu, “As


instalações destinadas á produção de energia elétrica e as obras auxiliares não

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produzirão variação alguma nos limites entre os dois países, estabelecidos nos
Tratados vigentes.”

A letra E está errada. A energia de Itaipu não pode ser vendida a terceiros
países.

Gabarito: C

15) (CESPE/IRB / 2010 – com adaptações)O Brasil considera prioritários a


estabilidade política e o fortalecimento institucional da integração na
América do Sul. Acerca desse assunto, julgue C ou E.

I - ( ) Após a aprovação, pelo Senado Federal, em dezembro de 2009, do protocolo


de adesão da Venezuela ao MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do
Paraguai para que o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira seja
concluído, ratificação essa que tende a ser facilitada pelo fato de o Paraguai fazer
parte da chamada aliança bolivariana, dado o perfil político de esquerda do Presidente
Fernando Lugo.

II - ( ) O Estado Plurinacional da Bolívia, novo nome oficial da Bolívia, constitui o


reconhecimento do pluralismo étnico no país e da necessidade de sua afirmação por
meio de políticas públicas em matérias como educação e saúde, resultado da
valorização do patrimônio cultural tradicional indígena, uma das prioridades do
governo do presidente boliviano Evo Morales.

III - ( ) A polêmica questão da instalação de bases norte-americanas na Colômbia


tem sido discutida em reuniões do MERCOSUL, instância regional de escopo não
apenas econômico-comercial, mas também estratégico-militar.

IV - ( ) Tradicionalmente, os peronistas são favoráveis à integração da Argentina com


o Brasil, tema que constitui uma das prioridades de Estado na Argentina, mantendo
sua continuidade apesar das diferenças de ênfase e de estilo dos governos de Carlos
Menem, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner, presidentes que se
incluem na tradição peronista.

a) EEEE
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b) ECCE

c) CCEE

d) ECEC

e) CCCC

COMENTÁRIOS

I – Essa assertiva está errada, pois, apesar do presidente paraguaio ter subido ao
poder por meio de uma ampla coalizão da esquerda nacional, isso não facilita que o
Paraguai ratifique a entrada da Venezuela no MERCOSUL.

II – Estado Plurinacional da Bolívia foi o novo nome oficial dado ao país justamente
como forma de reconhecer o pluralismo étnico no país. Além disso, a valorização do
patrimônio cultural tradicional indígena é claramente uma das prioridades do governo
do presidente boliviano Evo Morales.

III – A questão da instalação de bases norte-americanas na Colômbia gerou polemica


apenas entre a Venezuela e a própria Colômbia que não pertencem ao MERCOSUL.
Além disso, o MERCOSUL não é uma organização internacional de cunho estratégico-
militar. Portanto a questão esta errada.

IV – Essa questão está corretíssima, pois os peronistas sempre se posicionaram de


forma favorável à integração da Argentina com o Brasil e teve continuidade nos
governos de Carlos Menem, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner,
presidentes que se incluem na tradição peronista.

Gabarito: D

16) (CESPE/Polícia Civil-DF/2009) Na queda-de-braço entre chavismo e oposição,


ambos os lados personalizam na figura do presidente sua discordância diametral sobre
os rumos que o país deve tomar. Por trás da figura do coronel pára-quedista
transformado em chefe de Estado está um projeto de contornos vagos, mas com um
sentido geral claro: socialismo bolivariano, uma mescla de estatismo distributivista

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com nacionalismo antiamericano. O empenho de Chávez em assegurar-se o direito de


renovar o mandato indefinidamente sugere insegurança: a revolução não teria pernas
para seguir em frente sem o líder. De maneira análoga, os opositores do projeto
chavista parecem ver no presidente um obstáculo cuja remoção seria indispensável
para reverter a marcha socializante.

Silvio Queiroz. Duelo de espelhos. In: Correio Braziliense, 15/2/2009, p. 18.

Esse texto foi publicado no dia do referendo realizado na Venezuela, a


respeito da possibilidade de reeleições sucessivas para os principais cargos
executivos do país, cujo resultado foi favorável ao presente Hugo Chávez.
Tomando-o apenas como referência inicial, assinale a alternativa correta.

(A) Maior produtor de petróleo do hemisfério ocidental, a Venezuela é grande


fornecedora daquele produto aos Estados Unidos. Portanto, as disputas diplomáticas
entre o ex-presidente George W. Bush e Hugo Chávez encontravam-se inseridas em
um quadro de fortes laços econômicos.

(B) A exemplo de Hugo Chávez, outros governos sulamericanos, como Evo Morales,
Rafael Correa e Michele Bachelet anunciaram que pretendem realizar, brevemente,
referendos com o objetivo de tentar estender sua permanência no poder.

(C) No ano de 2008, a Venezuela realizou, em áreas próximas ao seu litoral,


manobras navais conjuntas com a marinha da Rússia. Considerando-se que Rússia e
Estados Unidos tiveram alguns atritos em períodos recentes, como no caso da invasão
da Geórgia por tropas russas, é possível afirmar que as manobras militares estão
relacionadas ao “nacionalismo antiamericano” citado pelo jornalista.

(D) As excelentes relações diplomáticas que o governo Chávez sempre manteve com
a Colômbia contribuíram de maneira significativa para a intermediação venezuelana
no conflito Colômbia-FARC, resultando na libertação de diversos reféns.

(E) Tendo assumido o poder por meio de um golpe, o atual mandatário venezuelano
implementou um regime personalista e autoritário, lembrando velhos caudilhos que

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fizeram história na América Latina, como Getúlio Vargas, no Brasil, e Juan Domingo
Perón, na Argentina.

