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REVISÃO - OAB - PB

1. RECURSOS

Atacar uma decisão do juiz ou do tribunal - para obter uma decisão judicial diferente.

A apelação, o ROC, o RE e REsp são endereçados para dois órgãos jurisdicionais diferentes.

Sendo recurso de duas penas, temos que nos perguntar para quem vai ser endereçada a
primeira petição e o que vai ser pedido em cada um.

Na primeira instância só há dois tipos de decisões - interlocutora e sentença. Já no tribunal é


acórdão.

- Primeira instância

ED: cabível em razão do vício da decisão - tem que dizer que é contraditória, omissa, obscura.
Prazo de cinco dias. Ex: anulatória dizendo que não há fato gerador e que a matéria caducou - o
juiz na sentença indefere a anulatória por entender que existe fato gerador e não fala da
decadência.

AI: vai ser em razão da decisão interlocutória. O agravo é diretamente para o tribunal. Na vida
real, se não é urgente, transforma-se em retido. Pode ser endereçado para p TJ ou TRF. Há um
único caso que agrava para o STJ (estado estrangeiro, organismo internacional x município). 10
dias.

APELAÇÃO - em regra da sentença vai ser apelação (julgada a causa). Trata-se de um recurso de
duas petições: uma para o juiz de piso e outra para o tribunal e quem julga são os
desembargadores. Mas há três exceções: a) sentença proferida na causa internacional (ROC para
o STJ); b) sentença em execução fiscal de pequeno valor (embargos infringentes de alçada) - 50
ORTN, quem julga é o próprio juiz - trata-se de um recurso de uma perna só; c) da decisão que
julga os embargos infringentes de alçada que foi julgado improcedente - é uma sentença
recursal da qual vai caber RE, se não couber recurso vai ser um MS que vai ser julgado pelo
tribunal.

OBS: juiz que não julga EPE - se for interlocutória (agravo) se for terminando o processo
(sentença ou embargos infringentes de alçada).

- Segunda instância

EMBARGOS INFRINGENTES - arts. art. 530 a 534. Se cabe embargos infringentes, não cabe nem
RE e REsp: não cabe embargos infringentes no MS, art. 25, lei MS.

ROC - MS no tribunal (primeira petição para o tribunal e a outra para o STJ) ou para o STJ
(primeira petição para o STJ e a outra para o STF).

RESP E RE - olhar sempre na CFRB os art. 102, III e 105, III para verificar se a situação se encaixa
com as hipóteses.
EMBARGOS DE DIVERGENCIA - se recorre do acórdão do RE ou REsp. Há uma divergência entre
turmas.

Na primeira petição são feitos três pedidos: a) que seja conhecido; b) abrir vistas para o
recorrido; c) encaminhar para o tribunais superior; d) quando ao mérito é pedido provimento
(segunda petição apenas).

Todo recurso deve ser provido ou não provido e não a procedência (petição inicial e contestação
- é para a ação).

O provimento é para reformar ou anular a decisão recorrida. A reforma é para mudar o conteúdo
(error in judicando), não tem nenhum vício procedimental - requer, portanto, uma nova decisão,
um acórdão substitutivo; a anulação por sua vez, busca anular um erro no procedimento (error
in procedendo), não há um erro no conteúdo, feita violando as regras legais.

MODELO APELAÇÃO MS COM DECISÃO DENEGATÓRIA

EXA. SE. DR. JUIZ DE DIREITO DA… VARA (UNICA/ESPECIALIZADA/CIVEL/DA FAZENDA PUBLICA)
DA COMARDA DO MUNICÍPIO…

MANDADO DE SEGURAÇA

PROCESSO Nº…

APELANTE: PEDRO BARRETTO

APELADO: ESTADO…

(10 LINHAS)

PEDRO BARRETO, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF, identidade, domicílio e residência,
vem, por meio seu advogado, procuração já nos autos com qualificação e endereço para os fins
do art. 39, I, CPC, respeitosamente, perante V. Exa, nos termos dos art. 14 da Lei nº 12.016/09
e arts. 496, I, 506, 508, 511, 513 e seguintes do CPC interpor o presente recurso de:

