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A resposta está em um conjunto de causas principais, que podem ser agrupadas em:
1. Falta de integração entre os setores da construtora.
2. Não utilização de metodologia de gerenciamento de projetos.
3. Não utilização de metodologia de planejamento e controle de obras.
4. Não utilização de ferramentas apropriadas de planejamento e controle de obras.
6 passos para implantar um planejamento e controle de obras em construtoras - Rosaldo de Jesus Nocêra | 2
1. A FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS SETORES DA CONSTRUTORA
Uma das principais causas de atrasos e prejuízos é, sem dúvida, a falta de
integração entre os setores da construtora.
Ao fundar uma construtora os proprietários esperam obter LUCRO. Esse é o motivo pelo qual as pessoas abrem
empresas com fins lucrativos! E, com certeza, imaginaram todos os departamentos e colaboradores da empresa
trabalhando em função do objetivo principal: o lucro. Visualizaram, ainda, todos atuando de forma integrada,
com cada pessoa ciente de que também é responsável pelo lucro da empresa. Contudo, com o passar dos anos
e as mudanças que ocorrem nas organizações, os departamentos e setores tornam-se cada vez mais individu-
ais, como se fossem responsáveis unicamente por aquilo que produzem - mesmo que o resultado não atenda
ao objetivo principal da empresa, o lucro.
E aí vemos:
• O setor de orçamentos fazendo individualmente os orçamentos e propostas, e não mais participando do
projeto.
• O setor comercial dando descontos e reduzindo prazos, mesmo sem saber exatamente se isso ainda vai
permitir a obtenção do lucro esperado pela empresa.
• O planejamento (quando existe esse setor) elaborando o cronograma sem consultar o pessoal de execução
e muitas vezes sem mesmo fazer uma visita ao local de projeto.
• O pessoal de execução não aceitando o que foi planejado e adotando a filosofia de “tocador de obra”, sem
metodologia, sem planejamento, sem controle e, muitas vezes... SEM LUCRO!
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3ª. O setor de execução
• Recebe o cronograma, discorda do que foi feito e resolve fazer a obra ao seu modo.
• Constata que tem pouco tempo para “estudar” a obra, elaborar um cronograma detalhado e prever as
necessidades de mão de obra, de equipamentos e de materiais. E também sem implantar o sistema de
controle, causando ociosidade ou falta de mão de obra e equipamentos, bem como falta ou sobras de
materiais.
• O engenheiro da obra torna-se um “cobrador de recursos” junto aos departamentos de compras, de
contratações, de recursos humanos e aos subcontratados.
• Não retroalimenta o setor de orçamentos dos desvios ocorridos no projeto.
4ª. O setor de orçamentos
• Continua utilizando as mesmas composições de custos;
• Não consegue mensurar quais atividades deram lucro ou prejuízo;
• Não consegue identificar quais composições de custos devem ter seu custo majorado ou reduzido;
• E recebe novos pedidos de orçamento... O círculo vicioso continua - até quando a empresa aguentar!
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Neste caso especificamente, observa-se a ausência de cronograma
ou a existência de cronograma não realista:
• Sem retratar fielmente o escopo do projeto.
• Sem considerar estimativas de recursos e produtividade de mão de obra em projetos anteriores (lições
aprendidas).
• Sem considerar estimativas de prazos e prazos reais em projetos anteriores (lições aprendidas).
• Sem considerar prazos de fornecimentos dos insumos (históricos de fornecimentos).
• Sem considerar as condições do local da obra: disponibilidade de mão de obra, de materiais, de empresas
especializadas para subcontratação, condições do terreno, necessidades específicas, condições gerais da
região, etc.
• Sem considerar riscos (atrasos devidos às condições climáticas, atrasos devidos aos fornecedores, etc.).
• Sem considerar prazos de transporte de materiais e equipamentos.
• Sem ter a visão clara de quantas pessoas e quando serão necessárias para atender o projeto.
• Sem ter a visão clara do que comprar e quando comprar para atender o projeto.
E, depois de iniciada a obra, sem respostas para:
• Estamos atrasados ou adiantados com relação ao prazo final previsto?