COMENTÁRIOS

A letra A está errada. Pessoal, essa é uma pegadinha que a gente cai fácil
se não prestar bastante atenção no que a assertiva diz! Venezuela e Canadá possuem
as maiores RESERVAS petrolíferas do hemisfério ocidental, entretanto, o maior
PRODUTOR de petróleo deste hemisfério são os EUA e por isso, apenas por isso, a
questão está incorreta.

A letra B está errada. É verdade que alguns governantes sul-americanos


adotaram posturas mais ousadas, seguindo a linha da Venezuela, como Evo Morales e
Rafael Correa, que modificaram a Constituição para, dentre outras coisas, permitir a
disputa da reeleição. Entretanto, Michele Bachelet optou por trilhar um caminho mais
moderado que o de seus colegas.

A letra C está correta. Desde o ano de 2008, a Venezuela vem estreitando


laços com a Rússia. Tanto que, no mesmo ano, em áreas próximas ao seu litoral,
manobras navais conjuntas com a marinha russa foram realizadas. Também é
verdadeiro afirmar que Rússia e Estados Unidos tiveram momentos de tensão e,
portanto, as manobras militares estão relacionadas ao desejo chavista de “provocar”
os EUA.

A letra D está errada. Não podemos dizer que as relações diplomáticas


entre a Colômbia e Venezuela sejam excelentes. Devido a declarações do
representante da Colômbia na OEA de que a Venezuela estaria apoiando as FARC, as
relações diplomáticas entre os dois países foram rompidas. Todavia, assim que o novo
presidente Juan Manuel Santos assumiu o poder na Colômbia, os laços diplomáticos
entre os dois países foram reatados.

A letra E está errada. Não foi por meio de golpe que Chávez assumiu o
poder, e sim de eleições em 1998.

Gabarito: C

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Agora, uma questão mais recente pra vocês verificarem o quanto o tema é
recorrente e continua sendo cobrado!

17) (IBFC / Oficial de Promotoria I – MP-SP / 2011) Sobre a manchete


“Senado revê acordo, e Paraguai ganhará mais por Itaipu”, publicada no
jornal Folha de São Paulo, do dia 12/05/2011, assinale a alternativa correta.

a) Diz respeito ao acordo bilateral, firmado entre Brasil e Paraguai, em que as


parcelas pagas pelo governo brasileiro pelo empréstimo concedido pelo Paraguai para
a construção da usina hidrelétrica de Itaipu.

b) Está relacionada à triplicação do valor pago pelo Brasil pela energia gerada pela
usina hidrelétrica de Itaipu e que não é utilizada pelo país vizinho.

c) Fala sobre a dívida que o Brasil tem com o Paraguai relacionada ao acordo entre os
dois países que estipulava que o Brasil consumiria toda a energia gerada pela usina,
sendo que, após a revisão do acordo, o Paraguai terá direito a 1/3 da energia gerada.

d) Trata da liberação concedida pelo governo brasileiro, para que o Paraguai possa
comercializar livremente o excedente energético gerado por Itaipu.

COMENTÁRIOS

A resposta correta é a letra B. O Senado aprovou triplicar o valor que o


Brasil paga ao Paraguai pela energia excedente produzida pela usina de Itaipu e não
usada pelo país visinho.

O Tratado de Itaipu determina, como vimos acima, que a energia gerada


pela usina binacional seja dividida em partes iguais entre os dois países, mas permite
a cada um dos lados comprar, ate 2023, a energia não usada pelo outro. Como o
Paraguai usa apenas 5% da energia gerada por Itaipu, vende a energia excedente ao
Brasil.

Quando o Brasil começou a pagar ao país visinho pela energia excedente


usava um fator de multiplicação do valor do megawatt-hora de 3,5, depois esse fator
passou para 5,1 e pelo novo acordo, aprovado pelo Senado, passará a usar o fator de
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15,3. Assim, o atual pagamento de U$ 120 milhões passa a ser de U$ 360 milhões por
ano.

Como foi uma usina construída com recursos dos dois países, a letra A
torna-se incorreta.

A letra C, igualmente, é errada ao afirmar que o Brasil poderia consumir


toda produção energética da usina, quando na verdade a produção é dividida em
partes iguais.

A alternativa D também está incorreta, porque, pelo acordo, a energia não


usada por uma das partes pode ser adquirida pelo outro lado e não comercializada
livremente.

Gabarito: B

___X___

2 – Política Externa Brasileira

Ao conjunto de objetivos políticos que um determinado país busca alcançar


nas suas relações com os demais estados do mundo, denominamos política externa.
Mas, afinal, quais são os objetivos do Brasil diante do mundo?

Bem, atualmente, todo o empenho do governo brasileiro tem girando em


torno de obter maior voz no cenário internacional, com vistas a tornar-se um membro
permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Isso garantiria ao Brasil
poder de veto nas decisões mais importantes no cenário mundial em onde este órgão
atua.

Além disso, o Brasil busca ampliar sua participação na discussão das


principais questões globais, como as mudanças climáticas, o desenvolvimento
sustentável, a Rodada Doha, e o combate à pobreza. Para isso, tem atuado de forma

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significativa nos mais importantes fóruns internacionais – ONU, OMC (Organização


Mundial do Comércio) e G20.

Seguindo, ainda, essa mesma estratégia, o Brasil tem como uma de suas
principais prioridades promover a integração na América do Sul, ainda que essa não
seja uma tarefa fácil.

Embora os governos dos países sul-americanos sejam,predominantemente,


de esquerda – o que favorece o ambiente político – há pensamentos econômicos
divergentes entre os países. De um lado, há aqueles que buscam acordos de livre
comércio com os EUA – Colômbia, Chile e Equador; e de outro os que têm uma visão
mais industrial e desenvolvimentista e buscam o comércio com seus vizinhos –
Argentina, Brasil e Venezuela.