APELAÇÃO

Em face da douta sentença proferida proferida por V. Exa. nas folhas… dos presentes autos, em
que litiga com o Estado…, ora apelado, requerendo que V. Exa. conheça do recurso, admitindo-
o, verificando estarem respeitados todos os requisitos de admissibilidade, a destacar o regular
preparo e a tempestividade de 15 (quinze) dias, pedindo, também, que se abram vistas ao
recorrido para que apresente contrarrazões e, por fim, que se encaminhe o presente recurso,
nos seus normais efeitos, para julgamento no Egrégio Tribunal de Justiça do Estado…

TERMOS EM QUE PEDE DEFERIMENTO

LOCAL… DATA…
ADVOGADO… OAB…

DAS RAZÕES RECURSAIS

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO…, DIGNÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE;

DOUTOS DESEMBARGADORES;

ILUSTRE DESEMBARGADOR RELATOR;

DOS FATOS

DA TEMPESTIVIDADE E DO PREPARO

DOS DEMAIS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE - importante registrar que restam obedecidos


todos os demais requisitos a destacar a legitimidade, o interesse, a inexistência de fato extintivo
e a regularidade formal.

DO DIREITO

DO PEDIDO

NESSES TERMOS,

PEDE DEFERIMENTO.

LOCAL… DATA…

ADVOGADO… OAB

CLININ TEM PRE PRE

No ROC o modelo será alterado no que tange os arts. 513 vira 539 e 540 e sendo o ROC devemos
encaixar o art. da CFRB, art. 102, II, a ou 105, II, b ou c.

REMISSÃO - 496, V, CPC - ART. 506, 508, 511, 539, 540, CPC, 102, II, “a” ou 105, II, “b” ou “c”. Os
pedidos são iguais. Devemos colocar, além daqueles tópicos citados o cabimento.

APELAÇÃO - dos fatos, da tempestividade e do preparo, dos demais requisitos de


admissibilidade, do direito, do pedido

ROC - dos fatos, do cabimento, da tempestividade e do preparo, dos demais requisitos de


admissibilidade, do direito, do pedido

RESP - dos fatos, do cabimento, da tempestividade e do preparo, do esgotamento das vias


recursais ordinárias e do prequestionamento, do direito, do pedido.

RE - da repercussão geral (explicar o que repercussão geral - o recorrente registra que existe RG
estando presente a transcendência e a relevância), dos fatos, do cabimento, da tempestividade
e do preparo, do esgotamento das vias recusais ordinárias e do prequestionamento, dos demais
requisitos de admissibilidade, do direito, do pedido.

PRINCÍPIOS

OBS: concedida isenção e IPTU, a qual foi posteriormente revogada. Poderá ser cobrada no mês
seguinte? Revogado um benefício fiscal tem que se respeitar o princípio da anterioridade, ou
não? A doutrina majoritária diz que tem que respeitar o princípio da anterioridade, para evitar
uma surpresa uma destabilização - interpretação teológica, extensiva para que essa revogação
traga uma surpresa. O STF (sumula 615), entretanto, nunca aceitou essa tese, sendo muito fiel
a linguagem da CFRB, pois não há uma violação a não surpresa, já que desde que foi concedida
já se sabia que poderia ser revogada a qualquer tempo. Entretanto, em setembro do ano
passado, em órgão fracionário (julgamento de turma), no julgava uma revogação de benefício
fiscal de redução de base de cálculo, entendeu que deveria haver o respeito ao princípio da
anterioridade, mudando seu entendimento (AgRgRe 564.225/RS) por 3 votos a 2 (relatoria do
Ministro Marco Aurélio), afastando a súmula.

OBS: quando o princípio da anterioridade nasceu era somente para os impostos sobre o
patrimônio e renda.