• O que devemos fazer para recuperar os atrasos? Em quais atividades devemos propor ações corretivas?
• Quanto custarão as ações corretivas para recuperação de prazos?
• Qual é o desvio com relação aos custos previstos?
• O que devemos fazer para voltar à linha de base de custos?
• Quais as lições aprendidas do projeto?
Na verdade, NÃO SE TEM O CONTROLE DA OBRA!
A realidade da obra é caracterizada por:
• Contratações emergências de mão de obra e/ou equipamentos.
• Compras emergenciais de insumos.
• Prazos dilatados.
Tudo isso gerando:
• Aumento dos custos.
• Redução dos lucros e até o prejuízo!
E ainda, em termos corporativos, observa-se que:
Não se tem a visão conjunta de todos os projetos da organização, gerando:
• Compras de materiais isoladas para cada projeto;
• Contratações de serviços e equipamentos isoladas para cada projeto;
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• Contratações de mão de obra isoladas para cada projeto.
Causando:
• A falta de planejamento a médio prazo;
• A redução do poder de negociação com fornecedores e fabricantes.
Apesar de não existir uma metodologia padronizada e planejamento e controle de obras e, para cada empresa e
para cada projeto ela ter que ser definida e adaptada, existem conceitos, técnicas e boas práticas que auxiliam
a implantação dessa metodologia.
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6 PASSOS ESSENCIAIS PARA IMPLANTAR
O PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS
EM CONSTRUTORAS
4. Projeto-Piloto
- Adequação das metodologias GP e PCO
- Implantação do PCO
- Monitoramento contínuo
- Lições aprendidas
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• Definição da metodologia de gerenciamento de projetos.
• Definição da metodologia de planejamento e controle de obras.
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DEFINIÇÃO DE BASES PARA O PLANEJAMENTO E
CONTROLE DE OBRAS INTEGRADO
No livro Planejamento e Controle de Obras com o MS-Project 2016 para Construtoras, Rosaldo de Jesus Nocêra
apresenta uma proposta para o desenvolvimento em construtora de um sistema de planejamento e controle de
obras de forma a integrar todos os setores envolvidos e obter o comprometimento desses com os resultados
dos projetos. Obviamente, a proposta deve ser adequada a cada empresa, de acordo com a estrutura funcional,
tamanho da empresa e dos projetos, sistemas de controle utilizados e outros fatores.
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Observação 1: neste caso, foi considerada que a empresa foi a vencedora da concorrência.
Observação 2: no pôster citado, foi considerada a hipótese da empresa não ter sido a vencedora da concorrência.
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1.4.4 FASE DE ENCERRAMENTO
ÁREA / SETOR AÇÕES
Orçamentos / Planejamento / • Revisão das composições de custos unitários
Execução / Controle • Relatório de desempenho técnico final
• Lições aprendidas gerais
Departamento Financeiro / • Relatório de desempenho financeiro final
Contabilidade
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Conheça também
Curso de Planejamento e Controle de Obras
com MS-Project 2016
Este curso, ministrado por Rosaldo de Jesus Nocêra, vai deixá-lo apto a elaborar o Planejamento
e Controle de Obras utilizando o software MS-Project 2016 desde a criação da lista de atividades,
a atribuição dos recursos e custos, a atualização do progresso das atividades, a comparação do
planejado x real até emissão de relatórios finais de controle.
Competências desenvolvidas após o treinamento:
• Você vai conhecer todos os passos para a correta execução do cronograma
• Acompanhar o progresso físico e de custos do projeto através das técnicas de atualização
do andamento das atividades
• Reconhecer os desvios de prazos e de custos e propor ações corretivas e preventivas para
a retomada à linha de base do planejamento
• Emitir relatórios gerenciais e detalhados, visando o atendimento aos requisitos das partes
interessadas no projeto
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Autor de mais de 20 livros dos temas Planejamento e Controle de Obras e Gerenciamento de Projetos,
vários dos quais adotados pelo ensino acadêmico, Rosaldo de Jesus Nocêra atua há mais de 20 anos na
área de gerenciamento de projetos.
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