Bem, o fato é que o Brasil ocupa uma posição privilegiada no cenário


mundial, pois apesar de ser um grande país em desenvolvimento ele está bem longe
dos principais pólos de poder mundial. Assim, ele adentrou ao novo cenário criado
pela globalização se utilizando dos recursos naturais que possui. Além disso, a
tecnologia do Brasil contribuiu para que sua agricultura empresarial se tornasse uma
das mais eficientes do mundo.

Com isso, o Brasil procura se transformar num personagem global e


reforçar a sua presença nas mais diversas organizações internacionais como ONU,
OMC, G8, G20 e todo tipo de Conferências sobre assuntos mundiais, como o clima,
por exemplo. Vamos às questões?

18) (CESPE/IRB / 2009) O Brasil restringe sua participação a missões


conduzidas em países em que não existam quaisquer interesses brasileiros
em questão.

COMENTÁRIOS

Essa questão está errada porque, ainda que o Brasil participe de muitas
missões em que não há interesses políticos ou econômicos envolvidos, sua
participação não se restringe apenas a esse tipo de missão!

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Gabarito: Errado

19) (CESPE/IRB-Bolsa / 2008) O Brasil tem historicamente uma política


externa com ênfase nos objetivos de paz, desenvolvimento e participação do
país nos grandes temas do mundo.

COMENTÁRIOS

Atualmente, o Brasil tem ganhado, cada vez mais, o reconhecimento


mundial sobre seus objetivos de paz. Tanto que no conflito entre Colômbia e
Venezuela, ele estava sendo cotado como o mais indicado para servir como mediador.
Portanto, a questão está correta.

Gabarito: Certo

20) (CESPE/IRB-Bolsa / 2008) A reforma das Nações Unidas, uma


necessidade conceitual e prática do momento atual, é área de pouco
interesse da política externa brasileira.

COMENTÁRIOS

Exatamente o contrário, não é pessoal? A grande “briga” do Brasil na ONU é


justamente pela reforma institucional dessa organização internacional, buscando
aumentar o numero de assentos permanentes no Conselho de Segurança, dando
espaço para países emergentes participarem com mais voz! A questão está errada.

Gabarito: Errado

21) (CESPE/IRB-Bolsa / 2008)Pobreza e assimetria internacional entre ricos


e pobres são temas de grande interesse do Brasil na sua contribuição
crescente à formulação de normas e regras internacionais.

COMENTÁRIOS

O governo brasileiro é um dos principais defensores da formulação de


políticas publicas que visam a diminuir a pobreza e as desigualdades sociais, seja em
âmbito nacional seja no internacional. Portanto, a questão está correta.
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Gabarito: Certo

22) (CESPE / IRB / 2009 – com adaptações) Uma das mais antigas
civilizações da humanidade, a China tornou-se comunista em 1949,
aproximou-se e afastou-se da URSS, conheceu momentos críticos e, a partir
da morte de Mao Zedong e da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980),
promoveu significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao entrar na
Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas que presidem a
economia global. A respeito da experiência chinesa, julgue (C ou E) os itens
abaixo e, em seguida, assinale a opção correta:

I – A experiência atualmente vivida pela China não difere, em seus aspectos


estruturais e definidores, daquela conduzida por Gorbachev na extinta URSS, ou seja,
faz-se a adequação entre a abertura econômica e a liberalização política do regime.

II – A presença de uma comitiva recorde, composta por mais de 400 empresários, que
acompanharam o presidente Lula em sua viagem à China, em 2004, aponta para o
interesse objetivo de estreitamento dos laços comerciais entre os dois países. Nesse
sentido, observa-se que, enquanto o Brasil é o principal exportador mundial de soja, a
China é a maior importadora desse produto.

III – A ação externa da China centra-se na conquista de mercados em todos os


continentes como forma de vencer a reduzida dimensão de seu mercado interno e
sustenta-se no incentivo às importações e na elevação de sua massa salarial.

IV – Diferentemente do que ocorria no auge da Guerra Fria, as relações entre China e


Taiwan apresentam-se, na atualidade, bem menos tensas, o que pode ser explicado
pelo pragmatismo que tem conduzido as ações de ambos os governos, sobretudo no
que se refere aos interesses econômicos.

a) FVVF

b) FVFV

c) VFFV
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d) FFVF

e) VFVF

COMENTÁRIOS

A primeira assertiva está errada. A liberdade econômica chinesa não


apresenta indícios de que será seguida pela política, como ocorreu na URSS. Isso
porque, ainda que pelas concepções ocidentais uma venha seguida da outra, o fato é
que os chineses nunca foram tão livres quanto hoje e enxergam no partido comunista
pós-1989 uma garantia dessa liberdade, ao invés de um obstáculo a ela.

A segunda assertiva está correta. O Brasil virou o maior exportador de


soja do planeta graças a produtores que bateram o recorde mundial de produtividade:
em nenhum outro lugar consegue-se tirar tantos grãos por hectare. Por sua vez, a
China é a grande consumidora mundial de grão e tem se tornado o principal alvo de
negócios de empresários do mundo inteiro, inclusive do Brasil. Além disso, os dois
principais destinos das exportações da soja brasileira são China e Espanha.

A terceira assertiva está errada. Isso porque, apesar da China objetivar a


conquista de mercados em todos os continentes, isso não tem ligação com a
dimensão de seu mercado interno. Após 20 anos de crescimento constante, aChina
multiplicou seu PIB, recebeu investimentos de todo o mundo e aumentou a massa
salarial, criando um poderoso mercado interno que demanda praticamente tudo.

