htm 1993
Nessa perspectiva, os desafios que temos a enfrentar são inúmeros e toda e qualquer
investida no sentido de se ministrar um ensino especializado no aluno depende de se
ultrapassar as condições atuais de estruturação do ensino escolar para deficientes. Em
outras palavras, depende da fusão do ensino regular com o especial.
Ora, fusão não é junção, justaposição, agregação de uma modalidade à outra. Fundir
significa incorporar elementos distintos para se criar uma nova estrutura, na qual
desaparecem os elementos iniciais, tal qual eles são originariamente. Assim sendo,
instalar uma classe especial em uma escola regular nada mais é do que uma justaposição
de recursos, assim como o são outros, que se dispõem do mesmo modo.
Considerações finais
De certo que a inclusão se concilia com uma educação para todos e com um ensino
especializado no aluno, mas não se consegue implantar uma opção de inserção tão
revolucionária sem enfrentar um desafio ainda maior : o que recai sobre o fator humano.
Os recursos físicos e os meios materiais para a efetivação de um processo escolar de
qualidade cedem sua prioridade ao desenvolvimento de novas atitudes e formas de
interação, na escola, exigindo mudanças no relacionamento pessoal e social e na
maneira de se efetivar os processos de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, a
formação do pessoal envolvido com a educação é de fundamental importância, assim
como a assistência às famílias, enfim, uma sustentação aos que estarão diretamente
implicados com as mudanças é condição necessária para que estas não sejam impostas,
mas imponham-se como resultado de uma consciência cada vez mais evoluída de
educação e de desenvolvimento humano.
Referências bibliográficas
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