OBS: chapas offset - art. 150, VI, “d”, CFRB - a imunidade é para papel, só que em um julgado
único foi concedido pelo STF a imunidade para uma empresa que imprimi jornal alemão no sul
do Brasil.

2. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Ambos são fenômenos que promovem a extinção do crédito tributário - é a inércia da fazenda
pública, perdendo o direito de propor a ação (prescrição) ou o direito de lançar (decadência).

Se tiver a decadência consumada, é impossível haver a prescrição.

Uma lei ordinária não pode alterar a previsão da lei ordinária no que prevê a respeito de
prescrição e decadência, pois viola 174 CTN, viola 146, CFRB a título de exemplo SV 8.

- decadência:

O prazo decadencial inicia do primeiro dia do ano seguinte ao ano que nasce o direito de lançar,
ocorre que há uma situação em que a decadência ocorre do fato gerador (tributos sujeito a
lançamento por homologação em que ocorre sonegação fiscal parcial sem dolo, fraude ou
simulação - é a sonegação inocente)

OBS:só cabe decadência de lançamento de ofício, mas pode ter decadência em qualquer tributo,
pois possa ser que ocorra o lançamento de ofício nesse tributo - é o caso em que fazenda
percebe em que há a sonegação, fazendo isso de ofício. Ex.: icms e iss são lançáveis por
homologação (IR, IPI), há um prazo para o sujeito calcular o montante, declarar e pagar, se
passou esse dia a fazenda poderá lançar de ofício.

O IPTU e o IPVA são lançados de ofício, bem como as taxas, contribuições de melhoria,
contribuições profissionais e contribuições de iluminação pública, sendo assim, sempre será
possível falar de decadência nesses tributos - sempre é possível cogitar de decadência, pois é
obrigatório o lançamento.

Os demais tributos sujeito a lançamento por homologação nem sempre é possível afirmar de
cara a decadência, somente podemos falar de decência quando estamos presente na hipótese
de sonegação fiscal, em razão da não declaração do valor devido, hipótese em que deverá
ocorrer o lançamento de ofício, o qual, caso não se materialize, no prazo de cinco anos, gera a
consumação da decadência. Declarar o quanto se deve, significa que há um valor a pagar, mas
quando não declaramos não cumprimos a obrigação acessória de pagar. O crime de sonegação
fiscal reside em não declarar e não pagar. Se o sujeito declara e não paga, o fisco pode inscrever
em dívida ativa e depois executar - dessa forma, não há que se falar em lançamento de ofício e
nem de decadência.

Cides, contribuições sociais, IR e impostos indiretos são por homologação.

O direito de lançar nasce, nos tributos lançáveis de ofício, já nos de homologação quando se
consumar a sonegação.

Interrupção de decadência

A pegadinha da decadência está no art. 173, II, CTN que reinicia a decadência, dando mais cinco
anos para o fisco lançar.

- Prescrição

O crédito foi constituído e o crédito foi feito e o contribuinte que não paga no prao poderá ser
executado.

Entre o lançamento e o prazo final para pagar, o fisco não pode executar, ainda, após o para
pagar ou impugnar, vai haver o inadimplemento e o crédito se torna definitivamente
constituído, estando o sujeito em mora.

O CNT diz que a prescrição se inicia a partir do dia que o crédito está definitivamente constituído.
(art. 174, CTN) - está definitivamente constituído.

Para fins de interrupção da prescrição o despacho citatório também é apto para interrompe-la.
Ainda que a ação tenha sido ajuizada no último dia da prescrição e despacho citatório ocorre 15
dias depois, ele retroage ao ajuizamento.

Passados cinco anos do ajuizamento sem despacho doutrina fez uma tese de que se a fazenda
não diligenciou, prescreve, mas se foi sem culpa da fazenda não haveria a prescrição (sumula
106, CTN)

Cumpre destacar, ainda, como causa de interrupção da prescrição o parcelamento. Enquanto o


parcelamento segue sendo cumprido, está suspensa a exigibilidade do crédito, sendo assim a
prescrição será interrompida, visto que não existe causa de suspensão de prescrição e a única
que existiu foi declarada inconstitucional. Dessa forma, se quatro anos após a homologação do
parcelamento o sujeito passivo deixou de pagar três parcelas seguidas (ou seis alternadas) e o
parcelamento foi extinto a prescrição começa a contar a após data em que o parcelamento foi
extinto.