A quarta assertiva está correta. As relações entre China e Taiwan são hoje
bem diferentes da Guerra Fria. Um exemplo disso foi o pacto comercial assinado entre
esses dois países para eliminação de tarifas, que beneficiará muitos produtos. Assim,
vemos os interesses econômicos conduzindo as ações de ambos os governos.

Gabarito: B

___X___

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2 – O Brasil e outras relações internacionais

2.1 – G20 (Maiores Economias)

O Grupo dos 20 é um grupo constituído por ministros da economia e


presidentes de bancos centrais dos 19 países de economias mais desenvolvidas do
mundo mais a União Europeia.

Pertencem a esse grupo Brasil, China, e África do Sul, dentre outros. Por
que citei esses países em especial? Bem, é preciso perceber que esse grupo agrega
países que estão mais ou menos no mesmo patamar de desenvolvimento. A partir
disso, podemos compreender com mais clareza os objetivos que o grupo possui.

Deste modo, a finalidade principal do G20 é reunir as mais importantes


economias do mundo (seja países desenvolvidos ou em desenvolvimento) para que
possam discutir questões fundamentais na economia global.

Com a cada vez maior participação dos países em desenvolvimento na


economia internacional, o G20 tem aumentado gradativamente sua importância como
fórum de discussões.

2.2 – G8 e Conselho de Segurança da ONU

Esse grupo é composto por quase todos os membros permanentes do


conselho de segurança da ONU (com exceção da China) mais Japão, Canadá, e Itália.
Ele funciona basicamente, como um foro informal de discussão de grandes temas da
política internacional como terrorismo, meio ambiente, energia etc.

Apesar de não fazer parte da composição do G-8, a diplomacia brasileira


estabeleceu como meta conquistar uma cadeira permanente no Conselho de
Segurança da ONU, juntamente com Alemanha, Japão e Índia. Entretanto, apesar da
reivindicação de que seja ampliado o grupo, com a inclusão dos principais economias
emergentes, a proposta enfrentou oposição de vários países.

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No entanto, o Brasil segue no caminho de conciliador e ganha, cada vez


mais, visibilidade mundial pelo seu sucesso diplomático, como no caso do Irã, vocês
estão lembrados?

Em 2010, o Brasil mediou um acordo firmado entre Turquia e Irã,


pelo qual o governo iraniano concordou em remeter à Turquia 1,2 mil quilos
de urânio a 3,5% e receber urânio enriquecido a 20% para ser usado em
reatores de energia. (IMPORTANTE!) A troca dessa quantidade de urânio com baixo
nível de enriquecimento por urânio já enriquecido representaria um primeiro passo na
solução de um antigo impasse entre esse país e a ONU.

Apesar do acordo, o Conselho de Segurança da ONU aprovou novas


sanções contra o Irã, mesmo sem a aprovação, ou o apoio, de Brasil e da Turquia,
que atualmente são membros temporários do Conselho de Segurança.

Além da questão nuclear, o Irã é acusado de dar apoio a grupos


fundamentalistas como o libanês Hezbollah e o palestino Hamas. O Irã se posiciona
totalmente contra Israel e influencia partidos xiitas no Iraque, contra quem impôs
uma das mais sangrentas guerras das últimas décadas.

Apesar disso, o grande impasse envolvendo o Irã nos últimos anos diz
respeito à denúncia de que o país planeja produzir armas nucleares secretamente. O
governo nega esse objetivo e mantém seu programa de enriquecimento de urânio sob
a justificativa de geração de energia.

Ao ser classificado por George W. Bush como pertencente ao eixo do mal, o


Irã passou a sofrer sanções econômicas impostas pela ONU há aproximadamente 4
anos. No entanto, essas sanções não tiveram ressonância e não modificaram em nada
a postura de Ahmadinejad, que não recuou nas atividades nucleares. Assim, essa
nação tornou-se uma das principais preocupações dos Estados Unidos e de outras
grandes potências que aspiravam algum interesse político ou econômico na região.

23) (CESPE/BB / 2007) O G8, que congrega os países mais ricos da


atualidade, aos quais se agrega a Rússia, não raro convida dirigentes de

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países considerados emergentes, como é o caso do Brasil, para participar de


seus encontros.

COMENTÁRIOS

Apesar de não ter poder de voto dentro do G8, muitos países emergentes,
como o Brasil, são convidados a participar dos encontros que, devido à informalidade,
lhes permitem inclusive se manifestar. Apesar disso, essas manifestações não tem
nenhum poder efetivo de mudança. Portanto, a questão está correta.

Gabarito: Certo

Vejamos como o tema foi tratado em 2011 e o quanto a banca explorou a


questão de comparar o posicionamento brasileiro em relação à sua política externa.

(CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011 – com adaptações) O Irã está


envolvido em polêmicas relacionadas ao uso de energia nuclear e à possibilidade de
uso dessa energia para a construção de uma bomba atômica. Com relação a essa
polêmica e aos desdobramentos por ela suscitados, julgue os próximos itens.

Julgue as questões 24 a 26 tendo o texto acima como referência.

24) Acompanhando a decisão norte-americana, o Brasil votou a favor de


sanções contra o Irã.

COMENTÁRIOS

Afirmativa errada. Essa questão tem tudo para confundir o candidato e


levá-lo a respondê-la incorretamente. No que se refere às sanções contra o Irã, o
Brasil votou contra a aplicação destas sanções. No entanto, em 2011, o Brasil votou a
favor de enviar relator da ONU para investigar o Irã a respeito de questões sobre
direitos humanos. Viram como é fácil confundir-se?!

Em junho de 2010, o Conselho de Segurança da ONU votou um pacote de


sanções contra o Irã por conta do projeto nuclear daquele país. Dos 15 votos, apenas
dois foram contrários ao pacote de sanções: Brasil e Turquia. E teve a abstenção do

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Líbano (vimos isso na explicação anterior). O pacote de sanções foi feito sob a
suspeita de que o país pretendia desenvolver armas atômicas. As resoluções
aprovadas giram em torno de restrições às operações de bancos iranianos no exterior,
justificadas pela suspeita destes bancos estarem envolvidos com programas nucleares
e bélicos no país. Além disso, houve endurecimento do embargo às armas no Irã e
controle sobre empresas iranianas suspeitas de também estarem envolvidas com o
programa nuclear.

Por outro lado, em março de 2011, a presidente Dilma votou a favor da


proposta norte-americana apresentada ao Conselho de Direitos Humanos das Nações
Unidas de enviar relatoria especial para investigar o Irã sobre questões de violação
dos direitos humanos. Essa foi uma mudança de posicionamento do Brasil em
relação ao país, pois até então ou o Brasil se abstinha de votar ou, como foi o
caso de 2010, votava contra as propostas restritivas e/ou punitivas ao Irã.

Deste modo, quando a afirmativa diz que o Brasil votou a favor das sanções
contra o Irã, ela torna-se incorreta. E ainda permite que os candidatos se confundam,
pois existe o voto favorável que foi dado pelo Brasil em 2011.

Gabarito: Errado

25) Em junho de 2010, o Conselho de Segurança da Organização das Nações


Unidas aprovou novas sanções ao Irã.

COMENTÁRIOS

Afirmativa correta. Como foi dito no comentário da questão anterior, o


Conselho de Segurança da ONU aprovou o pacote de sanções ao Irã, mesmo tendo
uma abstenção: Líbano, e dois votos contra: Brasil e Turquia.

Gabarito: Certo

26) Brasil e Turquia selaram acordo com o Irã, mediante o qual este país se
comprometeu a enviar urânio em troca de combustível enriquecido para uso
em aplicações de natureza pacífica.

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COMENTÁRIOS

Afirmativa correta. Esse acordo foi firmado no dia 17 de maio de 2010.


Estiveram presentes os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad
(do Irã) e o primeiro ministro turco, Tayyip Erdogan. Nessa ocasião foi fechado o
acordo que garantia o envio de urânio levemente enriquecido do Irã para a Turquia e
o retorno do material nuclear para ser usado em reator de pesquisa médicas
iranianas. Portanto, a afirmativa está correta.

Gabarito: Certo

___X___

2.3 – BRIC’s - O Brasil no sistema internacional

A expressão BRIC’s se refere as cinco grandes potências emergentes do


mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com a perspectiva de desbancar,
até 2050, o poderio econômico de EUA, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França e
Itália, os BRIC’s geraram alguns mitos em torno de si.

Embora todos os países que pertencem a esse “seleto” grupo venham


apresentando taxas de crescimento maiores que a média mundial, ainda há muito que
ser feito. Com exceção do Brasil, que teve um crescimento médio anual de apenas
2,5% nos últimos 25 anos, os três demais países contam com a média de 6,5%, o que
lhes tem dado um importante diferencial.

No entanto, essa é apenas uma entre as muitas diferenças encontradas


entre os países que pertencem a esse grupo que exibem estruturas econômicas muito
diferente umas das outras.

A China, por exemplo, é um grande exportador de manufaturados, ao passo


que a Índia se insere na economia internacional por meio de serviços especializados
no setor de tecnologia da informação. Por outro lado, a Rússia se destaca no
fornecimento de combustíveis fósseis e matérias primas minerais, enquanto o Brasil
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desponta como potência agrícola e dos biocombustíveis. Já no continente africano, a


África do Sul ocupa um dos poucos lugares de país com economia diversificada,
ocupando, atualmente, a condição de país mais rico e industrializado daquele
continente.

Em abril de 2010, os principais países emergentes do mundo encontraram


pouca coisa sobre as quais concordar durante sua cúpula anual, no Brasil. Todavia,
um importante acerto foi defender mais influência nas instituições financeiras globais,
estabelecendo prazos para as reformas desejadas. O tom do pedido só vem evidenciar
a coesão desses países como grupo que, gradualmente, vem ganhando forças no
cenário mundial. Agora, questões sobre o tema.

27) (CESPE/IRB / 2009) O grupo informal de países denominado BRIC


(Brasil, Rússia, Índia e China), embora citado em análises e estudos
econômicos, ainda não propôs ações conjuntas nem promoveu encontro dos
quatro países integrantes, agrupados sob sigla criada por economistas de um
banco de investimentos internacional.

COMENTÁRIOS

Essa questão está errada, principalmente por afirmar que eles não
promovem encontros entre si e nem sugerem ações conjuntas. Um exemplo disso
vimos, ainda nessa aula, quando, ao se reunirem aqui no Brasil, propuseram
mudanças nas políticas financeiras do Banco Mundial. Portanto, a questão está errada.

Gabarito: Errado

28) (FMP / Auditor Público Externo – TCE-RS / 2011) Economistas e


analistas de mercado criaram o termo “BRICS” para se referir a alguns países
que se destacaram no cenário mundial pelo rápido crescimento das suas
economias em desenvolvimento. Os países que compõe esta expressão são:

(A) Brasil, Rússia, Indonésia, China e Coréia do Sul.

(B) Bulgária, Reino Unido, Índia e Coréia do Sul.

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(C) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

(D) Brasil, Rússia, Índia e Colômbia e África do Sul.

(E) Brasil, República da China, Indonésia, Chile e Coréia do Sul.

COMENTÁRIOS

A resposta correta é a letra C (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Originalmente os países fundadores do “BRIC” eram Brasil, Rússia, Índia e


China, mas, em abril de 2011, com a admissão da África do Sul ao grupo,
acrescentou-se o “S”. Como dito no enunciado da questão este grupo engloba países
que estão em um estágio similar de desenvolvimento econômico, sendo países
emergentes.