Se foi feito o termo de inscrição em dívida ativa no ultimo dia da prescrição e ação é ajuizada
dentro do prazo de 180 dias. Aceita-se a regra da LEF que não houve a prescrição, pois o termo
de inscrição suspende a prescrição. Ocorre que há entendimento no sentido de lei ordinária criar
uma causa de suspensão da prescrição, visto que o CTN somente previu a prescrição, havendo
uma contrariedade ao art. 146, CFRB.

OBS: prescrição intercorrente - a execução é suspensa quando devedor é citado e não se


encontra bens. Suspensa a execução por um ano, começa a correr a prescrição no seu prazo de
cinco anos, e se, nesse período, o fisco não achar nenhum bem, consuma-se a prescrição
intercorrente - súmula 314, STJ.

OBS: o conhecimento da prescrição de ofício é possível, contudo para conhecer de ofício a


prescrição interiormente é necessário uma regra especial, devendo intimar a fazenda
enxequete.

IR - REVISÃO

SUMULA 125, STJ (férias não gozadas - recomposição patrimonial, sem acréscimo patrimonial),
Sumula 136, STJ; súmula 215, STJ; Súmula 386, STJ (terço e férias proporcionais); súmula 498,
STJ (danos morais, e o material é por analogia).

Semula 463, horas extras com acréscimo patrimonial (há fato gerador). Terço constitucional de
férias gozadas tem acréscimo patrimonial não é igual a súmula 125.

Súmula 447, STJ (retenção na fonte de servidor - endereçamento para estadual

A cegueira não precisa ser total (há informativo), podendo ser parcial - falar do laudo (art. 30,
lei 9250).

273, CPC.

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA E TAXA

Taxa de limpeza publica é diferenete da taxa de coleta de lixo domiciliar (é divisível -


constitucional).

Taxa de limpeza publica, iluminação publica e segurança, são inconstitucionais, pois não
indivisíveis e não específicas, sendo uma afronta ao art. 145, II, CFRB e 77, CTN.

OBS: sumula vinculante 19.

Base de cálculo como a metragem do imóvel, não tem identidade com a base de cálculo do IPTU,
não há violação ao art. 145, §2º, CFRB - súmula vinculante 29, STF. Sumula 670, STF.

Contribuição de melhoria - as imunidades são para impostos. Pavimentação asfáltica, cabe


contribuição, mas recapeamento não, pois não há valorização (dec. 195/67).

TRESPASSE
art. 133, CTN - situação em que o adquirente não responde: pessoa estranha e aquisição está
sendo feita ou na falência ou na recuperação judicial

SUCESSÃO TRIBUTÁRIA IMOBILIÁRIA - ART. 130, CTN

sucessão de impostos, taxa de serviços (não sucede a taxa de polícia - a exemplo da taxa de
inspeção sanitária ou taxa de renovação de licença para funcionamento - TIS e TFF ou TLF).

SUMULA 251, STJ

sumula 84 - sumula do promitente comprador

ART. 155, §3º, CFRB

Salvo II, IE e ICMS nenhum imposto, incluindo IPI, pode incidir nas comercialização desses
serviços, mas não fala nada dos demais tributos, como confins e etc. Se for para exportar não
cabe ICMS.

Incide o ICMS (155, §2º, X, b).

PEÇAS

REPETITORIA:

DOS FATOS

DA TEMPESTIVIDADE

DO PAGAMENTO INDEVIDO

DA LEGITIMIDADE ATIVA

DO DIREITO

DO DIREITO DE RESTITUIR IMPOSTOS INDIRETOS

DO PEDIDO

- CREU

- PPP

- $

- RJP

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