Não se pode dizer que esses países formam um bloco econômico, como é o
caso da UE (União Europeia), mas há uma tendência à formação de alianças, com o
objetivo de fortalecer as respectivas economias e aumentar a influência geopolítica do
grupo. Por exemplo, em setembro de 2011, os ministros de finanças do Brics
reiteraram a preocupação dos países membros em ajudar na resolução da crise
econômica que assola o mundo, principalmente a Europa. Nesta mesma ocasião,
foram reforçados os objetivos do Brics de conseguir maior espaço de influência nas
decisões do FMI e outros órgãos internacionais.

Gabarito: C

___X___

É isso, pessoal, hoje ficamos por aqui! Semana que vem nossa aula será
sobre Conflitos geopolíticos e Conflitos étnicos!!! Tenham uma excelente semana e
bons estudos!

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LISTA DE EXERCICIOS

1) (CESPE/TRT-17ª Região / 2009) Na Argentina, país vizinho e membro do


MERCOSUL, aplicou-se recentemente o expediente protecionista na compra
de produtos brasileiros, sob alegação fundamentada no atual contexto de
crise.

2) (FCC/Escriturário-Banco do Brasil/2011) Os exportadores brasileiros de


geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupa voltaram a enfrentar barreiras
no mercado (...). Conforme o “Estado” apurou, 35 caminhões estão parados
nos depósitos alfandegários à espera de autorização para circular no país.

(O Estado de S. Paulo, 13/05/2011, p. B3)

O texto acima destaca uma nova crise comercial provocada pelo


protecionismo comercial

(A) do Paraguai.

(B) da Venezuela.

(C) do Peru.

(D) da Bolívia.

(E) da Argentina.

(CESPE/ABIN / 2008)“A Bolívia radicalizou a tese da volubilidade do Estado


nacional até o início do século XXI, afastando-se ela mesma da média de
recomposição institucional dos demais países da América do Sul. Os fatos bolivianos
que assustam o brasileiro médio nesses dias e as preocupações naturais ante a
iminência do corte de suprimento de gás ou dos riscos de uma guerra civil na fronteira
porosa, seca e imensa que o Brasil compartilha com aquele país expõem as
dificuldades que permanecem para a formação de instituições do Estado moderno de
direito do outro lado da fronteira.”

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José Flávio Sombra Saraiva. Duas nações e um Estado imperfeito. In: Correio
Braziliense, 13/9/2008, p. 23 (com adaptações).

Tomando o texto acima como referência inicial, julgue os itens, relativos à


instabilidade política na Bolívia, suas raízes históricas e seus
desdobramentos recentes, bem como suas consequências para o processo de
integração em curso na América do Sul.

3) A Bolívia, apesar de isolada no contexto sul-americano, vem buscando


desenvolver um sistema de alianças extracontinentais seguras com parceiros
internacionais confiáveis e apreciados por todas as lideranças políticas da
UNASUL.

4) A ausência de uma saída para o mar — a Bolívia localiza-se entre os Andes


e o mundo platino-brasileiro —, elites esgarçadas e uma economia em franca
retração são fatores que justificam o conjunto de dificuldades que a Bolívia
vem enfrentando desde 2003.

5) A doutrina da não-intervenção, tradicional na formulação jurídica de


Estados novos e revivida na América do Sul, focada na manutenção das
soberanias políticas dos Estados nacionais, se traduz, na crise boliviana, no
alheamento dos Estados responsáveis pelo avanço de proposições voltadas
para o diálogo e no esforço de estabilidade do país mais central da América
do Sul.

6) A dicotomia entre as elites economicamente poderosas do oriente


boliviano e o governo central dos Andes pauperizado, quase artificial e
inventada pelas próprias elites, não reflete plenamente a realidade boliviana,
com baixos níveis de cidadania em todo o território e com migrações internas
e intensas nos níveis de baixa escolaridade e elevada pobreza.

7) O Brasil, que tem demonstrado baixa capacidade de suprimento


energético interno, depende da Bolívia para abastecimento de todo o gás que
consome.

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8) (CESPE / ANTAQ / 2009)A crescente importância do Brasil e da Venezuela


no cenário sulamericano, inclusive no que se refere à mediação entre partes
em crises regionais, emana da modernização econômica, da tranqüilidade
política e da projeção internacional de que gozam os dois países, em igual
proporção e legitimidade internacional.

9) (CESPE/ANTAQ / 2009)Na atualidade, os países latino-americanos que


melhor se relacionam com os EUA são Cuba e Venezuela.

10) (CESPE/INMETRO / 2009) Na atualidade, governos como os da


Venezuela, Bolívia e Equador defendem posições políticas assemelhadas,
algumas delas claramente convergentes, e tendem a prestar apoio e
solidariedade ao regime cubano.

11) (CESPE / ABIN/2008) O Brasil considera oficialmente como terroristas


os grupos guerrilheiros das FARC, na Bolívia.

12) (CESPE / SNJ / 2005)Os indiscutíveis êxitos obtidos pelo Plano


Colômbia, idealizado e financiado pelos Estados Unidos da América (EUA),
explicam a sensível redução da entrada e do consumo de drogas ilícitas no
território norte-americano.

13) (CESPE / PF / 2009) Segundo o acordo, o Paraguai pode vender parte da


energia gerada por Itaipu diretamente no mercado de energia brasileiro.

14) (FCC / Analista Legislativo / 2008)Um dos principais itens da plataforma


eleitoral de Fernando Lugo, ex-bispo católico eleito presidente da República
do Paraguai em abril de 2008, foi a revisão do Tratado de Itaipu, celebrado
com o Brasil em 26 de abril de 1973.Entre outras cláusulas, o tratado prevê
que:

a) o Paraguai não receberá a compensação financeira dos royalties, pois seu território
não foi atingido pela construção da barragem.

b) a venda da energia produzida a partir do aproveitamento hidrelétrico referido no


tratado deve ser feita a preço de custo para países não signatários.
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c) os signatários devem adquirir, conjunta ou separadamente, o total da energia


produzida a partir do aproveitamento hidrelétrico referido no tratado.

d) os limites territoriais estabelecidos entre os dois países podem ser revistos em


função da implantação de instalações destinadas à produção de energia elétrica e
obras auxiliares.

e) os países signatários têm o direito de vender a energia por eles não utilizada para
terceiros países.

15) (CESPE/IRB / 2010 – com adaptações)O Brasil considera prioritários a


estabilidade política e o fortalecimento institucional da integração na
América do Sul. Acerca desse assunto, julgue C ou E.

I - ( ) Após a aprovação, pelo Senado Federal, em dezembro de 2009, do protocolo


de adesão da Venezuela ao MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do
Paraguai para que o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira seja
concluído, ratificação essa que tende a ser facilitada pelo fato de o Paraguai fazer
parte da chamada aliança bolivariana, dado o perfil político de esquerda do Presidente
Fernando Lugo.

II - ( ) O Estado Plurinacional da Bolívia, novo nome oficial da Bolívia, constitui o


reconhecimento do pluralismo étnico no país e da necessidade de sua afirmação por
meio de políticas públicas em matérias como educação e saúde, resultado da
valorização do patrimônio cultural tradicional indígena, uma das prioridades do
governo do presidente boliviano Evo Morales.

III - ( ) A polêmica questão da instalação de bases norte-americanas na Colômbia


tem sido discutida em reuniões do MERCOSUL, instância regional de escopo não
apenas econômico-comercial, mas também estratégico-militar.

IV - ( ) Tradicionalmente, os peronistas são favoráveis à integração da Argentina com


o Brasil, tema que constitui uma das prioridades de Estado na Argentina, mantendo
sua continuidade apesar das diferenças de ênfase e de estilo dos governos de Carlos

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Menem, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner, presidentes que se


incluem na tradição peronista.

a) EEEE

b) ECCE

c) CCEE

d) ECEC

e) CCCC

16) (CESPE/Polícia Civil-DF/2009) Na queda-de-braço entre chavismo e oposição,


ambos os lados personalizam na figura do presidente sua discordância diametral sobre
os rumos que o país deve tomar. Por trás da figura do coronel pára-quedista
transformado em chefe de Estado está um projeto de contornos vagos, mas com um
sentido geral claro: socialismo bolivariano, uma mescla de estatismo distributivista
com nacionalismo antiamericano. O empenho de Chávez em assegurar-se o direito de
renovar o mandato indefinidamente sugere insegurança: a revolução não teria pernas
para seguir em frente sem o líder. De maneira análoga, os opositores do projeto
chavista parecem ver no presidente um obstáculo cuja remoção seria indispensável
para reverter a marcha socializante.

Silvio Queiroz. Duelo de espelhos. In: Correio Braziliense, 15/2/2009, p. 18.

Esse texto foi publicado no dia do referendo realizado na Venezuela, a


respeito da possibilidade de reeleições sucessivas para os principais cargos
executivos do país, cujo resultado foi favorável ao presente Hugo Chávez.
Tomando-o apenas como referência inicial, assinale a alternativa correta.

(A) Maior produtor de petróleo do hemisfério ocidental, a Venezuela é grande


fornecedora daquele produto aos Estados Unidos. Portanto, as disputas diplomáticas
entre o ex-presidente George W. Bush e Hugo Chávez encontravam-se inseridas em
um quadro de fortes laços econômicos.

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(B) A exemplo de Hugo Chávez, outros governos sulamericanos, como Evo Morales,
Rafael Correa e Michele Bachelet anunciaram que pretendem realizar, brevemente,
referendos com o objetivo de tentar estender sua permanência no poder.

(C) No ano de 2008, a Venezuela realizou, em áreas próximas ao seu litoral,


manobras navais conjuntas com a marinha da Rússia. Considerando-se que Rússia e
Estados Unidos tiveram alguns atritos em períodos recentes, como no caso da invasão
da Geórgia por tropas russas, é possível afirmar que as manobras militares estão
relacionadas ao “nacionalismo antiamericano” citado pelo jornalista.

(D) As excelentes relações diplomáticas que o governo Chávez sempre manteve com
a Colômbia contribuíram de maneira significativa para a intermediação venezuelana
no conflito Colômbia-FARC, resultando na libertação de diversos reféns.

(E) Tendo assumido o poder por meio de um golpe, o atual mandatário venezuelano
implementou um regime personalista e autoritário, lembrando velhos caudilhos que
fizeram história na América Latina, como Getúlio Vargas, no Brasil, e Juan Domingo
Perón, na Argentina.

17) (IBFC / Oficial de Promotoria I – MP-SP / 2011) Sobre a manchete


“Senado revê acordo, e Paraguai ganhará mais por Itaipu”, publicada no
jornal Folha de São Paulo, do dia 12/05/2011, assinale a alternativa correta.

a) Diz respeito ao acordo bilateral, firmado entre Brasil e Paraguai, em que as


parcelas pagas pelo governo brasileiro pelo empréstimo concedido pelo Paraguai para
a construção da usina hidrelétrica de Itaipu.

b) Está relacionada à triplicação do valor pago pelo Brasil pela energia gerada pela
usina hidrelétrica de Itaipu e que não é utilizada pelo país vizinho.

c) Fala sobre a dívida que o Brasil tem com o Paraguai relacionada ao acordo entre os
dois países que estipulava que o Brasil consumiria toda a energia gerada pela usina,
sendo que, após a revisão do acordo, o Paraguai terá direito a 1/3 da energia gerada.

d) Trata da liberação concedida pelo governo brasileiro, para que o Paraguai possa
comercializar livremente o excedente energético gerado por Itaipu.
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18) (CESPE/IRB / 2009) O Brasil restringe sua participação a missões


conduzidas em países em que não existam quaisquer interesses brasileiros
em questão.

19) (CESPE/IRB-Bolsa / 2008) O Brasil tem historicamente uma política


externa com ênfase nos objetivos de paz, desenvolvimento e participação do
país nos grandes temas do mundo.

20) (CESPE/IRB-Bolsa / 2008) A reforma das Nações Unidas, uma


necessidade conceitual e prática do momento atual, é área de pouco
interesse da política externa brasileira.

21) (CESPE/IRB-Bolsa / 2008)Pobreza e assimetria internacional entre ricos


e pobres são temas de grande interesse do Brasil na sua contribuição
crescente à formulação de normas e regras internacionais.

22) (CESPE / IRB / 2009 – com adaptações) Uma das mais antigas
civilizações da humanidade, a China tornou-se comunista em 1949,
aproximou-se e afastou-se da URSS, conheceu momentos críticos e, a partir
da morte de Mao Zedong e da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980),
promoveu significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao entrar na
Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas que presidem a
economia global. A respeito da experiência chinesa, julgue (C ou E) os itens
abaixo e, em seguida, assinale a opção correta:

I – A experiência atualmente vivida pela China não difere, em seus aspectos


estruturais e definidores, daquela conduzida por Gorbachev na extinta URSS, ou seja,
faz-se a adequação entre a abertura econômica e a liberalização política do regime.

II – A presença de uma comitiva recorde, composta por mais de 400 empresários, que
acompanharam o presidente Lula em sua viagem à China, em 2004, aponta para o
interesse objetivo de estreitamento dos laços comerciais entre os dois países. Nesse
sentido, observa-se que, enquanto o Brasil é o principal exportador mundial de soja, a
China é a maior importadora desse produto.

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III – A ação externa da China centra-se na conquista de mercados em todos os


continentes como forma de vencer a reduzida dimensão de seu mercado interno e
sustenta-se no incentivo às importações e na elevação de sua massa salarial.

IV – Diferentemente do que ocorria no auge da Guerra Fria, as relações entre China e


Taiwan apresentam-se, na atualidade, bem menos tensas, o que pode ser explicado
pelo pragmatismo que tem conduzido as ações de ambos os governos, sobretudo no
que se refere aos interesses econômicos.

a) FVVF

b) FVFV

c) VFFV

d) FFVF

e) VFVF

23) (CESPE/BB / 2007) O G8, que congrega os países mais ricos da


atualidade, aos quais se agrega a Rússia, não raro convida dirigentes de
países considerados emergentes, como é o caso do Brasil, para participar de
seus encontros.

(CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011 – com adaptações) O Irã está


envolvido em polêmicas relacionadas ao uso de energia nuclear e à possibilidade de
uso dessa energia para a construção de uma bomba atômica. Com relação a essa
polêmica e aos desdobramentos por ela suscitados, julgue os próximos itens.

Julgue as questões 24 a 26 tendo o texto acima como referência.

24) Acompanhando a decisão norte-americana, o Brasil votou a favor de


sanções contra o Irã.

25) Em junho de 2010, o Conselho de Segurança da Organização das Nações


Unidas aprovou novas sanções ao Irã.

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26) Brasil e Turquia selaram acordo com o Irã, mediante o qual este país se
comprometeu a enviar urânio em troca de combustível enriquecido para uso
em aplicações de natureza pacífica.

27) (CESPE/IRB / 2009) O grupo informal de países denominado BRIC


(Brasil, Rússia, Índia e China), embora citado em análises e estudos
econômicos, ainda não propôs ações conjuntas nem promoveu encontro dos
quatro países integrantes, agrupados sob sigla criada por economistas de um
banco de investimentos internacional.

28) (FMP / Auditor Público Externo – TCE-RS / 2011) Economistas e


analistas de mercado criaram o termo “BRICS” para se referir a alguns países
que se destacaram no cenário mundial pelo rápido crescimento das suas
economias em desenvolvimento. Os países que compõe esta expressão são:

(A) Brasil, Rússia, Indonésia, China e Coréia do Sul.

(B) Bulgária, Reino Unido, Índia e Coréia do Sul.

(C) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

(D) Brasil, Rússia, Índia e Colômbia e África do Sul.

(E) Brasil, República da China, Indonésia, Chile e Coréia do Sul.

Gabarito:

1 CERTO 11 ERRADO 21 CERTO


2 E 12 ERRADO 22 B
3 ERRADO 13 CERTO 23 CERTO
4 ERRADO 14 C 24 ERRADO
5 ANULADA 15 D 25 CERTO
6 CERTO 16 C 26 CERTO
7 ERRADO 17 B 27 ERRADO
8 ERRADO 18 ERRADO 28 C
9 ERRADO 19 CERTO
10 CERTO 20 ERRADO

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BIBLIOGRAFIA

Artigos disponíveis em <http://www.sep.org.br/artigo> Acessado em


18/03/2010

GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e Ciência Social.


Rio de Janeiro: Zahar, 1996.

GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea. São Paulo: Atlas,


2009.

MAGNOLI, Demétrio. Geografia para ensino Médio. São Paulo: Atual, 2008.

ROSS, Jurandir Sanches (org). Geografia do Brasil. - 6ª- edição - São Paulo:
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SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2008.

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países subdesenvolvidos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e território


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